Raios de luz

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Reprodução/ Redes sociais

 

          Razões para a instalação da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) referente aos acontecimentos do dia 08 de Janeiro, existem de sobra: “Democracia não suportará política de apaziguamento”, “A defesa da democracia é inegociável”, “A democracia brasileira não será abalada e, muito menos, destruída por criminosos. A sua defesa e de suas instituições é inegociável”, “Houve conivência e omissão criminosa de autoridades nos atos golpistas”, pontuou o guardião da Constituição.

           Por outro lado, as autoridades jurídicas do país ainda estão boquiabertas com a prisão dos “terroristas” sem direito à audiência de custódia, sem direito a advogados e outros direitos básicos, de centenas de pessoas, idosos, doentes, dependentes de medicações. Todas elas amontoadas num depósito insalubre da Polícia Federal, como entulhos a serem descartados, repetindo cenas que não se via desde que foram revelados os crimes nazistas depois da Segunda Grande Guerra.

         Por si só, esse deveria ser o leit motif humanitário a ensejar não apenas uma CPI, mas para que sirva de lição a todos aqueles que urdiram toda essa página vergonhosa de nossa história recente.

         Em 2005, ouvia-se da fala de um torneiro mecânico: “A desgraça da mentira é que você passa a vida inteira contando mentira para justificar a primeira que você contou.” Esse é, de fato, um episódio que, por suas consequências desumanas e ilegais que recaíram sobre os acampados em frente ao QG do Exército, deve ser esclarecido, ponto por ponto. O cipoal de mentiras que se seguiram a esses fatos precisa ser desmontado pelos parlamentares que representam a população do país.

         Também a velocidade imposta àqueles acontecimentos, justamente de quem preza a venda nos olhos e a balança, atropelando todo o ritual processual básico, impediu e mesmo tornou obscuras que um mínimo de clareza e racionalidade jurídicas viessem a tona, submergindo todo aquele episódio numa narrativa unilateral, que, por suas consequências imediatas e até mediáticas, criaram o que se poderia ser definido como factóides a favor do novo mandatário que se instalava naquele momento. Com isso, seguiu-se, em cascata, uma série de medidas nitidamente repressivas vindas das autoridades para abafar quaisquer sinais e sobrevida surgidas da oposição.

         Agora, como se não bastasse, pelos vídeos espalhados pelo mar da Internet, com toda aquela pantomima ardilosamente arquitetada contra os acampados, eis que se delineia no horizonte alguma luz passível de clarear aqueles episódios. Essa luz, obrigando a Justiça a reconhecer a arbitrariedade de centenas de prisões, torna-se ainda mais fulgurante quando se verifica o empenho nervoso com que a atual administração do Brasil volta-se contra a realização da CPI, numa atitude suspeita para abortar a tão temida Comissão.

         A mentira, dessa vez, é que a CPI possa atrapalhar votações importantes para a atual gestão, como é o caso da revisão dos tributos, visando, como se sabe, um arrocho maior na carga tributária. Oferecimento de cargos no segundo escalão como o Banco do Nordeste, Codevasf e outros órgãos e mesmo a ameaça da não liberação de emendas parlamentares estão no cestão de ofertas para enterrar a CPI.

         Estranhamente, tudo para impedir que a verdade se apresente como ela é, capaz de fazer ruir os castelos de areia da mentira, acabando de vez com essa fantasia do marketing canhoto, para quem toda luz jogada sobre o partido e os seus, é um golpe. Um golpe dos raios de luz.

Susto

Não são raros os aparelhos de celular que superaquecem. Não são raros os casos de tumores no coração, cérebro e glândulas adenais em ratos submetidos às mesmas frequências que celulares. Veja os estudos no link Radiação de radiofrequência de telefone celular.

 

Memória

Duas propagandas do Correio Braziliense marcaram muita gente. Uma, conhecida mas não divulgada, mostrava um jornaleiro andando pelas quadras com a bolsa cheia de jornais, num dia que estava amanhecendo, meio chuvoso, nublado, e uma flauta tocando as notas do canto então reconhecido: “Olha êeeeee o Correio!”. A outra se passava numa banca de jornais onde vários periódicos eram divididos em montes. A câmera focava o Correio Braziliense e o locutor dizia enquanto as pessoas pegavam o jornal: “A pilha que dura menos.”

Arquivo Pessoal

 

Vivendo e aprendendo

Alguns parlamentares divulgaram, em suas bases, que coordenariam importantes comissões. Acontece que as negociações correm depois das sugestões e até dos convites. Uma surpresa ingrata para quem inicia os passos na política.

História de Brasília

As chuvas darão maior trabalho ao dr. Ataualpa e à equipe do DVO. No trevo de distribuição sul há dois buracos conjugados, em boa disposição para quebrar molas. (Publicada em 17.03.1962)

“Nós, os representantes do povo”?

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Foto: Gabriela Oliva/O TEMPO Brasília

 

         Em tempos de guerra, o mais importante é marcar posição, escolhendo a trincheira onde estão os valores nos quais você acredita e que necessitam de sua defesa e proteção. Correr é deixar para trás seu mundo, dissolvendo-se na poeira. Acredite naqueles que dizem que a sua vida é o único bem que lhe pertence. No entanto, não se esqueça de que é no mundo que você pode manifestar sua vida. É nele que a vida pulsa e ganha ânimo. Assim como quem envia uma carta a um amigo de longa data, quem escreve no dia a dia em periódicos também conhece seus leitores, e, com eles, mantém uma cumplicidade próxima.

         É com esse xadrez de palavras e enquanto o garrote vil não dá suas últimas voltas que, mais uma vez, insistimos em marcar posição, usando esse espaço como trincheira para a defender e nos solidarizarmos com as legítimas manifestações populares que vêm ocorrendo em todo o país, há mais de um mês, em frente aos quartéis.

         Um fato, que mesmo por suas proporções inéditas, seus propósitos e coragem cívica, a grande mídia insiste em não informar. Para os leitores deste espaço, talvez a mais antiga e relutante trincheira da capital, esse é o único posicionamento sensato a ser tomado nessa grave hora. O local escolhido por esses brasileiros, nas bordas das instalações militares, foi o único que restou, pois todas as outras instituições do Estado, que poderiam servir de abrigo e amparo aos reclames desses cidadãos, simplesmente viraram as costas a esses movimentos ou mostraram a face terrível das ameaças, da opressão e do desprezo.

         Na verdade, esses brasileiros foram encurralados na área militar, que lhes deu proteção. Agora, de nada adianta fazer cara de paisagem a esses movimentos, nem os acusar de ilegítimos ou golpistas. Nem os esconder sob o sofá. O fato é que o Brasil ferve e ameaça entrar em erupção como um mega vulcão. Melhor teria sido se anteciparem aos acontecimentos, evitando que as causas desses movimentos rompessem o solo, derramando suas lavas e cuspindo fogo para todo lado.

         O não atendimento das autoridades civis aos justos questionamentos, sobre a lisura e o correto funcionamento do fabuloso maquinário eleitoral, com anteposição de dogmas sobre seu real desempenho, taxados como heresias dignas da condenação pelo martírio da fogueira, levou-nos onde estamos agora. Bastava, naquele início, o simples gesto de boa vontade, colocando à mercê do escrutínio geral todas e quaisquer dúvidas.

         Ao invés disso, usou-se dos mecanismos paralegais para ameaçar e perseguir todos aqueles que buscam apenas uma resposta, dentro do direito que reza que o Estado deve prezar pela transparência. Foi justamente essa opacidade de chumbo e o desencadear progressivo de todo esse processo que alheou os eleitores da possibilidade de aferição dos votos, que deu início a essas movimentações que não param de crescer, empurrando o país para o beco sem saída da dissidia e de um possível fratricídio generalizado. Achar, como alguns acham, que esse é um movimento popular sem maiores consequências para todos é apostar no caos.

         Para complicar e colocar ainda mais gasolina nessa fogueira, é preciso verificar que, graças à repercussão produzida pelas mídias sociais, todo o planeta assiste, de camarote, tudo o que vem ocorrendo nas principais capitais do Brasil. O mundo não só acompanha de perto, como torce, abertamente, em favor da população que está nas ruas. População em países que se viram na mesma situação confessam o arrependimento por não ter tido o sentimento patriota de enfrentar o que julgava necessário ser enfrentado.

          O falso silêncio interno, como se navegássemos num mar azul e calmo de almirante, por certo será lembrado, quanto tudo isso passar. Lembrados também serão aqueles que viraram as costas para essas manifestações espontâneas. O patriotismo, outrora tido erroneamente como o último refúgio dos canalhas e por isso deixado esquecido no fundo das gavetas do passado, parece que veio à luz, com força sua revigorada, mostrando que, talvez, esse seja o único porto seguro em que atracar.

         O vermelho rubi intenso com matizes que, em lugar e tempo algum, provou ser promissor à vida, mostra que esses movimentos, em frente aos quartéis, estão no caminho certo, mesmo indo contra um sistema poderoso dentro e fora de nossas fronteiras. A simples observação de quem são aqueles que torcem contra esses manifestantes, já, em si, é uma certeza de que a população nas ruas está onde deve estar. Antes que seja tarde demais e que o garrote vil dê sua última volta atrás do pescoço de todos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Estou com a consciência tranqüila de ter servido bem a meu país. Tenho certeza de que sou o baiano que mais amou a Bahia. Esse meu amor talvez tenha sido a coisa mais importante da minha vida. E ser querido pelos baianos é o que me faz feliz”.

ACM

Antonio Carlos Magalhães
Foto: Agência Senado

Pratas da Casa

Na gráfica do Senado uma exposição de fotografia de fazer cair o queixo. Veja a seguir algumas fotos de Raul Grilo e Washington Brito.

 

História de Brasília

As primeiras informações dão conta de que o aumento do pessoal da NOVACAP será somente para efetivo. Nada mais injusto. Os efetivos conseguiram estabilidade irregular, e agora desfrutarão de aumento também irregular. Os que entraram depois da lei de estabilidade continuarão como estão, enquanto o custo de vida continuará aumentando. (Publicada em 14.03.1962)

“Nós, os representantes do povo”?

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Foto: Gabriela Oliva/O TEMPO Brasília

 

         Em tempos de guerra, o mais importante é marcar posição, escolhendo a trincheira onde estão os valores nos quais você acredita e que necessitam de sua defesa e proteção. Correr é deixar para trás seu mundo, dissolvendo-se na poeira. Acredite naqueles que dizem que a sua vida é o único bem que lhe pertence. No entanto, não se esqueça de que é no mundo que você pode manifestar sua vida. É nele que a vida pulsa e ganha ânimo. Assim como quem envia uma carta a um amigo de longa data, quem escreve no dia a dia em periódicos também conhece seus leitores, e, com eles, mantém uma cumplicidade próxima.

         É com esse xadrez de palavras e enquanto o garrote vil não dá suas últimas voltas que, mais uma vez, insistimos em marcar posição, usando esse espaço como trincheira para a defender e nos solidarizarmos com as legítimas manifestações populares que vêm ocorrendo em todo o país, há mais de um mês, em frente aos quartéis.

         Um fato, que mesmo por suas proporções inéditas, seus propósitos e coragem cívica, a grande mídia insiste em não informar. Para os leitores deste espaço, talvez a mais antiga e relutante trincheira da capital, esse é o único posicionamento sensato a ser tomado nessa grave hora. O local escolhido por esses brasileiros, nas bordas das instalações militares, foi o único que restou, pois todas as outras instituições do Estado, que poderiam servir de abrigo e amparo aos reclames desses cidadãos, simplesmente viraram as costas a esses movimentos ou mostraram a face terrível das ameaças, da opressão e do desprezo.

         Na verdade, esses brasileiros foram encurralados na área militar, que lhes deu proteção. Agora, de nada adianta fazer cara de paisagem a esses movimentos, nem os acusar de ilegítimos ou golpistas. Nem os esconder sob o sofá. O fato é que o Brasil ferve e ameaça entrar em erupção como um mega vulcão. Melhor teria sido se anteciparem aos acontecimentos, evitando que as causas desses movimentos rompessem o solo, derramando suas lavas e cuspindo fogo para todo lado.

         O não atendimento das autoridades civis aos justos questionamentos, sobre a lisura e o correto funcionamento do fabuloso maquinário eleitoral, com anteposição de dogmas sobre seu real desempenho, taxados como heresias dignas da condenação pelo martírio da fogueira, levou-nos onde estamos agora. Bastava, naquele início, o simples gesto de boa vontade, colocando à mercê do escrutínio geral todas e quaisquer dúvidas.

         Ao invés disso, usou-se dos mecanismos paralegais para ameaçar e perseguir todos aqueles que buscam apenas uma resposta, dentro do direito que reza que o Estado deve prezar pela transparência. Foi justamente essa opacidade de chumbo e o desencadear progressivo de todo esse processo que alheou os eleitores da possibilidade de aferição dos votos, que deu início a essas movimentações que não param de crescer, empurrando o país para o beco sem saída da dissidia e de um possível fratricídio generalizado. Achar, como alguns acham, que esse é um movimento popular sem maiores consequências para todos é apostar no caos.

         Para complicar e colocar ainda mais gasolina nessa fogueira, é preciso verificar que, graças à repercussão produzida pelas mídias sociais, todo o planeta assiste, de camarote, tudo o que vem ocorrendo nas principais capitais do Brasil. O mundo não só acompanha de perto, como torce, abertamente, em favor da população que está nas ruas. População em países que se viram na mesma situação confessam o arrependimento por não ter tido o sentimento patriota de enfrentar o que julgava necessário ser enfrentado.

          O falso silêncio interno, como se navegássemos num mar azul e calmo de almirante, por certo será lembrado, quanto tudo isso passar. Lembrados também serão aqueles que viraram as costas para essas manifestações espontâneas. O patriotismo, outrora tido erroneamente como o último refúgio dos canalhas e por isso deixado esquecido no fundo das gavetas do passado, parece que veio à luz, com força sua revigorada, mostrando que, talvez, esse seja o único porto seguro em que atracar.

         O vermelho rubi intenso com matizes que, em lugar e tempo algum, provou ser promissor à vida, mostra que esses movimentos, em frente aos quartéis, estão no caminho certo, mesmo indo contra um sistema poderoso dentro e fora de nossas fronteiras. A simples observação de quem são aqueles que torcem contra esses manifestantes, já, em si, é uma certeza de que a população nas ruas está onde deve estar. Antes que seja tarde demais e que o garrote vil dê sua última volta atrás do pescoço de todos.

A frase que foi pronunciada:

“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.”

Preâmbulo da Carta Magna

Charge: humorpolitico.com.br

 

História de Brasília

As primeiras informações dão conta de que o aumento do pessoal da NOVACAP será somente para efetivo. Nada mais injusto. Os efetivos conseguiram estabilidade irregular, e agora desfrutarão de aumento também irregular. Os que entraram depois da lei de estabilidade continuarão como estão, enquanto o custo de vida continuará aumentando. (Publicada em 14.03.1962)

Um novíssimo tempo à frente

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Charge: ibamendes.com (Quinho)

Caso o demiurgo de Garanhuns venha a ser empossado, como ainda acredita sua caterva, estarão jogados por terra tudo o que se acreditou até hoje em matéria de ética, de valores morais, de leis e do que seja minimamente correto e aceito por uma sociedade civilizada. Estarão lançadas também, em terreno baldio, as crenças religiosas, que pregam conceitos simples como a virtude e o bom exemplo vindos de qualquer liderança.

Do mesmo modo, estarão postas de lado exigências básicas para a posse de um cidadão em posto de grande relevância para a segurança e o futuro da nação. Deixarão de existir também, por total descabimento e equilíbrio, quaisquer outros pré-requisitos para a ocupação de cargos nesse triste Trópico. O próprio conceito de República, que prega o respeito à coisa pública, como condição primeira para o exercício de função, perderá seu sentido e razão de ser.

É preciso notar, aqui nesse tema que, do ponto de vista das leis, se existe um culpado pela derrogação de tudo o que se acreditava até aqui como aceito legalmente, por certo, esse culpado está no Poder Judiciário. Não na instituição propriamente dita, mas em boa parte de seus membros, que comungam, abertamente, dos mesmos valores políticos e ideológicos do ex-apenado.

Nas escolas públicas, ou naquelas que não adotam e desdenham currículos ligados à ética, será preciso a reformulação de toda a grade de disciplinas que abordem temas ligados ao comportamento humano, dentro e fora do contexto social. Nas igrejas ou naquelas em que esse caso rumoroso não foi capaz de demover os clérigos da distopia que se anuncia, perderão sentido toda e qualquer pregação que aborde temas como os valores humanos, bem como as temáticas que buscavam, outrora, ensinar que o homem foi concebido a partir de similitudes luminares com o próprio Criador.

O que dirá então da educação dos pequenos no seio da família? Conceitos e ensinamentos sobre a retidão moral e o respeito às leis dos homens e de Deus perderão seus propósitos. O exemplo, diziam os antigos, num tempo em que os valores humanos eram tidos como essenciais para a vida em sociedade, vem de cima.

O que é feito, no alto da pirâmide social, é replicado em sua base. Mas é na sociedade brasileira, junto aos jovens, que esses maus exemplos de permissividade para os altos escalões da República irão provocar os mais terríveis e duradouros estragos. O que se anuncia com essa posse impossível é o desregramento total da sociedade, com todos os ordenamentos legais deixando de existir e com a inauguração de um novo tempo, em que o vale tudo e o salve-se quem puder serão a regra geral.

Aos que insistirem em permanecer apegados aos valores do passado, as novas leis cuidarão de enquadrá-los como conservadores, direitistas e outras acusações, portanto, não aceitos nessa novíssima sociedade. Para uma nação, em que os legítimos valores de humanidade estarão descartados, fora de moda ou contra as novas leis, restará, como opção, a rendição aos novos tempos ou o aeroporto.

 

A frase que foi pronunciada:

“Na longa história do mundo, apenas algumas gerações receberam o papel de defender a liberdade em sua hora de perigo máximo. Eu não me esquivo dessa responsabilidade – eu a aceito. Não acredito que nenhum de nós trocaria de lugar com qualquer outro povo ou qualquer outra geração. A energia, a fé e a devoção que trazemos para este empreendimento iluminarão nosso país e todos que o servem – e o brilho desse fogo pode realmente iluminar o mundo. E assim, meus compatriotas: não pergunte o que seu país pode fazer por você – pergunte o que você pode fazer por seu país.”

John F. Kennedy, 1961

John Fitzgerald Kennedy. Foto: bbc.com

 

Agência Câmara

Nessa semana, a Câmara dos Deputados terá importante reunião na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. São denúncias entregues ao deputado Aureo Ribeiro, que, segundo ele, são “fatos de elevada gravidade”, e cabe a “envidar esforços para que os esclarecimentos sobre o conluio fraudulento sejam prestados, de maneira a coibir eventuais desvios de recursos públicos”.

Deputado Aureo Ribeiro. Foto: camara.leg

 

Firme e forte

Quando Michel Temer assumiu a Presidência da República, o Partido dos Trabalhadores parece ter esquecido de que ele era aliado e vice da chapa. Com declarações desastrosas do PT sobre alguns técnicos nomeados por Dilma e pelo vice Alckmin quando governava SP, é bom que a turma esteja preparada para uma alternativa que, por ventura, possa aparecer.

Michel Temer. Foto: Cesar Itiberê/PR

 

Tempo certo

Por falar nisso, bem lembram algumas linhas do livro As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano: “Quando as palavras não são dignas como o silêncio, é melhor calar e esperar.”

Foto: divulgação

 

História de Brasília

Com estas chuvas, a escola no barraco fica imprestável, e é até uma maldade manter as crianças naquele local. (Publicada em 13.03.1962)

Vai que

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Lula. Foto: Ricardo Chicarelli – 19.mar.22/ AFP

 

Ouvia sempre essa frase falada pelo filósofo de Mondubim: “O afoito come cru e fervendo. Felizmente queimará os lábios e a língua, o que o impedirá de falar antes de pensar”. Agindo desembaraçadamente como se fosse, de fato, o chefe do Executivo, o proprietário da legenda petista tem pressa.

Alguns de seus bajuladores falam até em pedir a antecipação da posse, se possível para ontem. Vai que o tempo e os desdobramentos do que acontece hoje nas ruas de todo o país atalhe seus projetos. É preciso, pois, mostrar serviço e agir em todas as frentes como se fosse aquilo que ainda não é. Vai que toda essa pantomima, acompanhada de perto pela torcida de boa parte da imprensa, consiga desviar as muitas dúvidas, que não cessam de aparecer. Não custa nada lembrar também o que repetia o filósofo de Mondubim: “A pressa é inimiga da perfeição e mãe do fracasso”.

Com uma estratégia dessa natureza, que parece forçar os acontecimentos, o negócio é não dar tempo para que os ventos mudem de rumo. Vai que a mudança na direção dos ventos obrigue aqueles que não possuem bússola ou direção a ficarem a meio caminho, parados no marasmo e na calmaria.

Para justificar tamanha correria, é preciso primeiro construir narrativas do tipo: “Nesses últimos quatro anos, o Brasil ficou estagnado”. Vai que o mundo, indiferente, acredite nessa hipótese. Há um modo para apressar a chegada do ano novo: sair correndo e gritando, sem parar, que esse dia chegou. Pode não resultar em coisa alguma, mas, ao menos, o tempo e o espaço serão percorridos de tal modo que, quando o dia chegar de fato, de tão exaustos, ninguém perceberá.

Vai que, por uma dessas incongruências da vida, esse tempo linear nunca aconteça. Ou passe a acontecer quando já se sabe ser tarde da noite. Outra característica da pressa é que ela impede a apreciação da paisagem em volta. Vai que, nessa paisagem, vislumbre-se o nervosismo de milhões de brasileiros agitando bandeiras do país. A pressa e a afoiteza ganham ainda mais contradições, quando se verifica que não é a velocidade imprimida e sim a direção que importa. Vai que, com essa correria, não se observe, a tempo, o sinal de rua sem saída ou o aviso de abismo à frente. A pressa, já ensinava o pai da História, Heródoto, gera o erro e a confusão. Por outro lado, é preciso ter em mente que mais proveitoso que a pressa é estar munido de meta. A ansiedade entorpece os sentidos.

Vai que, nessa destrambelhada correria, esse nosso distraído e agitado atleta esqueça de vestir as próprias calças e alguém grite: “ele está nu!” Vai que essa nudez lhe exponha a alma e todos passem a ver de que material é feita. O problema com a pressa é que ela gera promessas que não poderão jamais serem cumpridas. Ou por falta de lastro na razão, ou um tempo para reflexão. O que fica do trem que passa veloz é apenas a impressão de sua imagem que passou.

Vai que essa pressa toda seja um jeito inconsciente de não parar para pensar nas consequências que virão. Pode ser que não e tudo não passe de uma tentativa de correr atrás de todo o tempo perdido, na tentativa vã de reescrever um passado breve, como todo o passado, mas cheio de acontecimentos ruinosos que deixaram um rastro de escombros por todo o país. Vai que as pessoas fiquem sabendo que a pressa é também cega e parece correr num túnel escuro. Vai que tudo isso acabe sem sentido, bem na data que deveria começar.

 

A frase que foi pronunciada:

“Os homens ocasionalmente tropeçam na verdade, mas a maioria deles se levanta e sai correndo como se nada tivesse acontecido.”

Winston Churchill

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

 

Solidariedade

No Varjão, o Centro Social Comunitário Tia Angelina vai fazer uma festa de Natal para a criançada. Cestas básicas e panetones são bem-vindos como doação. Todas as crianças já foram apadrinhadas com material escolar. Quem quiser participar, a entrega das cestas básicas será até o dia 27 deste mês. A festa será no dia 9 de dezembro. Mais informações pelo número 34682480.

 

Erramos

Fundada em 2017, Bäckerei, que significa “padaria” em alemão, é o nome certo da confeitaria que fica no Brasília Shopping e não usa gordura trans nos produtos. Publicamos Bakery.

Foto postada por Kleber Porciuncula, no Google

 

Consumidor

Começa a ser uma alternativa muito importante para os brasileiros. As receitas de manipulação passaram a ter validade depois da aprovação do projeto da ex-senadora Ana Amélia. O controle é rigoroso e, para a manipulação, é preciso a receita médica e documento do paciente.

Ex-senadora Ana Amélia. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

 

História de Brasília

O DFL andou cortando luz de diversas residências em Taguatinga. Não houve explicação para essa atitude. Fica, entretanto, constatado que não foi por falta de pagamento, mesmo porque o Departamento nunca cobrou uma única conta. (Publicada em 13.03.1962)

Eternamente vigilantes

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Foto: Reprodução/Divulgação

 

          Como previsto aqui neste espaço, as gigantescas manifestações por ocasião do bicentenário da Proclamação de Independência do país tiveram a adesão maciça da população, tanto aqui em Brasília, onde dados extra oficiais dão conta de mais de milhão de pessoas, como na antiga sede administrativa do Brasil, o Rio de Janeiro, onde a orla de Copacabana ficou também lotada de pessoas vestindo o verde amarelo, numa demonstração de amor pela pátria que é de todos.

         Obviamente que as manchetes, na maioria dos jornais do país, procuraram divulgar essas manifestações de forma negativa. Alguns mais atrevidos chegaram a chamar as pessoas que compareceram a esses eventos de gado ou outra denominação pejorativa, que diz muito sobre esses tempos adversos onde a polarização política vem dando seu tom sinistro nessas eleições.

         O que a mídia não pode esconder é que as pessoas, que pacificamente foram com seus familiares a esse encontro cívico, o fizeram por um sentimento legítimo de brasilidade. Lógico que embutido, intrinsecamente, nesse sentimento estão todos os valores cristãos e históricos que fizeram do Brasil o que ele é. Nesse conjunto de valores, sobressaem os valores da família, do respeito, da ética e até dos bons costumes, uma prática definida hoje como démodé, ou fora da moda.

         Dizer que o atual presidente tenha se apropriado da data para fazer campanha não tira o brilho da festa cívica, uma vez que qualquer político, que tenha à sua frente centenas de milhares de pessoas, às vésperas das eleições, faria o mesmo ou até pior. O fato é que o atual mandatário, goste dele ou não, trouxe o verde amarelo de volta às ruas. Não como bandeira sua, o que de fato não é, com tudo de bom e de ruim que isso possa representar.

         O atual presidente, por iniciativa própria, resgatou as cores legítimas da bandeira nacional. Apenas por essa façanha, que pode ser marqueteira ou não, fez o que nenhum outro candidato teve a imaginação de fazer antes. É preciso lembrar aos mais jovens que, em outras solenidades cívicas, o que se viam eram bandeiras vermelhas, em alusão ao partido de esquerda no poder, ou uma estrela no jardim do Palácio da Alvorada. Também eram vistas, nessas festas cívicas, bandeiras saudando movimentos de invasão de terra e de sindicatos, cooptados, todos irmanados num processo de conjuração para transformar o país numa ditadura do tipo comunista, onde o Estado e os que estão próximos a ele é que mandam e nadam em mordomias e privilégios.

         Sabedor desses perigos, o povo foi, mais uma vez, às ruas, dizer sim ao Brasil e não à hegemonia e às ditaduras, disfarçadas de democráticas. Os brasileiros saíram, ordeiramente, de seus lares e foram para as praças de todo o país no Dia da Pátria, para reafirmar que os conceitos, e mesmo as práticas oriundas da independência de 1822, ainda vigoram e ecoam no coração de muitos e devem vigorar para o futuro.

         A mensagem que a Nação deixa nesse 7 de setembro é que o grito de independência, talvez mais do que em outras ocasiões da nossa história, faz-se necessário e urgente. O gesto simbólico da vinda do coração do patriarca da Independência ao Brasil, também tão duramente criticado pelos corações de pedra da democrática esquerda, deixa uma mensagem e um alerta para os perigos que todos os brasileiros correm ao deixar de lado os ideais de independência e liberdade. Mais do que uma manifestação pela pátria, as comemorações desse 7 de setembro alertam para a necessidade de todos permanecerem eternamente vigilantes.

*esta coluna é opinativa, não corresponde necessariamente à linha editorial deste jornal.

 

A frase que foi pronunciada:

“Sempre foi fácil odiar e destruir. Construir e valorizar é muito mais difícil.”

Rainha Elizabeth II

Rainha Elizabeth II em seu casamento. Foto: Topical Press Agency/Getty Images

 

Encontro

Aos 37 anos, a escola Visconde de Cabo Frio, na L2 Norte, vai fazer um encontro no sábado entre famílias de alunos, ex-alunos e ex-funcionários. A ideia é reencontrar quem viu a instituição nascer, saber onde estão essas pessoas e o que fazem. Para provocar a memória, uma exposição de fotos será montada. O evento Manhã da Saudade, começa às 10h do dia 10, neste sábado.

Foto: cabofriodf.com

 

Kamikazes

Zebrinhas são o transporte coletivo sobre rodas mais rápido e confortável do Plano Piloto. Mas há alguns problemas. Não há paradas próprias e a velocidade que passam nos balões das entrequadas tira um lado do veículo do chão.

Foto: conteudo.ebc.com

História de Brasília

Na escola pública, a sala da diretoria é uma mesa jogada num corredor infecto, lamacento, caindo aos pedaços. As crianças não usam caderno dia de chuva. Á água molha tudo. (Publicada em 10.03.1962)

Os males do ócio no poder

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Foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press

 

Temerosos com o que possa vir a ocorrer durante as manifestações de Sete de Setembro próximo, muitos governadores já se anteciparam aos acontecimentos e estão decretando ponto facultativo para o dia anterior (6), na intenção de esvaziar possíveis agitações descontroladas. Trata-se de uma medida sensata e que pode surtir um efeito benéfico no sentido de resfriar os ânimos, levando parte da população a programar, quem sabe, um fim de semana mais esticado, de preferência longe dos centros urbanos e dos agitos.

Muitos moradores que residem próximo às avenidas onde estão previstas essas manifestações estão tratando de se ausentar dessas áreas, com medo do que possa acontecer. Essa é, até agora, a triste realidade que muitos brasileiros estão tendo que enfrentar para fugir do caos. E pensar que, no passado, essa era uma data aguardada por todos. O Sete de Setembro que, em épocas passadas, era comemorado festivamente e com certo orgulho como sendo o Dia da Independência e do nascimento de uma nação, agora teve seu propósito momentaneamente alterado de modo incidental, mas maldoso para atender a outras finalidades, obviamente não ligadas aos justos anseios do conjunto dos cidadãos brasileiros.

É preciso dizer, com todas as letras, que o Sete de Setembro não pertence a esse e nem a nenhum outro poder de passagem, e muito menos pode servir de chamariz para manifestações de claques incultas, que desconhecem o verdadeiro significado dessa data para a nacionalidade. Trata-se aqui de um oportunismo do tipo traiçoeiro, que utiliza datas nacionais para proveito próprio.

O que a história nos ensina é que nove em cada dez ditadores, que surgem pelo mundo, utilizam a datas nacionais mais importantes para deixar uma marca personalista nessas festividades, com o intuito de passar para a população uma imagem farsesca e subliminar de “pai da pátria”, a quem os filhos, no caso os cidadãos, devem, obrigatoriamente, recorrer em momentos de incertezas.

O Sete de Setembro não pode ser aviltado dessa forma, transformado numa farsa política de qualquer partido que queira baderna. Em última análise, busca tão somente o estabelecimento de um tipo peculiar e tupiniquim de manipulação das massas de todos os lados da Praça dos Três Poderes.

Para aqueles analistas já calejados com esses ciclos de instabilidade provocados por quem não está satisfeito com os rumos do país, infectados pelo veneno da picada da mosca azul, o que temos pela frente é a mais pura incitação a arruaças, instigadas por arruaceiros que querem ver o Brasil arder em desunião e desordem. Para alguns mais irônicos, o que está acontecendo deriva unicamente do excesso de ócio e de tempo vago, o que, em certas pessoas, acaba provocando um certo impulso em puxar a toalha da mesa do jantar, apenas para ter o prazer instantâneo de ver as taças de cristais e todo o resto voando pelos ares. Como diria o filósofo de Mondubim: Dá uma vassoura ou uma enxada para essa gente!

A frase que foi pronunciada:

Melhor que o ócio criativo é o ócio construtivo.”

Alex Bruno

Simples assim

Já se transformou em padrão. O governo pede para a população economizar energia e meses depois aumenta o valor da conta, que arrasta tudo mais: carne, peixe, e por aí vai. Se houvesse política pública para a manutenção das nascentes, o problema não teria chegado a esse ponto.

Charge do Marco Jacobsen

Susto

Várias pistas da cidade estão recebendo pintura nova. Um local desprezado é a W5. Lá, todo quebra mola surpreende com a altura respeitável.

Captura de imagem do Google Maps

Mares

Os ventos levam a Família Schurmann para uma nova expedição mundial. Batizada de Voz dos Oceanos, a saga será contra poluição dos mares. Com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, durante dois anos, tripulantes do veleiro Kat visitarão 60 destinos, entre eles, 11 cidades brasileiras.

Sensíveis

Paul Burton inspirou a Diretoria de Educação Ambiental e do Núcleo de Bem-Estar Animal (NBEA). Anos atrás, Burton tocou piano para elefantes na Tailândia e o resultado foi surpreendente. Wandrei Braga, que foi aluno de Neusa França, foi convidado para a mesma experiência no zoológico de Brasília. Os animais renderam-se ao som do piano e a experiência foi marcante. Assista nos perfis oficiais do Zoológico de Brasília e do Wandrei, no Instagram: @zoobrasilia e @wandrei.

Reprodução: perfil oficial do Wandrei Braga no Instagram

História de Brasília

É uma repartição deficiente desde a sua fundação, ao tempo da ditadura. Ao invés de informar os atos do govêrno, fica, em geral, endeusando as pessoas, e é por isto que cada govêrno muda logo de diretor. Vem daí a política, o amigo, o compadre, o conterrâneo, e tudo mais que possa prejudicar. – AC. (Publicada em 07/02/1962)

Clique aqui – O caldeirão do mundo ferve

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: REUTERS|REUTERS-QUALITY

 

Dois mil e vinte será, definitivamente, um ano para não ser esquecido. As razões, se é que se pode falar em razão nesses tempos conturbados e ilógicos, estão tanto lá fora, no exterior, quanto aqui dentro, no Brasil. Como uma ola, programada e uníssona, o planeta vem sendo varrido por uma onda que mistura revolta contra o establishment e contra o status quo,  voltando-se contra, também, a um modelo de capitalismo, que para de produzir gerações cada vez mais empobrecidas e postas à margem da sociedade.

“O que está acontecendo com o Ocidente democrático?”, perguntam as autoridades de muitos países, inclusive daquelas nações que, até há pouco tempo, serviam de modelo a ser seguido para o resto do mundo. Multidões formadas, na sua maioria, por jovens desempregados ou com pouca perspectiva de se estabelecerem num mundo, que vai se transformando radicalmente e numa velocidade impossível de ser seguida, estão ocupando as ruas, aqui e em toda a parte. De fato, em cada canto do planeta, essas multidões possuem suas motivações para marcharem pelas ruas e elas não diferem muito de país para país.

Pelo o que se tem visto até aqui, os governos, tanto no Brasil quanto na América do Norte e na Europa, não demonstraram, até o momento, possuírem respostas satisfatórias capazes de conter as massas agitadas. O que parece é que ingredientes maléficos e bem conhecidos de todos nós, de outros tempos e lugares, como o desemprego, o racismo, a crise econômica, o fanatismo político e religioso, a xenofobia, o terrorismo e outras pragas foram se juntar, todos de uma só vez, no caldeirão fervente de nossas sociedades atuais.

O que está por emergir, dessa mistura explosiva, ainda não se sabe o que será. Por certo, não resultará em coisa boa. O pior nessa mistura de ingredientes venenosos é que essas ondas de protesto não parecem obedecer ou temer a autoridades, pandemia, quarentena, ordens para que todos fiquem recolhidos em casa, nem mesmo o perigo de um vírus, para o qual ainda não há remédio eficaz, parece forte o suficiente para deter as massas enfurecidas. Assim como um fato isolado e de importância relativa pelas dimensões que alcançou, no caso do assassinato do arquiduque Francisco Fernando do Império Austro-Húngaro, em junho de 1914, e que mergulharia o mundo no morticínio da primeira Guerra Mundial (1914-1918), a morte de George Floyd, um afrodescendente, por um policial americano branco, vem, como um rastilho de pólvora, ameaçando explodir o mundo e os valores do Ocidente.

Ironicamente, os motivos que detonam esses conflitos de grandes proporções, são invariavelmente de dimensões microscópicas, localizadas em algum ponto perdido do planeta, mas que, dependendo do momento exato e propício, atingem proporções globais. Quantos homens, negros e brancos, principalmente negros, são mortos por policiais brancos a cada instante em todo o mundo e, principalmente, no Brasil e nada de maior relevância acontece com esses milhares de casos, que se transformam, rotineiramente, em números estatísticos para o Mapa da Violência.

A diferença entre esses casos corriqueiros e o que aconteceu nos Estados Unidos, onde a cena foi filmada e correu o planeta, é que, nesse caso específico, a morte de Floyd representou a gota d’água num mundo prestes a transbordar e entornar o caldo deste século XXI, que também teve sua inauguração pelo gesto suicida dos ataques às Torres Gêmeas em Nova Iorque, em setembro de 2001. O mais preocupante nessas revoltas em escala global é que elas parecem não mais obedecer o que mandam ou orientam as autoridades locais, mesmo que elas recorram à repressão.

Esse fator pode representar um ponto de virada significativo nesses movimentos e conduzir esses protestos para os caminhos perigosos da insubordinação civil generalizada, estágio de insurreição social no qual as leis parecem pouco eficazes e onde a violência do Estado é sempre o tratamento radical a ser empregado, o que resulta em um grande número de mortes.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Em política há serviços que só podem ser solicitados aos adversários.”

A. Capus foi um jornalista e dramaturgo francês.

 

Compliance

Foram bastante inteligentes e práticas, as várias iniciativas de drive-thru para resolver o problema de vacinação, cartórios, mercados, lanchonetes. Faltou a mesma iniciativa para que os candidatos do concurso dos Bombeiros entregassem a documentação. É simples. Adiar não faz sentido.

Print: idecan.org

 

Esperança

Sem as várias terapias necessárias, crianças com autismo perdem oportunidades de desenvolvimento. Essa foi uma das justificativas para que a 5ª Vara Cível da Comarca de Santos julgasse procedente o pedido da mãe e determinasse que o plano de saúde cobrisse o tratamento multidisciplinar com Terapia Psicológica, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Psicopedagogia, pelo método ABA (sigla em inglês para Análise do Comportamento Aplicada), indicado pelo médico que assiste o paciente.

 

Incremente

Uma amostra do desemprego pode ser atestada no portal da Secretaria do Trabalho. Há cadastro a ser preenchido. Mas apenas uma vaga disponível.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Já há alguns invasores produzindo em Sobradinho e estes deviam ter sua situação regularizada. Quanto a exigir documentos de que é agricultor, vou contar uma história: um amigo meu trouxe cinco atestados de Goiânia, em branco para distribuir a amigos seus que desejassem adquirir granjas do DGA. (Publicado em 09/01/1962)

Clique aqui – Radicais sem cérebro dispensáveis ao país

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Charge do Renato Peters, repórter de esporte da TV Globo

Para os que buscam o bom senso e o equilíbrio entre opostos e as vicissitudes da vida, o melhor caminho a seguir é aquele situado no meio, onde se pode observar, com mais justeza e equidistância, as nuances de cada lado da estrada. O filósofo de Mondubim costumava ressaltar essa posição com o ditado: “Nem tanta fome ao pão, nem tanta sede ao vinho.” Sintetizado numa palavra, seria a tal da temperança, qualidade difícil de ser encontrada hoje em dia nos homens públicos desse país.

Através dessa virtude, que muitos consideram inata, é possível ao indivíduo manter-se tranquilamente sempre dentro de seus limites éticos, o que o torna naturalmente protegido contra todos os tipos de tentações desse mundo. Fora dessa qualidade, o que se tem é o vício do radicalismo, que reduz no indivíduo a capacidade de enxergar o mundo em volta de si, conduzindo a uma posição de miopia, obrigando a perceber somente o que deseja, da maneira como quer.

O Brasil, que já experimentou nessas últimas décadas o sabor amargo do radicalismo de esquerda, com todas as suas consequências ainda bem visíveis, passa agora a ter que conviver e aturar com o outro lado da moeda, onde pululam, com mesmo ardor irracional, os radicais de direita. Invasões de terra, facadas, mortes mal explicadas, cuecas cheias de dinheiro, apartamentos para abrigar notas de R$100, fugas ensandecidas, apoio à doação para governos antidemocráticos, autoridades que ao discursar para outros países deixavam os tradutores de cabelo em pé e radicais em êxtase. De nada adiantaria qualificar esses radicais, de um lado e de outro, de insanos ou de massa de manobra, ou qualquer outro epíteto negativo. São o que são e vivem dessa ilusão, como um leitmotiv de suas existências vazias. É o que sempre se soube: quem não constrói seu porto seguro interno, vai buscar em outrem onde lançar as âncoras de seu barco.

Com isso, novamente as cenas se repetem, mesmas pregações, com sinais trocados, os mesmos insultos e agressões, tudo placidamente ignorado pelo governo de turno e seu grupo de apoio ideológico, como era feito no passado. O vermelho cedeu lugar ao verde e amarelo, sequestrado inescrupulosamente da bandeira nacional. As recentes agressões ao pessoal da saúde, que fazia um movimento silencioso na Esplanada dos Ministérios, seguidos da carreata pregando o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo e pela volta dos militares ao poder deu a deixa para que jornalistas fossem também agredidos. O acampamento formado por simpatizantes do atual governo, armado em frente ao Congresso Nacional e pregando abertamente o extermínio da esquerda é apenas o mais do mesmo. Um déjà-vu.

Travestidos de paramilitares, esses arruaceiros pretendem arregimentar um grande número de “novos insurgentes” para treiná-los em técnicas de revolução não violenta e desobediência civil, técnicas de estratégia, inteligência e investigação, organização e logística de movimentos contrarrevolucionários, entre outras táticas de agitação. Trata-se, a exemplo do antigo exército de Stédile, de um grupelho do tipo Brancaleone, onde, além das trapalhadas de praxe, podem provocar ainda mais ruídos e desentendimentos nesse governo já, por si só, instável e belicoso.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Nós deveremos ser lembrados na história como a mais cruel, e, portanto, a menos sábia, geração de homens que jamais agitou a Terra: a mais cruel em proporção à sua sensibilidade, a menos sábia em proporção à sua ciência. Nenhum povo, entendendo a dor, tanto a infligiu; nenhum povo, entendendo os fatos, tão pouco agiu com base neles.”

John Ruskin, escritor e desenhista.

Foto: wikipedia.org

 

Mãos pelos pés

Faz tempo que essa coluna insiste na peçaneta. Felizmente começaram a trocar as mãos pelos pés. Veja a seguir projetos populares de PVC para que ninguém toque no recipiente de álcool em gel quando for usá-lo. Veja também o que a Associação Nacional dos Inventores criou para aumentar a higiene em hospitais.

 

Só de maldade

Sistema automatizado do Ministério da Saúde liga para as residências de todo o país com questionário sobre o Coronavírus. Bandidos gravaram a ligação e, no final, avisam que estão enviando um código para validar as perguntas. Caso os desavisados digitem esse código no celular, o WhatsApp deixa de funcionar. Veja no link Golpe no WhatsApp convence vítimas o que aconteceu com um jornalista.

Imagem: tecnologia.ig.com

 

Criatividade

Como o brasileiro, não tem igual. Para poder andar livremente de bicicleta pelas calçadas da cidade sem ser importunado, os criativos usam uma mochila de entrega de comida mesmo sem ter nada dentro.

Foto: entregador.ifood.com

 

Solidariedade

Contribuintes têm até o dia 30 de junho para entregar a declaração do Imposto de Renda. Uma oportunidade de praticar a solidariedade em comunidades afetadas pela pandemia. Veja a seguir como fazer.

–> Imposto Solidário: doações contribuem com comunidades afetadas pela pandemia

Menos de 3% das pessoas destinam o imposto a instituições sociais. Site ensina passo a passo de como destinar o imposto para instituições sociais

O período para entrega da declaração do Imposto de Renda (IR) foi estendido até o dia 30 de junho no Brasil, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O compromisso, que pode ser visto por muitos brasileiros como burocracia, também é uma oportunidade de praticar a solidariedade. Por meio da declaração, os contribuintes podem destinar até 3% do imposto para instituições e projetos de alto impacto social. Até o momento a Receita Federal recebeu apenas 35% das declarações.

Segundo dados da Receita Federal, menos de 3% dos contribuintes fazem doações com o Imposto de Renda. Como a grande maioria da população não conhece os benefícios de destinar, esse ano as instituições temem que esse número seja ainda menor. “O dinheiro do contribuinte já seria pago ao governo de qualquer maneira, e o imposto solidário abre portas para que ele possa destinar para um projeto que conhece e ainda acompanhar como o valor é aplicado. O mais interessante é que o valor retorna ou é abatido para a pessoa na restituição em 2020 ou no próximo ano”, explica o gerente de Parcerias e Marketing do Marista Escolas Sociais, Rodolfo Schneider.

Segundo o especialista, se a pessoa tiver imposto a restituir, o valor doado é acrescentado ao montante (calculado já no sistema da Receita) e ele o recebe no período de restituição. Se o contribuinte tiver imposto a pagar, o valor doado é descontado do débito.

Site ensina passo a passo de como doar

Com a intenção de explicar o passo a passo para efetuar uma doação via imposto de renda, o Marista Escolas Sociais, que atende mais de 7 mil crianças, adolescentes e jovens em 20 Escolas e Unidades Sociais nos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, preparou um site detalhando todas as etapas. Ao acessar impostosolidario.org.br, o contribuinte pode entender todos os processos e conhecer instituições que poderão ser beneficiadas.

Educação é uma das áreas impactadas

Um dos projetos disponíveis para receber os recursos via Imposto de Renda é o “Educação – O futuro é para todos”, que beneficia mais de 2 mil crianças, adolescentes e jovens de 0 a 17 anos. A iniciativa oferece educação gratuita em cinco escolas sociais localizadas em áreas de vulnerabilidade social na Zona Leste de São Paulo, Santos e Ribeirão Preto.

As doações podem promover a expansão de laboratórios, projetos de educomunicação, capacitação de educadores, revitalização de espaços e melhorias no acervo das bibliotecas. Mais de 40% das famílias atendidas nos locais estão abaixo da linha da pobreza e vivem do trabalho informal, sendo fortemente atingidas pela pandemia do coronavírus.

Durante o período de isolamento social, as Escolas Sociais têm promovido atividades para todos os alunos, de acordo com a realidade de cada família, sendo disponibilizadas de forma impressa e retiradas na escola ou enviadas via redes sociais e whatsapp.  Para o aluno Gustavo Henrique do Nascimento Santos, de 14 anos, estudante do Marista Escola Social Irmão Lourenço,  na Zona Leste de São Paulo, as atividades têm ajudado a manter a rotina. “Tem sido muito bom. O plantão dos professores tem ajudado bastante, é muito importante termos essa oportunidade”, revela.

Marista Escolas Sociais

Marista Escolas Sociais atende gratuitamente 7700 crianças, adolescentes e jovens por meio de 20 Escolas Sociais, localizadas em cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Os alunos atendidos nas Escolas Sociais têm acesso a uma educação de qualidade e gratuita que vai desde a educação infantil até o ensino médio, além de projetos educacionais e pedagógicos que acontecem no período contrário às aulas. https://maristaescolassociais.org.br/

 

Estranho

Desde a manhã até o último jornal, em vários canais de TV, por streaming ou rádio, jornais,  Covid-19 é imbatível na primeira colocação como assunto ou destaque. Estranho mesmo é que a palavra que designa o país responsável por essa revolução mundial não é citada em nenhuma matéria.

Charge do Alex

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Mas Brasília vive, Brasília continua, nos seus 600 mil metros quadrados de construção já realizados, nos seus 240 quilômetros de esgotos já plantados, nos seus 90 milhões de litro d’água de reserva, no seu milhão e meio de metros quadrados de asfalto de primeira. (Publicado em 06/01/1962).

Das panelas às redes sociais

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Foto: twitter.com/jornaloglobo (protesto no Rio de Janeiro em 17 de junho de 2013)

 

Como território livre que é, em boa parte do mundo Ocidental, as redes sociais vêm se constituindo numa espécie de quarto poder, maior inclusive do que a própria imprensa e as mídias tradicionais, que até pouco tempo ocupavam essa posição de destaque. Em breve, esse fenômeno contemporâneo, intimamente ligado às novas tecnologias que estão surgindo, alterará o modelo secular de democracia que conhecemos até aqui e que tem conduzido o Ocidente democrático num caminho de razoável estabilidade. A rede de comunicação virtual adentrou para um mundo de novíssimas e amplas possibilidades, sequer sonhadas.

Quanto à essa constatação, o que parece mais importante e até urgente é passar a entender esse fenômeno, para que de alguma forma ele seja incorporado e aceito como uma força da cidadania. Outro ponto que parece indiscutível é que esse é um universo a ser explorado e não regulado como pensam os defensores do antigo regime e da velha política. Não é por outra razão que, durante a era petista, muito esforço foi empreendido no sentido de regulação das mídias, todas elas, inclusive as redes sociais.

Obviamente que não se trata aqui de implantação de uma democracia do tipo direta, saltando por cima do Legislativo, mas no sentido de fazer valer, ao pé da letra, o que diz o início da Constituição de 1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Essa realidade, por seu poder numérico e onipresente, pode ser classificada como a democracia do “porvir”. De fato, está a balançar as colunas do poder, reclamando para si o que é seu por direito.

No Brasil e em alguns outros países, esse novo fenômeno, do cidadão onisciente ou plugado, tem provocado significativas modificações no velho edifício do Estado. Eleições como as realizadas por Barack Obama nos Estados Unidos mostraram o poder das redes sociais na eleição de candidatos, até aqui improváveis.

O mesmo fator levou também a eleição de Jair Bolsonaro ao poder, numa demonstração clara de que os velhos mecanismos eleitorais que consumiam bilhões de dólares ou de reais em campanhas sofisticadas, super produzidas e de alto nível de marketing, eram apenas um biombo a esconder trapaças de um grande e rico circo político. A derrocada pesquisa eleitoral em 2018, dos principais institutos de opinião do país, fala por si só.

É preciso notar ainda que, entre nós, o desgaste na imagem de políticos e de partidos tradicionais, sobretudo com a deflagração de uma série de investigações, realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, revelaram para a população em geral que o modelo de delegação do poder de representação atual necessitava ser, mais do que depressa, revisto e redesenhado. Isso sem falar no poder de convocação instantânea para que a população ocupe as ruas em manifestações gigantescas e com resultados certeiros. É justamente nesse sentido que estão sendo preparadas as próximas manifestações previstas para o dia 15 desse mês. O bafo quente da multidão nas ruas vai, pouco a pouco, incomodando o velho establishment, pedindo passagem para o século XXI nascente.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Qualquer eleição precisa ter mecanismo de auditoria. Não tem? Não serve.”

Presidente Jair Bolsonaro pensando com os seus botões

Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 9.abr.2019

 

Repaginado

Um dos grandes problemas apontados para o futuro é o envelhecimento da população. Esses idosos não deixaram de pagar impostos, taxas e a previdência. Problema mesmo são pessoas saudáveis por todo o país que não querem trabalhar para não perder o Bolsa Família. Isso sim é perigoso.

Charge do Sizar

 

Portaria 2362

Possivelmente a solução adotada pelo Ministério da Cidadania em cortar serviços de assistência social pelo país deverá colocar na balança apenas as pessoas que realmente precisam de atendimento. A gestão do recurso deverá ser criteriosa para atender quem realmente precisa.

Foto: desenvolvimentosocial.gov

 

Dúvida

Quem ficou de boca aberta foi a população com a ideia do deputado Emerson Petriv de propor um Projeto de Lei para cortar as mãos de políticos corruptos. Petriv, mais conhecido como Boca Aberta recebeu a seguinte pergunta de um eleitor: “E quem votaria nessa lei?”

Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

 

Proatividade

Disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista à Folha: “Teimaram comigo. Falei: é uma pandemia, e desde a semana passada o Brasil já trata como pandemia. Porque era óbvio. Se você tem uma transmissão sustentada em tantos países, como vou ficar procurando país por país, quem veio de onde? Isso pelo menos três semanas atrás já era impraticável para os sistemas de saúde”. É médico, entende do assunto.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outra coisa é com relação às nomeações. Os atos do presidente Juscelino estão rasurados, com visível troca de nomes, e há alguns casos, em que várias pessoas foram nomeadas para o mesmo cargo. (Publicado em 17/12/1961)