Tag: #ÓleoNasPraiasNordestinas
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Considerado o maior e mais devastador desastre ambiental já ocorrido no litoral do Brasil, o imenso derramamento de óleo cru, que vai invadindo as praias paradisíacas do Nordeste, prossegue livremente em seu trajeto de poluição e morte desde 30 de agosto. A contaminação atinge uma área costeira de mais de 2 mil e duzentos quilômetros e ainda pode aumentar muito de extensão, dependendo da movimentação das correntes marinhas.
O mais preocupante é que, desde que foi dado o alerta para esse problema, o improviso e a lentidão das autoridades demonstram, mais uma vez, o pouco preparo e a ausência de uma estratégia de emergência para combater calamidades dessa magnitude, já que, ao longo dos mais de oito mil quilômetros do litoral do país, trafegam, dia e noite, enormes petroleiros carregados de óleo bruto, cujo o destino e rotas as autoridades parecem desconhecer ou prestar pouca atenção.
Na falta de uma ação eficaz por parte do governo, voluntários recrutados entre a população vão se revezando no trabalho de recolher manualmente o que podem. Há notícias de que já foram recolhidas cerca de 600 toneladas de óleo bruto.
Da mesma forma como ocorreu durante os incêndios na região amazônica, que foram crescendo em proporção, chamando a atenção do restante do planeta, o governo parece, mais uma vez, alheio a questões dessa natureza. Muitos têm criticado a postura do presidente que, pela segunda vez, deixou de se apresentar prontamente nesses locais para verificar in loco a extensão desses estragos ambientais. Essa ausência diz muito sobre o que esperar do atual governo em casos de calamidade e acende a luz vermelha para a realidade de um Estado totalmente despreparado para atuar em casos de grandes proporções.
Não fosse a ação desses grupos de voluntários, alarmados com a possibilidade de perderem turistas nesse verão que se aproxima, o problema seria ainda mais dramático. A poluição de muitas praias dessa região, algumas consideradas entre as mais belas dos trópicos, pode afetar, de forma drástica, a principal fonte de renda de muitas famílias nordestinas que vivem no litoral e exploram atividades diversas na alta estação. O pouco envolvimento do governo para amenizar os estragos desse derrame tem feito com que a justiça, por meio do Ministério Público, de nove estados nordestinos entre com ação contra o governo pedindo providências a quem o acusa de omissão.
Também na Câmara dos Deputados cresce ações visando a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar responsabilidades. A Petrobras tem feito cara de paisagem. O mesmo ocorre com o Ibama, desmobilizado e desprestigiado no atual governo. A ausência de um Plano Nacional de Contingência para Incidentes, tanto no caso dos incêndios na região Norte, como na poluição por óleo no Nordeste, demonstra na prática que o atual governo não possui uma equipe coordenada para enfrentar calamidades públicas, isso num país continental e com enormes chances de desastres de todo o tipo. O pior é que as autoridades não sabem a extensão desse vazamento, qual sua origem, quais as estratégias corretas a serem adotadas nesse caso, nem a quem punir.
A frase que foi pronunciada:
“Toda a ambição é legítima, salvo as que se erguem sobre as misérias e as crendices da humanidade..”
Joseph Conrad, escritor polonês
Devolução
Quem foi multado por estar com os faróis do carro apagados deve ficar atento. A multas expedidas pelo DER poderão ser devolvidas. Formam mais de 13 mil autuações.
Surpresa
Leitores contam que a missa das 11h do último domingo, no Santuário Dom Bosco, foi uma surpresa. O padre era um poderoso tenor que cantou todas as músicas da celebração.
Credenciadas
Em tempos de matrícula, confira, no link www.se.df.gov.br, a lista de escolas particulares credenciadas pela Secretaria de Educação do DF.
Tributos
Maria Lucia Fattoreli, do Auditoria cidadã, chama a atenção para a votação do PLP 459/2017 que, resumindo, envolve pagamentos para fora dos controles orçamentários, desviando os tributos pagos pelos contribuintes
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Aliás, estamos informados de que o sr. João Goulart prometeu ao sr. Vitorino Freire “convencer” o sr. Carlos Jereissati a aceitar a indicação do sr. Waldemar Alcântara. (Publicado em 03/12/1961)