Com sangue nos olhos

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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Benjamin Netanyahu. Foto: cnnbrasil.com

 

Para todos aqueles que acompanham o noticiário internacional não restam dúvidas de que o mundo assiste a um aumento sem precedentes do antissemitismo, colocando, mais uma vez, o povo judeu no centro da história, além de remeter grupos, governos e pessoas de volta aos vexaminosos bancos dos réus, numa espécie de reedição do Tribunal de Nuremberg. O futuro mostrará quem são os novos algozes de Israel e porque agem de forma tão desumana.

Mesmo depois do Holocausto, ainda é possível observar que o antissemitismo e o fanatismo persistem num mundo que se acreditava moderno e que teria, em tese, aprendido com as experiências macabras dos nazistas. O 7 de outubro de 2023, ocasião em que o Hamas perpetrou o maior assassinato de judeus desde o Holocausto, parece não ter servido de lição à uma parte do mundo, principalmente aquela formada por globalistas da esquerda, que nutrem, pelos judeus, um ódio do tipo patológico semelhante àquele exalado pelos adeptos das teorias eugenistas do século passado. Os mesmos atos vergonhosos se repetem até por quem deveria, por função de ofício, manter a postura da diplomacia. É o caso aqui do comportamento dos representantes do Brasil com assento na Organização das Nações Unidas (ONU).

Tão logo o primeiro-ministro de Israel assumiu a tribuna, a delegação brasileira saiu do plenário em fila indiana, numa clara manifestação que revela a pequenez dos nossos representantes. Com essa atitude, ficou claro que as autoridades brasileiras seguem os mesmos passos dos anões diplomáticos.

Embora a própria ONU tenha perdido, por completo, a capacidade de regular as relações entre as nações, o fato é que o antissemitismo não se avexa em se apresentar publicamente, envergonhando a todos quanto ainda acreditam na superioridade sem par do humanismo. Israel, ao contrário do que prega nosso governo e outros pelo mundo, não foi criada como uma espécie de demonstração ou de compensação pelos horrores do Holocausto e não terá seu fim decretado por terroristas ou governos equivocados como é no nosso caso. A consolidação do povo judeu em Israel é fruto de tratados honestos, feitos à luz do dia e com base na compra legal de terras, no que era antes um deserto árido e infértil. A ida das populações de judeus para Israel deu vida e alma a uma região que antes ninguém reivindicava para si, porque era um imenso vazio povoado apenas por pedras e areia. A ONU sim, foi criada após o Holocausto e mesmo assim parece ter perdido a memória ou o juízo.

Hoje, não passa um dia sequer sem que tenhamos que testemunhar, pela imprensa que ainda pensa e escreve, atentados contra judeus e sinagogas. Vergonha das vergonhas, temos hoje um governo considerado persona non grata em Israel, por suas declarações e posições claramente antissemitas e favoráveis a grupos terroristas. Não é exagero afirmar que o mundo vai repetindo conscientemente o roteiro de um antissemitismo doentio e amoral. Episódios recentes de nada serviram, não há justificativa possível para a violência dirigida contra o povo judeu.

O Brasil, que já teve tradição de equilíbrio e protagonismo na diplomacia internacional, expõe-se agora ao vexame de não ser considerado, por Israel, um país cuja legitimidade deveria ser defendida como conquista civilizatória e não relativizada em função de alianças circunstanciais. O que dizer às centenas de milhares de judeus que hoje vivem em nosso país?

Israel converteu uma região inóspita em campos férteis, cidades modernas e polos de inovação, que hoje exportam ciência, tecnologia e cultura ao mundo. A consolidação do Estado judeu é um feito histórico que representa não apenas a vitória da resiliência de um povo perseguido, mas também a contribuição concreta para o progresso global da humanidade.

Do outro lado da fronteira, o que se tem são inimigos que agem como marionetes, guiados pelas mãos sangrentas de um Alá político e de um Islã que odeia tudo o que é Ocidente. Basta olhar os números: Israel investe mais de 5% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento, liderando o ranking mundial em inovação tecnológica. O “Vale do Silício do Oriente Médio” produziu inovações que vão do microchip ao aplicativo de navegação usado em carros no mundo inteiro. Avanços médicos desenvolvidos por cientistas israelenses salvaram milhões de vidas: da descoberta de tratamentos contra o câncer à criação do primeiro marcapasso eletrônico.

A agricultura de irrigação por gotejamento, desenvolvida em kibutzim israelenses, revolucionou a produção de alimentos em regiões áridas do planeta. A cibersegurança, que protege governos e empresas em escala global, também tem raízes no know-how israelense. A contribuição judaica para a humanidade, no entanto, não se restringe a Israel.

Ao longo dos séculos, personalidades de origem judaica mudaram a história do pensamento, da ciência e da cultura. Albert Einstein redefiniu a física moderna. Sigmund Freud abriu novos horizontes para a compreensão da mente humana. Jonas Salk erradicou a pólio. Franz Kafka, Leonard Cohen, Steven Spielberg, a lista é infindável e atravessa áreas que vão da literatura às artes, da música à filosofia.

O que seria da civilização contemporânea sem essas contribuições? Ignorar esse legado é mais do que injustiça histórica. É ceder ao obscurantismo. O antissemitismo, seja travestido de política diplomática ou de pseudo-progressismo, não é apenas uma afronta ao povo judeu. É um ataque frontal ao próprio humanismo.

Quando governos, como o do Brasil atual, se permitem acenos complacentes a grupos terroristas e fecham os olhos à violência que atinge sinagogas, escolas judaicas e cidadãos comuns, eles não apenas se colocam contra Israel, mas contra a própria memória civilizatória. Estamos diante de um dilema ético. Permanecer em silêncio diante do ressurgimento do ódio contra os judeus é permitir que as trevas do século XX se repitam. O mundo já viu até onde isso pode chegar. A questão é se teremos coragem de impedir a repetição da história. Governos que hoje preferem posar de “equilibrados” em fóruns internacionais serão lembrados amanhã não pela prudência, mas pela covardia e por se postarem ao lado de delinquentes que agem com sangue nos olhos.

 

A frase que foi pronunciada:

“O antissemitismo sofre mutações e, com isso, derrota o sistema imunológico criado pelas culturas para se protegerem do ódio. Houve três dessas mutações nos últimos dois mil anos (nas quais os judeus foram odiados por serem uma nação, odiados pelos cristãos como parte da doutrina da Igreja e odiados por serem supostamente racialmente inferiores), e estamos vivendo a quarta (o antissionismo).”

Rabino Lord Jonathan Sacks, 2009.

Rabino Lord Jonathan Sacks (Foto cedida)

 

História de Brasília

Rebatemos as insinuações, porque custa-nos crer que homens de gabarito como o cel. Barlem e o dr. Valdir Santos participem de uma Comissão para não apurar a verdade. (Publicada em 10.05.1962)

A ira pouco santa do Irã

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Foto: Wisam Hashlamoun/Anadolu via Getty Images

 

Não restam dúvidas de que o objetivo final no conflito entre Israel e Irã é, agora, a derrubada do regime dos Iatolás através da prisão ou morte do chamado líder supremo, Ali Khamenei, refugiado num bunker subterrâneo. O que se tem ouvido de fontes próximas desse líder xiita é que ele parece ter acordado para uma realidade derradeira e brutal buscada por ele mesmo ao longo dos anos.

O que é quase certo nessa altura do conflito é que o programa nuclear iraniano está com as horas contadas. Tão logo Israel tome o controle do país, não ficará pedra sobre pedra das pretensões iranianas de obter uma bomba nuclear. No que diz respeito ao programa nuclear iraniano e à liderança de Ali Khamenei ainda há muito o que dizer. Nos últimos anos, a retórica e as ações por parte do Irã, após a revolução de 1979, têm se intensificado com Israel adotando uma postura defensiva e de cautela estratégica, ante às seguidas ameaças e ações protagonizadas pelo Irã e seus satélites, representados pelos grupos terroristas que cercam o país.

O foco na figura de Khamenei como alvo de ações diretas destaca a profundidade do conflito e a disposição de Israel em agir decisivamente a partir desse conflito. Mesmo assim, existem questões sobre as possíveis consequências de tal ação, tanto em termos de instabilidade regional quanto de possíveis reações internacionais. A derrubada de um regime consolidado como o dos aiatolás poderia criar um vácuo de poder, levando a um aumento da violência e da radicalização entre grupos adversários.

De outro lado, é sabido que a população, em sua grande maioria deseja se ver livre do regime islâmico e opressor dos iatolás. Além disso, o tempo parece ser um fator crucial. O avanço do programa nuclear iraniano, que já é uma preocupação global, pode levar a uma pressão ainda maior para que Israel atue antes que o Irã consiga atingir marcos críticos em seu desenvolvimento nuclear. No entanto, a possibilidade de uma intervenção militar também pode ser vista como uma faca de dois gumes, com a potencialidade de resultar em um conflito prolongado e de consequências imprevisíveis.

O que é fato é que tão logo o governo iraniano obtenha a tão desejada bomba nuclear, o primeiro artefato desse tipo irá ser lançado contra Israel. A dinâmica do conflito é complexa, envolvendo não apenas os interesses de Israel e Irã, mas também as reações de outras potências, como os Estados Unidos e países europeus, que, historicamente, têm mediado ou influenciado a situação na região. O que se observa é um cenário de incerteza, onde as decisões tomadas podem ter repercussões significativas para a paz e a segurança no Oriente Médio e além. Portanto, todas as análises venham sugerir um caminho claro e direto para a resolução do conflito, a realidade geopolítica é muito mais intrincada, e a busca por soluções pacíficas e diplomáticas continua sendo uma necessidade cada vez mais distante nesse caso.

Os iatolás provocaram o quanto puderam a poderosa máquina de guerra de Israel. Uma vez movimentada com toda a sua capacidade e enormidade, dificilmente essa máquina poderá ser interrompida de imediato. O que ninguém ignora é que as tensões entre Israel e Irã podem ter impactos significativos na economia da região do Oriente Médio de várias maneiras. A começar pela insegurança e instabilidade. Conflitos armados ou mesmo a ameaça de um ataque militar criam um ambiente de incerteza, levando a uma redução nos investimentos estrangeiros e no turismo. Por outro lado, a instabilidade pode desencorajar empresas de operar na região, afetando o crescimento econômico. Também é bom lembrar que o Oriente Médio é um dos principais centros de produção de petróleo e gás do mundo.

Aumentos nas tensões podem levar a flutuações nos preços do petróleo, impactando economias que dependem fortemente das exportações de energia. Conflitos podem resultar em interrupções na produção ou transporte de petróleo, o que teria um efeito cascata na economia global. Outro aspecto diz respeito ao deslocamento de refugiados. O que é certo é que essa guerra como as demais começam de um jeito e acabam de uma forma totalmente diferente de seus objetivos originais. De toda a forma é bom saber que Israel está no domínio de mais esses radicais.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A guerra não determina quem está certo – apenas quem sobra.”

Bertrand Russell

Bertrand Russell. Foto: en.wikipedia.org

 

Antigo CEUB

Nos anos 80, era o professor de Economia, Rosiu Ovidio Petre Octavian, quem não deixava os universitários se rebelarem. Contava de onde veio, como era e o que ele e a família sofreram. Falando nos olhos dos alunos que observavam as lágrimas se formando, ninguém quis se aventurar ao desconhecido.

Foto: uniceub.br

 

História de Brasília

O Ministério da Viação não pensa em transferência para Brasília, e um recenseamento poderá atestar isto: Há, aqui, dez motoristas, 14 contínuos e serventes e 23 funcionários burocráticos, inclusive o gabinete. (Publicada em 05.05.1962)

As pontes da ONU

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ONU. Foto: Reprodução

 

Justamente nesse momento, em que o mundo parece precisar, mais do que nunca, de um organismo internacional respeitável e de caráter intergovernamental, para impedir que uma nova guerra mundial se alastre por todo o planeta, as Nações Unidas atravessam o que pode ser considerada sua mais severa crise interna de gestão e, portanto, de credibilidade. Essa é uma péssima notícia para o mundo, que vinha tendo, nesse órgão, ao menos uma chance de mediação política desses conflitos.

Ao caminhar para a irrelevância, nesse século XXI, diante de um mundo que parece se dissolver sob nossos pés, a ONU pode se transformar de solução a mais um problema a ser enfrentado. Uma reforma interna dentro desse organismo é urgente, antes que os ponteiros do relógio do apocalipse marquem a meia noite do planeta.

O problema é que não há sinais de que os principais países que compõem esse órgão estejam interessados, neste momento, em fazer esforços para melhorá-lo. A questão é velha conhecida do Ocidente e se prende ao fato de que a política partidária e ideológica, fora de seu contexto natural, ou fora de lugar, sempre foi prejudicial ao bom funcionamento de organismos suprapartidários. Isso que acontece aqui no Brasil, com a politização de instâncias que deveriam ser infensas a partidarismos, ocorre em outros países e, na ONU, não tem sido diferente.

A politização ideológica das Nações Unidas, observada por todos, tem arrastado esse organismo para a vala das nulidades, tornando-a inoperante, num mundo em que as polarizações são cada vez mais visíveis. A situação chegou ao seu ponto máximo nesta 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU (AGNU79). Nesse encontro, não faltaram críticas ao organismo vindas de todas as partes do mundo, sobretudo, ao modo como a ONU vem se posicionando politicamente.

Nem mesmo o governo brasileiro atual, mais alinhado politicamente a essa gestão da ONU, deixou de reclamar da condução desse órgão, que hoje demonstra fraqueza em negociar e a dialogar em busca da paz, justamente agora em que o mundo apresenta um número recorde de conflitos, desde a Segunda Grande Guerra.

Os sinais de que essa crise interna da ONU vai num crescendo perigoso foram dados, agora, por meio do ministro dos negócios estrangeiros israelense, Israel Katz, ao declarar que o secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, passou a ser considerado “persona non grata”, sendo proibido de entrar em Israel. Para Katz, Guterres vai ser lembrado como uma “mancha na história da ONU”. Esse fato, por seu simbolismo, diz muito sobre o momento atual da ONU. Com esse gesto, o secretário-geral da ONU perde sua capacidade política de mediar um dos mais perigosos conflitos atuais, tornando-o numa figura meramente decorativa e sem poder moral para negociar. É um golpe na própria ONU.

Para o ministro de Israel, Guterres, por sua posição política à esquerda, tem demonstrado apoio aos terroristas do Hamas, Hezbollah e Houthis. “A ONU perdeu o sentido de existência e está hoje em estado de putrefação, imersa na ideologia progressista-globalista, casada com comunistas, prostituta de ditaduras e amante de tiranos”, afirmou Israel Katz. Para um planeta já envolto com problemas do aquecimento global e mudanças climáticas, que colocam a humanidade numa encruzilhada nunca antes experenciada, a desmoralização da ONU e de seu secretário-geral é mais um ingrediente a ser somado a essa distopia em que nos encontramos.

Se está ruim com a ONU atual, pior será sem ela. Aí será um “Deus nos acuda!”, porque as mesas de negociação estarão viradas ao avesso. É necessário, neste momento, não destruir as pontes existentes. A questão aqui é fazer uma reforma da ONU, acabando com a politização interna, o que parece fácil; ou deixar que ela afunde, juntamente, com o restante do mundo, o que, pelo visto, é mais fácil ainda.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Uma das principais lições que aprendi nos últimos cinco anos como Secretário-Geral é que as Nações Unidas não podem funcionar adequadamente sem o apoio da comunidade empresarial e da sociedade civil. Precisamos ter apoio tripartite – os governos, as comunidades empresariais e a sociedade civil.”

Ban Ki-moon

Ban Ki-moon. Foto: Reuters

 

Novos dias

Ouvir o taramelado das araras pelo Lago Norte faz o pensamento voltar às aulas de música da Neusa França. no Jardim de Infância da 308 Sul. Só lá tinha uma arara que convivia com a criançada. Hoje, são várias famílias da ave cruzando o céu no pôr do sol para abrigos em palmeiras de moradores da região que cuidam e protegem.

 

História de Brasília

Em que pêse os ensinamentos do tratadista João Monteiro sôbre o sentido jurídico da palavra intimação, encontrei no velho Caldas Aulete em abono do referido termo esta definição: “falar com arrogância ao mandar”, e não é este o caso, cremos nós. (Publicada em 18.02.1962)

Israel é nosso último enclave

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Foto: Mahmud Hams / AFP

 

Golda Meir (1898-1978), ex-primeira-ministra de Israel entre 1969-1974, por sua experiência e forte caráter, demonstrados, entre outras ocasiões, durante a Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando uma coalizão de países árabes lançou um ataque surpresa contra seu país, costumava lembrar a todos que a paz viria somente quando os palestinos e árabes baixassem as armas. No caso de Israel, era evidente que, caso viesse algum dia a baixar também as armas, imediatamente o Estado Judeu seria riscado do mapa do Oriente Médio. Tal parece ser a sina de Israel, cercada de todos os lados por inimigos que, sistematicamente, pregam o fim do Estado Judeu.

Consciente de sua situação permanentemente delicada, os judeus não puderam, em tempo algum abrir mão de suas defesas. Sempre viveram sob enorme tensão. Qualquer descuido é aproveitado pelo inimigo para promover um banho de sangue naquela região. Em 7 de outubro de 2023, foi assim. Um ataque terrorista, denominado Operação Tempestade Al Aqsa, coordenado por militantes do Hamas, matou, de surpresa, 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestraram outros 240 reféns. De lá para cá, a situação desandou, com Israel bombardeando, diuturnamente, Gaza e outros redutos do Hamas, que usam como tática obrigar a população civil a se manter como escudo humano para os terroristas. Mais uma vez provocado, Israel não teve outra saída senão a guerra para proteger seu território e seu povo.

Desde 1948, quando lutou por sua independência, Israel não conhecia uma ameaça tão grave à sua existência. Gaza vive, desde 2007, quando o Hamas deu um golpe contra o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP). A partir daí, passou a impor uma ditadura militar e terrorista sangrenta sobre os palestinos, obrigando-os a se juntar ao grupo numa ensandecida guerra santa ou Jihad Islâmica. Óbvio que, numa situação como essa em que a população é refém desse grupo de fanáticos, as mortes ocorridas durante o bombardeio israelense são representadas, em sua maioria, por civis. Não foram poucas as vezes que os árabes rejeitaram e até descumpriram os acordos de paz com Israel. Foi assim em 1956, 1967, 1973, 1982, 2006, culminando com o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.

A situação de Israel é bem peculiar. Parte do mundo Ocidental apoia Israel, a única democracia moderna nessa imensa região, comandada por teocracias do tipo medievais. Alguns estrategistas militares, tanto da região quanto de outras partes do globo, concordam que Israel é hoje a única trincheira avançada do Ocidente contra o fanatismo islâmico, em sua intenção de dominar o mundo e aniquilar aqueles que denominam de infiéis. Em muitos desses países, é comum ouvir multidões, controladas por clérigos radicais, entoar gritos do tipo “morte aos infiéis”, “morte ao Ocidente” e “morte aos judeus”. O ódio contra ocidentais e judeus é incutido em toda a população, desde a infância nas escolas. Esses governos radicais insuflam suas populações contra tudo que difere do Islã. Buscar explicação racional para o fanatismo religioso é conjecturar sobre o nada ou sobre o desprezo do Hamas pela vida. O fato é que muitos insistem em ignorar que esses radicais estão transformando o mundo mulçumano e sua juventude em uma nação de mártires de Alá. Israel é, pois, nosso último e único enclave civilizatório, plantado em meio à barbárie, nessa batalha sem propósitos e que se prolonga desde os tempos das cruzadas.

Por diversas vezes, as lideranças desses grupos criminosos têm reafirmado que depois do massacre de 7 de outubro, muitos outros ataques virão na sequência, interminavelmente. Por essas razões, Israel sabe que qualquer medida que vise um cessar fogo, só servirá para que os terroristas se rearmem e voltem a atormentá-lo. É preciso mudar todo o quadro atual que levou ao conflito. O que ocorre nesta guerra e a difere de outras pelo mundo é que não é uma batalha entre duas forças ou dois exércitos, mas uma luta entre uma força regular e um aglomerado de terroristas, cujos objetivos contrariam os princípios de uma guerra tradicional. O que parece ter mudado em relação a mais esse conflito é que parte do Ocidente, antes se alinhado, automaticamente, a Israel, vive um momento de intensa polarização política, com extremistas da esquerda e da direita se digladiando pelo controle do Estado.

Como é sabido, os radicais políticos sempre foram contrários a Israel e ao povo judeu. Ao longo da história, há exemplos mostrando que ambos os espectros políticos extremos sempre nutriram ódio pelos judeus. O Relatório Anual Mundial sobre Antissemitismo, regularmente publicado pela Universidade de Tel Aviv, mostra que, em 2023, houve um aumento significativo no número de atos contra os judeus em todo o mundo. Esses atos recrudesceram ainda mais depois dos atos de 7 de outubro. Para seus formuladores, a data ajudou a espalhar um incêndio que estava fora de controle. Em Nova Iorque, onde vivem muitos judeus, houve o registro de mais de 330 crimes de ódio antissemitas, com mortes, vandalismo e ameaças diversas. França, Reino Unido, Argentina e Alemanha também registraram esses atos. No Brasil, houve um aumento de 432 incidentes para 1.774. Um número assustador, mas que coincide com posições assumidas vistas em redes sociais e entrevistas de autoridades.

 

 

A frase que foi pronunciada:
“Muitas vezes, fui acusada de conduzir as questões públicas mais com a emoção do que com a razão. Bem… e se for verdade? Aqueles que não sabem chorar com o coração tampouco sabem rir.”
Golda Meir

Golda Meir (1898 – 1978), ex-primeira-ministra de Israel, em uma conferência do Partido Trabalhista em Londres, Reino Unido, em 30 de novembro de 1974 / Reg Burkett/Express/Hulton Archive/Getty Images

 

História de Brasília
Essa comissão teve origem numa denúncia de empreiteiros, segundo a qual só recebiam suas faturas depois de “pagar por fora” cinco a dez por cento para a “caixinha”. (Publicada em 18/4/1962)

O que a história atual pode nos ensinar

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Foto: Courtesy of the National Archives/Newsmakers/Getty Images

 

          Vale a pena refletir sobre a realidade trazida pelo texto abaixo. Tratam-se de acontecimentos que estão se desenrolando agora no velho continente, bem debaixo do nosso nariz, mas que ainda não atingiram, completamente, essa esquina perdida do mundo que é a América Latina, embora já se vislumbrem sinais de que seremos os próximos.

         Tudo isso deverá nos atingir ainda com maior força destruidora, graças a nossa capacidade infinita de sermos indiferentes, como impõem hoje as teorias modernas e vazias do chamado politicamente correto.

A Europa morreu em Auschwitz

Texto do escritor Sebastian Villar Rodríguez publicado em jornal espanhol.

“Eu estava andando pelas ruas de Barcelona e de repente descobri uma verdade terrível – a Europa morreu em Auschwitz!!

Matamos seis milhões de judeus e os substituímos por 20 milhões de muçulmanos nas últimas quatro décadas!

Em Auschwitz queimamos um grupo de pessoas que representavam cultura, pensamento, criatividade, talento.

Destruímos o povo escolhido, os verdadeiramente escolhidos, porque eles deram origem a pessoas grandes e maravilhosas que deram grandes contribuições ao mundo e, assim, mudaram o mundo.

A contribuição do povo judeu hoje é sentida em todas as áreas da vida: Ciência, Arte, Psicologia, Comércio internacional e, acima de tudo, como Consciência do mundo.

Veja qualquer quadro de doadores em qualquer sinfonia, museu de arte, teatro, galeria de arte, centro de ciências, etc. Você verá muitos, muitos sobrenomes judeus. Estas são as pessoas que foram queimadas. Dos 6.000.000 que morreram, quantos cresceriam e se tornariam músicos, médicos, artistas, filantropos talentosos?

Sob o pretexto de tolerância, e porque queríamos provar a nós próprios que estávamos curados das doenças do racismo e da intolerância, a Europa abriu as nossas portas a 20 milhões de muçulmanos, que nos trouxeram a estupidez e a ignorância, o extremismo religioso e a intolerância. Inclusive crime e pobreza, devido à falta de vontade de trabalhar e sustentar as suas famílias com orgulho.

Eles explodiram nossos trens e transformaram nossas belas cidades espanholas no terceiro mundo, afogando-se na sujeira e no crime. Trancados nos apartamentos, eles recebem dinheiro de graça do governo, planejam o assassinato e a destruição de seus anfitriões inocentes.

E assim, na nossa miséria e tolerância, trocamos a cultura pelo ódio fanático, a habilidade criativa pela habilidade destrutiva, a inteligência retardada e a superstição.

Substituímos a busca pela paz dos judeus europeus e o seu talento para um futuro melhor para os seus filhos, o seu apego determinado à vida (porque a vida é sagrada), para aqueles que perseguem a morte, por pessoas consumidas pelo desejo de morrer por si mesmas. Outros, para os nossos filhos e os deles. Que erro terrível a infeliz Europa cometeu!!.

Recentemente, a Grã-Bretanha debateu se deveria remover o Holocausto do seu currículo escolar porque “ofende” a população muçulmana (que afirma que nunca aconteceu).

Ainda não foi removido. No entanto, este é um sinal assustador do medo que domina o mundo e da facilidade com que todos os países sucumbem a ele.

Hoje, já se passaram cerca de setenta anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.

Este e-mail foi enviado como uma corrente memorial, em memória dos seis milhões de judeus, vinte milhões de russos, dez milhões de cristãos e mil e novecentos padres católicos que foram “assassinados, estuprados, queimados, famintos, espancados, submetidos a experiências humilhantes”.

Agora, mais do que nunca, quando o Irã, entre outros, afirmam que o Holocausto é um “mito”, é necessário garantir que o mundo nunca se esqueça!!”

Quantos anos se passarão até que o ataque ao World Trade Center será declarado como “nunca aconteceu” porque fere alguns muçulmanos nos Estados Unidos? Se a nossa herança judaico-cristã ofende os muçulmanos, eles deveriam fazer as malas e mudar-se para o Irã, para o Iraque ou outro país muçulmano.

 

A frase que foi pronunciada:

“Não falta inteligência para ele, ele raciocina. O que eu quero dizer é que ele não tem nenhuma forma de ser corrigido, ou seja, ele nasceu assim, se desenvolveu assim com essa característica patológica. É um indivíduo de altíssima periculosidade que se estiver solto em sociedade vai delinquir”

Guido Palomba, psiquiatra forense

Guido Palomba. Foto: jovempan.com

 

História de Brasília

Devia estar pronto a 21 de abril, um dos grandes monumentos da cidade. A Tôrre de Televisão. Mas a Siderurgica Nacional atrasou a entrega, não mandou até hoje ninguém assinar o contrato. E basta que se diga que a NOVACAP já pagou a maior parte do serviço que não foi entregue. (Publicada em 10.04.1962)

Pano de fundo

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Foto: Reprodução/Telegram HamasOnline

 

Nessa altura dos acontecimentos, depois de mais de oito meses dos ataques do grupo Hamas contra a população civil israelense, e mesmo sabendo que os conflitos entre judeus e palestinos já duram exatos 75 anos, ainda causa surpresa o fato de que, pela primeira vez, professores e alunos das maiores universidades americanas e algumas na Europa resolveram, de uma hora para outra, aderir a causa extremista do grupo terrorista islâmico.

Com isso, essas universidades, boa parte funcionando graças à ajuda financeira de muitos judeus milionários, chamaram para si os holofotes do mundo, mostrando que a comunidade acadêmica dessas prestigiosas instituições de ensino não apoia a resposta dada pelo Estado de Israel aos ataques de 7 de outubro último, como também se mostram claramente a favor das estratégias do grupo Hamas de destruir completamente o Estado e o povo Judeu.

Custa acreditar que universitários que cursam essas famosas universidades não tenham conhecimento completo do que ocorre de fato no Oriente Médio, bem como as causas e consequências desse prolongado conflito. Um atalho mais curto nessa discussão mostra, à primeira vista, que essas universidades já não são mais aquelas do passado, onde a pluralidade de pensamento e o livre pensar resultaram em avanços extraordinários para a humanidade.

À semelhança do que ocorre hoje também em diversas outras universidades, inclusive no Brasil, as pautas de ensino e discussões estão totalmente controladas pelas análises defendidas pelo pensamento monoglota das esquerdas. De fato, nesses estabelecimentos, outrora devotados ao saber, não há discussões ou debates dignos do nome, apenas um monólogo em que todo e qualquer discordante, quando não é ameaçado, é incluído na lista vermelha das faculdades, taxado de fascista e calado ou expulso da escola.

A tão pleiteada democracia nas universidades é hoje um arremedo composto por um grupo apenas, que dita as normas e condutas das academias. Como resultado dessas manifestações insanas, o antissemitismo, herança maldita vinda desde a Idade Média e que no Nazismo atingiu seu ponto extremo, voltou com força total em muitas dessas instituições de ensino, com ameaças a alunos e professores judeus.

É em brechas como essas, abertas no flanco da cultura Ocidental, que a propaganda islâmica radical vai penetrando nas universidades, primeiro insuflando cristãos contra judeus, depois se voltando contra seus antigos e agora descartáveis aliados. Há, nesses casos, toda uma ampla e falsa propaganda desses grupos radicais para culpar Israel por crimes que são os próprios terroristas que praticam, ao tornarem as populações palestinas reféns de suas estratégias terroristas de guerra. Agindo nos bastidores desses protestos dentro das universidades, estão os diversos grupos de esquerda, que sustentam o discurso contra Israel e a favor de grupos extremistas como o Hamas e o Hezbollah.

Trata-se de dar seguimento às ações preconizadas por Gramsci, teórico italiano das esquerdas que ensinava que a revolução do comunismo deveria se iniciar dentro das escolas e universidades e não nas fábricas, como propunham os marxistas clássicos. É isso que estamos assistindo agora dentro das universidades, sob o pano de fundo do conflito entre Israel e Árabes.

 

A frase que foi pronunciada:

“Se você diz que o terror em Londres não é justificado, mas que os homens-bomba em Israel são uma questão diferente, então você é parte do problema.”

David Cameron

David Cameron. Foto: © Arquivo/Agência Brasil

 

ARI CUNHA

Hoje, esse espaço celebra 64 anos de existência. É a coluna jornalística mais longeva do mundo. Veja, a seguir, a primeira publicação assinada por ele no Correio Braziliense.

Arquivo pessoal

 

Garanhuns

Nomeado pelo Papa Francisco para assumir a Diocese de Garanhuns, o novo bispo Rev. Agnaldo Temóteo da Silveira deixa a Diocese de Sobral.

Novo bispo da Diocese de Garanhuns, padre Agnaldo da Silveira –                      Foto: Reprodução/Diocese de Sobral

 

Brasil

Esquerda, centro ou direita, não interessa. Os bravos funcionários da Rádio MEC mantêm o nível musical da emissora mostrando ao Brasil o que se tem de música elaborada, estudada e trabalhada. Hoje será apresentado sob a regência do maestro Neil Thomson o concerto da Filarmônica de GO, com estreia nacional às 20h. Uma das obras é do compositor português Joly Braga Santos, “Sinfonia nº 2”, e a outra do compositor brasileiro João Guilherme Ripper, “Sinfonia de Abril”, peça comemorativa aos 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal.

Foto: Divulgação

 

Tensão

Na Inglaterra, em documentos judiciais, a AstraZeneca reconhece que há efeitos colaterais raros na vacina lançada contra o Covid. A admissão foi feita em resposta a uma ação coletiva lançada pelo escritório da Legh Day, Sarah Moore. Os requerentes afirmam que eles, ou seus entes queridos, sofreram Trombose Imune Induzida por Vacina com Trombocitopenia (VITT), que é uma forma de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS) como resultado direto da vacina AZUK. Esta é uma síndrome rara caracterizada por coagulação sanguínea e insuficiência de plaquetas.

A farmacêutica AstraZeneca parou de fabricar a vacina contra a Covid.               Foto: Carlos Alberto Silva)

 

História de Brasília

“Se você diz que o terror em Londres não é justificado, mas que os homens-bomba em Israel são uma questão diferente, então você é parte do problema.” (Publicada em 08.04.1962)

Trincheira avançada

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Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Reprodução: g1.globo.com

 

Não há maneira reconhecível, até o momento, de se ter um comportamento dentro de casa e outro, totalmente diferente, na rua. O costume de casa se leva à praça, dizia sempre o filósofo de Mondubim. Do mesmo modo, torna-se compreensível que o governo brasileiro – e não o Brasil — tenha um modelo de política externa, ou coisa do gênero, compatível com o modus operandi praticado dentro das fronteiras nacionais.

A opção política por um alinhamento estratégico e ideológico ao eixo Sul-Sul, de certa maneira, dita as linhas da atual política externa do governo, a começar pela valorização, ou não, do que chamam Estado de Direito, dentro, obviamente, da visão pregada pela atual gestão do país do relativismo da democracia.

Ao relativizar que todo o Ocidente livre acredita ser um valor absolutamente inquestionável, o governo torna patente que esse é também o motivo que o leva a alinhamentos e parcerias atuais com países como a Rússia, China, Venezuela, Cuba, Irã e outros, onde a democracia é também um valor relativo, isto é, ao que querem e ordenam seus respectivos governos. É disso que se trata.

Assim, fica claro que a tensão diplomática, criada pelas declarações do chefe do Executivo, como muitos têm observado, surpreendeu mais a população do que o governo, que vinha dando mostras de que, no conflito do Oriente, a parte que mereceria apoio integral do atual governo seria a Palestina, mesmo demonstrado que ela estava sob controle de grupos, como o Hamas, Hezbollah e outros grupos extremistas, que trocaram as diversas oportunidades de paz, pela ânsia de destruir Israel.

Uma das lições deixadas pela Segunda Grande Guerra (1939- 1945) foi a aliança entre as democracias do Ocidente, que permitiu a continuidade da civilização, livrando a humanidade de uma nova era de trevas.

A negação em se retratar, para manter a normalidade nas relações com Israel, foi reforçada pela ação do governo de apoiar a iniciativa da África do Sul de pedir, ao Tribunal de Haia, a condenação de Israel por genocídio contra os palestinos. Tal atitude provocou apoios e agradecimentos justamente dos novos amigos do atual governo, citados acima.

Internamente, é também assim: não há diálogo com a oposição. Exceto aqueles que, de certa forma, são amolecidos com a liberação das emendas parlamentares. Segundo quem entende do complexo mundo das relações internacionais, há, nesses últimos anos, um amplo e ambicioso plano de desmonte de toda a ordem mundial ainda vigente, por parte de grupos extremistas, apoiados, todos eles por Estados totalitários. Há a certeza, inclusive, de que a atuação desses grupos de destruição, sua própria sobrevivência, deve-se, unicamente, ao apoio financeiro e logístico dado pelos países ditatoriais.

É nesse contexto que podemos observar, não só o desenrolar da política interna, como também as relações com o restante do mundo. Trava-se assim, uma espécie de guerra surda contra o Ocidente e tudo o que ele significa. Existe hoje o que chamam de um novo tabuleiro de jogo, denominado “Xadrez do Mal”, que está avançando suas peças e peões, na ânsia de derrotar o Ocidente democrático e livre. Para aqueles que buscam derrotar Israel, talvez a mais importante trincheira avançada do mundo livre, esse objetivo é o primeiro passo, dentro da estratégia para a submissão do Ocidente. É esse o pesadelo em cartaz atualmente.

 

A frase que foi pronunciada:

“Somos forçados a recorrer ao fatalismo como explicação de acontecimentos irracionais (isto é, acontecimentos cuja razoabilidade não compreendemos). Quanto mais tentamos explicar razoavelmente tais eventos na história, mais irracionais e incompreensíveis eles se tornam para nós.”
Leo Tolstoi, Guerra e Paz

Léon Tolstói. Foto: Reprodução da Internet

 

Mares
No discurso de Wang Yi, na Conferência de Segurança, em Munique, o ministro do Exterior da China fez um discurso ponderado, no qual concluiu que há os que trabalham sós e os que trabalham em conjunto. A China quer estabelecer relações com todas as nações porque “somos passageiros do mesmo barco em busca de um futuro melhor para a humanidade”.

Wang Yi. Foto: REUTERS/Florence Lo

 

Estranho
Na tesourinha da 202 Norte, não há homens trabalhando. Nas últimas chuvas, barrancos foram aparecendo com a terra escorrida pelas águas. Os tapumes permanecem.

 

Resgate
Há uma forma de matar as saudades da Brasília Super FM. Basta baixar, pelo Spotify, e optar por Brasília Super FM 89.9 A lista de músicas carrega o pensamento dos velhos tempos.

História de Brasília

O caso da G-1 precisa prosseguir. O inquérito está paralisado. O reconhecimento dos implicados ainda não foi feito, porque estão sabotando o ofício no qual o delegado Fregonassi pedia a presença dos prováveis implicados. (Publicada em 03/04/1962)

Ler o mundo

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Foto: Jay L. Clendenin / Los Angeles Times/Getty Images

 

          Desde os tempos da Grécia Clássica (sec. V a.C), os filósofos já admitiam que a única hipótese para que um Estado fosse voltado totalmente para a realização e benefício real de seus cidadãos era entregar o governo e a gestão de cidades a pessoas instruídas e sábias. Os dirigentes que Platão gostaria de ver governando adequadamente um Estado eram os filósofos, especialmente capacitados, escolhidos livremente por seu caráter e sua incorruptibilidade e, assim, por possuírem uma compreensão mais profunda e acurada da realidade em comparação às pessoas comuns.

         Desde aqueles tempos, já havia uma ideia de que governar uma República, onde os bens do Estado são de domínio público, não era uma tarefa de fácil desempenho e, portanto, deveria ser delegada apenas às pessoas com instrução e com os necessários preparos prévios. Ao longo da história humana, é fácil perceber que, fora dessa fórmula, os resultados foram sempre catastróficos para a população.

         Reis, generais e outros líderes que buscavam compensações materiais, por meio de invasão e anexação de mais territórios, com a submissão e escravidão dos povos vencidos, conseguiram, por sua ganância desmedida, tornar a vida de seus cidadãos um martírio sem fim, com guerras e muito derramamento de sangue.

         A sabedoria aqui pressupõe governar sob a orientação dos valores do humanismo, reforçados com boa dose de espírito cristão. É a falta desses atributos humanos que identificamos ainda no mundo hodierno. Buscando a raiz dos conflitos que hoje flagelam parte da humanidade, vemos, com mais clareza, que a maioria das nações em crise é, na sua grande maioria, governada por indivíduos ou grupos distantes das virtudes do saber. Tem sido assim mundo afora e é assim também no Brasil de hoje.

         Interpretar o entorno imediato e, consequentemente, o mundo ao redor exige boa dose de sabedoria e discernimento. Nesse contexto, vale, para aqueles que conhecem ou se interessam pela história, um pouco dos fatos que nos levam do passado ao presente, deixando claro o que se passa agora no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

         Em 1947 a ONU, recém-criada, fez uma proposta de partilha do território, em que israelenses e palestinos ficariam com a mesma área territorial. Jerusalém passaria a ser uma cidade de domínio internacional. Os israelenses aceitaram essa proposta, mas os palestinos e árabes não. Ainda em 1937, a Comissão Peel, criada pelo governo inglês, propôs uma divisão em que, aos palestinos, era dado 80% do território, cabendo aos israelenses apenas 20%. Mesmo assim, os israelenses aceitaram a proposta. Os palestinos, não.

         Em 1947, depois do genocídio dos judeus, perpetrado pelos nazistas, a ONU pretendeu resolver a situação e fez uma segunda proposta, que logo foi aceita pelos judeus. Os palestinos e a Liga Árabe, mais uma vez disseram não e declararam guerra aos israelenses. Em 1948, Ben-Gurion declarou o Estado de Israel como independente. Em seguida, os árabes declararam nova guerra aos israelenses.

         Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel assumiu os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em troca de uma trégua e de paz, Israel ofereceu esses territórios conquistados para os palestinos fundarem seu Estado. A Liga Árabe respondeu com os “três nãos”: não para a paz com Israel; não para o reconhecimento de Israel; e não para negociações com Israel.

         Em 2000, nova proposta de partilha do Estado de Israel. O governo de Israel ofereceu, naquela ocasião, toda a Faixa de Gaza, 94% de toda a Cisjordânia e ainda metade de Jerusalém para que fosse a nova capital dos palestinos. Yasser Arafat recusou a proposta e nova guerra ou intifada é declarada contra os judeus, durando até 2005. Em 2008 nova proposta é feita e é recusada pela autoridade palestina. Nessa fase, o Hamas já havia avisado que não aceitaria qualquer que fosse o resultado das negociações.

        Em 2006, o Hamas assume o governo da Faixa de Gaza, persegue opositores, coloca toda a população como refém, instala uma ditadura islâmica na região e passa a atacar periodicamente o Estado Judeu. Para os que não entendem o problema com aquela região, é preciso dizer que não existe um Estado Palestino, mas um território completamente dominado pelo terror do Hamas, que usa aquela população como refém e escudo para seus atentados.

A frase que foi pronunciada:

“Nós podemos perdoar os árabes por matarem nossos filhos. Nós não podemos perdoá-los por forçar-nos a matar seus filhos. Nós somente teremos paz com os árabes quando eles amarem seus filhos mais do que nos odeiam.”

Golda Meir

Golda Meir (1898 – 1978), ex-primeira-ministra de Israel, em uma conferência do Partido Trabalhista em Londres, Reino Unido, em 30 de novembro de 1974.                                Foto: Reg Burkett/Express/Hulton Archive/Getty Images

 

Caso de polícia

O caso do furto de fios dos postes na entrada do trecho 9, na EPPN, está mobilizando os moradores da área para sugerir investigação pela polícia. Como o furto é reincidente e sempre no mesmo lugar, parece que há interesse de alguém que aquela entrada permaneça na escuridão. A CEB precisa de proatividade nesses casos.

Foto: portalvarada.com

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

Trincheira avançada

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Foto: ©Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

         Não fosse a escalada das tensões diplomáticas entre o governo brasileiro e o de Israel, todas elas provocadas gratuitamente por declarações e falas despropositadas desferidas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, o conflito entre o Estado Judeu e os grupos terroristas, que infelicitam aquela nação, poderia servir, ao menos, para que oficiais das nossas Forças Armadas acompanhassem, de perto para aprender, o que é de fato uma guerra moderna, com tecnologia e outros avanços e táticas bélicas.

         Deixar de apoiar uma democracia, que possui o direito legítimo de se defender de sicários radicais para, veladamente, colocar-se ao lado de grupos terroristas, além de um opróbrio sem precedente, deveria receber, por parte dos Poderes Constituintes, severa e clara reprimenda. Como pode uma ideologia política, também ela radical em suas posições, falar em nome do Brasil? Essa, inclusive, é também uma discussão antiga, mas que é sempre atual em seus motivos. Afinal, quem tem a permissão e a legitimidade em nosso país, para falar em nome do povo brasileiro? Ainda mais quando se verifica que posições políticas extremadas não representam, nem de longe, o pensamento médio da população do Brasil. Houvesse a realização de uma consulta popular, com voto impresso, para saber em que lado do conflito entre Israel e Hamas se posiciona a população brasileira, sem dúvida a maioria ficaria em favor do povo de Israel. O atual governo, ao conferir apoio a grupos terroristas, deixa patente, a esses movimentos armados de fuzis e ódio, que o Brasil oficial se solidariza com o terror e tem, por parte de nossos dirigentes, plena acolhida a esses indivíduos.

         O assunto não é tão distante de nossa realidade, quando se verifica a ocorrência, cada vez maior, de grupos e pessoas ligadas ao terror islâmico, identificados aqui dentro do nosso território. Também, esse mesmo governo, apresenta evidências passadas de acolhimento e refúgio de terroristas, como foi o caso de Cesare Battisti e dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, para ficar apenas nesses casos mais rumorosos.

         A propensão, quase patológica, com que os governos de esquerdas se mostram no apoio a ditaduras e a grupos terroristas, deixa transparecer mais do que um ódio às democracias, o que acaba ficando evidente nesses casos e em muitos outros, é que o atual governo é avesso aos ritos democráticos, como ficou evidente em fala recente do atual governante, quando confessou que sabia que jamais chegaria ao poder por meio do voto democrático e livre. Que, ao menos, fique firmado, aqui nesse espaço, que as posições do atual governo, em favor de grupos terroristas e contra Israel, não representam, absolutamente, o pensamento desta coluna.

         Também as manifestações vergonhosas, feitas dentro do Congresso, por parte de políticos de esquerda em favor do Hamas, passam muito longe do que pensam os leitores desse pequeno espaço e, com certeza, vão contra o que quer e desejam os homens de bem deste país.

         Em momentos como esse, em que o errado se fantasia de certo, para confundir os desatentos, é preciso ficar de olhos bem abertos não só no que ocorre nos bastidores da insípida política em Brasília, mas atento também as movimentações que vêm ocorrendo, silenciosamente, na chamada tríplice fronteira, ainda mais quando se verifica a boa vontade com que o governo atual trata esses radicais.

         O que essa gente jamais irá entender é que Israel é, para o mundo e para o Ocidente, uma espécie de trincheira avançada, contra o avanço do radicalismo insano e suicida de grupos terroristas islâmicos, todos eles empenhados, fervorosamente, em destruir a nossa cultura, formada por um conjunto sem igual, que mistura a Filosofia Grega, o Direito Romano e as tradições Judaico Cristãs. É justamente essa cultura que as esquerdas, de mãos dadas agora com os movimentos radicais do islamismo, buscam lançar, por terra, em favor de um mundo distópico e já visto em lugares como Coreia do Norte e outros purgatórios terrenos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é possível, então se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra. As pessoas querem incentivar o ódio, as pessoas querem estimular o ódio. E eu não vejo assim.”

Lula

SOPA Images/Getty Images

 

Desculpe, foi engano

O cardeal Dom Paulo Cezar abriu as portas da Catedral de Brasília para a Orquestra Mundana Refugi, com participação especial de Toninho Ferragutti, porque foi informado que se tratava de uma apresentação de coro e orquestra. Mas o orquestrado era um a manifestação mundana no Altar, o que deixou os fiéis católicos prontos para agir.

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

“Insanidade das guerras”

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Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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SOPA Images/Getty Images

 

          Em todo o tempo e lugar, ao longo da história da humanidade, temos assistido a repetição de táticas promovidas por Estados colapsados por governos ineptos, que, em lugar de buscarem a correção de rumos internos, optam por comprar brigas além de fronteiras, acreditando que, com isto, não só desviarão a atenção da população para as crises locais como conseguirão obter apoio de seus cidadãos para um guerra despropositada.

         Esse foi o caso da ditadura argentina, que, para esconder o fracasso de décadas de regime autoritário, comprou uma briga desnecessária com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas, em 1982. A Argentina massacrada e o governo militar encerrou seu ciclo.

         O mesmo se sucede agora com a Venezuela, um país arrasado pelo socialismo do século XXI e governado por uma ditadura ligada ao narcotráfico internacional. Maduro, como todo ditador maluco, resolveu, com seus generais, todos eles listados por crimes diversos pela Interpol, invadir Essequibo, na Guiana. Os motivos reais são os mesmos, ou seja, desviar a atenção daquela parte da população que ainda não fugiu do país, em razão do inferno interno criado por essa quadrilha no poder.

         Caso essa invasão venha a ocorrer de fato, o que já era ruim para os tiranos da Venezuela, pode render um conflito generalizado naquela região, com repercussões sobre o Brasil e outros vizinhos e até um apoio velado do Palácio do Planalto nessa questão, sendo que o conflito possa atrair a atenção e intervenção dos Estados Unidos, pondo fim ao governo autoritário de Maduro e de seus comparsas.

          Lembrando ainda que, além de armamentos comprados da Rússia, também a Venezuela é assessorada por militares russos e cubanos, doidos por um conflito naquela parte da América. De certo modo, a mesma tática de comprar briga além da fronteira ocorreu no caso envolvendo o Hamas e Israel. A falência generalizada de Gaza, promovida única e exclusivamente pelo controle exercido pelo Hamas contra a população palestina, levou esse grupo a comprar mais uma briga com as forças de defesa de Israel, não só para desviar a atenção interna da crise humanitária que impôs àquele povo, como de quebra buscou obter apoio da população para esse conflito, confiando também que a guerra ganharia em escala e envolveria muitos países daquela região.

         Não conseguiu, até agora, envolver diretamente outros países no conflito, além de ter provocado a destruição quase completa de toda a parte central de Gaza, com milhares de mortos e prejuízos incontáveis. O conflito armado por esse grupo terrorista contra Israel pode também, nesse caso, resultar no fim do controle do Hamas em todo o território de Gaza. O que seria uma boa solução tanto para palestinos como para judeus. O que poderia ser aprendido em todas essas histórias, daqui e de além mar, é que o governo militar, e não argentinos, queriam guerra com a Inglaterra, pois sabiam das consequências. O governo e não os venezuelanos querem invadir Essequibo, pois já vivem no inferno e não querem mais sofrer. Do mesmo modo, os terroristas do Hamas, e não os palestinos, queriam mais guerra contra Israel, pois já conheciam os resultados que viriam.

         Nenhum povo, de posse de sua sanidade, deseja brigar com vizinhos, pois sabem que, nesses casos, onde a briga é sempre arranjada por governos tirânicos, quem irá morrer no campo de batalha é sempre o mesmo e pobre indivíduo que já sofria antes.

A frase que foi pronunciada:

“Em cada guerra há a destruição do espírito humano.”

Henry Muller

Henry Muller. © Henri Martinie / Roger-Viollet

 

Humanizado

Importante trabalho do GDF chega em Planaltina. Sem cobrar dos interessados, uma unidade móvel do projeto Castra DF tem mil vagas disponíveis para gatos e cachorros. Bem melhor que legalizar o aborto para animais. Só para os racionais.

 

Leitura

Com uma leitura fluida, o Cordel chega nas escolas de Taguatinga. Bonito ver a criançada consumindo a cultura brasileira.

Foto: radardigitalbrasilia.com

 

Cerrado

Estranha a construção daquela praça perto do Iate Clube. No meio do nada, com coisa nenhuma, em um lugar com transporte público precário.

Captura de imagem em junho de 2023, no Google Street View.

História de Brasília

Diversos bueiros da avenida W-3 estão sem tampão, o mesmo acontecendo no Eixo Rodoviário. Próximo ao IAPFESP, há um bueiro no ponto de ônibus, e os veículos fazem ginástica para não caírem nele, ou impedem a pista da direita, enquanto recebem passageiros. (Publicada em 24.03.1962)