Micro e Macro cosmos

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Laerte

 

          Como bem observaram alguns internautas: o advento da internet, no século XX, assim como a invenção do microscópio feita quatro séculos antes, pelos holandeses Hans e Zacarias Janssen, possuem certa semelhança, quando se verifica que tanto um avanço científico como o outro mostraram que as “criaturinhas” invisíveis, a olho nu, estavam o tempo todo ali naquele espaço, vibrando e emitindo seus sinais de vida. Dizer, pois, que a Internet deu voz aos imbecis é um erro. Navegar pela rede mundial de computadores deu voz e vez àqueles que não tinham nem uma coisa nem outra. A amplificação da voz do povo, propiciada por esse avanço tecnológico, aproximou-a, ainda mais, da voz de Deus, conferindo-lhe potência de transmissão, capacidade de capilaridade, criando uma ponte entre dois abismos formados por uma elite, que se diz dona plenipotenciária do Estado, e uma maioria, que simplesmente não acredita nessa lenda.

         Por isso mesmo, aqueles que pretendem sua regulação ou, mais objetivamente, sua censura ou retirada do ar, como fazem ainda alguns países de crenças muçulmanas e/ou comunistas, mostram que não podem tolerar o retumbar e o eco das vozes livres.

          Acreditar que apenas o lado da força tem razão nessa disputa equivaleria a dizer que não existem os seres microscópicos, e que é tudo uma invenção desses aparelhos que ampliam as imagens. Portanto, caminham para um campo perigoso, todos aqueles que pensam decretar leis banindo a existência desses microrganismos. Melhor seria dizer logo que nada no mundo fantástico da física quântica existe de fato, sendo tudo uma mera criação fictícia. Serão, pois, os ditos “imbecis”, assim como os agentes patogênicos microscópios, que irão, por sua capacidade de resiliência e sempiterna potência, provocar o adoecimento e o colapso desses macrocorpos.

         Talvez, esteja mesmo nessa característica microscópica e transformadora desses “imbecis” e diminutos, todo o potencial que necessitam, para liquidar, de uma vez por toda, com esse novo leviatã gigante, que acredita estar só no controle do Estado. Banir os microscópios, não possui o condão de banir os micróbios que estão por todos os lados. Decretar, por meio de leis coercitivas, o acesso livre às redes sociais ou à Internet, criando uma espécie de antibiótico para cessar o poder de multiplicação desses seres invisíveis, no máximo, irá criar ainda mais resistência a esses remédios, forçando o aparecimento de uma nova cepa de superbactérias, com mais voz e mais poder de ação. A Internet, esse infindável oceano onde flutuam imensidões de microplânctons, não pode ser represada por uma caneta. É muita pretensão! É uma ousadia pueril! Melhor reconhecer antes: “Cesse tudo o que a Musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta”.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Onde termina o telescópio começa o microscópio, e quem tem a visão mais ampla?”

Victor Hugo

Victor Hugo. Foto: wikipedia.org

 

2017

Dizia o então senador Cristovam Buarque, por Brasília: “Hoje, toda relação é pública. Acabou a privacidade nas relações políticas e isso é bom. Precisamos retomar a decência, a inteligência e a credibilidade da política.” Depois de quase sete anos desse discurso, parece que o Brasil dá um passo para frente e cinco para trás.

Caricatura: carlossam.blogspot.com.br

 

Papai Noel

Diz a lei que pelo menos 5% dos parquinhos infantis devem ter brinquedos adaptados para crianças com deficiência. Ou a lei é ineficaz ou os brinquedos já são adaptados.

Parquinho SQN 215 Norte. Foto: pezinhoforadecasa.com

 

Inabalável

É preciso reconhecer a humildade do senador Paulo Paim. Trabalha conciliando, agregando e recebendo a opinião de líderes por todos os lados. Nunca deixou seus eleitores para ocupar cargo no governo. Sempre sensato entre o discurso e a prática. Paim pode andar pelas ruas tranquilamente, porque é querido de toda a gente.

Senador Paulo Paim. Fonte: Senado.gov.br

 

Desoprimir

Resumindo a situação mundial, inclusive cibernética, o internauta anônimo postou: “Se correr Wikipedia, se ficar o Google Chrome.”

Imagem: internet

 

Crer para ver

Quando estiver passando em frente ao Teatro Nacional, observe os tapumes que escondem a sala Martins Penna. Eles guardam a esperança dos apreciadores da arte de Brasília. Enfim, o governador Ibaneis garante que poderá entregar, ao público, em dois anos aproximadamente, as duas salas de espetáculos mais importantes da capital do país.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

História de Brasília

Mas façamos justiça. O Chez Willy foi a história da Cidade Livre no setor de restaurantes. Enquanto toda a cidade possuía apenas lojas improvisadas, com mascates estabelecidos, um restaurante dava ao ambiente o destaque internacional, o toque de cozinha de bom gosto. (Publicada em 14.03.1962)

Outro valor mais alto se alevanta

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Charge do Laerte

 

          Como bem observaram alguns internautas: o advento da internet, no século XX, assim como a invenção do microscópio feita quatro séculos antes, pelos holandeses Hans e Zacarias Janssen, possuem certa semelhança, quando se verifica que tanto um avanço científico como o outro mostraram que as “criaturinhas” invisíveis, a olho nu, estavam o tempo todo ali naquele espaço, vibrando e emitindo seus sinais de vida. Dizer, pois, que a Internet deu voz aos imbecis é um erro. Navegar pela rede mundial de computadores deu voz e vez àqueles que não tinham nem uma coisa nem outra. A amplificação da voz do povo, propiciada por esse avanço tecnológico, aproximou-a, ainda mais, da voz de Deus, conferindo-lhe potência de transmissão, capacidade de capilaridade, criando uma ponte entre dois abismos formados por uma elite, que se diz dona plenipotenciária do Estado, e uma maioria, que simplesmente não acredita nessa lenda.

         Por isso mesmo, aqueles que pretendem sua regulação ou, mais objetivamente, sua censura ou retirada do ar, como fazem ainda alguns países de crenças muçulmanas e/ou comunistas, mostram que não podem tolerar o retumbar e o eco das vozes livres.

          Acreditar que apenas o lado da força tem razão nessa disputa equivaleria a dizer que não existem os seres microscópicos, e que é tudo uma invenção desses aparelhos que ampliam as imagens. Portanto, caminham para um campo perigoso, todos aqueles que pensam decretar leis banindo a existência desses microrganismos. Melhor seria dizer logo que nada no mundo fantástico da física quântica existe de fato, sendo tudo uma mera criação fictícia. Serão, pois, os ditos “imbecis”, assim como os agentes patogênicos microscópios, que irão, por sua capacidade de resiliência e sempiterna potência, provocar o adoecimento e o colapso desses macrocorpos.

         Talvez, esteja mesmo nessa característica microscópica e transformadora desses “imbecis” e diminutos, todo o potencial que necessitam, para liquidar, de uma vez por toda, com esse novo leviatã gigante, que acredita estar só no controle do Estado. Banir os microscópios, não possui o condão de banir os micróbios que estão por todos os lados. Decretar, por meio de leis coercitivas, o acesso livre às redes sociais ou à Internet, criando uma espécie de antibiótico para cessar o poder de multiplicação desses seres invisíveis, no máximo, irá criar ainda mais resistência a esses remédios, forçando o aparecimento de uma nova cepa de superbactérias, com mais voz e mais poder de ação. A Internet, esse infindável oceano onde flutuam imensidões de microplânctons, não pode ser represada por uma caneta. É muita pretensão! É uma ousadia pueril! Melhor reconhecer antes: “Cesse tudo o que a Musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta”.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Onde termina o telescópio começa o microscópio, e quem tem a visão mais ampla?”

Victor Hugo

Victor Hugo. Foto: wikipedia.org

 

2017

Dizia o então senador Cristovam Buarque, por Brasília: “Hoje, toda relação é pública. Acabou a privacidade nas relações políticas e isso é bom. Precisamos retomar a decência, a inteligência e a credibilidade da política.” Depois de quase sete anos desse discurso, parece que o Brasil dá um passo para frente e cinco para trás.

Caricatura: carlossam.blogspot.com.br

 

Papai Noel

Diz a lei que pelo menos 5% dos parquinhos infantis devem ter brinquedos adaptados para crianças com deficiência. Ou a lei é ineficaz ou os brinquedos já são adaptados.

Parquinho SQN 215 Norte. Foto: pezinhoforadecasa.com

 

Inabalável

É preciso reconhecer a humildade do senador Paulo Paim. Trabalha conciliando, agregando e recebendo a opinião de líderes por todos os lados. Nunca deixou seus eleitores para ocupar cargo no governo. Sempre sensato entre o discurso e a prática. Paim pode andar pelas ruas tranquilamente, porque é querido de toda a gente.

Senador Paulo Paim. Fonte: Senado.gov.br

 

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Resumindo a situação mundial, inclusive cibernética, o internauta anônimo postou: “Se correr Wikipedia, se ficar o Google Chrome.”

Imagem: internet

 

Crer para ver

Quando estiver passando em frente ao Teatro Nacional, observe os tapumes que escondem a sala Martins Penna. Eles guardam a esperança dos apreciadores da arte de Brasília. Enfim, o governador Ibaneis garante que poderá entregar, ao público, em dois anos aproximadamente, as duas salas de espetáculos mais importantes da capital do país.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

História de Brasília

Mas façamos justiça. O Chez Willy foi a história da Cidade Livre no setor de restaurantes. Enquanto toda a cidade possuía apenas lojas improvisadas, com mascates estabelecidos, um restaurante dava ao ambiente o destaque internacional, o toque de cozinha de bom gosto. (Publicada em 14.03.1962)

Ecos

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Charge do Hubert

 

         Quando, em 2005, o filósofo e semiólogo Umberto Eco (1932-2016) deixou escapar, em um artigo, a afirmação de que “a internet deu voz a uma legião de imbecis”, o que, à primeira vista, parecia um comentário vindo de um professor e linguista cansado do ofício, transformou-se na mais acurada e crua análise do que viriam a ser as mídias sociais neste século XXI.

         Arrastada para o campo amoral da política, as mídias sociais ganhariam ainda mais visualidade e despudor ao influenciar os debates, tanto nas trincheiras dos partidos como junto às defesas dos eleitores e cidadãos. De fato, os imbecis, por sua multiplicação geométrica estão em toda a parte, quer no lado dos ideólogos, quer do lado da sociedade. As mídias sociais abriram palanques para todos. Até mesmo os insuspeitos intelectuais da política, com assento nas altas cortes, usam-na em desfavor da lógica, deixando transparecer sua volúpia e falsa ilustração acadêmica. Ninguém que venha se expor nas redes está livre de vir, algum dia, a ficar nu diante de todos, mesmo sem perceber. Não chega a ser surpreendente que as mídias sociais tenham, por sua disseminação, dado a oportunidade para que se perceba que, nesses debates sem fim, têm feito com que todos tenham razão, embora nenhuma das partes esteja absolutamente certa.

         O que se apresenta aqui como rede mundial são as ilusões geradas com o meio digital. A virtualidade dos debates levou-nos a um “não lugar”, onde tudo é possível. Onde mentira e verdade perdem seu valor moral e ético, mesmo que ambos os lados possam gerar realidades desastrosas. Onde toda essa tecnologia de ampliação da voz humana irá nos levar, é tarefa dada hoje aos pensadores e filósofos modernos, debruçados sobre a cabeça desse gigante de voz global. Uma das questões que se apresentam aqui para os estudiosos é conhecer as razões que levaram essa ampliação das mídias sociais a acelerar os sinais de antagonismo entre as pessoas, elevando as radicalizações humanas, como se fôssemos lançados de volta ao tempo das cavernas, onde o instinto de defesa parecia estar acima da razão.

         As mídias sociais polarizaram, ainda mais, as ideias, quando passou a ser conduzida pelos trilhos da política, reconduzindo a sociedade a um processo de animalização distante, cada vez mais, dos princípios de civilidade. Nesse caso particular, perdemos a capacidade de cidadania, trocada por valores e ditames políticos. Em um diálogo de mudos, entre vitupérios e palavras de baixo calão, abrimos espaço também para que os políticos e a elite estatal anunciem a regularização das mídias ou, simplesmente, a censura dos meios eletrônicos, como vem sendo anunciado agora, com ameaças e outras pressões.

          Na realidade, a liberdade no fluxo de informação sempre foi manipulada. O que as pessoas sabem ou pensam que sabem é, previamente, bem filtrado. Não existe, pois, o fluxo sem controle de informação, mesmo que leis de transparência anunciem essa possibilidade. Com isso, é possível prever que chegará um dia em que as mídias sociais se transformarão na voz mecânica do Leviatã, troando debaixo de sua cama. Dizendo o que fazer em cada dia. Proibindo você até de desplugar os computadores.

 

A frase que foi pronunciada:

“Nessas condições não há lugar para a Indústria; porque o seu fruto é incerto; e consequentemente nenhuma Cultura da Terra; nenhuma Navegação, nem uso das mercadorias que possam ser importadas por Mar; nenhum edifício cómodo; nenhum instrumento de movimentação e remoção de coisas que exijam muita força; nenhum Conhecimento da face da Terra; sem conta do Tempo; sem Artes; sem Letras; nenhuma Sociedade; e o que é pior de tudo, medo contínuo e perigo de morte violenta; E a vida do homem, solitária, pobre, sórdida, bruta e curta.”

Thomas Hobbes, Leviatã

Thomas Hobbes. Foto: Wikimedia Commons

 

Aí pode?

Andam pendurados no caminhão no meio da madrugada recolhendo lixo deixado pelos moradores. Esses homens mereciam, no mínimo, o melhor plano de saúde do GDF. Pelos pulmões, pelas horas mal dormidas e, principalmente, pelo perigo que enfrentam quando vão respirando o lixo, sem segurança alguma. Vale lembrar que dirigir com o braço para fora gera multa, já o corpo de um gari, não.

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

 

#Puerilsóquenão

Uma correria no parlamento para as mudanças de leis já configuradas e aprovadas. Uma delas é a que altera as regras para a escolha dos integrantes do Conselho Administrativo do CADE. Um dos argumentos é a economia, ao diminuir o número de integrantes do Conselho. A proposta apresentada, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, foi elaborada para modificar a Lei de Defesa da Concorrência. Em breve, deve chegar ao Senado.

Foto: CADE/Divulgação

 

História de Brasília

A fiscalização da Prefeitura está complacente demais. No HP3, próximo ao Colégio D. Bosco, há um senhor que construiu uma residência de madeira, com todos os requisitos de conforto, o que não quer dizer que seja provisório. (Publicada em 14.03.1962)

O povo brasileiro mudou para melhor

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Quino

 

Estudiosos das comunicações e dos fenômenos das interlocuções humanas no Brasil foram, todos, sem exceção, apanhados de surpresa com a eleição de um presidente da República, consagrado pelas urnas graças ao poder de penetração e de irradiação instantânea das mídias sociais. Jornais, revistas, televisão e mesmo as rádios ficaram em segundo plano, perdendo o posto de 4º Poder. Com isso, ficam, na poeira da estrada e do tempo, os cidadãos Kane daqui e doutras bandas do mundo.

Isso é bom? É ruim? Só o tempo dirá. Colocada, desde sempre, como porta-voz da sociedade, a democracia muito deve ao papel da imprensa. Principalmente numa América Latina, acostumada a viver longos períodos com baixos índices de liberdade. De fato, o que assusta os entendidos dos fenômenos da comunicação é a chegada, repentina, de um novo player no jogo de convencimento da população. Claro que a eleição do candidato do PSL contou, também, com a enorme rejeição de seu concorrente e apoiadores, transformados, nas mídias sociais, numa espécie de quadrilha criminosa.

Mesmo o poderio fatal das fake news, que transitam no mesmo espaço das novas mídias, foi incapaz de suplantar a vontade popular, dando vitória a um candidato que é o antípoda da turma de esquerda. Esse mesmo fenômeno havia acontecido durante a campanha de Barack Obama nos Estados Unidos. Naquela ocasião, as mídias tradicionais também foram surpreendidas com esse novo poder que se anuncia.

De fato, ao disponibilizar a posse de um celular na mão de cada brasileiro, uma revolução silenciosa foi operada, inaugurando uma nova categoria de cidadão onipresente e de uma democracia direta e instantânea. Nem mesmo os maiores especialistas no assunto sabem ao certo se esse fato, no futuro, será positivo ou negativo. O certo é que essas novas tecnologias vieram para ficar e acabaram ocupando um espaço que muitos nem sabiam que existia.

Bolsonaro sempre se comunica diretamente com a sociedade e com seus apoiadores por meio das redes sociais. Utiliza esse recurso quando acha necessário ou quando um assunto passa a ocupar a preocupação dos cidadãos, o que não havia antes. Só vinha a público o recado de um presidente da República em horário nobre da TV. Era impensável ouvir a versão do comandante do país sobre qualquer assunto, em tempo real, ao alcance das mãos.

Obviamente que um fenômeno dessa magnitude, em muitas partes do planeta, tem sido estudado e esmiuçado de perto. Em coletiva recente, o presidente eleito, convencido da independência conquistada com as redes sociais, impediu, pela primeira vez na nossa história, que importantes redes de jornalismo tivessem acesso à sua entrevista. O que poucos entenderam até agora é que o poderio não é só das redes sociais.

A frase que foi pronunciada:

Não importa se o remédio é ou não farinha, o que cura é a bula.”

Luís Fernando Veríssimo

Foto: Alice Vergueiro/Abraji

E vigiai

Comunidade Cristã está de olho no Instagram. Leitora conta que, para o Ramadan, celebraram a data com ilustrações do calendário islâmico para o mês da prática do jejum dos muçulmanos. O mesmo foi feito com o novo ano chinês, e a rede social não fez nenhuma menção sobre a Páscoa.

Novidade

Hoje, o portal da Câmara Legislativa será repaginado. Com informações históricas mantidas e separação de assuntos mais abrangente. A Coordenadoria de Modernização de Informática da Casa (CMI), em parceria com os gabinetes parlamentares, trouxe sempre como objetivo facilitar o acesso da população às informações produzidas e à atuação parlamentar na CLDF.

Foto: Carlos Gandra/CLDF

Sem fundo

Por falar em Câmara Legislativa, um projeto de Chico Vigilante dispensa a cobrança de juros e multas moratórias sobre o valor total do IPVA e IPTU dos exercícios 2020 e 2021, pagos em atraso, no âmbito do Distrito Federal, em razão do estado de calamidade pública decorrente da pandemia do novo Coronavírus. O dinheiro economizado aí poderá ser usado para o aumento da gasolina, gás de cozinha, água e luz. Fora a alimentação, com preços já estratosféricos.

Deputado Chico Vigilante. Foto: cl.df.gov

Rígidos

Importante a ideia de inicialização de assuntos de trânsito nas escolas, inclusive com turmas do ensino fundamental. Ninguém melhor que um filho para ensinar comportamento no trânsito aos pais.

Foto: cpt.com

Prestação

Senador Rodrigo Pacheco instalou a CPI do Covid e ampliou o escopo de investigações, aceitando o documento do senador Girão, que quer saber, por exemplo, onde foram usados os recursos federais pelos estados e municípios no combate ao Covid-19. A qualquer dinheiro saído dos cofres públicos, a exigência da prestação de contas é o mínimo que se espera. Afinal, trata-se do uso de impostos pagos pelos cidadãos.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

História de Brasília

Resta, entretanto, que a Novacap veja, que ao lado dos mercadinhos há um barraco de madeira, o “Peixe e Gelo”, que vende camarões a 800 cruzeiros enquanto que uma peixaria, que paga impostos e aluguel, vende o mesmo produto por 650 cruzeiros. (Publicado em 31.01.1962)

Gostemos ou não, esses são os novos tempos

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ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

colunadoaricunha@gmail.com;

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Foto: otvfoco.com.br

Comunicólogos e outros estudiosos dos fenômenos das interlocuções humanas no Brasil foram todos, sem exceção, apanhados de surpresa com a eleição agora de um presidente da República, consagrado pelas urnas graças ao poder de penetração e de irradiação instantânea das mídias sociais.

Com isso, jornais, revistas, televisão, e mesmo as rádios, ficaram em segundo plano, perdendo o antigo poder de construir e destruir reputações. Balançada também ficou boa parte da imprensa, outrora considerada um 4º poder do Estado. Com isso, fica na poeira da estrada e do tempo os cidadãos Kane daqui e doutras bandas do mundo. Isso é bom? É ruim? Só o tempo dirá. Colocada, desde sempre, como porta-voz da sociedade, os novos tempos muito devem ao papel da imprensa. Principalmente numa América Latina, acostumada a viver longos períodos com baixos índices de liberdade e de democracia. De fato, o que assusta os entendidos dos fenômenos da comunicação é a chegada, repentina, de um novo player no jogo de convencimento da população.

Claro que a eleição do candidato do PSL contou, também, com a enorme rejeição de seu concorrente e principalmente de seu partido, transformado, nas mídias sociais, numa espécie de quadrilha criminosa. Mesmo o poderio fatal das fake news, que transitam no mesmo espaço das novas mídias, foi incapaz de suplantar a vontade popular, dando vitória à um candidato que é o antípoda da turma de esquerda.

Esse mesmo fenômeno havia acontecido durante a campanha de Barack Obama nos Estados Unidos. Naquela ocasião, as mídias tradicionais também foram surpreendidas com esse novo poder que se anuncia. De fato, ao disponibilizar a posse de um celular na mão de cada brasileiro, uma revolução silenciosa foi operada, inaugurando uma nova categoria de cidadão onipresente e de uma democracia direta e instantânea. Isso é bom? É ruim? Nem mesmo os maiores especialistas no assunto sabem ao certo.

O fato é que essas novas tecnologias vieram para ficar e acabaram ocupando um espaço que muitos nem sabiam que existia. À semelhança de seu colega americano, o presidente, agora eleito, comunica-se diretamente com a sociedade e com seus apoiadores, através das redes sociais em tempo real, em vídeo, imagens ou textos, quebrando qualquer protocolo da liturgia do cargo.

Utiliza esse recurso sempre que acha necessário ou quando um assunto passa a ocupar a preocupação dos cidadãos. Obviamente que um fenômeno dessa magnitude, em muitas partes do planeta, tem sido estudado e esmiuçado de perto.

Em coletiva recente, o presidente eleito, convencido da independência conquistada com as redes sociais, impediu, pela primeira vez na nossa história, que importantes redes de jornalismo tivessem acesso à sua entrevista. Isso é bom? Certamente que não, mas esses são os novos tempos, gostemos ou não.

 

A frase que foi pronunciada:

“Antes de 2018 os poderes eram Executivo, Legislativo, Judiciário e Imprensa. Atualmente os poderes são: Internautas, Executivo, Legislativo e Judiciário.”

Parte do texto Cai na Real, ainda não escrito, mas vivido.

 

Leitura

André Lima, ex-secretário do meio ambiente do GDF é um “Empreendedor Socioambiental”. Veja a capa do livro de sua autoria, 30 anos da Constituição Federal e os Direitos Socioambientais no blog do Ari Cunha.

Acidentes

Infelizmente, além da violência social, Fortaleza lidera o ranking, com São Paulo, de violência no trânsito.  Em 2017 foram mais de 245 mil acidentes de trânsito registrados. Só nas capitais, o total de ocorrências soma 43.803.

 

Consequências

Resultado de investigações prendeu muita gente envolvida com grilagem no DF. Os que estão soltos precisam pagar o que devem.

 

Viva

Fernando Cesar Mesquita é o único fundador e ex-presidente vivo da Casa do Ceará em Brasília. A festa dos 55 anos foi grande para inaugurar o novo prédio principal da entidade. Vale lembrar que a instituição é uma referência em assistência social, com vários cursos profissionalizantes, médicos de diversas especialidades para atendimento à comunidade, além de um lar de idoso.

Foto: casadoceara.org.br

Release

Na imprensa internacional, recebem destaque a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de transferir a Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, assim como a proposta do general da reserva, Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, sobre o uso de atiradores de elite contra criminosos. Em entrevista para o DW, o diretor da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, Jan Woischnik, avalia que o governo Bolsonaro era uma incógnita e que o respeito à democracia, aos direitos humanos e ao Estado de Direito facilitará a manutenção de uma cooperação de alto nível entre a Alemanha e o Brasil.

Foto: pragmatismopolitico.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Como poder arrecadador, o governo precisa dar mais atenção aos seus funcionários e aos contribuintes. Queremos nos referir ao Departamento de Trânsito. (Publicado em 04.11.1961)