O novo mito da caverna

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Charge do Karna

 

Um fato curioso e preocupante, cujos desdobramentos ainda são incertos, vai se tornando cada vez mais evidente nas pessoas e nas suas relações sociais: com a pandemia prolongada, imposta pelo Coronavírus, o que seria um isolamento voluntário, condicionado pelo medo real da transmissão da doença, foi, com o passar do tempo, transformando-se numa espécie de enclausuramento voluntário, fazendo com que muitos indivíduos, simplesmente, perdessem não só o gosto pelo convívio social como também adquirissem o hábito de ficar trancado em casa, transformando esse ambiente onde vivem no que seria uma réplica de miniatura do mundo.

Não surpreende que, durante esse processo de afugentamento das ruas, as pessoas passaram a se preocupar mais com o ambiente em que vivem, dedicando mais tempo ao que consideravam ser o aperfeiçoamento desse espaço, promovendo reformas, comprando móveis mais confortáveis, equipando o lar com todo o tipo de parafernália eletrônica, principalmente computadores e equipamentos que pudessem mantê-las em conexão direta e instantânea com o mundo externo; obviamente, sem a necessidade de deixar essa espécie de novo porto seguro.

De um certo modo, o isolamento social que a pandemia obrigava fez nascer, em muitos, uma nova categoria de ser social: o indivíduo ermitão, que, mesmo habitando em cidades superpovoadas e frenéticas, adquiriu um gosto misterioso pela solidão domiciliar, onde, aparentemente, sente-se mais seguro e protegido do que em meio às multidões e junto aos seus semelhantes.

Por outro lado, é preciso recordar que não é de hoje que a maioria das metrópoles pelo mundo, mesmo nos países mais desenvolvidos, tornaram-se violentas e hostis às pessoas, sobretudo quando a noite cai. Trata-se aqui de um fenômeno mundial, mas que no Brasil adquiriu uma feição bem sangrenta, com muitas áreas centrais da cidade dominadas pelos criminosos. Nesse aspecto, a pandemia veio apenas potencializar uma tendência que parecia já estar em andamento.

De fato, o velho costume de antigos boêmios, de perambular pelas ruas sob a luz do luar, deixou de ser uma moda e se transmutou num medo pavoroso e distante. Ao transformar o lar numa espécie de bunker, pretensamente infenso aos perigos do mundo externo, esse novo indivíduo do século XXI aliou a síndrome de pânico, que já experimentava em pequenas doses, à uma condição autoimposta que o transformou num exilado cercado pelas paredes de sua própria casa e onde parece viver com a ansiedade mais controlada.

Por certo, o isolamento social, mesmos em face dos temores reais existentes no mundo externo, tem feito mal a saúde mental dessas pessoas. São, por sua condição voluntária, um remedo dos antepassados que viveram em cavernas. Experimentam, por esse motivo, as mesmas sensações vividas por aqueles indivíduos que, de costas para a entrada da caverna, acreditavam, ser o mundo real, apenas as imagens e sombras que eram projetadas contra a parede pela luz externa.

É o mito da caverna feito agora através das telas de computadores e celulares, a mostrar um mundo que existe, mas que não pode ser vivido em todos os sentidos e que tampouco interessa ser experienciado em carne.

A frase que foi pronunciada:

É tarefa dos iluminados não apenas ascender ao aprendizado e ver o bem, mas estar dispostos a descer novamente até aqueles prisioneiros e compartilhar suas angústias e suas honras, sejam valiosas ou não. E isso eles devem fazer, mesmo com a perspectiva de morte.”

Platão, A Alegoria da Caverna

Foto: © Steve Bisgrove—REX/Shutterstock.com

Conhecimento

Embrapa disponibiliza, gratuitamente online, Livros da Coleção Cerrado. A Coleção Cerrado aborda temas como ecologia e flora, matas de galeria, aproveitamento alimentar, correção de solo e adubação, entre outros. A equipe do Blog do Ari Cunha postou o link da Embrapa para você a seguir: Livros da Coleção Cerrado podem ser baixados gratuitamente.

Estudo

Ao todo, soma 1.103 páginas o trabalho impecável do juiz federal Leonardo Cacau Santos La Bradbury. “Curso Prático de Direito e Processo Previdenciário”, 4ª ed., Editora GEN/Atlas, 2021.

Menos oferta

Um aviso curto e educado da Samsung comunica aos proprietários de celulares que, em breve, não haverá mais armazenamento de fotos, vídeos e arquivos. Como dizia o filósofo de Mondubim: “um homem prevenido vale por dois.” Já não há impressão de fotos para registro histórico nos dias de hoje. É bom deixar salvo o que interessa. Veja a seguir!

Imagem: reprodução
Alterações da Agenda de encerramento de alguns recursos do Samsung Cloud

Prezados clientes do Samsung Cloud,

Estamos atualizando a nossa agenda de encerramento dos recursos Sincronização da Galeria, Unidade e Plano de armazenamento pago do Samsung Cloud e gostaríamos de compartilhar os detalhes com você.

Para garantir que forneçamos aos nossos clientes tempo suficiente para migrar e fazer o download dos dados, decidimos adiar a data final de encerramento dos recursos para 3 meses após a data anunciada originalmente. A partir de 2021-11-30, a Sincronização da Galeria e o armazenamento dos Meus arquivos na Unidade não serão mais suportados pelo Samsung Cloud, e seus dados serão excluídos, como explicado em mais detalhes a seguir.

Alterações na Agenda

2020-12-01
* Os recursos recém-listados acima não estarão mais disponíveis
* Migração para o OneDrive e download de dados disponíveis
2021-10-01
* Descontinuação do uso existente da Sincronização da Galeria e da Unidade
* Encerramento do suporte à migração para o OneDrive (somente disponível download de dados)
* Cancelamento automático do Plano de armazenamento pago então existente e estorno do último pagamento
(* Implementação gradual por usuário)
2021-11-30
* Encerramento do suporte ao download de dados e desaconselhamento do uso dos recursos a serem encerrados
* Dependendo do status de operação do serviço, a agenda acima pode ser alterada sem aviso adicional.
* Pode haver atrasos técnicos com a remoção completa dos dados do servidor do Samsung Cloud.
* Para obter informações mais detalhadas, visite o site da web do Samsung Cloud.
(https://support.samsungcloud.com/)

Daqui para frente, você pode usar esses recursos por meio do Microsoft OneDrive.

Para minimizar qualquer inconveniente, oferecemos suporte à sincronização da Galeria existente armazenada no Samsung Cloud e à transferência dos dados da Unidade para o OneDrive até 2021-09-30.

* Pode não ser suportado em alguns países ou modelos de aparelho.
* A transferência de dados encerrará os recursos existentes de Sincronização da Galeria e Unidade, e, após a conclusão da transferência, os dados sincronizados/armazenados da Galeria e da Unidade no Samsung Cloud serão totalmente excluídos. (Os dados transferidos podem ser verificados no OneDrive).

O download de dados é suportado.

Também oferecemos suporte a downloads de dados seguros até o encerramento desses recursos para clientes que não podem ou não querem usar o OneDrive.

Ao transferir/baixar seus dados, esses recursos podem ser encerrados antecipadamente e levar a alterações no cronograma de exclusão de dados. Consulte abaixo para obter detalhes.

* Os dados serão totalmente excluídos 60 dias depois que você selecionar Baixar meus dados ou da data final de encerramento 2021-11-30, o que ocorrer primeiro.
* Depois de selecionar Baixar meus dados, você não poderá transferir seus dados para o OneDrive.

Você pode continuar aproveitando outros recursos do Samsung Cloud.

Você pode continuar a usar outros recursos do Samsung Cloud que não estão sujeitos ao encerramento (backup/sincronização e restauração de outros dados, como Contatos, Calendário, Notas etc.).

Agradecemos sua compreensão e informamos que a agenda acima pode ser alterada dependendo do status de operação dos serviços. Faremos o possível para permitir que você mova ou baixe seus dados com segurança.

Obrigado.

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Informação

Para proteger contra vírus, vacina. Para evitar fake news, informação.” Com base nessa premissa, o professor de Biologia do Colégio Marista Asa Sul, José Nascimento da Silva Júnior, percebe a importância do atual momento de pandemia para explicar conceitos sobre os imunizantes. Veja a íntegra do documento a seguir.

Aprenda conceitos sobre vacinas para evitar notícias falsas

Professor de Biologia do Colégio Marista Asa Sul esclarece informações sobre as formas de prevenção de doenças como a Covid-19

Para proteger contra vírus, vacina. Para evitar fake news, informação. Com base nessa premissa, o professor de Biologia do Colégio Marista Asa Sul, José Nascimento da Silva Júnior, percebe a importância do atual momento de pandemia para explicar conceitos sobre os imunizantes.

O professor lembra o quanto o assunto “vacinas” domina as atuais rodas de conversas, discussões e debates entre as pessoas. No entanto, ressalta, é preciso compreender mais o assunto e saber discernir conteúdos científicos de notícias falsas. 

As vacinas são importantes tanto para o indivíduo como para a saúde coletiva. De acordo com o Ministério da Saúde, “manter a vacinação em dia, mesmo na fase adulta, é um dos melhores métodos para evitar doenças e infecções.” O professor esclarece algumas dúvidas frequentes sobre as vacinas, principalmente sobre os imunizantes contra a Covid-19. 

O que é imunização?

A imunização é o processo que ativa o sistema de defesa do corpo de uma pessoa. O sistema imunológico do corpo humano consegue defender o corpo de diversas formas, por exemplo, a pele é uma excelente barreira para diversos microrganismos evitando várias doenças. A pele é uma defesa inata, que todos têm desde o nascimento. Outra forma de defender é aquela em que o sistema imunológico adquire ao longo da vida. Essa defesa inclui a produção de anticorpos.

O que são anticorpos?

Anticorpos são respostas específicas do sistema imunológico, quando o corpo é invadido. Os anticorpos são produzidos especificamente para responder a um ataque ao corpo de cada pessoa, funciona como a chave e a fechadura, em que apenas a chave certa abre a fechadura. Então, cada pessoa tem um conjunto de anticorpos específicos, dependendo dos possíveis ataques que seu corpo sofre ao longo da vida.

E a vacina, como funciona?

A vacina é uma maneira controlada de reação a um ataque ao corpo humano e induzir a produção de anticorpos específicos. Os laboratórios que produzem vacina buscam descobrir uma maneira de injetar no corpo humano moléculas do invasor que induzam a produção de anticorpos, sem desenvolver a doença.

Por que existem diferentes vacina para a Covid?

Cada laboratório faz testes com diferentes componentes do vírus, o objetivo é induzir a resposta mais intensa na produção de anticorpos para a maioria das pessoas. Por isso são necessários testes em diferentes níveis até que a vacina seja aprovada pelas autoridades de saúde.

Algumas vacinas podem ter efeitos colaterais? Por que isso acontece?

Como a vacina simula um ataque ao corpo, o sistema imunológico de cada pessoa responderá de diferentes formas. Para alguns, essa resposta induz a febre, dores e mal-estar, que são sintomas característicos de um ataque de microrganismo ao corpo. Em outras pessoas, os sintomas são imperceptíveis, indicando que apenas a produção dos anticorpos foi ativada.

É necessário tomar duas doses da vacina, ou uma só é suficiente?

A vacina tem a vantagem de induzir uma memória imunológica, ou seja, o sistema imunológico mantém a capacidade de responder a um novo ataque no futuro. Para desenvolver essa memória imunológica é necessário um determinado nível de resposta e cada laboratório identifica esse nível em suas pesquisas. Por isso, é importante tomar a segunda dose, quando indicado, para garantir que a memória imunológica seja adequadamente formada.

Por que, mesmo depois de vacinadas, as pessoas ainda têm que continuar usando máscaras, álcool gel e fazendo o isolamento social?

A vacina é um modo eficaz de controlar o parasita e reduzir os impactos que causa em nossa sociedade. Contudo, o vírus Corona continuará em nosso meio ambiente e devemos manter os cuidados básicos para evitar a contaminação daqueles que ainda não foram imunizados. Dessa forma, o uso de máscara, a higienização das mãos e evitar as aglomerações são maneiras de agir pensando no bem coletivo, mesmo para os que já foram vacinados.

A descoberta de variantes do Corona vírus significa que teremos que ser vacinados novamente?

As variantes descobertas são vírus modificados que são formados a partir de cópias imperfeitas que cada vírus pode produzir ao se replicar dentro das células hospedeiras. Os pesquisadores estão investigando o quanto cada variante é diferente em relação a imunização causada pelas vacinas. Esse é outro motivo para mantermos os cuidados básicos contra essa pandemia.

Sobre os Colégios Maristas:  os Colégios Maristas estão presentes no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.

História de Brasília

Aprenda a morar: você, que vive na 409-410 não exponha suas roupas nas janelas, não estenda seus lençóis na parte exterior do edifício. O seu direito termina onde começa o do outro. (Publicada em 04.02.1962)

Que venham os touros

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Foto: DF Legal/Divulgação

 

Ao mesmo tempo em que o Governo do Distrito Federal anuncia, de forma até tímida, a lista contendo as novas medidas de flexibilização das medidas restritivas, a capital assume a liderança como a de maior taxa de mortes por Covid-19 do país. Trata-se de uma posição que, até o momento, não foi oficialmente assumida pelas autoridades de saúde do governo local, mas que caminha para essa possibilidade.

A questão com essa triste estatística é que o Distrito Federal, ao contrário do que acontece em muitos estados brasileiros, é a unidade da federação que, historicamente, mais recebe pacientes encaminhados por outras regiões do entorno e até de outros estados, o que altera, sensivelmente, esses dados. Para a Secretaria de Saúde, o cálculo de mortalidade leva em conta, tradicionalmente, apenas o número de residentes locais, dividido pela população total da região em análise, o que reduziria o número de óbitos de forma visível.

Para as autoridades, o que está havendo é uma discrepância entre o número absoluto de óbitos locais contra óbitos de residentes. Citar números e outras estatísticas e porcentuais, numa época em que esses valores sofrem variações diárias significativas, nada acrescentaria ao fato de que a maior taxa de óbitos por Covid-19, na capital, já resultou num número de mortes que ainda oscila para cima e já ceifou a vida de mais de 3.100 brasileiros com residência em nosso pequeno quadrilátero.

Tão grave quanto esses números funestos, e jamais observados em tempo algum, é o fato de que, mesmo sob a sombra e as ameaças constantes da morte, a maioria dos brasilienses são obrigados, pelas circunstâncias adversas, a enfrentar todos esses riscos onipresentes para não morrerem com a pior de todas as pragas que é a fome. Se, até pouco tempo, os riscos para os que saíam para trabalhar eram a violência diária dos assaltos e do trânsito, hoje, somados a essas realidades de cidade grande, todos têm que enfrentar os riscos dessa virose pandêmica.

De fato, para os que aqui permanecem com saúde e disposição, há ainda outros desafios que necessitam ser enfrentados no dia a dia, como a permanência dos empregos e da renda. Não fossem esses cidadãos que enfrentam de frente essas batalhas cotidianas, muitos produtos, nas prateleiras dos supermercados, simplesmente, teriam desaparecido de vista. Tão preocupante quanto essa doença, que vamos conhecendo melhor com o tempo, e cuja a vacina definitiva já desponta no horizonte, preocupa-nos a situação da economia, não só do país e do mundo, mas da própria capital. Como não poderia ser diferente, dados recentes, levantados pelo Boletim de Conjuntura Econômica do DF, apontam que na capital do país, embora registre índices negativos menores que outras regiões, a Covid-19 tem feito estragos também na economia local, principalmente no segundo trimestre deste ano.

O fechamento de comércios de variados ramos de atividade segue em alta, assim como o número de falências. A economia encolheu 4,2% no segundo trimestre. O chamado Índice de Desempenho Econômico (Idecon) também recuou esse ano, atingindo o menor patamar desde 2015.

Um giro pela cidade mostra bem o grande número de estabelecimentos fechados, de salas e lojas vazias, com anúncios nas vidraças para aluguel ou venda, assim como uma grande quantidade de atividades que sumiram de vista. Mesmo assim, alguns economistas dizem que o DF, diante do que vem acontecendo no resto do Brasil, é a unidade da federação que menos tem sofrido com a pandemia. Os números anunciam o que pode ser um dos maiores efeitos negativos dessa pandemia, com a retração histórica do Produto Interno Bruto, que deve ser o menor desde o início do século passado.

Na verdade, não fosse a renda do funcionalismo público, a queda na renda e na economia da capital teria acompanhado o que acontece em outras regiões. Há ainda muita repercussão dessa pandemia que virá pela frente e que nem conhecemos ainda. Mas que venham os touros.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É estranho, -mas verdade; pois a verdade é sempre estranha;/Mais estranho que a ficção: se pudesse ser contado,/quanto os romances ganhariam com a troca!/Quão diferente o mundo veria os homens! ”

George Gordon Byron, poeta inglês, em Don Juan

Imagem: Byron, 1813, por Phillips

 

Wally

Praias lotadas, piscinão de Brasília lotado, festas nos fins de semana cheias de gente até a madrugada. Mas o perigo está só onde o presidente Bolsonaro estiver. Muito estranho…

Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 15.mar.2020

 

Eleitores

Senador Randolfe Rodrigues apoiou a ideia do senador Reguffe, que elaborou a PEC 8/2016. Essa Proposta de Emenda à Constituição sugere que as pautas do Senado e da Câmara sejam trancadas quando algum projeto de iniciativa popular não for analisado em até 45 dias. Em março de 2010, a PEC foi retirada da pauta e, até hoje, aguarda inclusão na Ordem do Dia.

Senador Randolfe Rodrigues. Foto: Rodrigo Viana/Senado Federal

 

Passeio

Veja, a seguir, que beleza a capela São Francisco de Assis, no Gama. Já abriram as inscrições para casamentos em 2021. Esse é um dos lugares prediletos dos motociclistas para assistirem a missa. Volta e meia, acontece a procissão sob duas rodas até lá.

Foto: comunidade.casamentos.com

 

Escassez

Em média, nove litros de leite materno são distribuídos para alguns hospitais do DF. Na pandemia, esse número diminuiu preocupando principalmente Ana Cláudia Barros, chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do Hmib, onde a demanda é maior.

Foto: saude.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um dia não está, outro dia está no Rio, outro dia está ocupado, e assim por diante. Nem pró, nem contra, falou o Ministro mais elegante. (Publicado em 17/01/1962)

Lições de casa

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Imagem: negocios.empresaspioneiras.com

 

         Fosse colocado na balança das experimentações da humanidade, o ano de 2020 teria o mesmo peso e o significado de outros períodos de extrema aflição, experimentados pela humanidade, como aqueles que marcaram as Primeira e Segunda Guerras Mundiais, ou mesmo os atentados terroristas às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, em novembro de 2001.

         Na realidade, o século XXI foi descortinado com a mau augúrio dos atentados terroristas em todo o mundo, sinalizando, a todos, que esse seria um tempo que não passaria em branco. Vivemos essas primeiras duas décadas em sobressaltos. Tratam-se aqui de tempos para serem varridos da memória pelo simples fato de que nos recordam, a todo o instante, a extrema fragilidade e  fluidez de nossas vidas.

         Para os filósofos e os pensadores da condição humana, são tempos férteis e cheios de aprendizados e, quem sabe, de novas perspectivas, aceleradas pela imposição de um isolamento social que tornou até as mais febris e movimentadas cidades do planeta, em lugares fantasmas, habitados apenas pela memória. Neste exato instante, em muitos cantos do planeta, pessoas das mais diversas especializações estão debruçadas, refletindo sobre mais essa encruzilhada em que se depara a espécie humana, buscando compreender que alternativas seriam viáveis e seguras para uma mudança de rumo.

         Por certo, para o bem ou para o mal, todos aqueles, que buscam respostas para o acontecido em 2020, concordam num ponto: nada será como antes. De antemão, temos como prioridade não morrermos acometidos pela virose traiçoeira. No contexto em que nos encontramos, temos algumas esperanças de que a espécie humana possa reavaliar seu papel sobre o planeta. Aos olhos de alguns economistas, alguns sistemas que vínhamos experimentando terão suas rotas alteradas. A começar pelo sistema capitalista e sua variante: a globalização.

          Não é certo, ainda, pensar a pandemia como resultado extremo do próprio capitalismo. Tampouco é sabido se a pandemia virá para enterrar esse sistema e inaugurar outro, com a face mais humana. O que se sabe é que depois da peste negra ou peste bubônica, entre os anos 1347 e 1351, quando 200 milhões de pessoas, na Europa e Ásia, pereceram, o sistema feudal, predominante naquelas regiões, deixou de existir, cedendo lugar ao capitalismo comercial.

         Também naquela ocasião, acredita-se, a peste teria viajado através da rota da seda, desde o Oriente, atingindo a Europa, a partir também da Itália, tal qual ocorreu com a Covid-19. Qualquer sistema, por maior e mais sofisticados que sejam seus mecanismos, tem seu ciclo. Com o capitalismo parece não ser diferente. No plano íntimo de cada um de nós, há ainda mudanças que se anunciam necessárias, mas que ainda não vislumbramos bem. As pessoas e as famílias estão sendo postas a provas duríssimas e isso, de certo, provocará reflexões, o que, por sua vez, abrirá portas para transformações.

          Temos claro que é impossível pensar em mudanças do sistema, seja ele qual for, sem mudanças nos indivíduos. Os sistemas refletem quem somos, gostemos ou não da premissa. Pouco antes da eclosão da pandemia, vivíamos o dilema do aquecimento global e ele ainda está ocorrendo. Esse fator externo também contribuirá para mudanças tanto no comportamento íntimo de cada um, quanto terá seus reflexos no sistema capitalista, principalmente em quesitos como o consumo e a distribuição de renda.

         Um fator vinculado à pandemia, e que não pode ser ignorado, é o aumento sensível da pobreza e de pessoas em situação de risco. O ultra liberalismo e o hiper capitalismo, seus princípios éticos, parecem estar com os dias contados. Coube à China comunista, controlada por uma ditadura burocrática e insensível, mostrar ao mundo os horrores do capitalismo levado ao extremo.

         A pandemia serviu, entre outras mil lições, para demonstrar o quanto pode ser nocivo à humanidade aparelhar, politicamente, órgãos das Nações Unidas, como a OMS. Aqui no Brasil, também as lições trazidas pela crise são inúmeras e deverão ser adotadas. A começar por uma mudança de rumos no próprio governo. O capitalismo industrial e poluidor terá que ceder espaço, cada vez maior, a um tipo de construção de riqueza que não agrida o meio ambiente e, sobretudo, o próprio homem. São lições de casa que, entre outras mil, haveremos de fazer, literalmente, em casa.

 

A frase que foi pronunciada:

“Pode-se morrer mais do que uma vez. A sepultura é que é só uma, para cada homem.”

Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco foi um escritor português, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor. Foi ainda o 1.º Visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D. Luís. (Wikipedia)

Camilo Castelo Branco. Foto: wikipedia.org

 

Solidariedade

Pelo Instagram, Ivan Mattos convida a comunidade de Brasília a conhecer seu trabalho em parceria com outros fotógrafos.  Veja, na página Fotografias Solidárias, como você poderá ajudar a Casa de Ismael, que está precisando demais do apoio de todos.

Publicação feita no perfil oficial do projeto Fotografias Solidárias no Instagram

 

Humano

Uma mensagem simpática do ex-governador Rodrigo Rollemberg, aos amigos, pelo WhatsApp. Coisa de quem cresceu na cidade e cativou muita gente. Veja no blog do Ari Cunha.

 

Leitor

Não é à toa que o Lago Norte tem tido aumento expressivo nos casos de dengue. A última casa da QL2, conjunto 8, acumula resto de obras no local, deixando os vizinhos em polvorosa. Isso há anos. Mas, até agora, nada foi feito, apesar das inúmeras reclamações.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As firmas instaladas ali são obrigadas a um sacrifício enorme, porque ficam completamente isoladas do resto da cidade. E um telefonema interurbano para ser completado, tem que ser no posto da W-3. (Publicado em 12/01/1962)

Rodin: um pensador do futuro

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Foto: culturagenial.com

 

Uma das mais famosas esculturas de todos os tempos, conhecida em todo o planeta, retrata um homem nu, sentado sobre uma rocha em posição de profunda meditação. De autoria do escultor francês, Auguste Rodin (1840-1917), a obra O Pensador foi finalizada em 1904 e desde então tem sido usada como referência na representação da condição humana, racional e eternamente colocada entre o pensamento abstrato e a ação concreta. A dualidade que está entre a pausa da meditação e o movimento da ação é a própria síntese da nossa espécie, presente em nossas vidas desde sempre. Com o isolamento social de mais de cem dias, imposto agora pela virose mortífera, estamos justamente experimentando a condição de pensar a vida, meditar sobre a possibilidade de uma futura e possível ação, enquanto vamos percebendo que, bem ou mal, a vida continua a correr do lado de fora de nossas casas e não espera por ninguém.

A ideia idílica de que a pandemia poderia atuar para lapidar nosso comportamento, agindo como um escultor sobre a rocha, aos poucos vai sendo deixada de lado. Permanecemos os mesmos ou talvez ainda mais ariscos e agressivos. O isolamento prolongado tem nos obrigado à reflexão e isso já é um grande avanço. Por anos, temos agido sem pensar. Não resta tempo, principalmente num mundo acelerado pelo comando das máquinas. Antropólogos e outros estudiosos, que analisam a trajetória humana sobre a Terra, apontam ser fundamental, à nossa evolução como espécie, o ato de pensar. Essa característica, própria dos humanos, facilitaria a vida num mundo geralmente hostil e aparentemente indiferente a todos os seres vivos e seus destinos.

Antes mesmo do isolamento nos apanhar de surpresa, assistíamos, a cada dia, a evolução da tecnologia e como essas novidades da ciência estavam modificando nossas vidas e nossos costumes. Uma dessas mudanças favorecidas pelas novas tecnologias e colocadas em prática pela obrigação do isolamento social foi o teletrabalho. Todos aqueles céticos, que acreditavam ser impossível transferir e deslocar o local de trabalho da repartição ou da empresa para dentro das residências, hoje se mostram convencidos de que essa é uma mudança que seguramente veio para ficar e mudar antigos hábitos.

Outra mudança que parece estar acontecendo em acelerado ritmo, bem debaixo de nossos narizes, é a substituição do papel moeda e da própria moeda como bem econômico de troca. Mesmo o dinheiro de plástico, representado pelos cartões de crédito e débito vão, aos poucos, também a outras formas de compra e venda. A pandemia, que obrigou ao fechamento de muitos comércios físicos favoreceu enormemente o comércio virtual e essa é também uma tendência que parece ter chegado mais cedo do que se esperava.

Economistas pelo mundo afora têm, durante esse período, voltado a mencionar a possibilidade, já discutida por séculos, de simplesmente erradicar o dinheiro e sua função básica, tal qual o conhecemos, da face da Terra. Trata-se, por enquanto, de uma utopia, mas que vem ganhando adeptos pelo planeta pelo simples fato: se existe essa possibilidade no mundo das ideias e da abstração, ou seja, do pensamento, é porque ela é viável num tempo ainda incerto. E é aí que voltamos ao Pensador de Rodin.

Muitos, nesse momento propício, colocam-se na posição de meditação sobre novos arranjos futuros para problemas que arrastamos desde que descemos das árvores. A utopia, ou sua significação de “não lugar”, já foi atingida pela interligação dos computadores em redes de internet. Estamos aqui e em todo o lugar ao mesmo tempo e em nenhum lugar também e tudo isso graças a faculdade de nos colocar na posição de eternos pensadores.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As grandes revoluções do pensamento têm sempre os seus inspirados precursores, antes que o predestinado redentor esclareça os mais rebeldes entendimentos com a serena luz de um novo testamento da ciência.”

Latino Coelho, militar, escritor, jornalista e político português, formado em Engenharia Militar. (1825-1891)

 

Voz do consumidor

Depois de receber um requerimento assinado por mais de 150 médicos, Paulo Roberto Binicheski, promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, está acompanhando uma situação estranha em hospitais públicos e particulares. Assista ao vídeo a seguir. Quando os profissionais indicam uma medicação para um tratamento preventivo do Covid-19 em pacientes mais vulneráveis, esses medicamentos não são disponibilizados na rede hospitalar pública ou privada. Outro assunto a ser investigado pela Promotoria é o comportamento dos Planos de Saúde: se o protocolo desses planos é atender os clientes com a máxima urgência ou com a infinita exigência de cumprimento burocrático. Ninguém melhor que a população para indicar pistas. Pena que não haja um canal interativo para isso.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Cabe aos moradores das quadras, que estão sendo gramadas, zelar pelo seu jardim, defender a conservação na paisagem e educar seus filhos para que não destrua a plantação. (Publicado em 11/01/1962)

A quarentena nos mantém afastados do que acontece sob nossos pés

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Acreditar que o período de isolamento social, que tem levado mais da metade da população mundial a se fechar em casa, nos últimos três meses, forçaria parcela significativa da humanidade a rever uma série de antigos conceitos e comportamentos, tanto nas interações sociais quanto na relação ao próprio planeta, vai se demonstrando uma expectativa frustrada.

Um olhar nas manchetes diárias, ao longo de toda essa crise de saúde, comprova que ainda não foi dessa vez que os seres humanos puderam aprender com a lição imposta pela doença mortal. As crises políticas, econômicas e sociais, tanto internamente quanto no resto do mundo, prosseguem no mesmo ritmo, ou até mesmo mais acirradas, sendo que, em alguns lugares, como em nosso país, elas se intensificam  ganhando uma dimensão de tal monta que não será surpresa se, mais adiante, venhamos, mais uma vez, a assistir a uma interrupção brusca em nossa dinâmica democrática.

Na verdade, em muitos lugares do mundo e aqui mesmo, o isolamento, ao ilhar as pessoas em suas casas, afastando-as do convívio natural em sociedade, tem servido como um catalisador e um subterfúgio para muitas lideranças políticas a, em todos os poderes da República, agirem com uma desenvoltura nunca vista antes, urdindo negociações e entabulando medidas que, em situações normais, seriam quase impossíveis de serem realizadas. Longe do olhar vivo e do bafo quente da sociedade, as engrenagens do Estado vêm operando com força máxima, enquanto a população parece entorpecida num sono profundo.

Enquanto o Supremo é atacado com fogos de artifício, numa simulação do que seria um ataque de artilharia pesada contra a magistratura do país, tudo isso sob o beneplácito do próprio Executivo, leis diversas que interferem diretamente na vida dos cidadãos estão sendo discutidas e votadas de forma virtual e rápida no Congresso. Aos poucos, também, uma série contínua de limitações vão sendo impostas ao livre exercício da cidadania, impondo regras, limitando direitos e disciplinando a vida em sociedade, quando essa voltar às ruas.

Em nome do combate à pandemia, restou à sociedade, inerte e assustada, delegar, sem contestações, às autoridades constituídas, a edição de um rol imenso de medidas que irá regular, de forma mais restritiva, toda a vida social, impondo regras que, se fossem do conhecimento prévio das pessoas, não seriam aceitas de forma passiva. A vida real, como dizia um compositor, é aquilo que acontece enquanto estamos, todos nós, trancados em casa, sonhando e fazendo planos para um futuro incerto. É exatamente isso que está acontecendo com esse isolamento social, que nos afasta das mudanças que estão ocorrendo sob nossos pés.

 

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O caminho da verdade é único e simples: o da falsidade, vário e infinito.”

Amador Arrais, religioso e escritor português do século XVI.

Imagem: facebook.com/carasdeportalegre

 

Boa ideia

Havia, na W3, um placar onde os semáforos eram sincronizados com os dados mostrados aos motoristas. Assim, se o equipamento mostrasse, por exemplo, 40km/h, e o motorista obedecesse essa velocidade, conseguia pegar todos os sinais verdes.

 

Higiene

Andando na praça da alimentação nos shoppings, é possível ter uma amostra de como as cozinhas funcionam. São raros os estabelecimentos onde se usam luvas. Mesmo apenas para servir, daria mais segurança aos clientes. Não é possível que seja necessária uma lei para multar quem não cumpra o protocolo de higiene durante uma pandemia.

Foto: shoppingdella.com

 

Insensatez

Nos ônibus, mercados e lojas em geral, o caixa que recebe em dinheiro também não usa luvas.

 

Proatividade

Veja, no vídeo a seguir, garotos tentando abrir portaria de prédio na Asa Norte. Não conseguiram. Se o governo implementasse políticas públicas onde a juventude em situação de vulnerabilidade pudesse se profissionalizar, daríamos exemplo para o país.

 

Será?

Lojas do Conjunto Nacional permitem o uso do provador. É o fim do coronavírus?

Foto: Divulgação Lojas Riachuelo

 

Confira

Morador de um apartamento da Asa Sul levou um susto quando se debruçou na janela para alcançar alguma coisa no ar. A tela de proteção, que dá segurança para as crianças da casa, estava totalmente ressecada e desgastada, soltando as amarras.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Foram feitos os primeiros contratos de locação entre o IAPC e os moradores da Asa Norte. O preço dos aluguéis é de Cr$ 17.900,00, havendo, ainda, uma taxa de administração que será aproximadamente de 3 mil cruzeiros. (Publicado em 10/01/1962)

Se falasse menos, talvez compreendesse mais

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Charge do Sinfrônio

 

Pesquisas de opinião pública só são levadas a sério quando favorecem a determinadas torcidas. Do contrário, são criticadas como tendenciosas e pouco científicas. Claro que existem pesquisas que são confeccionadas objetivamente para atenderem a determinados clientes e que nunca contrariam os prognósticos. Mas existe também aquele conjunto de pesquisas que avaliam metodicamente uma amostra significativa da sociedade e dela consegue extrair uma média bem precisa do pensamento e do gosto geral da população sobre determinado assunto do momento. O DataSenado é um exemplo. Essas avaliações, tomadas como sérias, possuem grande valor na hora de medir indicadores como popularidade e rejeição a um indivíduo ou grupo e, como tal, devem ser estudadas com todo o cuidado a fim de orientar a correção de rumos e atitudes, imprescindíveis para aquelas lideranças que estão no poder.

De fato, nenhum político pode descartar o que chamam de retrato do momento, trazido pelas pesquisas de opinião. Dele depende muito seu próprio futuro. Não é por outro motivo que, apesar das críticas de que muitas pesquisas de opinião erram feio em eleições, elas ainda são de enorme valia e por isso perduram como ferramenta para aferir, a cada momento, o coração volúvel do eleitor. Uma amostragem dessas pesquisas, que deve ser levada em consideração nesse instante pelo Palácio do Planalto, mostra claramente uma forte tendência de queda na avaliação de popularidade do Governo Bolsonaro.

Em sentido contrário, assiste-se também uma subida no número daqueles que passaram a considerar o atual governo ruim ou péssimo. É com base nesse tipo de gráfico em que dois indicadores, simultaneamente negativos para o governo, se movimentam, que é chegada a hora de ativar o bom senso e de empreender uma mudança de rumos capazes de reverter a piora nos números de muitas dessas recentes pesquisas.

Apenas à guisa de exemplo de uma pesquisa bem embasada metodologicamente, os dados levantados pela XP/Ipespe mostram, em dois momentos distintos, uma avaliação preocupante para o atual governo. Na primeira avaliação, realizada logo após a saída do ministro da justiça, Sérgio Moro, mostrou que 67% dos ouvidos acreditam que a saída do principal nome da equipe de Bolsonaro trará efeitos negativos para a continuidade do governo, principalmente no seu aspecto inicial de combate à corrupção e à chamada velha política.

A esses indicadores que prenunciam tempos difíceis à frente, somam-se os números de outra pesquisa realizada dias depois e que desta vez avaliava o desempenho do governo frente à pandemia de coronavírus. Nessa nova pesquisa, os números indicavam uma subida de 42% para 49% na avaliação daqueles que consideram o governo ruim ou péssimo. No mesmo gráfico era apresentado também um declínio nos números daqueles que acham o governo bom ou ótimo, que passou de 31% para 27%.

As novas medidas adotadas na sequência pelo governo Bolsonaro, interferindo no comando da Polícia Federal, seguido de um gesto político muito arriscado de atrair o Centrão fisiológico para dentro do governo, bem como seu desempenho frente à pandemia, já indicam, mesmo antes de uma nova pesquisa vir à luz, que seus índices positivos continuam despencando ladeira abaixo em abalada corrida. A continuarem as demonstrações públicas de desdém pelas pesquisas, vistas apenas como armas da oposição, o atual governo deve colocar de lado qualquer pretensão em continuar depois de 2022, devendo cuidar logo do que ainda resta de credibilidade e de governabilidade nesse atual mandato.

 

 

 

A frase que NÃO foi pronunciada:

“Quanto custa a soberania de um país?”

Alguém com muito poder, pensando e olhando para o mapa do Brasil.

Charge do Jean Galvão

 

Perto do fim?

Amigos que vão na comissão de frente no que se refere à Covid-19 avisam: a Alemanha começa a abrir suas fronteiras. O uso da máscara continua obrigatório em ambientes fechados, restaurantes com condições de manter a distância entre as mesas já estão abrindo. Aos poucos, o comércio volta a se restabelecer.

Foto: AFP / POOL / Michael Sohn

 

Outro mundo

Japão é um país onde as pessoas respeitam a geografia corporal. Abraços, cumprimentos com a mão, tapinha nas costas não fazem parte da cultura. Levaram, como tudo, tão a sério o combate à Covid-19 que, de semana em semana, os prefeitos liberam para a população relatórios completos sobre o número de doentes, com sintomas e sem sintomas, quantas mortes, em que área moram etc. Acesse o relatório do dia 08 de maio no link Updates on COVID-19 in Japan.

–> Veja mais em: Kagawa Prefectural Government (Covid-19)

 

Higienização

Sexta-feira, às 14h, no Instagram, com o apoio da Emater-DF, Milena de Oliveira fará uma live sobre como higienizar os alimentos na volta do mercado. Veja as informações a seguir.

 

Urbanidade

Por trazerem contaminação, luvas e máscaras devem ser descartadas no lixo do banheiro em sacos fechados para não prejudicar os profissionais da limpeza. Veja o cartaz abaixo.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Mas os inimigos não dormem. Vão até à leviandade, à mentira, ao disfarce. Falam, falam mal, dizem que o Iate é um barraco de madeira e fecham os olhos para as piscinas, para o ginásio, para o caís, para os jardins, para toda a sua beleza, enfim.(Publicado em 06/01/1962)

Depois da primeira tormenta

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Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Política

 

Passada a crise de pandemia, em tempo ainda incerto no futuro, o  que se sabe é que todo esforço possível terá que ser realizado para que uma crise econômica, de proporções magníficas, não leve o país a um estado terminal, capaz de transformar as agruras de uma quarentena, em um saudoso sonho de verão.

Pelo o que se tem visto até agora, e pela afoiteza com que políticos de todas as matizes ideológicas têm se atirado sobre os recursos públicos, em nome de uma falsa salvação nacional, é óbvio que o esforço feito pela equipe econômica, desde a posse do presidente Bolsonaro até o final do primeiro trimestre desse ano, está sendo irremediavelmente escoado pelo ralo da incúria. Não só regressamos ao ponto de partida em janeiro de 2019, como podemos estar indo mais além, recuando a um passado de recessão e depressão econômica que acreditávamos ter deixado para trás em 2014.

Não que se descarte a importância de ações e de um conjunto de projetos voltados para o momento de urgência social. Todos os países, que estão experimentando essa crise de saúde pública, estão adotando as mesmas medidas emergenciais, garantindo renda e outros benefícios às suas populações. Nesses países, todos os esforços vêm sendo feito dentro de objetivos que visam assegurar não só a sobrevivência dos indivíduos nesses meses difíceis, mas, sobretudo, para garantir que dignidade e outros valores humanos de suas sociedades não sejam abalados pelos efeitos da pandemia de longa duração.

Por aqui, a falta de uma base política dentro do Congresso tem servido para que os políticos, contrariados com a pouca atenção dada pelo governo aos seus pleitos e interesses próprios, dificultem a adoção de medidas urgentes e razoáveis. Para essa turma, que faz oposição mesmo em meio a uma pandemia mortal, todo esforço vale para desmontar o que vinha sendo realizado pela equipe econômica até aqui para colocar em ordem as finanças públicas. Nesse intento niilista, o que uma parte das bancadas temáticas almeja é enfraquecer o governo e não resolver problemas sociais imediatos. Uma outra banda tem se empenhado em ampliar, ao máximo, a ajuda emergencial, não com objetivos puramente humanitários, mas com vistas a fortalecer suas bases políticas nos estados, repassando aos governadores e prefeitos os bilhões de reais restantes existentes ainda nos cofres públicos. Como o horizonte desses profetas do caos é sempre delimitado pelas próximas eleições, o passivo dessas montanhas de dinheiro que estão saindo do planalto central para todas as unidades da federação, deverá ser coberta pela população logo depois que a primeira tormenta passar.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ao homem que ama a sua pátria, insensato na opinião de alguns filósofos, apraz mais, quando o Estado periga soçobrar até o último alento entre naufrágios e tempestades públicas, embora não o obrigue nenhuma lei, do que viver regaladamente no cúmulo da tranquilidade e do repouso.”

Cícero, 106–43 a.C. foi um advogado, político, escritor, orador e filósofo da República Romana

Escultura de Cícero por Karl Sterrer, no Parlamento Austríaco (wikipedia.org)

 

Brasileira

Um artigo da doutora Elanara Neve publicado no conceituado British Medical Jounal sugere a troca de protocolo no atendimento a pacientes com Covid-19. Verificando a trombose nos pulmões dos pacientes que não resistiram ao tratamento, teve a ideia de experimentar anticoagulantes. Deu certo! Dos 27 pacientes tratados nenhum faleceu, só dois permanecem hospitalizados; os outros estão completamente curados. A medicação é de baixo custo, podendo ser adotada pelo SUS. Não será necessário adquirir equipamentos caros para a cura do Covid-19

Foto: divulgação (em.com)

 

Economia

Câmara dos Deputados divulga erros da PEC 10//2020 que podem induzir deputados a erro. Veja, no link CÂMARA DIVULGA ERROS DA PEC 10/2020, detalhes desse orçamento de “guerra” esmiuçados por Maria Lucia Fattorelli.

Logo: auditoriacidada.org.br

 

Denúncia

Reclamações de consumidores enganados por empresas de empréstimos e financiamentos precisam ser monitoradas pelo sistema financeiro. O melhor seria um disque denúncia para que principalmente idosos tenham um canal para orientação e reclamação. Há de tudo nesse meio. Desde posse de mailing por amigos gerentes até orientação para atendentes omitirem dados do contrato. Basta ver no Reclame Aqui.

Foto: Getty

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um funcionário da Rede Ferroviária Federal, que ninguém sabe o nome, foi à França e os Estados Unidos, a serviço. Recebeu, entretanto, uma passagem com este itinerário: Rio –Lisboa, Madri, Paris, Bruxelas, Londres, Amsterdã, Hamburgo, Copenhague, Estocolmo, Helsink, Leningrado, Moscou, Varsóvia, Praga. Viena, Atenas, Roma, Milão, Zurique, Stutgart, Frankfurt, Dusseldorf, Berlim, Tóquio, Honolulu, Los Angeles, Denver, S. Paul, Nova York, Montreal, Otawa e Rio. (Publicado em 05/01/1962)

Vem aí a Covidão

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Parece que, entre nós, a história volta a insistir, repetindo-se como uma farsa grotesca. Como aconteceu em junho de 2005, no qual foi preciso um alerta vindo do ex-deputado e atual presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, para que o país acordasse para mais um crime de corrupção previamente anunciado e já com certidão de nascimento, nome dos pais e um nome de batismo bem apropriado: Covidão.

Em longa entrevista concedida nessa segunda-feira (20) aos jornalistas dos Pingos Nos Is, da Rádio Jovem Pan, o ex-parlamentar e peça chave no mega escândalo do mensalão e que, na oportunidade, quase levou o ex-presidente Lula ao impeachment, deflagrando uma das maiores crises políticas de todos os tempos, voltou a público para revelar novas armações em andamento.

São, de fato, informações bombásticas, colhidas nos bastidores por uma das mais descoladas raposas políticas e que acompanha de perto, e como protagonista, toda a cena nacional desde os primeiros anos da redemocratização do país. O que mais uma vez Roberto Jefferson tem a revelar, à semelhança do que ocorreu no passado, nenhum órgão de fiscalização e controle do Estado, mesmo a Polícia Federal, parecem ter percebido.

De novo o epicentro desse escândalo, segundo ele, está sendo detectado no seio do Congresso Nacional, envolvendo os mesmos personagens do passado ou seus atuais descendentes e representantes. Segundo o dirigente do PTB, dessa vez os desvios de dinheiro têm como fonte o projeto aprovado por 431 votos contra 70, em votação eletrônica e feita à distância, que autoriza, em nome do socorro emergencial para o combate ao coronavírus, que estados e municípios gastem, sem maiores burocracias, o equivalente a R$ 100 bilhões.

Para Jefferson, trata-se de mais um crime de corrupção que começou agora a ganhar seus primeiros contornos sob a coordenação direta do presidente da Câmara e do chamado Centrão. Para ele, essa montanha de dinheiro vai ser, em grande parte, desviada para as eleições municipais desse ano ou para as próximas.

Dessa vez, alerta, será o escândalo do Covidão-19. De fato, alguns indícios já vêm sendo revelados em algumas unidades da federação como no Rio de Janeiro, Ceará, Salvador e outros lugares, com a compra superfaturada de hospitais de campanha e outros insumos necessários para o combate ao coronavírus, repetindo o mesmo modelo de crime já conhecido há décadas e que, ao fim ao cabo, acabam em processos infindos, jogados para as últimas instâncias, onde se localiza o paraíso da impunidade geral e irrestrita.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não a ciência, mas a caridade transformou o mundo em algumas épocas; somente poucas pessoas passaram à história por causa da ciência; mas todos poderão ficar eternos, símbolo de eternidade da vida, em que a morte é só uma etapa, uma metamorfose para uma ascensão maior, se dedicarem-se ao bem.”

Giuseppe Moscati, médico, canonizado pelo papa João Paulo II.

Giuseppe Moscati (santosebeatoscatolicos.com)

 

Novidade

Santa Catarina é o primeiro Estado da Federação a adotar homeopatia como ferramenta na luta contra a pandemia. Por meio da Associação Médica Homeopática de Santa Catarina, em parceria com a ABFH (com a representante, Karen Denez), o documento de Diretrizes Clínicas para Uso da Homeopatia na Prevenção e Tratamento da COVID-19 foi concluído. O projeto foi iniciado no Estado, para dar suporte ao desejo do Governo catarinense em adotar homeopatia, em caráter complementar, no enfrentamento da pandemia da COVID-19.

Leia mais em: A Homeopatia e o COVID 19

 

Mais ou menos

Tanto tempo para a reforma nas passagens das quadras 100 para 200 e o asfalto sem nenhuma qualidade. Por outro lado, vamos torcer para em dias de chuva forte haver escoamento pluvial.

(Vídeo publicado em 20 de março de 2019, no canal da TV Entorno, no Youtube)

 

Sem fome

Veja no link o resultado do Movimento Maria Claudia pela Paz, que entregou para a Ascap (Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua).

Entre integrantes da Ascap, Roosevelt, do Movimento Maria Cláudia pela Paz, entregou 20 cestas de alimentos para doação

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A diferença do Distrito Federal para Goiânia é um estímulo ao comércio da capital de Goiás. Para que possamos recomendar a todos que façam suas compras em Brasília, é preciso, também, que o comércio entenda que está explorando. Os casos que reúnem maiores reclamações são os das farmácias e casas de utilidades doméstica. (Publicado em 05/01/1962)

A hora e vez do tele trabalho

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Foto: Shutterstock

 

Se antes existia alguma resistência e preconceito ao trabalho realizado em casa (home office), taxado erroneamente de ineficiente e improdutivo, hoje essa realidade parece estar mudando do dia para a noite, forçada pela situação crítica de uma pandemia que impôs a necessidade de todos permanecerem fechados em casa.

Na verdade, essa já era um sistema que vinha ganhando cada vez mais adeptos pelo mundo afora, mesmo antes da quarentena, se firmando como uma alternativa aos deslocamentos de horas, principalmente nas cidades com tráfego congestionado e transportes públicos deficientes. Também a economia com gastos em edifícios, equipamentos, contas de luz e água entre outros infinitos encargos, vem fazendo do teletrabalho a grande aposta de modelo laboral para o século XXI.

Pesquisas realizadas ainda em 2019, em 34 países pelo Estudo Global de Tendências e Talentos 2020, da Mercer, indicou que essa é a modalidade de prestação de serviço que mais ganhará fôlego a partir desse ano em diante. As novas tecnologias somadas à uma metodologia de trabalho mais dinâmica e enxuta, necessariamente teria que revolucionar a maneira como muitos serviços são rotineiramente realizados. A introdução da informática e da Internet nas mais variadas formas de trabalho, acabaria por criar um novo e radical fenômeno, chamado de “não lugar”.

Ficou demonstrado, na prática, que a interação virtual e instantânea entre os indivíduos, independe do ambiente e do lugar físico onde se realiza determinada tarefa, pode ser feita sem prejuízo algum para a qualidade do trabalho. Se por um lado as novas tecnologias irão eliminar algumas modalidades de serviço, por outro, criarão outras mais adequadas às novas aos tempos atuais, sem prejuízos maiores.

Interessante notar que no serviço público, e as resistências, que por anos dificultava e atrasavam a implantação definitiva da modalidade de trabalho à distância, foi vencida em questões de dias por conta da quarentena obrigatória. O prolongamento do confinamento, poderá também acelerar a implantação definitiva dessa nova forma de trabalho em grande parte da cadeia dos serviços públicos, acentuando também conceitos até aqui rejeitados como a produtividade e principalmente os aspectos da chamada meritocracia, aferida agora pelo desempenho de cada um dos servidores envolvidos nesse processo.

Obviamente que nesse contexto haverá a necessidade de investimentos no aperfeiçoamento educacional desses profissionais, sujeitos à um novo ambiente de trabalho, que, ao contrário do que muita imagina, exigirá muito mais dedicação e empenho de cada um. A Câmara e o Senado virtuais, deram a partida, em grande estilo nessa nova modalidade de trabalho à distância no Poder Legislativo. O poder judiciário também já desafogou o trânsito de inúmeros processos.

No início dessa nova experiência, ficou patente que muitos aperfeiçoamentos na questão das votações, terão que ser efetuados para impedir que a democracia e pluralidade de opiniões e votos não venham a ser prejudicadas pelo controle daqueles que estão presentes em plenário, comandando todo o processo. Mas esse parece ser o começo de um novo tempo e uma novidade ainda para nós todos.

Outro fator interessante que será trazido pelo trabalho à distância, diz respeito à um maior acompanhamento individual de cada uma das pessoas envolvidas no processo, sua satisfação, suas contrariedades e outros elementos necessário a abastecer de dados o departamento de recursos humanos, permitindo que essa importante seção encontre as melhores formas de relação entre o trabalhador e seu serviço ou função.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade.”

Voltaire, escritor, ensaísta deísta e filósofo iluminista francês (1694-1778)

Foto: reprodução da internet

 

Emprego

Está garantido o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Em sessão por videoconferência, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou pela preservação da MP e pela validade dos acordos individuais firmados entre empregados e empregadores durante o enfrentamento da Covid-19.

Foto: Nélson Jr. (SCO/STF)

 

Livro

Cidadão honorário de Brasília, membro do Instituto Casa de Autores e professor PhD em Educação, Simão de Miranda é autor de diversas obras infantis. Simão é fonte especialista sobre a importância da leitura no meio educacional. “Para ser ainda mais feliz todo o dia”.

 

Ativa

IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família segue promovendo transmissões ao vivo, por meio das redes sociais, abordando assuntos relevantes para os operadores do Direito sobre os impactos da pandemia do coronavírus no Direito das Famílias. Ricardo Calderón, diretor nacional do IBDFAM, e Maria Rita de Holanda, presidente do IBDFAM seção Pernambuco, comandam o debate. Veja a programação no link http://www.ibdfam.org.br/eventos/1775/Live%3A+Humanizando+a+manuten%C3%A7%C3%A3o+dos+conflitos.

Cartaz: ibdfam.org

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Associação Comercial que está se formando tem uma grande responsabilidade. Fazer com que seus associados entendam que o comércio de Brasília, para se firmar melhor, terá que baixar seus preços. (Publicado em 05/01/1962)

Procuram-se autoridades capazes de fazer a diferença

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Arte: braziljournal.com

 

Em meio à toda mega crise gerada pela pandemia do Covid-19, um fato desolador pode ser facilmente constatado pelos brasileiros, de Norte a Sul desse país: nossas autoridades, indiferentemente a que partidos pertençam ou a que cargos ocupem na estrutura do Estado, seja federal, estadual ou municipal, nenhuma delas parece verdadeiramente sensibilizada com o drama vivido pela população.

De fato, o que a maioria dos governantes, legisladores e juristas têm feito durante essa crise é cumprir rotinas burocratas, de acordo com o que especifica a cartilha oficial para casos de calamidades e sinistros. Nada mais. Por detrás dessas ações obrigatórias e em função do cargo que ocupam, a vida, para essa gente, segue sem maiores atropelos, distante do mundo real das ruas. A pseudopreocupação que esboçam em público, é pura pantomima. Quando muito alterou-lhes alguns dos planos pessoais que almejavam, a crise parece ter atingido apenas as autoridades com o pensamento nas próximas eleições.

No Legislativo, a pandemia, como não podia deixar de ser, tem servido de pretexto para a elaboração de uma extensa pauta de interesse das bancadas e principalmente do chamado Centrão, uma união ocasional e cobiçosa de parlamentares em torno de objetivos de interesses próprios, muitos dos quais, inconfessáveis. Com a possibilidade agora de legislarem à distância, as lideranças dessas bancadas, verdadeiras raposas políticas, têm usados de suas prerrogativas para turbinar seus mandatos, aplainando o caminho às eleições vindouras. Para tanto, estão colocando nos ombros dos contribuintes de quarentena a futura conta salgada dos pacotes bombas que costuram em acordos e conchavos longe dos holofotes.

No Judiciário, sobre tudo nas altas cortes, os magistrados têm aproveitado a situação pandêmica para pôr em liberdade os mais destacados e ilustres corruptos desse país, todos devidamente contemplados com as mordomias da prisão domiciliar. Mesmo no Executivo, a crise de saúde pública não foi capaz de amainar os ânimos e a animosidade política, com o presidente, mais uma vez, caindo na armadilha de parte belicosa da imprensa e colocando, aparentemente, todo o batalhão do Ministério da Saúde em posição de retirada da guerra contra o vírus.

Mesmo se dizendo preocupado com a onda de desemprego que se anuncia ao término da pandemia, o presidente Bolsonaro, em momento algum, tem incentivado a indústria nacional a fabricar os insumos que necessita para combater a doença. Preferiu, isso sim, comprar mais de 240 milhões de máscaras da China, a grande protagonista dessa agonia mundial, ao invés de mandá-las fabricar nas centenas de empresas de confecção nacional que estão às moscas desde fevereiro.

Ninguém nesse mundo aparte das autoridades abriu mão, até o momento, de mordomias, altos salários, abonos, penduricalhos e outros extras que recebem, graças a uma bem azeitada máquina de arrecadar impostos e tributos escorchantes.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Um dia ele me disse que era uma pena que os homens tivessem que ser julgados como cavalos de corrida, pelo seu retrospecto.”

Rubem Fonseca (Juiz de Fora, 11 de maio de 1925 – Rio de Janeiro, 15 de abril de 2020) foi escritor e roteirista brasileiro.

Foto: Zeca Fonseca/Divulgação

 

Simples assim

Quem leva um concurso a sério dedica, no mínimo, dois anos da vida, abrindo mão de reuniões de família, festas, viagens, passeios e até trabalho. Quem estuda para concurso abdica de tudo para atingir um só objetivo: estar na lista dos aprovados. O que rege um concurso é o edital. Quanto mais séria a banca, menos margens para interpretações. O que acontece no momento é que muito mistério ronda o concurso da SEDES. Mudaram a regra no meio do jogo sobre as questões anuladas. Quem fez mais pontos em conhecimentos básicos foi prejudicado. O TCDF acatou a tese de que o edital é soberano. Por unanimidade! Mas Paulo Tadeu, o relator do processo, ignorou a opinião dos colegas e, em seu voto, soltou um jabuti que fez com que a celeuma voltasse à estaca zero. Não é questão de justiça. Bastava obedecer às regras do edital com honestidade, como votou o Tribunal de Contas do DF.

 

Os fortes

Paradoxalmente, o   isolamento   social   tem   despertado   o   senso   de   comunidade   e   de pertencimento que há tanto estava adormecido. Proposta pelo ator Caco Ciocler a “lista Fortes”, nome   que   faz   alusão   à   lista   Forbes, divulga   empresas   que   destinarem parte significativa dos lucros obtidos em 2019 para o combate ao novo coronavírus no Brasil. A inciativa do ator, que abriu mão do cachê para divulgar essas empresas em suas redes sociais, tem   dado   bons   frutos, com   diversas   companhias   aderindo   com   doações   em   valores substanciais para o combate ao coronavírus no Brasil.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Aí, então, alugariam os imóveis a preços elevados, e obteriam lucros a custos da especulação imobiliária. (Publicado em 05/01/1962)