Trincheira avançada

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Reprodução: g1.globo.com

 

Não há maneira reconhecível, até o momento, de se ter um comportamento dentro de casa e outro, totalmente diferente, na rua. O costume de casa se leva à praça, dizia sempre o filósofo de Mondubim. Do mesmo modo, torna-se compreensível que o governo brasileiro – e não o Brasil — tenha um modelo de política externa, ou coisa do gênero, compatível com o modus operandi praticado dentro das fronteiras nacionais.

A opção política por um alinhamento estratégico e ideológico ao eixo Sul-Sul, de certa maneira, dita as linhas da atual política externa do governo, a começar pela valorização, ou não, do que chamam Estado de Direito, dentro, obviamente, da visão pregada pela atual gestão do país do relativismo da democracia.

Ao relativizar que todo o Ocidente livre acredita ser um valor absolutamente inquestionável, o governo torna patente que esse é também o motivo que o leva a alinhamentos e parcerias atuais com países como a Rússia, China, Venezuela, Cuba, Irã e outros, onde a democracia é também um valor relativo, isto é, ao que querem e ordenam seus respectivos governos. É disso que se trata.

Assim, fica claro que a tensão diplomática, criada pelas declarações do chefe do Executivo, como muitos têm observado, surpreendeu mais a população do que o governo, que vinha dando mostras de que, no conflito do Oriente, a parte que mereceria apoio integral do atual governo seria a Palestina, mesmo demonstrado que ela estava sob controle de grupos, como o Hamas, Hezbollah e outros grupos extremistas, que trocaram as diversas oportunidades de paz, pela ânsia de destruir Israel.

Uma das lições deixadas pela Segunda Grande Guerra (1939- 1945) foi a aliança entre as democracias do Ocidente, que permitiu a continuidade da civilização, livrando a humanidade de uma nova era de trevas.

A negação em se retratar, para manter a normalidade nas relações com Israel, foi reforçada pela ação do governo de apoiar a iniciativa da África do Sul de pedir, ao Tribunal de Haia, a condenação de Israel por genocídio contra os palestinos. Tal atitude provocou apoios e agradecimentos justamente dos novos amigos do atual governo, citados acima.

Internamente, é também assim: não há diálogo com a oposição. Exceto aqueles que, de certa forma, são amolecidos com a liberação das emendas parlamentares. Segundo quem entende do complexo mundo das relações internacionais, há, nesses últimos anos, um amplo e ambicioso plano de desmonte de toda a ordem mundial ainda vigente, por parte de grupos extremistas, apoiados, todos eles por Estados totalitários. Há a certeza, inclusive, de que a atuação desses grupos de destruição, sua própria sobrevivência, deve-se, unicamente, ao apoio financeiro e logístico dado pelos países ditatoriais.

É nesse contexto que podemos observar, não só o desenrolar da política interna, como também as relações com o restante do mundo. Trava-se assim, uma espécie de guerra surda contra o Ocidente e tudo o que ele significa. Existe hoje o que chamam de um novo tabuleiro de jogo, denominado “Xadrez do Mal”, que está avançando suas peças e peões, na ânsia de derrotar o Ocidente democrático e livre. Para aqueles que buscam derrotar Israel, talvez a mais importante trincheira avançada do mundo livre, esse objetivo é o primeiro passo, dentro da estratégia para a submissão do Ocidente. É esse o pesadelo em cartaz atualmente.

 

A frase que foi pronunciada:

“Somos forçados a recorrer ao fatalismo como explicação de acontecimentos irracionais (isto é, acontecimentos cuja razoabilidade não compreendemos). Quanto mais tentamos explicar razoavelmente tais eventos na história, mais irracionais e incompreensíveis eles se tornam para nós.”
Leo Tolstoi, Guerra e Paz

Léon Tolstói. Foto: Reprodução da Internet

 

Mares
No discurso de Wang Yi, na Conferência de Segurança, em Munique, o ministro do Exterior da China fez um discurso ponderado, no qual concluiu que há os que trabalham sós e os que trabalham em conjunto. A China quer estabelecer relações com todas as nações porque “somos passageiros do mesmo barco em busca de um futuro melhor para a humanidade”.

Wang Yi. Foto: REUTERS/Florence Lo

 

Estranho
Na tesourinha da 202 Norte, não há homens trabalhando. Nas últimas chuvas, barrancos foram aparecendo com a terra escorrida pelas águas. Os tapumes permanecem.

 

Resgate
Há uma forma de matar as saudades da Brasília Super FM. Basta baixar, pelo Spotify, e optar por Brasília Super FM 89.9 A lista de músicas carrega o pensamento dos velhos tempos.

História de Brasília

O caso da G-1 precisa prosseguir. O inquérito está paralisado. O reconhecimento dos implicados ainda não foi feito, porque estão sabotando o ofício no qual o delegado Fregonassi pedia a presença dos prováveis implicados. (Publicada em 03/04/1962)

Ler o mundo

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Foto: Jay L. Clendenin / Los Angeles Times/Getty Images

 

          Desde os tempos da Grécia Clássica (sec. V a.C), os filósofos já admitiam que a única hipótese para que um Estado fosse voltado totalmente para a realização e benefício real de seus cidadãos era entregar o governo e a gestão de cidades a pessoas instruídas e sábias. Os dirigentes que Platão gostaria de ver governando adequadamente um Estado eram os filósofos, especialmente capacitados, escolhidos livremente por seu caráter e sua incorruptibilidade e, assim, por possuírem uma compreensão mais profunda e acurada da realidade em comparação às pessoas comuns.

         Desde aqueles tempos, já havia uma ideia de que governar uma República, onde os bens do Estado são de domínio público, não era uma tarefa de fácil desempenho e, portanto, deveria ser delegada apenas às pessoas com instrução e com os necessários preparos prévios. Ao longo da história humana, é fácil perceber que, fora dessa fórmula, os resultados foram sempre catastróficos para a população.

         Reis, generais e outros líderes que buscavam compensações materiais, por meio de invasão e anexação de mais territórios, com a submissão e escravidão dos povos vencidos, conseguiram, por sua ganância desmedida, tornar a vida de seus cidadãos um martírio sem fim, com guerras e muito derramamento de sangue.

         A sabedoria aqui pressupõe governar sob a orientação dos valores do humanismo, reforçados com boa dose de espírito cristão. É a falta desses atributos humanos que identificamos ainda no mundo hodierno. Buscando a raiz dos conflitos que hoje flagelam parte da humanidade, vemos, com mais clareza, que a maioria das nações em crise é, na sua grande maioria, governada por indivíduos ou grupos distantes das virtudes do saber. Tem sido assim mundo afora e é assim também no Brasil de hoje.

         Interpretar o entorno imediato e, consequentemente, o mundo ao redor exige boa dose de sabedoria e discernimento. Nesse contexto, vale, para aqueles que conhecem ou se interessam pela história, um pouco dos fatos que nos levam do passado ao presente, deixando claro o que se passa agora no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

         Em 1947 a ONU, recém-criada, fez uma proposta de partilha do território, em que israelenses e palestinos ficariam com a mesma área territorial. Jerusalém passaria a ser uma cidade de domínio internacional. Os israelenses aceitaram essa proposta, mas os palestinos e árabes não. Ainda em 1937, a Comissão Peel, criada pelo governo inglês, propôs uma divisão em que, aos palestinos, era dado 80% do território, cabendo aos israelenses apenas 20%. Mesmo assim, os israelenses aceitaram a proposta. Os palestinos, não.

         Em 1947, depois do genocídio dos judeus, perpetrado pelos nazistas, a ONU pretendeu resolver a situação e fez uma segunda proposta, que logo foi aceita pelos judeus. Os palestinos e a Liga Árabe, mais uma vez disseram não e declararam guerra aos israelenses. Em 1948, Ben-Gurion declarou o Estado de Israel como independente. Em seguida, os árabes declararam nova guerra aos israelenses.

         Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel assumiu os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em troca de uma trégua e de paz, Israel ofereceu esses territórios conquistados para os palestinos fundarem seu Estado. A Liga Árabe respondeu com os “três nãos”: não para a paz com Israel; não para o reconhecimento de Israel; e não para negociações com Israel.

         Em 2000, nova proposta de partilha do Estado de Israel. O governo de Israel ofereceu, naquela ocasião, toda a Faixa de Gaza, 94% de toda a Cisjordânia e ainda metade de Jerusalém para que fosse a nova capital dos palestinos. Yasser Arafat recusou a proposta e nova guerra ou intifada é declarada contra os judeus, durando até 2005. Em 2008 nova proposta é feita e é recusada pela autoridade palestina. Nessa fase, o Hamas já havia avisado que não aceitaria qualquer que fosse o resultado das negociações.

        Em 2006, o Hamas assume o governo da Faixa de Gaza, persegue opositores, coloca toda a população como refém, instala uma ditadura islâmica na região e passa a atacar periodicamente o Estado Judeu. Para os que não entendem o problema com aquela região, é preciso dizer que não existe um Estado Palestino, mas um território completamente dominado pelo terror do Hamas, que usa aquela população como refém e escudo para seus atentados.

A frase que foi pronunciada:

“Nós podemos perdoar os árabes por matarem nossos filhos. Nós não podemos perdoá-los por forçar-nos a matar seus filhos. Nós somente teremos paz com os árabes quando eles amarem seus filhos mais do que nos odeiam.”

Golda Meir

Golda Meir (1898 – 1978), ex-primeira-ministra de Israel, em uma conferência do Partido Trabalhista em Londres, Reino Unido, em 30 de novembro de 1974.                                Foto: Reg Burkett/Express/Hulton Archive/Getty Images

 

Caso de polícia

O caso do furto de fios dos postes na entrada do trecho 9, na EPPN, está mobilizando os moradores da área para sugerir investigação pela polícia. Como o furto é reincidente e sempre no mesmo lugar, parece que há interesse de alguém que aquela entrada permaneça na escuridão. A CEB precisa de proatividade nesses casos.

Foto: portalvarada.com

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

“Insanidade das guerras”

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SOPA Images/Getty Images

 

          Em todo o tempo e lugar, ao longo da história da humanidade, temos assistido a repetição de táticas promovidas por Estados colapsados por governos ineptos, que, em lugar de buscarem a correção de rumos internos, optam por comprar brigas além de fronteiras, acreditando que, com isto, não só desviarão a atenção da população para as crises locais como conseguirão obter apoio de seus cidadãos para um guerra despropositada.

         Esse foi o caso da ditadura argentina, que, para esconder o fracasso de décadas de regime autoritário, comprou uma briga desnecessária com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas, em 1982. A Argentina massacrada e o governo militar encerrou seu ciclo.

         O mesmo se sucede agora com a Venezuela, um país arrasado pelo socialismo do século XXI e governado por uma ditadura ligada ao narcotráfico internacional. Maduro, como todo ditador maluco, resolveu, com seus generais, todos eles listados por crimes diversos pela Interpol, invadir Essequibo, na Guiana. Os motivos reais são os mesmos, ou seja, desviar a atenção daquela parte da população que ainda não fugiu do país, em razão do inferno interno criado por essa quadrilha no poder.

         Caso essa invasão venha a ocorrer de fato, o que já era ruim para os tiranos da Venezuela, pode render um conflito generalizado naquela região, com repercussões sobre o Brasil e outros vizinhos e até um apoio velado do Palácio do Planalto nessa questão, sendo que o conflito possa atrair a atenção e intervenção dos Estados Unidos, pondo fim ao governo autoritário de Maduro e de seus comparsas.

          Lembrando ainda que, além de armamentos comprados da Rússia, também a Venezuela é assessorada por militares russos e cubanos, doidos por um conflito naquela parte da América. De certo modo, a mesma tática de comprar briga além da fronteira ocorreu no caso envolvendo o Hamas e Israel. A falência generalizada de Gaza, promovida única e exclusivamente pelo controle exercido pelo Hamas contra a população palestina, levou esse grupo a comprar mais uma briga com as forças de defesa de Israel, não só para desviar a atenção interna da crise humanitária que impôs àquele povo, como de quebra buscou obter apoio da população para esse conflito, confiando também que a guerra ganharia em escala e envolveria muitos países daquela região.

         Não conseguiu, até agora, envolver diretamente outros países no conflito, além de ter provocado a destruição quase completa de toda a parte central de Gaza, com milhares de mortos e prejuízos incontáveis. O conflito armado por esse grupo terrorista contra Israel pode também, nesse caso, resultar no fim do controle do Hamas em todo o território de Gaza. O que seria uma boa solução tanto para palestinos como para judeus. O que poderia ser aprendido em todas essas histórias, daqui e de além mar, é que o governo militar, e não argentinos, queriam guerra com a Inglaterra, pois sabiam das consequências. O governo e não os venezuelanos querem invadir Essequibo, pois já vivem no inferno e não querem mais sofrer. Do mesmo modo, os terroristas do Hamas, e não os palestinos, queriam mais guerra contra Israel, pois já conheciam os resultados que viriam.

         Nenhum povo, de posse de sua sanidade, deseja brigar com vizinhos, pois sabem que, nesses casos, onde a briga é sempre arranjada por governos tirânicos, quem irá morrer no campo de batalha é sempre o mesmo e pobre indivíduo que já sofria antes.

A frase que foi pronunciada:

“Em cada guerra há a destruição do espírito humano.”

Henry Muller

Henry Muller. © Henri Martinie / Roger-Viollet

 

Humanizado

Importante trabalho do GDF chega em Planaltina. Sem cobrar dos interessados, uma unidade móvel do projeto Castra DF tem mil vagas disponíveis para gatos e cachorros. Bem melhor que legalizar o aborto para animais. Só para os racionais.

 

Leitura

Com uma leitura fluida, o Cordel chega nas escolas de Taguatinga. Bonito ver a criançada consumindo a cultura brasileira.

Foto: radardigitalbrasilia.com

 

Cerrado

Estranha a construção daquela praça perto do Iate Clube. No meio do nada, com coisa nenhuma, em um lugar com transporte público precário.

Captura de imagem em junho de 2023, no Google Street View.

História de Brasília

Diversos bueiros da avenida W-3 estão sem tampão, o mesmo acontecendo no Eixo Rodoviário. Próximo ao IAPFESP, há um bueiro no ponto de ônibus, e os veículos fazem ginástica para não caírem nele, ou impedem a pista da direita, enquanto recebem passageiros. (Publicada em 24.03.1962)

O ovo da serpente

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Foto: AFP

 

          Observadores da cena internacional têm chamado a atenção para um fato curioso e revelador da personalidade camuflada e peçonhenta dos chamados progressistas, aqueles que se dizem simpatizantes das esquerdas mundo afora. Bastou a eclosão do conflito no Oriente Médio, envolvendo o Estado Israelense e grupos sanguinários terroristas, para que caíssem, por terra, as máscaras que escondiam a carantonha feia das esquerdas.

          Nem bem Israel começou a dar corretamente o troco aos terroristas, bombardeando seus covis subterrâneos em Gaza, no Líbano e na Cisjordânia, para que as esquerdas, juntamente com grupos mulçumanos radicais, saíssem as ruas de mãos dadas em enormes passeatas, clamando não só pela destruição do Estado Judeu, como torcendo fervorosamente pela vitória dos terroristas.

         Aqui no Brasil, as esquerdas mostraram também a cara e a alma suja que envergam condenando Israel e debitando apoio aos grupos terroristas, mesmo depois que as imagens horrendas mostraram o banho de sangue e sadismo promovido por esses facínoras em 7 de outubro contra populações civis indefesas. Ficou patente, aqui e em todo o mundo Ocidental, o cinismo macabro dos progressistas, quando alardeiam, aos quatro ventos, seu empenho e apoio às minorias discriminadas em razão de raça, cor, credo, sexo e tudo mais.

         Como é possível esses diversificados e ruidosos movimentos sociais, que defendem desde o ovinho da saracura até aqueles que se auto declaram alienígenas, virem a público apoiar abertamente terroristas e outros assassinos patológicos? Não custa lembrar que o povo Judeu é uma minoria no mundo de, aproximadamente, 15 milhões de almas e que, por séculos, vêm sendo perseguidos e massacrados em diversas regiões do planeta.

         Bastou a contraofensiva das forças de defesa de Israel, composta, na sua maioria, por pessoas comuns da comunidade, homens e mulheres, ir atrás dos terroristas para as esquerdas confessarem, publicamente, todo o seu antijudaísmo ou antissemitismo contra Israel, a favor dos grupos de extermínio.

         Mesmo a mídia tradicional encontrou seu jeito de apoiar as forças extremadas da morte, calando-se sobre os episódios ou tratando de assuntos distantes. Para aqueles que usam da força da razão, calcada no coração do humanismo, basta observar, no mapa da região, a pequenez do Estado de Israel em comparação com a enormidade territorial ocupada atualmente pelos países de credo mulçumano, que cercam todo o Estado Judeu. O que são 15 milhões de Judeus contra 1,8 bilhão de mulçumanos.

         O que as esquerdas do Ocidente não sabem, ou fingem não saber, é que essas minorias que hoje elas defendem serão, em caso de uma possível dominação mulçumana, os primeiros a conhecerem, na carne, a ira de Alá. Primeiro, essas minorias, depois os próprios líderes dessas esquerdas e desses movimentos sociais, todos eles considerados infiéis e inimigos do Islã. Não tarda para que esse ovo da serpente, chocado pacientemente pelas esquerdas aqui e em outras partes do mundo, venha à luz e mostre finalmente a que veio.

A frase que foi pronunciada:

“Allah não prejudica o povo de forma alguma, mas são as pessoas que estão prejudicando a si mesmas.”

Alcorão 10:44

Foto: islambr.com

 

Sem reclamar?

Com um espírito calmo e compassivo, o consumidor de Brasília aceita, sem reclamar, comprar uma bandeja de morango sempre com a metade podre. Até nos melhores supermercados.

Foto: joagro.com

 

Passivos

Outro roubo mais caro tem sido o da fiação de postes e fiações, inclusive, do metrô. Os casos têm aumentado sem muita reação que corte a ação pela raiz.

Foto: agenciabrasilia.df.com

 

Revisão

Um curta metragem estudantil, independente, cujo tema é suspense LGBT, traz, na chamada, o seguinte texto: “Procura-se 2 atores homens”(sic).

Foto: freepik.com

 

Nova lei

Se o trabalhador passa 8 horas do dia ocupado na labuta, não tem condições de acompanhamento médico para a pressão arterial ou diabetes. Esse é um bom tema para uma lei que obrigue esse tipo de atendimento contínuo em empresas e no funcionalismo público.

Ilustração: universo.uniateneu.edu

 

Insegurança

Por falar em lei, os bancos não deveriam, em absoluto, ter o direito de limitar o uso do dinheiro na conta do cliente, pelo próprio cliente. Se um PIX à meia noite for feito e tiver dinheiro na conta, como é possível que o banco impeça a transação por causa do horário? Segurança do cliente? Essa decisão é do cliente, não do banco.

 

História de Brasília

Agora, como se não bastassem os serviços do DCT, os deputados investem, também, contra as empresas de aviação, utilizando seus serviços de rádio. Outro dia, uma empresa não sabia o horário de um avião, porque o tráfego estava congestionado, em virtude do grande número de mensagens de deputados. (Publicada em 02.03.1962)

Atoleiros pelo caminho

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Tropas russas próximas à fronteira com a Ucrânia. Foto:
Reuters

 

         Em algum momento de nossas vidas, haveremos de nos deparar com atoleiros, que impedirão o avanço em qualquer direção. Do mesmo modo, governos e nações enfrentam essas barreiras e imprevistos. O jeito é parar e refletir tanto sobre os caminhos que nos levaram ao brejo, como nos meios capazes de nos retirar desse impasse que, por um tempo, parece nos tragar como areia movediça.

         Em situações como essa, quanto mais você se move e age de modo irracional, mais afunda. O Brasil e os brasileiros estão, neste momento, imersos nesse tipo de pântano sem fundo. Há uma espécie de inconsciente coletivo, herdado de nossa história colonial comum, que, com sua mão invisível, nos conduz a esses espaços abissais, onde não podemos nos mover sob pena de complicar, ainda mais, nossa situação de momento.

         Às vésperas das eleições gerais, essa é a situação atual da nação. Não há respostas prontas ou soluções fáceis. Um olhar distante sobre nossas fronteiras mostra que outras nações e governos estão, neste momento, mergulhados em seus atoleiros.

         Na Europa, de modo geral, é o que se assiste. Mais à Leste, a Rússia encontrou seu atoleiro. Não por acaso, já que foi em busca dele. A Guerra particular de Putin contra a Ucrânia vai se mostrando um enorme atoleiro para as tropas russas. Curiosamente, a Ucrânia é, por sua configuração geológica, repleta de áreas onde existem essas traiçoeiras areias movediças. O melhor da juventude russa e ucraniana vai sendo dizimado nesse conflito insano. Seguir em frente com essa guerra, que já conta com a ajuda militar e de armas de outros países, de um lado e de outro, é afundar, ainda mais, nesse pântano, conduzindo o mundo para um conflito generalizado e sem vencedores.

         Também a China, a exemplo dos russos, mira seu atoleiro na ilha de Taiwan. Os Estados Unidos também conheceram o seu pântano, quando enviaram suas tropas para o Vietnã. Precisaram sair às pressas, com as calças nas mãos.

         Em nosso continente, muitas são as nações que se encontram agora atoladas e imóveis em seus brejos. Venezuela, Argentina, para ficar apenas nesses dois países, vão afundando aos olhos de todos. Os motivos e as causas são conhecidos e, mesmo assim, não foram evitadas a tempo. Também em nosso caso particular, as causas e motivos que permitiram e nos lançaram nesse atoleiro são conhecidas.

         Num sentido figurado, é como você soltar uma cobra venenosa dentro de uma sala escura, apertada e cheia de gente. Salve-se quem puder! Ou seja, salvam-se apenas aqueles que, por sua força bruta, podem escalar pontos mais altos, usando para isso as costas dos mais fracos. Num ambiente hostil dessa natureza, ficar imóvel, pode representar um verdadeiro movimento para a salvação.

         Assim como a Rússia se deparou com seu atoleiro ao invadir a Ucrânia, encontramos também nossa areia movediça ao adentrarmos, de cabeça, no campo da política sem ética e da disputa pela disputa.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A história nos desafia para grandes serviços, nos consagrará se os fizermos, nos repudiará se desertarmos.”

Ulysses Guimarães

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

 

Cidade

Pessoal queimando folhas no próprio terreno está deixando vizinhos asfixiados. A falta de empatia e chuva está deixando Brasília uma cidade diferente do que era.

Foto: Adriana Bernardes/CB/D.A Press

 

Passeio

Entre 9h e 17h deste domingo, a Força Aérea de Brasília ficará aberta para receber a população com diversas atrações.

Foto: fab.mil.br

 

Reforma

Mais transparência às atividades. Esse é o intuito da Lei 13.709/18, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A Corregedoria Nacional de Justiça deu 180 dias para que os cartórios tomem as providências para modificar os procedimentos técnicos e adotar as novas medidas estabelecidas.

Foto: Reprodução

 

Sem respostas

Por falar em LGPD, Jusbrasil é um portal destinado à publicidade de atos dos tribunais. A diferença é que a busca nos portais da Justiça é mais detalhada. Já o Jusbrasil rasga a vida do cidadão até com dados mortos, que ficam expostos ao público depois de terem sido resolvidos. No Reclame Aqui, é uma enxurrada de protestos! Retirar as informações do portal? Impossível! E o pior: se quiser ter acesso a mais detalhes do que já estão disponibilizados pelos tribunais, há que se desembolsar por volta de R$30/mensais.

Foto: divulgação

 

História de Brasília

Atrás da escola há um boteco. Os bêbados ficam soltando palavrões, e as professôras procuram superar os nomes feios com os ensinamentos em voz mais alta. (Publicada em 10.03.1962)

Céu cinzento

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Imagem: Reprodução/Pexels

 

         Pairam hoje sobre a cabeça dos brasileiros todos, os elementos possíveis capazes de encadear a maior e mais temível tempestade que já assistimos. A previsão, dos meteorologistas políticos, é de que a convergência de todos esses elementos negativos venha despencar sobre um ponto geográfico e simbólico específico que é a Praça dos Três Poderes, antes e depois das eleições.

         Sabedores dessa possibilidade malfazeja, os ministros do Supremo e o próprio Congresso já se anteciparam e decidiram, em reunião, adotar medidas de proteção e reforço na segurança do local. Essas medidas extraordinárias valerão não apenas para o 7 de Setembro, mas poderão se estender até depois das eleições.

          Antes de tudo, é preciso entender que essas medidas, que contarão até com o apoio das Forças Armadas, ao abranger especificamente a tão famosa praça, possui seu caráter simbólico, pois ali estão as sedes dos Poderes da República, sendo que o que ocorre ali, tem consequências para toda a nação. Fossem esses os únicos problemas que temos pela frente, a coisa toda poderia ser facilmente resolvida. Ocorre que há outros elementos com potencial para desencadear uma gigantesca crise institucional que estão se concentrando, em grande quantidade sobre todos nós.

         A dificuldade da Petrobras, com relação a variação crescente dos preços dos combustíveis é outro elemento negativo que ameaça ter um desfecho perturbador da ordem. Essa disparidade de preço mundial, ao catalisar para cima os gráficos da inflação, cria um ambiente de tumulto e agitação tanto no mercado como na sociedade, que poderá ser ainda danoso caso os caminhoneiros venham a decidir sobre uma paralisação em âmbito nacional.

         Fosse esse também o único elemento nebuloso a pairar sobre a nação, a economia poderia encontrar saídas provisórias até que os preços dos derivados de petróleo estivessem mais estabilizados. Só que, a esses elementos, juntam-se também aqueles de características político partidária, representados aqui pela extrema e crescente polarização que essa campanha adquiriu. Esse é um fator deveras perturbador e capaz de levar a uma conflagração imprevisível. Não há, vis a vis, a discussão de programas de governos, somente ataques e ameaças, o que é ruim para a democracia.

         Por outro lado, a pandemia do Coronavírus ainda não arrefeceu e ameaça retornar. A guerra, sem fim, que Putin envolveu todo o Leste Europeu e que poderá se estender para outros países, ao desestabilizar aquele continente, lança seus reflexos malignos sobre todo o planeta. Um planeta que, já se sabe, ameaçado pelo aquecimento global e pela fome que se alastram. Não precisamos sequer sair de nosso país para nos darmos de cara com crises tamanho família.

         Na Amazônia, os crimes persistem, com cada vez mais intensidade. O desmatamento aumenta, as grilagem de terras se sucedem, os garimpeiros invadem terras indígenas, transformando toda aquela imensa região em terra de ninguém. Os traficantes de armas, drogas e minerais, do Brasil e dos países vizinhos, estabelecem verdadeiros enclaves, controlados nos moldes de guerrilha, aterrorizando as populações locais.

         O governo não tem, como vai ficando provado, o total controle dessas situações e dessa região continental. Temos ainda nossa guerra particular e até civil, no combate diário envolvendo a polícia e as organizações criminosas, com dezenas de milhares de mortos a cada ano. Não bastasse todo esse céu carregado de grossas nuvens cinzentas, as múltiplas ameaças de golpes, vindas de toda a parte, até daquelas instituições que deveriam cuidar da paz e da harmonia, fazem crescer o temor de que essa tempestade se transforme num furacão a varrer a todos, inclusive aqueles que mais torcem por sua chegada.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quando se ouve um homem falar de seu amor por seu país, podem saber que ele espera ser pago por isto.

H. L. Mencken

HL Mencken. Foto: Ben Pinchot – Revista de Teatro, agosto de 1928

 

Lástima

Uma rua das mais antigas de Brasília jogada às traças. Na comercial da 407/406 Sul, uma imundice de assustar. Chorume, calçadas imundas, resto de lixo e pior, um aleijão. Um pilar pintado de preto, improvisado, inútil, desproporcional tirando a graça, bloqueando o vão livre. Esses puxadinhos das entrequadras parecem não ter fim. Veja as fotos a seguir.

 

Passeio

Por outro lado, a ciclovia que liga o Lago Norte à Asa Norte é uma beleza. Os pilares da Braguetto tomados de arte popular. Esse é um espaço a ser explorado.

 

História de Brasília

Termina fevereiro, e o ministério da Saúde não traz a vacina Sabin para Brasília. Vamos apelar agora para o dr. Fabio Rabelo. (Publicada em 01.03.1962)

Erros históricos

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Foto: Alan Santos/PR/Divulgação

 

         Erros históricos são aqueles que, por suas dimensões e efeitos negativos ao longo do tempo, ficam registrados para sempre, marcando seus personagens em episódios que denigrem não só a imagem de seus autores como do país que representam, prejudicando ambos indistintamente. A história da humanidade está repleta de exemplos, bastando ao interessado consultar os registros do passado.

        No Brasil, alguns dos muitos erros históricos, cometidos no passado, conduziram-nos para o que somos hoje como país e nação. Dos erros históricos mais significativos e que nos levaram a distanciar-nos de países como os Estados Unidos, colonizados no mesmo período, destacam-se a perpetuação do regime da escravidão, a manutenção dos latifúndios e da monocultura de produtos para a exportação e a exploração e depredação da colônia, exaurida e renegada a ser apenas uma economia complementar à metrópole.

        Um erro histórico e contemporâneo imenso, capaz de empurrar todo o país para uma crise institucional que desembocaria na desventura do regime militar, foi a renúncia, até hoje mal explicada, do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. Os efeitos deletérios desses cometimentos impensados marcam e afetam o país, o que mostra, com clareza, que nossas autoridades, em todo o tempo e lugar, sempre desprezaram as lições do passado. Não é por outra razão que repetia o filósofo de Mondubim: “Quem não aprende com a história, está condenado a repeti-la.”

         Deixando de lado os muitos e repetidos erros históricos cometidos durante a década petista e que acabariam por nos levar à mais profunda brutal recessão que experienciamos, todas elas decorrentes de um misto entre má gestão e corrupção sistêmica, chama a atenção a recente visita feita pelo atual presidente Bolsonaro à Rússia. Não bastasse a presença do chefe do Executivo ao Kremlin, num momento absolutamente inoportuno, contrariando todas as recomendações de assessores que lidam profissionalmente e no dia a dia com as relações internacionais, o atual presidente, sob o pretexto de ir tratar de assuntos relativos ao fornecimento de insumos agrícolas, ainda cometeu o erro histórico de afirmar, com todas as letras e no plural: “Somos solidários à Rússia.”

        Com isso, falando em nome do Estado que representa, colocou todo o Brasil e sua população ao lado do fratricídio que vem sendo cometido pelo atual Napoleão de hospício, na figura do ditador russo. É não só uma vergonha, para todos nós, que fatos como esse tenham acontecido e sido registrados em vídeo para a posteridade, como continuem a serem confirmados pela tibieza de nossos representantes na Organização das Nações Unidas (ONU).

        Errar historicamente é persistir no erro, quer por voluntarismo, quer por total falta de senso ou razão. Não satisfeito com essa gafe internacional, o chefe do Executivo, em pronunciamento durante essas costumeiras e patéticas lives, condenou o pronunciamento do seu vice-presidente, General Hamilton Mourão, que defendeu reprimenda dura às ações de Putin, posicionando-se ao lado da soberania dos países e da democracia.

         Os Estados Unidos e seus aliados deixaram entender que as nações que agora apoiam as atrocidades desse Napoleão de hospício russo ficarão marcadas como inimigas da democracia. Ir contra a corrente internacional passou a ser, desde 2018, o que nosso país tem feito. Questões como o aquecimento global, a preservação do meio ambiente, da vacinação, entre outras mostram que seguimos à deriva, sem um norte, guiados por um néscio.

 

A frase que foi pronunciada:

A Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, se matam, por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam.”

Erich Hartman

Sina

Tem sido a sina, de todos os grandes ditadores e tiranos, deixarem, atrás de si, um gigantesco cemitério com milhares de vítimas e uma paisagem de escombros e cinzas, que testemunham sua passagem ruinosa entre os humanos.

Foto: Handout / UKRAINE EMERGENCY MINISTRY PRESS SERVICE / AFP

 

Ditadores

Um dos mais antigos e utilizados estratagemas que ditadores de hospício, como o russo e outros ao longo da história humana sempre recorreram para manterem-se em evidência, e com isso desviar a atenção do cidadão comum, é eleger um inimigo externo, debitando a ele todas as causas, agruras e infortúnios experimentados pela população. À esse inimigo da nação, devem ser monopolizados toda a força do país para derrotá-lo, obviamente sob o comando supremo do chefe ou, comumente, como preferem, o “paí da pátria”.

Foto: bbc.com

História de Brasília

A W-4, também, está um encanto. A agressividade do conjunto arquitetônico, com côr única e linhas retas, teve a monotonia quebrada com os jardins, que estão dando mais beleza para a vista. (Publicada em 18.02.1962)