Desafios sobrenaturais

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ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

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Qualquer que seja o eleito que venha a ocupar o comando do Poder Executivo, em janeiro de 2019, terá que lidar com um país onde as instituições do Estado, em razão do repetido comportamento inadequado de muitas lideranças políticas, não gozam de boa reputação aos olhos dos cidadãos. Ao longo dos anos, a grande maioria dos brasileiros moldou para si a imagem de que o Estado nada mais é do que uma gigantesca máquina burocrática que sobrevive às custas de um pesado confisco de tributos e taxas de todo o tipo, extraídos à fórceps dos contribuintes.

Pior, a impressão dos cidadãos hoje é que o Estado e suas potencialidades estão postos à serviço justamente daqueles que controlam diretamente o governo e das grandes corporações que financiam boa parte dos operadores políticos junto ao governo. Na prática, os cidadãos observam que essas relações distorcidas e injustas estão na origem das desigualdades sociais e econômicas que tornam o Brasil o campeão mundial nesse quesito.

Ao juntar numa só entidade Estado e governo, a população, em geral, passa a perceber, no seu dia a dia de agruras, que ambos têm sua existência e permanência ao longo do tempo, garantidas graças ao esforço e sacrifício imposto à grande parcela da nação, principalmente as camadas de baixa renda. Não é por outra razão que governo e a máquina pública do Estado, de forma geral, são as instituições com os maiores graus de descrédito junto aos brasileiros.

 

A frase que foi pronunciada:

“Repito o que não estamos no fim do mundo. Estamos, sim, vivendo uma inesperada e imensa renovação. Dizem que é conservadora. Se Marx, vivo estivesse e brasileiro fosse, diria que o certo seria chamá-la de revolucionária.”

Roberto Damatta

Foto: jornaldacidadeonline.com.br

Mutreta

É bom dar uma olhada no ticket dos estacionamentos pagos. Às vezes, 4 minutos a menos no relógio da empresa faz com que você pague uma hora a mais se seguir o seu tempo.

Cotidiano

Complementando as notas da coluna sobre o assunto, há material consistente escrito por Carolina Orbage de Brito Taquary: A episiotomia e a mutilação genital feminina no Brasil sob o enfoque penal. O trabalho deveria ser consultado pelo Ministério da Saúde para adotar políticas públicas sobre a prática.

Imperdível 1

Terça-feira, dia 23, às 20h, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, em seu trabalho de intercâmbio, terá, em parte do programa, a condução do maestro Eldom Soares. O repertório é uma obra recente, a Missa das Crianças, do maestro inglês John Rutter. Com o solo de Renata Dourado e Gustavo Rocha, o coro será composto pelo Coral Ad Infinitum, Cantus Firmus Infanto-Juvenil e Louvor Teen. Na Igreja Adventista de Brasília, 611 Sul. Entrada franca.

Imperdível 2

Já o Concerto Duplo para Marimbas, Tímpanos e Orquestra será conduzido pelo maestro Claudio Cohen tendo como solistas o compositor da obra Ney Rosauro e Lucas Donato. Também terça-feira, dia 23, às 20h, na Igreja Adventista de Brasília, 611 Sul. Entrada franqueada ao público. Veja o cartaz no blog do Ari Cunha e compartilhe!

Solidariedade

A P13 Produções, que realiza no dia 26 desse mês a festa Uma Noite Carioca, no Minas Hall, lançou uma campanha pela vida. Uma ação social que dará 200 ingressos: 100 destinados para quem se inscrever no cadastrado nacional de doadores de medula, e 100 para quem doar sangue. Pode ser feito em qualquer Hemocentro, basta o interessado encontrar a unidade mais perto. Em seguida, é só seguir as instruções que está no Instagram @p13producoes.

Sabin

O Sabin esclarece que qualquer campanha em relação ao Outubro Rosa promovida pelo laboratório só deve ser considerada pelo público se estiver nos canais sociais da empresa.

Uniceub

Assim como o Google nasceu em uma garagem, iniciativas despretensiosas como a apresentação de casos de sucesso no empreendedorismo podem ser inspiração promissora. Acontece no Uniceub o 26º Workshop do Empreendedor (WSE), de 22 a 26/10, das 8h às 11h20, no Campus Norte e de Taguatinga II. Detalhes da programação no blog do Ari Cunha.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Desta forma, somente na próxima semana estará em Brasília o novo prefeito, para assumir o cargo. (Publicado em 02.11.1961)

Nobel para Emmanuel

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

“Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.”

Carlos Drumond de Andrade.

Foto: noticias.ufsc.br
Foto: noticias.ufsc.br

      Não chega a ser uma surpresa, num país em que a leitura e a intimidade com os livros é hábito ainda pouco praticado, que um escritor nascido em Santa Catarina, em 1945, venha a ser o nome indicado esse ano para a Academia Sueca ao Prêmio Nobel de Literatura 2018 e essa honraria tenha sido simplesmente ignorada pela grande mídia.

          A candidatura de Emmanuel Tadeu Medeiros Vieira ao prestigioso prêmio foi feita pela International Writers and Artists Association (IWA), uma entidade com sede em Ohio, Estados Unidos, com representantes na UNESCO e que congrega atualmente 1760 membros em 156 países. O reconhecimento da obra de Emmanuel Medeiros, por uma respeitada entidade internacional, faz jus, para todos que acompanham a obra desse prolífico escritor e poeta, radicado em Brasília desde 1979, a obstinação de toda uma vida dedicada à literatura.  Com mais de 25 livros publicados, a maior parte de contos e novelas, Emmanuel foi agraciado em 2010 pela União Brasileira de Escritores (UBE) com o melhor romance de 2009, “Olhos Azuis: Ao Sul do Efêmero”.

             Graduado em Direito, Emmanuel foi membro do Conselho editorial do jornal Movimento e do jornal Opinião, sendo também fundador de importantes Grêmios Literários e Cine-Clubes. Como escritor, participou de mais de 50 antologias no Brasil e no exterior, sendo reconhecido por seu estilo e ritmo veloz. Sua obra, analisa o escritor Paulo Miranda, possui uma narrativa de quem filma em plano americano, mas descreve os detalhes como um analista freudiano, o que demonstra sua enorme bagagem humanista e fluência natural. Escrevendo de forma limpa e direta, com grande talento para citações, Emmanuel Medeiros recebeu críticas elogiosas de consagrados escritores como Carlos Drummond de Andrade, Mario Quintana, Moacir Scliar, Caio Fernandes Abreu, Paulo Leminsk, Otto Maria Carpeaux, dentre outros. Sua obra literária é sobretudo memoralista, testemunha do seu tempo, de sua geração, de sua ilha de Florianópolis, onde passou a infância e a adolescência, e de Brasília onde veio a residir e trabalhar.

Foto: agenciaabraco.org
Foto: agenciaabraco.org

         Tímido e avesso às badalações, o escritor ficou surpreendido com a lembrança de seu nome para a indicação ao Prêmio Nobel, acreditando se tratar de uma espécie de “pegadinha” feita pelos amigos para levantar seu humor, por conta de uma enfermidade inesperada que insiste, em vão, lhe tolher o ânimo e a criatividade fecunda.

      Com a indicação agora da IWA, que conta entre seus integrantes escritores e pensadores do quilate de um Eduardo Galeano, Noam Chomsky, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto, Arthur Miller, Jorge Amado, Ernesto Sábato, Júlio Cortázar e outros de renome, com certeza irá atrair as atenções de todos sobre a obra de Emmanuel Medeiros e quem sabe com isso contrariar o dito do próprio Carlos Drummond de Andrade de que lutar contra palavras é a luta mais vã.

A frase que foi pronunciada:

“A esperança é um urubu pintado de verde.”

Mario Quintana disse só verde.

 

Leitor 1

A superior qualidade do som em FM torna a Rádio Ministério de Educação e Cultura (Rádio MEC) a escolha por excelência para a transmissão de gravações de CDs de música erudita. A rádio difusão caminha para a FM. Uma prova é que o número de estações em FM aumenta constantemente, enquanto o das AM está estagnado.

Leitor 2     

Em Brasília havia apenas 11 estações de rádio em AM contra 35 em FM. É necessário, portanto criar uma Rádio MEC FM em Brasília, com programação diferenciada, como ocorre no Rio, ficando a FM com uma linha basicamente de música erudita e a AM de música popular 100% brasileira, como é no Rio de Janeiro. Roldão Simas faz o histórico que resgata a oportunidade de Brasília poder ter músicas eruditas transmitidas por FM.

Imagem: radios.redecol.com.br
Imagem: radios.redecol.com.br

Laboratório Sabin

Unidade do Metrópole Shopping em Águas Claras, sob a gerência de Marceana e sua equipe, atuam com maestria e carinho ao tranquilizar as crianças na coleta de exames ou vacinação, sucesso absoluto com os pequeninos, nos conta Renato Mendes Prestes.

Concurso App

Aproveitando o Campus Party Brasília 2018, o Senado e Câmara lançam o Desafio VisitApp. O aplicativo de longa duração, que tornar a visitação, um passeio virtual ao Congresso Nacional, a mais dinâmica possível. O 1º lugar receberá R$ 15 mil, o 2º, um notebook Dell Alienware 17″ R5, e R$ 5 mil para o terceiro lugar. A inscrição é gratuita pelo site congressonacional.leg.br/desafio.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O ministro do Trabalho, sr. Franco Montoro, outro dia esteve em Brasília, e não foi, sequer, ao seu gabinete. (Publicado em 25.10.1961)