Insensatez

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

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Foto: Reprodução da internet

 

Governo algum pode subsistir se não puder contar com um manancial preciso e bem elaborado de informações, que capacite e oriente sua administração na tomada de decisões corretas. Informação nesse caso é tudo. Não se trata, aqui, de bisbilhotar a vida dos cidadãos em busca de pretensos inimigos internos. O tipo de informação que interessa diz respeito direto aos cidadãos, já que servem de ferramenta para buscar melhorias de vida para cada um dos brasileiros.

Gestores realmente sérios e, principalmente. aqueles munidos de programa de governo consistentes e exequíveis, jamais prescindem de ter, ao alcance das mãos, o maior volume possível de dados dos mais diversos. No caso dos dados levantados a cada dez anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comumente conhecido como Censo Demográfico, o volume e qualidade de informações contidos nessa pesquisa é vital para o nosso país. Somente por meio desse laborioso trabalho, realizado num país continental como o nosso, com todas as dificuldades que conhecemos, em meio a tanta variedade de realidades físicas e humanas, é que é possível se pensar em implementar políticas públicas adequadas, com vistas a um desenvolvimento racional e sem improvisações de última hora.

Pela importância e sensibilidade dos dados coletados por esse Instituto, não seria nenhum exagero se, a cada governo que tomasse posse, fosse imediatamente precedido de amplo e detalhado censo, de forma a municiar o novo mandatário de um retrato fiel e atual do país que irá administrar pelos próximos quatro ou oito anos. Bem sabemos que, em uma década, as mudanças operadas num país são profundas e, às vezes, produzem um verdadeiro ponto de inflexão, com alterações e mudança de rumos até contrárias.

Para os administradores, a atualização permanente é mais do que necessária, é vital e indiscutível para si e para a sociedade. Para isso, não basta saber apenas o tamanho da população e como estão distribuídos pelo território. É preciso, sobretudo, conhecer as condições de vida de cada brasileiro, qual o nível de escolaridade de cada indivíduo, em que condições de emprego e renda se encontram nossa população. É tão necessário para o país e sua gente que o Censo e mesmo Institutos como o IBGE deveriam, num mundo ideal, pairar sobre governos, partidos, ideologias (grande problema) e outras organizações políticas, necessárias para o sistema democrático, mas irrelevantes do ponto de vista das ciências humanas e das pesquisas.

Depois de manter, por meses, o IBGE sob intenso fogo de artilharia, com críticas e ameaças de todo o tipo, justamente porque o Instituto cumpria seu papel de mostrar a realidade do país, num retrato que, na opinião do atual governo feria a imagem de sua administração, Jair Bolsonaro chamou de farsa as pesquisas que indicavam um aumento do desemprego.

Nessa guerra inglória contra um Instituto composto por profissionais do mais alto gabarito técnico, o governo sugeriu, entre outras medidas estapafúrdias, “enxugar” o questionário que submete aos milhões de pesquisados, simplificando, aos interesses do governo, uma pesquisa que é reconhecidamente, não só no Brasil, mas em outras partes do mundo, como séria e muito bem elaborada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:                      

“Caso muito singular, os governos fazem questão de saber quanto ganhamos, em que estado civil nos achamos, se nos inscrevemos no recenseamento eleitoral, se temos número de contribuinte, se acumulamos pensões ou empregos, se andamos em dia com a carta de condução ou a licença de caça.”

José Saramago, escritor português

Foto: Consuelo Bautista / El País

 

Abrace o Marajó

Acertado o papel do BNDES em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em solenidade ao lançamento do Plano de Ação 2020-2023, o Abrace o Marajó contou com a presença da ministra Damares Alves; o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário; o presidente do BNDES, Gustavo Montezano; dezenas de prefeitos do arquipélago. Justamente um diagnóstico da situação das prefeituras envolvidas foi a primeira ação para que se elabore o planejamento de apoio.

Foto: gov.br/mdh

 

De volta

Alegria total no Guará com a revitalização das pistas de skate. No Paranoá, a diversão no parque local é o carro de rolimã. Criançada vibra.

 

O Pavarotti do Sertão

Hoje teve uma transmissão direta pela Internet do Oliveira de Panelas. O cabra é bom nas artes. Quando foi rotulado de “O Pavarotti do Sertão”, o mestre paraibano sentenciou: “Acho que Luciano Pavarotti bem que gostaria ser Oliveira de Panelas. Enquanto Pavarotti só faz gorjear, Oliveira é cantor, ator, violeiro, repentista e sabe como poucos usar a voz, o olhar, as mãos, o corpo ao declamar versos e interpretar canções em suas cantorias. É um artista completo”.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um jardineiro eficiente, também, é o sr. Vasco Viana de Andrade, que está, pessoalmente, não superintendendo, mas plantando suas próprias plantas em sua nova residência. E seu amor ao verde chegou a tal ponto, que um candango, trabalhando com ele, resolveu romper o silêncio: “Não, doutor Vasco. Precisa também deixar um pouquinho de terra!” (Publicado em 14/01/1962)