Moradias dignas para profissionais idem

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: agendacapital.com.br

Com as últimas eleições, um fato ficou claramente patente para todos: a maioria da população quer o fim das antigas práticas políticas. Por isso rejeitou, nas urnas, nomes tradicionais da política brasileira, empurrando-os para o ostracismo. Essa foi a maneira de os eleitores condenarem toda e qualquer prática que atente contra a ética. O alvo da insatisfação nacional foram os políticos profissionais que usam o Estado e as muitas benesses do cargo para o enriquecimento pessoal.

Aqueles políticos do antigo regime que, por ventura, foram reeleitos e ainda pensam em persistir nessa má conduta, caminham também para o ocaso lá adiante. Esses sinais vindos das urnas, valem para o Brasil e servem de alerta, sobretudo, para Brasília, submetida, desde a emancipação política, à rotina democrática para a escolha de representantes no Executivo e Legislativo.

De fato, muitos políticos locais puderam constatar a mudança de humor dos cidadãos brasilienses de um modo tácito: não foram reeleitos, como acreditavam e ainda correm o risco de verem seus nomes banidos para sempre da agenda política da capital. Com isso, venceu o bom senso da democracia.

Para um bom observador do atual momento político e isso vale para os que estão chegando, é preciso mudança radical de rumos, abandonando velhos comportamentos. Nesse sentido, já não se pode conceber e a cidade já não comporta o prosseguimento das políticas que transformavam grandes áreas da capital em moeda de troca, dentro do princípio maroto de um lote, um voto. Essas práticas, todos percebem, arruinaram todo e qualquer planejamento urbano, transformando uma capital meticulosamente pensada em mais uma unidade da federação rumo ao caos.

Notícias já veiculadas pela imprensa dando conta de que o novo governador irá expandir o Paranoá Park, construindo ali milhares de novas residências e onde inclusive já se observa a derrubada de milhares de pinheiros, causa perplexidade, não só pela ausência total de todo e qualquer planejamento de impactos prévios, mas pelos sinais de que as velhas práticas podem estar de volta, o que representaria um grande retrocesso para a cidade, vítima de ações populistas que, aos poucos, vão desfigurando todo o Distrito Federal.

Se a questão prioritária é erguer bairros residenciais, que estes obedeçam, ao menos, os critérios traçados pelos urbanistas e técnicos nesses assuntos. Construir casas para apoiadores políticos e correligionários, como paga de campanha, resolve o problema apenas do chefe do Executivo perante seus eleitores, mas despreza todo o restante da população que quer ver essas medidas erradicadas para sempre.

Se a questão é déficit de moradia, por que não erguer bairros para quem há muitos anos trabalha nessa cidade e ainda não possui casa própria? Porque então não erguer bairros para professores, policiais, bombeiros, enfermeiros, carteiros, motoristas, lixeiros e tantos outros profissionais dignos que necessitam de moradia, mas, que por questão de tempo em suas agendas de trabalho, não encontram espaço para bajular candidatos e agitar bandeiras na beira do asfalto?

 

A frase que foi pronunciada:

“O grande inimigo da liberdade é o alinhamento do poder político com a riqueza. Esse alinhamento destrói a comunidade – isto é, a riqueza natural das localidades e as economias locais de moradia, vizinhança e comunidade – e, assim, destrói a democracia, da qual a comunidade é a base e os meios práticos ”.

Wendell Berry.

 

Senacon

Consumidores ganham plataforma no ambiente digital para reclamar de empresas. O prazo para resposta é longo: dez dias. Mas já é um bom começo. A notícia chegou pelo WhatsApp da EBC. Infelizmente a matéria afirma que a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, criou a plataforma, mas não indicou o caminho para o Internauta chegar lá. Fica difícil divulgar dessa maneira.

Banner: justica.gov.br

 

Mídia Social

Por falar em WhatsApp da EBC, esse aplicativo está em plena atividade. São dezenas de links enviados diariamente aos jornalistas. Só para alertar, alguns deles remetem a páginas completamente estranhas aos títulos. Uma delas é a notícia “Bolsonaro sanciona lei que cria fundos patrimoniais.” Veja no blog do Ari Cunha à que página a notícia remete.

??É NOTÍCIA –

Municípios do agronegócio lideram crescimento do produto interno bruto
https://bit.ly/2AByUIJ ?

SUS oferece medicamento e exame para pacientes com degeneração macular
https://bit.ly/2SDWjjE ?

Presidente Jair Bolsonaro participa da reunião ministerial no palácio do planalto
https://bit.ly/2FdTNh3 ?

Aeroportos brasileiros estão entre os mais pontuais do mundo
https://bit.ly/2Cdr8Vg ?

Anatel notifica usuários sobre bloqueio de celulares irregulares
https://bit.ly/2LYeTAz ?

Presidente Jair Bolsonaro divulga mensagem no Twitter sobre reunião do conselho de governo
https://bit.ly/2FegGkz ?

Ceará recebe efetivo extra de agentes da força nacional de segurança
https://bit.ly/2Tw16ng ?

Indústria brasileira cresceu 0,1% em novembro
https://bit.ly/2Fjcf78 ?

Jovens que completam 18 anos em 2019 devem fazer o alistamento militar
https://bit.ly/2rbsvad ?

Bolsonaro sanciona lei que cria fundos patrimoniais
https://bit.ly/2qtlbeh ?

Print da página mencionada na nota, em dispositivo móvel, indicando erro no servidor.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Serviço de Turismo precisa funcionar no aeroporto. O que as empresas de turismo fazem, é uma exploração desumana e descabida, que decepciona os visitantes, os turistas. (Publicado em 08.11.1961)

Gostemos ou não, esses são os novos tempos

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ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

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Comunicólogos e outros estudiosos dos fenômenos das interlocuções humanas no Brasil foram todos, sem exceção, apanhados de surpresa com a eleição agora de um presidente da República, consagrado pelas urnas graças ao poder de penetração e de irradiação instantânea das mídias sociais.

Com isso, jornais, revistas, televisão, e mesmo as rádios, ficaram em segundo plano, perdendo o antigo poder de construir e destruir reputações. Balançada também ficou boa parte da imprensa, outrora considerada um 4º poder do Estado. Com isso, fica na poeira da estrada e do tempo os cidadãos Kane daqui e doutras bandas do mundo. Isso é bom? É ruim? Só o tempo dirá. Colocada, desde sempre, como porta-voz da sociedade, os novos tempos muito devem ao papel da imprensa. Principalmente numa América Latina, acostumada a viver longos períodos com baixos índices de liberdade e de democracia. De fato, o que assusta os entendidos dos fenômenos da comunicação é a chegada, repentina, de um novo player no jogo de convencimento da população.

Claro que a eleição do candidato do PSL contou, também, com a enorme rejeição de seu concorrente e principalmente de seu partido, transformado, nas mídias sociais, numa espécie de quadrilha criminosa. Mesmo o poderio fatal das fake news, que transitam no mesmo espaço das novas mídias, foi incapaz de suplantar a vontade popular, dando vitória à um candidato que é o antípoda da turma de esquerda.

Esse mesmo fenômeno havia acontecido durante a campanha de Barack Obama nos Estados Unidos. Naquela ocasião, as mídias tradicionais também foram surpreendidas com esse novo poder que se anuncia. De fato, ao disponibilizar a posse de um celular na mão de cada brasileiro, uma revolução silenciosa foi operada, inaugurando uma nova categoria de cidadão onipresente e de uma democracia direta e instantânea. Isso é bom? É ruim? Nem mesmo os maiores especialistas no assunto sabem ao certo.

O fato é que essas novas tecnologias vieram para ficar e acabaram ocupando um espaço que muitos nem sabiam que existia. À semelhança de seu colega americano, o presidente, agora eleito, comunica-se diretamente com a sociedade e com seus apoiadores, através das redes sociais em tempo real, em vídeo, imagens ou textos, quebrando qualquer protocolo da liturgia do cargo.

Utiliza esse recurso sempre que acha necessário ou quando um assunto passa a ocupar a preocupação dos cidadãos. Obviamente que um fenômeno dessa magnitude, em muitas partes do planeta, tem sido estudado e esmiuçado de perto.

Em coletiva recente, o presidente eleito, convencido da independência conquistada com as redes sociais, impediu, pela primeira vez na nossa história, que importantes redes de jornalismo tivessem acesso à sua entrevista. Isso é bom? Certamente que não, mas esses são os novos tempos, gostemos ou não.

 

A frase que foi pronunciada:

“Antes de 2018 os poderes eram Executivo, Legislativo, Judiciário e Imprensa. Atualmente os poderes são: Internautas, Executivo, Legislativo e Judiciário.”

Parte do texto Cai na Real, ainda não escrito, mas vivido.

 

Leitura

André Lima, ex-secretário do meio ambiente do GDF é um “Empreendedor Socioambiental”. Veja a capa do livro de sua autoria, 30 anos da Constituição Federal e os Direitos Socioambientais no blog do Ari Cunha.

Acidentes

Infelizmente, além da violência social, Fortaleza lidera o ranking, com São Paulo, de violência no trânsito.  Em 2017 foram mais de 245 mil acidentes de trânsito registrados. Só nas capitais, o total de ocorrências soma 43.803.

 

Consequências

Resultado de investigações prendeu muita gente envolvida com grilagem no DF. Os que estão soltos precisam pagar o que devem.

 

Viva

Fernando Cesar Mesquita é o único fundador e ex-presidente vivo da Casa do Ceará em Brasília. A festa dos 55 anos foi grande para inaugurar o novo prédio principal da entidade. Vale lembrar que a instituição é uma referência em assistência social, com vários cursos profissionalizantes, médicos de diversas especialidades para atendimento à comunidade, além de um lar de idoso.

Foto: casadoceara.org.br

Release

Na imprensa internacional, recebem destaque a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de transferir a Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, assim como a proposta do general da reserva, Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, sobre o uso de atiradores de elite contra criminosos. Em entrevista para o DW, o diretor da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, Jan Woischnik, avalia que o governo Bolsonaro era uma incógnita e que o respeito à democracia, aos direitos humanos e ao Estado de Direito facilitará a manutenção de uma cooperação de alto nível entre a Alemanha e o Brasil.

Foto: pragmatismopolitico.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Como poder arrecadador, o governo precisa dar mais atenção aos seus funcionários e aos contribuintes. Queremos nos referir ao Departamento de Trânsito. (Publicado em 04.11.1961)