Tag: #JeitinhoBrasileiro
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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A frase que foi pronunciada:
–> Ajufe Mulheres manifesta solidariedade a juízas afegãs
A Associação dos Juízes Federais do Brasil, por meio da Comissão Ajufe Mulheres, emitiu nota pública, nesta quinta-feira (19/08), expressando solidariedade e preocupação com juízas que exercem a função no Afeganistão.
No documento, a Ajufe Mulheres afirma que os incidentes ocorridos recentemente no país “trazem à tona a importância de uma atenta vigilância sobre os limites impostos ao Estado Democrático de direito, para que, assim como no Afeganistão, o futuro para as mulheres não retorne ao passado.”
Leia abaixo a íntegra da Nota:
“A Associação dos Juízes Federais do Brasil, por sua Comissão Ajufe Mulheres, diante dos recentes acontecimentos no Afeganistão, vem a público prestar solidariedade e externar preocupação com as juízas mulheres que exercem a sua função no país.
As agências internacionais informam que há cerca de 270 magistradas que estão em risco por desempenharem uma função proibida para as mulheres pelo regime talibã e, adicionalmente, por terem julgado e condenado membros do regime, que retomou o controle do país.
Tornaram-se vulneráveis, portanto, porque são mulheres e porque exerceram a atividade jurisdicional.
O episódio expõe a fragilidade dos direitos fundamentais sob o comando de forças totalitárias, especialmente para os grupos mais vulneráveis, como as mulheres e meninas, colocando em xeque avanços civilizatórios recentemente conquistados por elas. Do mesmo modo, impõe lembrar que não há Poder Judiciário livre sob as forças de regimes autocráticos.
Os incidentes trazem à tona a importância de uma atenta vigilância sobre os limites impostos ao Estado Democrático de direito, para que, assim como no Afeganistão, o futuro para as mulheres não retorne ao passado.
A Ajufe se une a outras associações de mulheres juízas organizadas internacionalmente para apelar que a ajuda humanitária inclua também a retirada de juízas e juízes, porque “a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar” (Martin Luther King).”
Brasília, 19 de agosto de 2021.
História de Brasília
Efetivamente, não é função da Caixa Econômica a venda de selos. Mas, em virtude das dificuldades de Brasília, vinha sendo uma tradição interrompida antes do tempo, porque as nossas tabacarias não adotaram a praxe. (Publicada em 7/2/1962)
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É certo que, em um dia, não muito distante, alguns ou muitos dos figurões envolvidos nas maiores trapaças de corrupção de nosso tempo revelarão, em suas “memórias”, todo o imenso cipoal de negócios escusos que, durante as duas primeiras décadas de nosso século, quase levaram o Brasil à falência. Principalmente os protagonistas centrais de Operações como a Lava Jato e congêneres.
Até mesmo integrantes das altas cortes do Judiciário, que nesses episódios tiveram participações contra e a favor dos delinquentes de colarinho branco, terão muito a revelar quando esse dia chegar. Basta apenas que um desses personagens, acometido pelos remorsos que a idade avançada traz em sua bagagem volumosa, venha a ter um surto de sinceridade pré morte, confessando tudo para aliviar o peso excessivo de suas lembranças para a viagem eterna.
A partir daí, como num processo desembestado de inércia, todos contarão o que viram e ouviram, até para não ficarem diminuídos nessa trama farsesca. Por certo, haverá aqueles que, por pretenso dever ideológico, nada dirão. Ou, se vierem a narrar suas façanhas, o farão não no papel de vilão, mas travestido do mais nobre dos ideais. Para esses farsantes, a idade avançada tratou de transformá-los não em velhos, mas em velhacos, com todas as suas rugas e resmungos falsos.
Esse, enfim, seria um processo natural de passar o país a limpo e expor os fatos tal como eles ocorreram e não como imaginam a justiça, a mídia e os bajuladores. O método correto para repor as coisas em seus devidos lugares, como fazem os países civilizados, expondo toda a verdade ao público, para que histórias como essas não voltem a se repetir, deveria ser feito nos tribunais, dando, a cada um desses famigerados protagonistas, a pena segundo a atuação de cada um.
Mas, em se tratando do Brasil inzoneiro e do “jeitinho”, o que parecia, num primeiro momento, uma verdadeira revolução de costumes, mandando todos os implicados direto para o xadrez, virou uma ciranda em que, aos poucos, cada um foi sendo posto em liberdade, revendo todo o gigantesco processo, como se nada tivesse ocorrido de fato.
Pelas firulas e as filigranas jurídicas, um a um foi sendo solto, de volta às ruas e, potencialmente, a novos crimes. Pelas mesmas brechas os juízes e rábulas fizeram das leis o seu avesso e hoje condenam aqueles que ousaram condenar gente tão poderosa. Quando esse dia chegar, é quase certo que muitos desses emplumados advogados de defesa, enriquecidos com os honorários oriundos do farto butim, talvez venham a revelar, ao público, as confissões inconfessáveis de seus clientes.
De certo, sabe-se apenas que, quando esse dia chegar – se chegar – a maioria dos membros dessa verdadeira quadrilha estatal já estará, para fins da justiça e da lei redigidas pelos homens, anistiada, perdoada, arquivada, prescrita e até esquecida. Mas terá, de fato, acertado as contas com o cidadão de bem que tudo acompanhou perplexo? Terá acertado as contas com a ética pública? Estará, de fato, perdoada pela história?
A frase que não foi pronunciada:
“Receita perigosíssima: coloque na mesma panela de assuntos o Coronavírus, política e dinheiro. Certamente esses ingredientes juntos não salvam vidas.”
Dona Dita pensando com os botões que, na sua idade, nunca havia presenciado a doença ideológica.
Armadilhas
São muitas as localidades no DF em que o hábito de recolher os excrementos dos animais durante o passeio ainda não existe. Há que se fazer uma campanha nesse sentido para convencer as pessoas que ainda não pensam no bem comum.
Susto
Com um batalhão perto, não justifica assaltos acontecerem no Deck Norte. Meliantes se aproveitam da falta de policiamento para furtar transeuntes. É preciso redobrar a presença.
Solidariedade
Santos inocentes é uma instituição que abriga adolescentes grávidas ou mulheres sem apoio algum para criar seus filhos. Neste momento, a necessidade é enorme. Cobertores, fraldas, alimentos… Contatos: 99437321 ou 3359287.
Colheita
Anos atrás, era comum pescadores trazerem filhotinhos de jacarés e soltar no lago. Dê uma espiada no vídeo a seguir para ver as surpresas nessas águas doces.
História de Brasília
Parece tão pouco tempo. A avalanche de carros de São Paulo dominando a cidade, a sede de vingança se espraiando por toda a parte. A solenidade de manhã no Palácio do Planalto, o pessoal da CMTC com um retrato do homem e um kepi que não chegou a ser entregue. (Publicada em 02.02.1962)
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Definir o Brasil e sua gente em poucas palavras tem sido um exercício tentado por muitos, desde que por essas bandas a frota de Cabral aportou. Padre Antônio Vieira, definindo os homens que aqui viviam no século XVII, dizia: “Cuidam da reputação, mas não da consciência.”. Já para o poeta Augusto dos Anjos, no século XIX, a visão que possuía do Brasil era: “O homem, que, nesta terra miserável, mora entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera.” Na opinião seca e direta do dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues, nosso país era assim descrito: No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte.” Para o músico Tom Jobim “o Brasil não é para principiantes.” O filósofo do Meyer, Millor Fernandes, dizia que “o Brasil está condenado à esperança”.
Em comum, esses pensadores ilustres possuíam uma visão, digamos, realista/pessimista do Brasil, de sua gente e sobretudo de sua elite letrada, uma gente egoísta e, acima de tudo, ridiculamente vaidosa. Depois da Lei de Abuso de Autoridade, aprovada por um Congresso cheio de culpas e maus presságios, parecíamos ter atingido o fundo do poço da ignomínia com esse projeto, mas como é de costume, verificamos que esse “fundo” é só mais uma etapa e o buraco sem fim.
De fato, desde que vieram à tona os mega escândalos da Operação Lava Jato, chegamos à conclusão de que somos realmente um país surreal em matéria de miséria humana, conforme tem demonstrado as investigações da polícia ao dissecar em público as entranhas de nossas elites dirigentes. Nesse país em eterna formação, os únicos vícios que parecem fazer sombra à cobiça dessa gente são a vaidade e a arrogância gigantes. Exemplo desse pecado capital pode ser encontrado em toda a parte, mesmo onde menos se espera.
Projeto de Lei de autoria do deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), feito de encomenda pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), estabelece uma tal “norma sobre a posição topográfica dos advogados nas audiências de instrução e julgamento.” Em outras palavras, isso quer dizer que os advogados pleiteiam ficar situados, nas salas de audiência, num mesmo plano ou nível de importância que os magistrados.
Essa situação, um tanto exótica, faz lembrar o filme O Grande Ditador, de 1940. Escrito e dirigido por Charles Chaplin, o filme retrata com humor ácido, o nazismo e o fascismo em pleno apogeu naquela época. Numa das cenas, Hynkel (Hitler) busca humilhar Napaloni, que seria Mussoline. Ao recebê-lo para uma conversa, aguardou que Napaloni se sentasse. Durante o encontro com o ditador alemão em Roma, o visitante só podia sentar-se em uma cadeira muitos níveis abaixo, donde poderia Hynkel, de cima, olhar com maior autoridade. Guardadas as devidas proporções, o que vemos hoje é a mesma vaidade desimportante.
Assista à cena em: Le dictateur – La rencontre des deux dictateurs
A frase que foi pronunciada:
“Uma coisa é estar dentro da lei, outra é estar sob a lei. Os que estão dentro da lei são livres, os outros são escravos.”
Santo Agostinho, um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo.
Nova reforma
É chegado o momento, com a reforma trabalhista, de se discutir a modernização dos sindicatos brasileiros à luz do que vem sendo feito em outras partes do mundo, onde essas entidades já encontraram, nos valores democráticos universais, novas formas de organizar as classes trabalhadoras, libertas das ideologias partidárias.
Velha Brasília
Quem viveu naquela Brasília, onde todos se conheciam e eram solidários, desencanta ver as cenas de violência crescentemente veiculadas por todas as mídias. Houve tempo em que, por exemplo, o engenheiro Kleber Farias Pinto ia ao aeroporto apenas para dar carona para os recém-chegados à capital. A solidariedade falava mais alto que a selvageria.
Educação
Muita gente não sabe, mas o colégio Militar Pedro II, coordenado pelos Bombeiros, é aberto à comunidade. A escola recebe crianças a partir de 4 anos até o 3º ano do Ensino Médio. Veja mais informações no site: https://www.cmdpii.com.br/index.php.
Programa
Com entrada franca, hoje e amanhã é dia de concerto no auditório do Centro Cultural da ADUnB, às 20h. A entrada é gratuita. O convite é da UnB, que recebe Coros convidados. A iniciativa é uma parceria da UnB com o Coral Cantus Firmus, Grupos de Regentes de Coros de Brasília e os participantes do I Encontro de maestros Brasil/Argentina.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Hoje, muitas obras foram recomeçadas. Vi outro dia dr. Vasco Viana de Andrade, e ele me disse que está mandando fazer cem quilômetros de calçadas, e mais do que isto, de meio fio. (Publicado em 30/11/1961)