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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Não é surpresa para ninguém que as relações entre o Brasil e Argentina têm sido tensas nos últimos meses, especialmente sob o governo de esquerda de Lula e do presidente direitista e economista argentino, Javier Milei. Depois das catimbas no futebol e das preferências entre o reinado de Pelé e de Maradona, as relações entre os dois países hermanos descambaram para o lado político da baixaria, com xingamentos e ofensas pessoais que não merecem aqui ser repetidas.
Desde as campanhas eleitorais, era visível para todos que, caso Milei viesse a ser eleito, as relações entre esses dois países seriam tensas desde o primeiro dia. Milei não engoliu a interferência do governo brasileiro nas eleições de seu país. Portanto, não por enquanto, há sinais de que esses desentendimentos sejam sanados, satisfatoriamente, a curto prazo.
Do ponto de vista de ambos, há uma antipatia que se estende desde motivos ideológicos a pessoais. Como os dois países têm uma estrutura política presidencial, que é quase uma monarquia, dado o poder de interferência na vida de seus povos, dificilmente haverá uma conciliação amigável. Fosse em tempos passados, essas rusgas facilmente resultariam em confronto armado, dado a animosidade de um e o caudilhismo natural do outro.
Não é à toa que dizem que a política é sempre a fronteira entre a diplomacia e a guerra. Tendo em vista que os dois mandatários não irão estabelecer nenhuma outra relação mais íntima, restam aos países manter apenas conversações no âmbito dos Estados, sobretudo naquilo que interessam a ambos, que é o comércio bilateral.
A Argentina é, atualmente, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Existe ainda um perigo que precisa ser sanado caso a Argentina, por qualquer motivo, resolva se afastar do Mercosul, como alguns sinais indicam. O Mercosul, sob a coordenação de alguns governos, passou a dar maiores preferências às relações do tipo ideológicas, com a insistência declarada para que países autocráticos tenham os mesmos direitos que outros países filiados ao bloco. Mesmo a entrada da Bolívia no bloco, patrocinada pelo Brasil, desagradou o governo argentino.
No campo dos embates pessoais, o jogo está 1×1. Lula não foi à posse de Milei. Milei veio ao Brasil e não se reuniu com Lula. Nos dois países, as torcidas, tanto da direita quanto da esquerda, são para que essas rusgas continuem e até escalem para um nível mais preocupante. São como duas torcidas em dois países que se tornaram polarizados politicamente.
O Itamaraty chamou o embaixador em Buenos Aires para conversações — talvez, na tentativa de mostrar ao governo argentino que as relações bilaterais estão se degradando. Milei, por sua vez, tem preocupações mais internas e parece não ter dado corda para esse fato. Existe, é claro, a possibilidade de as relações pessoais entre Lula e Milei caírem para segundo plano quando as relações econômicas passarem a pesar mais nessa balança.
Há pressão dos empresários para que nada nem ninguém venha a se pôr como obstáculo nas relações entre os dois Estados. Interessante notar que nem o Brasil nem a Argentina têm, no momento, uma situação econômica confortável. Nesse caso, ambos os países poderiam fazer um esforço conjunto na busca de um melhor entendimento, visando o que é importante nas relações entre eles: uma parceria econômica saudável e vantajosa para ambos.
Observa-se que muitos países que não mantêm relações políticas em alto nível são capazes de comercializar entre si sem maiores problemas. A balança comercial não tem lado político. Tende a ser favorável sempre aos países pragmáticos. Amor e economia não andam de mãos dadas. Se existe amor nesse caso, é sempre um amor interesseiro. Nessa pendenga, ficar de um lado ou de outro, mesmo a despeito de nacionalismos infantis, pouco adianta, embora, a essa altura dos acontecimentos, já se saiba que a diferença fundamental entre o Brasil e a Argentina são que aquele país, com a posse do Milei, segue no caminho certo, com corte de gastos públicos, cortes de mordomias, privatizações, enxugamento rigoroso da máquina do Estado, entre outras medidas corretas.
O Brasil, infelizmente, segue no rumo oposto, com irresponsabilidade fiscal, sem projetos, com altíssima carga tributária e tudo o mais, sinalizando que, em um breve espaço de tempo, estaremos piores que nossos vizinhos. Mais pobres e, não por isso, menos orgulhosos de nossas escolhas erradas. Fosse uma briga de comadres, poderíamos dizer que estamos com inveja dos hermanos.
A frase que foi pronunciada:
“No mundo emergente de conflitos étnicos e choques civilizacionais, a crença ocidental na universalidade da cultura ocidental sofre de três problemas: é falsa, é imoral e é perigosa.”
Samuel P. Huntington
História de Brasília
Diversos empreiteiros estão reclamando contra a generosidade dos médicos do IAPI que estão concedendo licença demais a trabalhadores. A porcentagem de empregados pagos pelo empregador é alarmante, e as licenças quase nunca passam dos 15 dias que devem ser pagos pela firma. (Publicada em 11/4/1962)
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Caso venha a ser aprovada também no Senado com o texto original enviado pela Câmara dos Deputados, a Reforma Tributária irá colocar o contribuinte brasileiro entre duas opções. De um lado, menos burocracia em impostos e contribuições. De outro, uma elevação nas alíquotas sem precedentes na história do país. Quaisquer das duas opções, o contribuinte é quem menos tem poder para fazer sugestões nesta discussão e o que mais será impactado por uma reforma, que visa objetivamente dotar o governo federal de todos os poderes para arrecadar como nunca.
Economistas, que acompanham essa discussão, já sabem de antemão que a soma das alíquotas na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), mais o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), resultará no chamado Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com uma alíquota unificada de 26,5%, a mais alta do mundo. Ou seja: mais de um quarto de todos os impostos e contribuições gerados no país ficarão à disposição da União, ou mais precisamente nas mãos do governo, para fazer desses recursos o que tem feito até agora, ou gastar como quiser.
Coisas como adquirir casa própria, sonho de nove em cada dez brasileiros, ficará quase impossível, já que a tributação sobre um imóvel, que hoje varia entre 6,4% até 8%, facilmente irá ultrapassar os 22%. Impostos sobre Transmissões de Bens Imóveis (ITBI), que hoje é recolhido após a escritura, será cobrado também no momento da compra e venda. Para aqueles membros do governo que acreditam que ainda é possível extrair mais impostos da população, quando se sabe que a curva de Lafer já aponta para baixo, só resta mesmo fazer chegar ao contribuinte a narrativa de que a Reforma Tributária será benéfica para as classes menos favorecida e que os ricos, finalmente irão pagar impostos. Nada mais irreal.
Na verdade, caso aprovada, vai ocorrer justamente o contrário, com os pobres pagando ainda mais impostos, já que as empresas irão repassar aos consumidores, cada centavo a mais cobrado pelo governo. Sempre que se ouve falar em reforma tributária, o que vem escondido como um sapo na viola, é o aumento de impostos. Somos os campeões mundiais tanto em carga tributária quanto em precariedade no retorno em forma de bens e serviços. Até mesmo os serviços de saneamento público, num país em que 100 milhões de pessoas não possuem tratamento de esgoto, serão altamente majorados.
Também todo esse festival de aumento de alíquotas passou batido, já que as mais de quinhentas páginas, contendo a reforma, foram lidas em minutos. Tudo isso com os deputados fazendo cara de paisagem, olhando seus celulares ou conversando entre si, absortos do que se passava. Muitos desses representantes da população votaram sem saber uma linha contida na reforma. Nem mesmo os motoristas de aplicativo ficaram de fora, sendo obrigados a pagar doravante uma alíquota de 26,5% como microempresários.
Os interesses políticos próprios e a liberação histórica de emendas no Congresso, deram oportunidade de o governo fazer o que queria com a reforma como os aumentos da gasolina, que agora terão uma prévia, assim como o gás de cozinha subirão, ainda mais forçando famílias a voltar a procurar lenha para cozinhar os alimentos.
Na visão do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança ( ) a votação dessa matéria ocorreu assim: “Poucos minutos antes do voto, os deputados receberam o texto final da lei complementar que irá regulamentar a reforma tributária. Ninguém leu. E mesmo assim vários deputados da esquerda governista subiram ao palanque para defender o texto não lido. Os deputados de “centrão” se calaram e votaram com o governo. Resultado, a lei complementar – não lida – passou com mais de 300 votos.” Nada mais fiel, conhecendo o parlamento que temos, onde o descompromisso com os eleitores já é por demais conhecido.
Caso houvesse uma real discussão dessa reforma, com os deputados inteirados do total teor da matéria, dificilmente a Reforma Tributária teria passado na Câmara dos Deputados. Mesmo assim chega a ser impressionante que os deputados tenham dado um tiro no pé, votado uma lei que vai contra os interesses de seus próprios estados e contra seus eleitores.
Para o citado deputado, os princípios do federalismo, da subsidiariedade e da liberdade econômica foram ignorados em prol de um projeto de arrecadação sem limites, centralização e controle de todas as atividades do país. Não há o que comemorar com essa aprovação.
A frase que foi pronunciada:
“A arte de governar geralmente consiste em espoliar a maior quantidade possível de dinheiro de uma classe de cidadãos para transferir a outra.”
Voltaire (François Marie Arouet) (1694-1778)
Combatente
Fogo consumiu parte do cerrado entre a MI10 e Taquari 2. Tratava-se de uma chácara com difícil acesso para os bombeiros. Os vizinhos ficaram bastante apreensivos, mas tudo se resolveu. Uma observação feita por um combatente é que, entre as medidas contra o fumo, os incêndios à beira das estradas diminuíram visivelmente. Era hábito jogar bituca de cigarro pela janela, o que causava danos terríveis ao cerrado.
História de Brasília
A linha é para o Ceará. Podem dizer que eu estou puxando o facão para o madacaru, mas o que é fato é que a divisão de tráfego de uma empresa não deve desprestigiar as cidades que serve. E o que se vê é isto: quem quiser ir de Brasília a Fortaleza terá que viajar via Rio. Uma passagem de 36 mil cruzeiros passa a custar mais de 60 mil cruzeiros. (Publicada em 11.04.1962)
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Somente os sábios, por natureza, são capazes de enxergar o óbvio. Não se sabe a razão. Talvez, pelo fato de o óbvio se situar demasiadamente próximo ao nariz, o que faz com que o indivíduo perca a visão do todo e passe a não enxergar o que está à sua frente. Ademais, é preciso entender preliminarmente um conceito muito banal e nem por muito importante. A coisa toda se resume em saber distinguir as noções entre enxergar e ver.
Você pode residir por décadas na mesma rua, vendo o que se passa nesse local, dia após dia e, simplesmente, não conhecer essa rua. Basta uma mudança no ângulo da visão, e tudo muda de figura. Um dia, sem querer, você descobre novos detalhes que nunca tinha reparado. Por isso, ver a rua não significa conhecer a rua.
Por outro lado, aqueles que têm a capacidade de enxergar a rua no seu todo são capazes de conhecê-la com mais exatidão. Não por outra razão, o verbo enxergar traduz o sentido de, pelo uso da visão, prestar atenção e pressentir o que está ali disposto.
Essa capacidade, oferecida pelo cérebro humano, de identificar o que se enxerga deveria ser a mais importante ferramenta utilizada por aqueles que têm a responsabilidade de governar. Infelizmente, é o que tem faltado aos nossos governos. O que se nota é que os governos veem muito, mas enxergam pouco.
Sobre esse ponto, poderíamos preencher uma biblioteca com exemplos. Mas, ficando apenas no que se refere às relações entre o Brasil e China, uma coisa é certa: é preciso aperfeiçoar muito ainda a capacidade de o governo brasileiro enxergar a China para dar prosseguimento mais adequado e prudente a essa relação.
Oficialmente, as relações entre os dois países começaram em 1974, ainda durante a ditadura militar no Brasil, quando o país reconheceu a República Popular da China (RPC) em vez de Taiwan. O governo brasileiro adotou, naquela época, uma política externa baseada no que era chamado de “pragmatismo responsável”, buscando autonomia econômica externa por meio da diversificação de relações internacionais.
Em 2004, o Brasil, então governado pelo atual presidente, reconheceu a China como uma economia de mercado, o que, naquela ocasião, como agora, não corresponde à realidade, dado que aquele país ainda estimula sua economia interna com base em interesses estritamente estratégicos e políticos, com vistas a se tornar não um parceiro econômico fiel, mas um forte controlador dos mercados internacionais.
Todo aquele reconhecimento com base no que não era a realidade visível foi feito sem enxergar devidamente o parceiro extra continental. Pior, essa aproximação também se dava, do lado de cá, apenas por motivos políticos e ideológicos. A diferença a partir do ponto de vista desses dois países é que, enquanto o Brasil via na China uma alternativa ao Irmão do Norte (Estados Unidos), a China enxergava o Brasil não como um parceiro, mas como um trampolim para dominar economicamente também o país.
Falar, como naquela ocasião, em relação estratégica, referindo-se a um país que está do outro lado do mundo, não passou de delírio. Por sua vez, ainda na solenidade que selava a aliança, o então presidente Hu Jintao deixava solto no ar as pretensões quanto à união, ao afirmar que aquela relação estratégica era para valer, sendo o Brasil uma prioridade dentro dos planos chineses de entrar definitivamente no continente americano pelo sul. “Essa postura do Brasil vai, certamente, criar condições para uma relação estratégica muito mais rica”, discursou. Esse “muito mais rico” queria também dizer “muito além do Brasil”.
O Brasil precisa adquirir um papel como parceiro da China mais importante do que o atual, baseado em segurança alimentar e energética para os chineses, se transformando não em uma ponte para que a China atinja os Estados Unidos. É preciso sofisticar essas relações, indo além do comércio de produtos in natura. Mas isso só será possível quando o Brasil enxergar o tipo de parceiro que atraiu para si e quais consequências dessa parceria a longo prazo.
É preciso saber ainda o trivial — ou seja, quais consequências virão. Infelizmente, o pragmatismo utilizado na primeira aproximação com aquele país do Oriente perdeu-se com o tempo, sendo substituído por um voluntarismo político que, como todos sabem, não rende frutos econômicos.
A frase que foi pronunciada:
“Como outros países no mundo, a China deve defender a própria soberania, integridade territorial e interesses de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, estamos dispostos a lidar adequadamente com diferenças e desacordos nas relações de Estado para Estado.”
Hu Jintao
História de Brasília
A Rádio Educadora de Brasília bem que podia dar a hora certa. Seria uma ajuda aos ouvintes, que não são poucos. (Publicada em 10/04/1962)
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Ao longo dos séculos, desde o surgimento das primeiras civilizações, os indivíduos se viram obrigados não só a estabelecer regras racionais para o convívio social interno, como buscar meios de entendimento com outros povos, além dos muros da cidade. Em casos em que os problemas pareciam superar as soluções estabelecidas, era comum que os governantes buscassem a opinião dos anciãos locais, apoiando suas ações na experiência de vida desses conselheiros naturais.
Eram esses mais vividos que mostravam o norte a ser seguido. É esse o modelo que vemos ainda hoje nas diversas tribos indígenas espalhadas por nosso território. É esse tipo de conselho de notáveis que ainda hoje se verifica em algumas nações, em pleno século 21. O governo e a sociedade têm não só que ouvir, mas pôr em prática aquilo que os mais experientes e sensatos aconselham.
Em tese, esse deveria ser o trabalho do tal conselho da República: recomendar ao governo caminhos seguros a seguir. Isso se o conselho fosse utilizado para questões que parecem escapar do tirocínio do atual governo. Caso fosse ouvido, por certo o conselho teria recomendado a não criar arestas com o Estado de Israel, sobretudo quando é visível a incapacidade do governo para resolver questões complexas dessa natureza. A soberba e o voluntarismo são sempre maus conselheiros. Deu no que deu. Já dizia o filósofo de Mondubim que “quem não ouve conselhos, ouve coitado!”
Agora, com a gigantesca manifestação do dia 25 último, na Avenida Paulista, que reuniu os simpatizantes da direita conservadora, fontes do Palácio do Planalto deram a entender que o presidente se mostrou irritadíssimo com a magnitude do evento, repreendendo duramente seus auxiliares mais próximos por não terem impedido ou previsto a grandiosa manifestação. Pelo sim, pelo não, essa situação pôde ser confirmada com o silêncio do presidente quando perguntado por uma jornalista do Valor sobre qual era sua avaliação acerca daquela manifestação.
Silêncio constrangedor e muito significativo. Governar, sabiam seus predecessores, é saber ouvir. A guisa de exemplo de boa ponderação sobre aquela manifestação política, bastaria ao presidente e seu staff, escutar o que disse o renomado jurista, professor e advogado, Ives Gandra Martins que assistiu a toda aquela movimentação da janela de seu apartamento em São Paulo. Para ele, a manifestação ocorreu de forma ordeira, sendo que muitos daqueles que lá estavam, mesmo não professando apoio direto ao ex-presidente, concordaram com o discurso feito por ele de pacificação nacional. Eis aí um ponto que nem mesmo os auxiliares mais próximos do presidente ousam recomendar. Pacificação nacional. Mais do que uma sugestão, essa deveria ser uma obrigação institucional de um chefe de governo.
Ives Gandra Martins lembra, em sua ponderação mais recente, que democracia é o que o povo decide, e não os Poderes da República. Exceção feita, talvez, ao Poder Legislativo, que é, em sua avaliação, o poder mais importante do Estado. Nesse caso, sua importância é diretamente proporcional à atuação em prol dos interesses da nação, e não de interesses próprios.
A segunda, também, importante, observação ou crítica feita pelo jurista é que a mídia tradicional preferiu não noticiar o evento, o que mostra sua parcialidade em prejuízo do verdadeiro jornalismo. Para ele esse comportamento parcial das mídias tradicionais, só reforça, cada vez mais, o poder das redes sociais. É no vácuo de informações da velha mídia, que as redes sociais crescem exponencialmente e chegam a superar o antigo jornalismo. É nas redes sociais que ainda pode existir o debate livre, ensina o professor.
São lições, que apesar de sua importância, continuam a ser ignoradas por aqueles que estão no poder quase sem poder e, por isso mesmo, estão agora sem rumo, em plena avenida, perdidos em meio A uma multidão de quase um milhão de pessoas.
A frase que foi pronunciada:
“O que move os humanos: amor ou poder?”
J. Rafid Siddiqui, Ph.D
Como dantes
Foi em março de 2020 que o gramado do Congresso ficou lotado de patos onde o maior deles trazia a mensagem: “Chega de pagar o pato!” O protesto era contra a carga tributária mais elevada do mundo em relação ao nível de renda e menos utilizada em serviços para a população.
Vizinhos
Dezenas de invasores estão instalados em uma das áreas mais caras da cidade: o Setor de Mansões Isoladas Norte, que fica perto do Iate Clube de Brasília. Os moradores locais começam a se mobilizar. O problema maior é a bebida (um bar foi o primeiro comércio funcionando) e drogas.
História de Brasília
A maior luta, atualmente, em Brasília, é para se “dominar” os candidatos a postos de gasolina. Em Taguatinga, então, a coisa tomou tal vulto que as autoridades tiveram que suspender os pedidos, em vista dos pistolões que acompanhavam cada candidato. (Publicada em 03/04/1962)
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Não fosse a escalada das tensões diplomáticas entre o governo brasileiro e o de Israel, todas elas provocadas gratuitamente por declarações e falas despropositadas desferidas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, o conflito entre o Estado Judeu e os grupos terroristas, que infelicitam aquela nação, poderia servir, ao menos, para que oficiais das nossas Forças Armadas acompanhassem, de perto para aprender, o que é de fato uma guerra moderna, com tecnologia e outros avanços e táticas bélicas.
Deixar de apoiar uma democracia, que possui o direito legítimo de se defender de sicários radicais para, veladamente, colocar-se ao lado de grupos terroristas, além de um opróbrio sem precedente, deveria receber, por parte dos Poderes Constituintes, severa e clara reprimenda. Como pode uma ideologia política, também ela radical em suas posições, falar em nome do Brasil? Essa, inclusive, é também uma discussão antiga, mas que é sempre atual em seus motivos. Afinal, quem tem a permissão e a legitimidade em nosso país, para falar em nome do povo brasileiro? Ainda mais quando se verifica que posições políticas extremadas não representam, nem de longe, o pensamento médio da população do Brasil. Houvesse a realização de uma consulta popular, com voto impresso, para saber em que lado do conflito entre Israel e Hamas se posiciona a população brasileira, sem dúvida a maioria ficaria em favor do povo de Israel. O atual governo, ao conferir apoio a grupos terroristas, deixa patente, a esses movimentos armados de fuzis e ódio, que o Brasil oficial se solidariza com o terror e tem, por parte de nossos dirigentes, plena acolhida a esses indivíduos.
O assunto não é tão distante de nossa realidade, quando se verifica a ocorrência, cada vez maior, de grupos e pessoas ligadas ao terror islâmico, identificados aqui dentro do nosso território. Também, esse mesmo governo, apresenta evidências passadas de acolhimento e refúgio de terroristas, como foi o caso de Cesare Battisti e dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, para ficar apenas nesses casos mais rumorosos.
A propensão, quase patológica, com que os governos de esquerdas se mostram no apoio a ditaduras e a grupos terroristas, deixa transparecer mais do que um ódio às democracias, o que acaba ficando evidente nesses casos e em muitos outros, é que o atual governo é avesso aos ritos democráticos, como ficou evidente em fala recente do atual governante, quando confessou que sabia que jamais chegaria ao poder por meio do voto democrático e livre. Que, ao menos, fique firmado, aqui nesse espaço, que as posições do atual governo, em favor de grupos terroristas e contra Israel, não representam, absolutamente, o pensamento desta coluna.
Também as manifestações vergonhosas, feitas dentro do Congresso, por parte de políticos de esquerda em favor do Hamas, passam muito longe do que pensam os leitores desse pequeno espaço e, com certeza, vão contra o que quer e desejam os homens de bem deste país.
Em momentos como esse, em que o errado se fantasia de certo, para confundir os desatentos, é preciso ficar de olhos bem abertos não só no que ocorre nos bastidores da insípida política em Brasília, mas atento também as movimentações que vêm ocorrendo, silenciosamente, na chamada tríplice fronteira, ainda mais quando se verifica a boa vontade com que o governo atual trata esses radicais.
O que essa gente jamais irá entender é que Israel é, para o mundo e para o Ocidente, uma espécie de trincheira avançada, contra o avanço do radicalismo insano e suicida de grupos terroristas islâmicos, todos eles empenhados, fervorosamente, em destruir a nossa cultura, formada por um conjunto sem igual, que mistura a Filosofia Grega, o Direito Romano e as tradições Judaico Cristãs. É justamente essa cultura que as esquerdas, de mãos dadas agora com os movimentos radicais do islamismo, buscam lançar, por terra, em favor de um mundo distópico e já visto em lugares como Coreia do Norte e outros purgatórios terrenos.
A frase que foi pronunciada:
“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é possível, então se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra. As pessoas querem incentivar o ódio, as pessoas querem estimular o ódio. E eu não vejo assim.”
Lula
Desculpe, foi engano
O cardeal Dom Paulo Cezar abriu as portas da Catedral de Brasília para a Orquestra Mundana Refugi, com participação especial de Toninho Ferragutti, porque foi informado que se tratava de uma apresentação de coro e orquestra. Mas o orquestrado era um a manifestação mundana no Altar, o que deixou os fiéis católicos prontos para agir.
História de Brasília
A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)
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Não é a primeira vez e, por certo, não será a última que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no último domingo (05), tem sido motivo de polêmica e alvo de denúncia de vazamento do conteúdo da prova antes do fim da aplicação. Desta vez, até a poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária, pejorativamente chamada de bancada do boi, e que reúne um número grande de políticos com assento no Congresso, entrou em cena para denunciar que, na prova, havia algumas questões de cunho nitidamente ideológico e contrário ao agronegócio.
Para essa bancada, é preciso que o governo adote meios de anular essas questões imediatamente. Inclusive, o ministro da Educação, Camilo Santana, poderá ser chamado ao Congresso para dar explicações sobre o ocorrido. Justamente agora, que o governo vem fazendo esforços para obtenção de maioria na aprovação das reformas tributárias, não pode descuidar de melindrar uma bancada que pode ter um peso decisivo nessa e em outras votações.
É sabido que o atual e o agronegócio vivem uma crise de relacionamento desde que o presidente da República acusou esse setor da economia de possuir um caráter fascista e um forte viés de direita ideológica. O que não é verdade. Na realidade, o governo e seu braço no campo, representado pelo Movimento Sem Terra (MST), estão numa espécie de pé de guerra com o agronegócio, reforçado com as invasões de terras promovidas por esse movimento e também pela aprovação do Marco Temporal, que ameaça muitas propriedades rurais, retirando-lhes a posse da terra em favor dos índios.
Essas situações, poucos amistosas, há meses deixaram os bastidores da política e ganharam uma visibilidade pública. Visibilidade essa que ameaça não apenas esse setor, que é o principal responsável pelo superávit na balança comercial, como, de quebra, pode prejudicar, e muito, o próprio governo, caso ele não consiga esconder o que muitos chamam de inveja e despeito pela posição econômica ocupada pelos produtores rurais.
Agora, usar questões do Enem para atacar o agronegócio, acusando-o de descaso com a saúde dos seres humanos, de violência no campo, de impedir que os camponeses sejam camponeses, é , além de propaganda enganosa e cheia de ranço odioso à agroindústria, uma tentativa de induzir, erroneamente, os jovens contra esse setor e a favor das teses da esquerda, para quem produtor bom é aquele que come na mão do governo e vive às custas das benesses do Estado.
O conteúdo das provas, confeccionado, segundo o governo, por professores independentes, revela, de saída, que essa independência é, no mínimo, falsa e camuflada, sendo que esses professores rezam pela mesma cartilha de uma pedagogia esquerdista, que subverte as ordens das coisas e coloca sempre nosso país na rabeira dos certames internacionais de educação.
Mesmo que se reconheça que ainda há muito a ser acertado e equilibrado entre o agronegócio, o meio ambiente e a força humana no campo, é preciso que o governo entre nessa questão para estabelecer um ponto de harmonia nessas relações, regulando e permitindo o que é ético e vantajoso para todos.
Querer, como parece querer o governo, colocar fogo no palheiro do agronegócio, não irá trazer benefício a ninguém, além de prejudicar o país e uma produção de alimentos que, hoje, nutre boa parte da humanidade.
A frase que foi pronunciada:
“O vício inerente do capitalismo é a distribuição desigual de bençãos; a virtude inerente do socialismo, a distribuição das misérias.”
Churchill
Solidariedade
Estoque no Hemocentro é o menor registrado nos últimos cinco anos. A necessidade de doação mais urgente é para grupos O+, O- e A+. Quem quiser doar sangue pode agendar pelo portal do hemocentro ou ligar para 160, opção 2.
Sin City
Aos poucos, o jogo de azar vai ocupando espaço na pauta do Legislativo. Chega à sorrelfa com títulos inocentes para depois se transformar em lavanderia de dinheiro mal lavado.
Pupilos
Cheio de orgulho, o professor de canto de Brasília Rodrigo Soalheiro vê seu brilhante aluno Benét Monteiro cantando em alemão, Disneys Hercules. Um tenor que já ocupa um importante espaço no mundo da música.
Tempos
A situação dos tucanos está interessante. Depois de assumirem outros ninhos, estão prestes a perder a sala da liderança no Senado e dois senadores estão aquecendo as asas para novos voos.
História de Brasília
O hábito de servir café já adocicado em Brasília está se generalizando injustamente. Reclame, quando lhe negarem o direito de escolher a quantidade de açúcar para a sua xícara. (Publicada em 08.03.1962)