Você é rebelde e eu pago o pato

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: aquinoticias.com

 

Cada crise que atravessamos, ao longo desse longo e tortuoso caminho que teve seu princípio em 1889, com o golpe que levou à implantação da República, vem embalada por novas expressões do idioma, que traduzem e resumem cada momento e que logo são assimiladas por grande parte dos brasileiros.

Já acostumados aos desvarios de um Estado institucionalmente mal ajambrado e capturado desde cedo, por uma elite política mal intencionada, a sociedade já não se espanta com medidas tomadas em cima do laço e sem aviso prévio. Foi assim também no confisco das poupanças e em outras medidas que, em última análise, têm os brasileiros como alvo principal e não as elites, a quem tudo é facultado.

Depois das expressões inflação, déficit, impeachment, peculato, corporativismo, ativismo político, rábulas e outras do gênero, estamos diante agora do estrangeirismo lockdown. Para aqueles que vão, pouco a pouco, familiarizando-se com a palavra que parece ter vindo para ficar, depois de uma pandemia que se dizia breve como uma gripe, trata-se aqui de uma interrupção rigorosa e com critérios diversos, imposta pelo Estado, bloqueando total ou parcialmente a vida nas cidades.

Acostumados a uma pandemia que já se prolonga por mais de um ano, eis que agora é imposto um isolamento rígido, físico e social entre as pessoas, mesmo da mesma família, a fim de se obter uma desaceleração na propagação do Coronavírus e de suas várias e rápidas mutações. Pelo menos é o que acreditam as autoridades sanitárias, diante da anunciada superlotação dos hospitais em todo o país.

Esse bloqueio total, anunciado agora pelo GDF, vem na esteira de outros que estão sendo decretados pelo país afora e tem, como uma das causas principais, a pouca adesão e respeito da população aos protocolos sanitários exigidos e que podem ser observados no simples ato de usar as máscaras. É preciso aqui salientar que, ao contrário do que ocorre em países como a Inglaterra, em que até a rainha Elizabeth II aparece em vídeos institucionais apelando para que todos sigam as orientações das autoridades sanitárias e mantenham a disciplina durante a pandemia, algumas autoridades fingem usar esse equipamento, só ostentando, quando são flagrados pelos repórteres bisbilhoteiros.

Não se vê, em parte alguma, vídeos e outros meios de comunicação das autoridades apelando para que a população siga as normas de higiene e de distanciamento. Com isso, não surpreende que parte da população simplesmente despreze essas medidas e passe a se comportar como se nada disso estivesse acontecendo. As reuniões em bares e restaurantes seguem noite adentro. Em toda a parte, é possível ver brasileiros infringindo as orientações de médicos e especialistas. Se até em um simples grupo de WhatsApp as pessoas se acham no direito de infringir as regras, nesse exemplo diário, vemos como pensam esses rebeldes que desconhecem o bem comum.

De fato, a população repete o comportamento das elites e da maioria dos dirigentes do Estado. Infelizmente, nessa falta de respeito geral, quem mais sofre são justamente aqueles que têm se resguardado em casa, os idosos, os comerciantes que seguem as normas e a maioria dos profissionais liberais, que ganham o sustento no dia a dia de trabalho.

A frase que foi pronunciada:

Governar não foi feito para covardes. Foi feito para quem tem coragem de buscar as soluções, por mais difíceis que elas pareçam”.

Governador do DF, Ibaneis Rocha.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

Nomeia, SEDES

Tudo pronto para as nomeações na Secretaria da Mulher e Secretaria de Justiça. Os concursados, que abdicaram anos de vida para se dedicar a essas provas, aguardam ansiosos. Para a SEJUS, são 100 vagas de Especialista em Assistência Social (EAS) e 100 em Técnico em Assistência Social (TAS). Já na Secretaria da Mulher, são 25 em cada uma dessas especialidades.

Publicação no storie do perfil oficial da SEJUS no Instagram em 24/02

Legislação

Até um Projeto de Lei, o de nº 1726/2021, indica alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias para que tudo aconteça. Agora é acompanhar se a primeira-dama, Mayara Noronha, e as secretárias Marcela Passamani (SEJUS) e Ericka Filippelli (Secretaria da Mulher) terão o aval do governador para primar no atendimento social do DF.

Publicação no perfil oficial do SINDISASC no Instagram

Sem servidores

Para se ter uma ideia, só na Secretaria da Mulher, há a necessidade de 16 Administradores, conforme ofício publicado pela própria pasta. Mayara Noronha tem mostrado boa vontade nesse processo, já que a defasagem de servidores no órgão é prejudicial.

Documento publicado pela Secretaria da Mulher no ano passado

 

Poder Executivo x Poder Legislativo

Uma discussão na rede social expôs o lento andamento desse processo. O deputado Reginaldo Veras levantou várias críticas que devem ser rebatidas com ações muito em breve. Assim, aguardam os concursados e a população carente do DF, grande apoiadora do governador. O imbróglio vai completar 3 anos.

Assista ao vídeo do deputado no link: NOMEAÇÕES NA SEDES JÁ!

Reprodução: vídeo disponível no perfil oficial no deputado Reginaldo Veras no Instagram

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Veio, depois, a prorrogação da “dobradinha” para os que já a recebiam. Houve regozijo, porque a vida já aumentara demais, e as diárias fariam falta, certamente. (Publicado em 27/01/1962)

Brasília não merece

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Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

Ainda com relação à questão da revitalização do Setor Comercial Sul, proposta pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em conjunto com a Câmara Legislativa, o que mais surpreende, em toda essa discussão, é a ausência e a atitude de alheamento, tanto dos departamentos do GDF que cuidam disso quanto das instituições de ensino e pesquisa pertencentes às universidades públicas e privadas que lidam com o intricado assunto do urbanismo.

Nesse ponto, todos parecem fazer cara de paisagem, deixando tão importante assunto ao alvitre de políticos e de empresários de visão utilitarista e curta. Todos afoitos na tentativa de solucionar um problema que, por sua complexidade e organicidade, não pode ser tratado de forma isolada, ainda mais por pessoas não gabaritadas para tão delicado tema.

A transformação de parte do Setor Comercial Sul em moradias, como parece ser a proposta do GDF, poderá, em última análise, vir a ser uma opção viável apenas numa etapa final, depois que forem devidamente cuidados os problemas com a decadência crônica apresentados pelas avenidas W3 Sul e Norte. De maneira até simplória, seria preciso que aqueles que vão se debruçar sobre esse importante assunto visualizem todo o Plano Piloto do alto, (bird view), como fazem os verdadeiros urbanistas, para entenderem o desenho no seu todo.

Dessa forma, poderiam começar a ter uma pálida ideia do contexto geral e de sua mecanicidade complexa. Entender essa questão, em seu conjunto, facilitaria a compreensão de todo o sistema urbanístico e, quem sabe, abriria clarões para iluminar o caminho a ser percorrido na confecção de um projeto digno de uma cidade tombada, projetada por figuras do mais alto refinamento que o país já teve tanto em arquitetura quanto em urbanismo.

A intervenção isolada apenas no SCS não resolveria a questão da revitalização dessa área, como criaria outros problemas ainda inexistentes nessa região. Criar ambiente de moradias não se resolve apenas fazendo adaptações em antigos edifícios comerciais. É importante que se discuta a interligação de todo o conjunto central da capital.

O projeto de Lucio Costa, ao obedecer à orientação de eixos básicos entrecruzados selou, de forma indelével, o destino urbanístico da própria capital. Desse modo, os eixos ou artérias comunicam o que a cidade tem de saudável e de enferma também. Por isso mesmo, não se permitem intervenções dissociadas do conjunto.
Como foi mencionado nesse mesmo espaço, na coluna anterior, todos os eixos ou linhas ortogonais irradiaram para as áreas centrais da capital e dela refletem o que a cidade tem de orgânica. Esse é um tema central e de vital importância para entender Brasília.

Como visto, não se trata aqui de uma questão a ser resolvida apenas no âmbito político. E muito menos restrito aos empresários locais, reconhecidamente ávidos por brechas legais para aumentarem seus lucros. O que esses atores parecem não perceber, ou fingem entender, é que o Setor Comercial Sul integra, por suas características de projeto urbano, concebido por Lucio Costa, uma extensão natural da própria W3 Sul, assim como o Setor Comercial Norte, em relação à W3 Norte. Ambos representam a integração e o interligamento dessas duas artérias comerciais, deixadas, por décadas ao abandono. É preciso, pois, cuidar para que essa proposta de rezoneamento não se transforme numa espécie de zoneamento de uma zorra deixada para outros governos e para outras gerações. Brasília não merece.

 

A frase que foi pronunciada:
“Arquitetura é, antes de mais nada, construção, mas construção
concebida com o propósito primordial
de ordenar e organizar o espaço
para determinada finalidade
e visando a determinada intenção.”
Lúcio Costa, arquiteto, urbanista, professor nascido na França.

Lúcio Costa e presidente JK. Foto: arquivo.arq

 

CEB
Espalham, pelas redes sociais, que funcionários da CEB começam a articular uma greve. Nada de privatização é a opinião.

Cartaz publicado na página oficial do Sindsasc no Instagram

 

Elas
A mulher brigava com o marido aos tapas no gramado perto da Funarte. Estava ensandecida. Era quem agredia o marido. Um transeunte viu a cena e o desespero do marido e gritou se poderia ajudar em alguma coisa. “Pega a minha filha no carro!” A criança tremia de pavor. Há mulheres agressoras e há maridos que não registram ocorrência.

 

Na mesma
Festas de fim de ano, confraternizações a todo vapor. Convites por todos os lados. Sem a consciência da população, a questão pandemia deverá se estender por 2021.

Charge do Jorge Braga

 

História de Brasília
Na homenagem dos Diários Associados ao prefeito Sette Câmara, um detalhe muito comentado foi o sapato e a boca da calça do prefeito completamente enlameados. (Publicado em 16/12/1961)

Revitalização urbana é assunto sério demais para ficar nas mãos de políticos

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Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

 

Com relação ao que seria o estabelecimento de um amplo plano de revitalização do Setor Comercial Sul (SCS), a prudência manda que, antes de tudo, seja necessário a convocação de uma junta de arquitetos e urbanistas e outros técnicos gabaritados na delicada questão de soerguimento de áreas decadentes para, numa primeira etapa, elaborar o que seria apenas um pré-projeto para esse endereço.
Nesse caso, não basta atacar, especificamente, o problema da decadência do setor, com uma visão parcial da questão, uma vez que até um aluno do primeiro ano de urbanismo sabe muito bem que, dentro da macroestrutura que compõe a cidade, esse setor representa apenas uma ponta, não isolada, no intricado e orgânico projeto elaborado por Lucio Costa para a capital.
Cuidar do que seria a revitalização do SCS, desconsiderando as artérias que ligam esse ponto às extremidades do Plano Piloto, tanto Sul quanto Norte, será um desperdício enorme de tempo e de dinheiro. E o que é pior: poderá acarretar ainda mais problemas para a cidade, com reflexos, inclusive, no tombamento da capital, reconhecido pela Unesco em dezembro de 1987.
Tanto o Setor Comercial Sul, seu espelho, quanto o Setor Comercial Norte, do outro lado do Eixo Monumental, e área central do Plano Piloto entraram num processo paulatino de decadência a partir do fim do século passado, em decorrência e por contágio do que acontecia com suas artérias comerciais de ligação, representadas aqui pelas avenidas W3 Sul e Norte. Foi justamente o abandono, por décadas, dessas vias de comércio que acabou por contaminar as áreas centrais da capital.
Para quem percebe a questão crucial dos eixos que perpassam todo o desenho do Plano Piloto, fica claro que o que acontece numa parte acaba irradiando para outra ponta e vice-versa. Dessa forma, de nada adiantam esforços isolados para um rezoneamento do SCS, visando a sua revitalização urbana, sem atentar para a questão maior que é o soerguimento de todo eixo que compõe as avenidas W3 Sul e Norte.
Somente após a realização de obras de modernização e limpezas dessas avenidas é que se pode partir para a revitalização de outras áreas centrais ligadas a esses eixos. Sem isso, qualquer projeto é falho e vai representar apenas mais um puxadinho do tipo político empresarial, com objetivos distantes dos necessários.
Trata-se, aqui, de questão fundamental que precisa ser resolvida o mais rapidamente possível, porém , sem açodamentos e medidas paliativas, sob pena de irradiação dessa decadência urbana para outras partes, contaminando igualmente todo o conjunto urbanístico de Brasília, tornando esse problema de resolução cada vez mais difícil e com prejuízos para todos igualmente.
A frase que foi pronunciada
“A violência contra pessoas negras e a repetição de casos brutais, como o de João Alberto, não podem passar despercebidos pela sociedade, pelas autoridades e pelos políticos brasileiros.”
Damião Feliciano, deputado federal pela Paraíba
Damião Feliciano. Foto: camara.leg
No caminho
Criada uma comissão externa na Câmara dos Deputados para acompanhar a investigação sobre João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por seguranças em uma loja do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. O deputado Damião Feliciano coordena o grupo.
Reprodução / Arquivo Pessoal
A se pensar
Leitor nos envia uma questão sobre imóveis e Imposto de Renda. O valor do imóvel é corrigido anualmente pelo boleto do IPTU emitido pelo governo local. A Receita Federal não permite, no Imposto de Renda, que o valor do imóvel seja atualizado. Resultado: na venda do imóvel, o ganho de capital é calculado pelo valor de compra do imóvel, o mesmo declarado no imposto, o que é um absurdo. Outra observação feita é que a cobrança do ganho de capital é implacável, mas do mesmo caixa não sai verba para a perda de capital do imóvel do contribuinte.
Foto: ultimasnoticias.inf.br
Para sempre
Fabrício, assessor de imprensa do senador Petecão, explicou a razão desse nome peculiar adotado pelo parlamentar. Na verdade, foram os colegas de infância que o chamavam assim. Tudo começou, como se diz, no Ceará, rebolando a capsulinha na coxia. No Acre, a capsulinha ou bolinha de gude é chamada de peteca. O senador jogava com a criançada de Inãpari, cidade peruana onde eram conhecidas como bolitas. De peteleco em peteleco o campeão virou Petecão.
Sérgio Petecão. Foto: Sérgio Petecão
História de Brasília
A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso, e foco de agitação. É que em muitos casos há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação, e não quer mais trabalhar. Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap. (Publicado em 16/12/1961)

Afoiteza despropositada

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Preço mí­nimo para a privatização da CEB Distribuidora foi fixado em R$ 1,424 bilhão. Foto: correiobraziliense.com

 

Não há dúvidas de que, passada a pandemia, ou pelo menos quando a situação de isolamento compulsório arrefecer um pouco mais, o que restará da economia de uma cidade como Brasília, por certo, não será muito diferente daquela encontrada em outras partes do país.

A diferença fundamental e que acabará por beneficiar, em parte, a capital é que, no Distrito Federal, boa parte de sua economia depende da renda oriunda dos salários pagos ao funcionalismo público. Por enquanto, o que se sabe é que nesses seis meses de paralisação da economia, esses salários não sofreram alteração. Com isso, fica estabelecida uma situação de aparente conforto, caso se compare os efeitos econômicos da pandemia entre o DF e outras unidades da federação, mormente aquelas situadas nas regiões norte e nordeste.

Ainda assim, para aquele grande contingente situado fora da bolha confortável do funcionalismo, a realidade é outra e pode ser conferida, apenas, dando o giro pela cidade, onde o número de estabelecimento comerciais de diversos ramos de atividade estão fechados ou adentraram simplesmente para o imenso rol de empresas em regime jurídico de falência. Diante de um quadro dessa natureza, apontando para um recuo de longo prazo na atividade econômica local, a intervenção direta e bem estruturada do Governo do Distrito Federal (GDF), mais do que nunca, faz-se necessária e urgente. Não apenas para alavancar, por meio de crédito fácil e de incentivos fiscais, as atividades econômicas atingidas pela crise, mas, sobretudo, para criar programas de frentes de emprego e outras medidas para acudir a capital, evitando que Brasília ingresse, também, no beco sem saída dessa adversidade sem precedente.

Nesse sentido, urge que o GDF tome distância, ao menos momentaneamente, de todo e qualquer programa de privatização, conforme vem anunciando com grande insistência e alarde. Em tempos de crise profunda, como a que experimentamos nesse momento, as intenções do governo em privatizar a CEB Distribuidora, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (CAESB) e o próprio Metrô/DF soam, além de oportunistas e extemporâneas, totalmente contrárias ao bom senso e aos interesses imediatos da coletividade, submetida às agruras de um período de incertezas que não tem dia certo para terminar.

Muito mais do que os apelos políticos, sindicais e partidários, o momento requer a interrupção imediata da venda dessas companhias, pelo menos até que se vislumbre uma luz no final do túnel ou até que se tenha concorrência no mercado. Trata-se aqui de empresas erguidas através da participação de todos os brasilienses em momentos de bonança, e não faz sentido entregá-las, agora, à exploração de uma iniciativa privada que, todos sabemos, visa unicamente a obtenção de altos lucros, o que acarretará, necessariamente, num aumento nas tarifas impostas por essas empresas.

Ao contrário do que muitos próceres e técnicos do governo acreditam ser uma grande estratégia política, a privatização dessas importantes empresas estatais, nesse momento de depressão econômica, significará um tiro no pé do GDF, que terá que amargar com as consequências dessa afoiteza despropositada.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se todo mundo é obrigado a votar, os políticos eleitos deveriam também ser obrigados a cumprir as promessas que fazem antes das eleições.”

Isabela Machado Cavalcante, adolescente, pensando numa redação para o Jovem Senador

Charge: Ivan Cabral

 

Cultura

Uma modalidade de cinema que estava adormecida nos velhos tempos: o cine drive-in. Com a pandemia, até shows são assistidos de dentro do carro. Em Planaltina, começa o Festival Brasília Drive-In: Todos os cantos da nossa cidade. Dias 17 e 18, a partir das 19h. A promoção é do GDF e a entrada é franca. Veja mais detalhes, a seguir, do que vai acontecer em Planaltina.

FESTIVAL BRASILIA DRIVE-IN

todos os cantos da nossa cidade 

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A Batucada dos Raparigueiros, do maior bloco carnavalesco do Centro – Oeste, convida a comunidade de Planaltina de todo DF a participar do Festival Brasília Drive-In: Todos os cantos da nossa cidade.

O Instituto de Apoio Desenvolvimento e Utilidades Comunitárias e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), com apoio do Instituto Cultural e Social do DF (InCs-DF), realizam o projeto. Para o presidente do Bloco dos Raparigueiros Zantana Gregorio “é um momento muito importante participar desse grande projeto com a nossa Banda, tendo em vista que seja muito improvável a não realização do carnaval 2021, um momento muito especial da nossa Banda apresentar  os grandes momentos de alegria do nosso carnaval com muito samba, pagode e axé e levando a nossa folia para Planaltina em tempo de pandemia. A programação contará ainda com presença das bandas Cuscuz com leite, Pileke Swingão e Grupo os Criolos.

O projeto acontecerá nos dias 17 e 18  de Outubro (sábado e domingo ) , com inicio a partir das 19h no estacionamento do múltiplas funções de Planaltina-DF.

A entrada é franca e limitada por ordem de chegada.

Serviço:

Festival Brasília Drive-In: Todos os cantos da nossa cidade.

Data: 17 / 10  ( sábado)  a partir das 19h

Local: Estacionamento do múltiplas funções de Planaltina-DF 

Atrações: Batucada dos Raparigueiros e Cuscuz com Leite

Censura: livre e entrada franca

Informações da Batucada dos Raparigueiros

98135-7020 ( Zanata)   

99997-4205  (Jean)

99908-0004 ( Weliton)

 

Insensata

Carol Solberg não perdeu o patrocínio do Banco do Brasil. Mas se tivesse mesmo todo esse pavor do presidente Bolsonaro, deveria abrir mão da verba do governo. Isso é coerência. A revolta registrada é do Ramirez, campeão brasileiro de Muay Thai. Veja a seguir.

 

Vai entender

Parece piada tomar as medidas sanitárias e protocolo de proteção contra Covid na Avenida Sapucaí. Ou é a negação total do vírus, ou é a irresponsabilidade governamental total. Mais um caso de incoerência e, dessa vez, confunde a população.

Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio

 

Na mesma

“Uma solução parcial para o problema das invasões em Brasília seria a instituição, novamente, de acampamentos nas obras, hoje proibidos pela Novacap. A outra seria a destruição, pura e simplesmente. O regime de premiar os invasores com um lote, dar caminhão para transportar o barraco ajudar de custo, afora ser dispendioso demais, é aviltante, porque premia os que apossam do que não lhes pertence”. Por incrível que possa parecer, esse texto do Ari Cunha foi publicado em janeiro de 1962

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Todos os recordes foram batidos pela equipe liderada pelo ministro Sampaio Costa, que atingiu a 9.356 julgamentos e publicou 8.217 acórdãos. (Publicado em 18/01/1962)

A novela do Sudoeste e o voto de cabresto

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Foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

 

Em decisão monocrática, que liberou a construção da Quadra 500 do Sudoeste, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, reascendeu e deu novo fôlego, acrescentando mais um capítulo nessa novela que, há mais de dez anos, contrapõe moradores desse bairro e a empresa Oeste Ambiental, proprietária do estratégico terreno que circunda e fecha o Parque Ecológico das Sucupiras.

Para aqueles que residem na região, a construção desse novo bairro, com 22 prédios de seis andares para moradias e mais 2 edifícios comerciais, irá acrescentar àquele espaço mais de 2.500 habitantes numa localidade onde inexiste infraestrutura para suportar tamanho adensamento. Com isso, moradores e ambientalistas acreditam que a construção desse novo conjunto de edifícios iria gerar graves danos ambientais à vegetação do referido Parque que, segundo apontam, é um dos últimos na capital a apresentar a ocorrência de vegetação nativa do Cerrado, com espécies raras e de difícil preservação e manutenção, uma vez degradada.

A questão central aqui é, mais uma vez, a luta entre preservacionistas e aqueles que enxergam em espaços verdes uma oportunidade de negócio. É preciso salientar que esse tipo de visão e sentimento da importância da manutenção de áreas verdes é praticamente uma exclusividade defendida por moradores da grande área que integra o polígono tombado da capital.

Nas regiões administrativas, no entorno do Plano Piloto, essa preocupação é tão tênue que, sequer, é levada em consideração pelas autoridades. O desrespeito às escalas e aos gabaritos e normas de construção tem sido uma constante acelerada, após a emancipação política da capital. De lá para cá, o inchaço da cidade comprova que a ganância e o poder de lobby do dinheiro falam mais alto do que qualquer tipo de regulamentação. Basta dizer que nenhum candidato, até hoje, seja ao Buriti ou à Câmara Legislativa, jamais prometeu, em seu discurso de campanha, respeitar a legislação, preservar os espaços verdes e o tombamento da cidade.

Os discursos desses pretendentes são sempre no sentido oposto de abrir espaços para moradias de seus eleitores sejam onde for, bastando para isso a mudança de destinação das áreas. Qualquer candidato que se comprometesse a respeitar e a seguir as leis vigentes não teria a menor condição de vitória nesses pleitos e, por uma razão óbvia: desde a emancipação política da capital, os terrenos públicos foram transformados em moeda de troca, na base de um voto, um lote. Nesse sentido, o inchaço da capital está ligado direta e proporcionalmente à formação de currais eleitorais, onde os novos coronéis distritais exercem o antigo e nefasto voto de cabresto.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Pensando em conseguir de uma só vez todos os ovos de ouro que a galinha poderia lhe dar, ele a matou e a abriu apenas para descobrir que não havia nada dentro dela.”

Esopo, escritor da Grécia Antiga

Imagem: pensador.com

 

 

Os grandes

Procon abre as portas para que os clientes do Banco do Brasil, Caixa, Itaú e BRB possam renegociar dívidas em atraso. Na primeira semana, de 09 a 13 de setembro, o órgão recebe representantes do Banco do Brasil. O órgão que defende o direito funciona também para reforçar o dever do consumidor. Veja, a seguir, as próximas datas e bancos.

 

 

Chuva

Que falta faz o filósofo de Mondubim! Em tempos secos, ele era o primeiro a prever as chuvas depois da estiagem. Era pelo canto do sabiá, das cigarras e pela direção do vento. A umidade chega a 8%.

Charge: Por Son Salvador para o Estado de Minas

 

 

Agenda

No próximo dia 20 de setembro, sexta-feira, o cantor e compositor Geraldo Carvalho, que é potiguar, radicado na capital Federal há dez anos, se apresenta no Projeto “Acontece no Museu”, do Correios de Brasília. Teatro Museu dos Correios – Brasília, Setor Comercial Sul, Quadra 4, Bloco A.

Cartaz: facebook.com/acontecenomuseu

 

 

Interessante

Por falar em Correios, você pode ter um selo personalizado. Os Correios recebem a imagem e você preenche um termo de responsabilidade. É uma boa opção de registro.

Imagem: correios.com

 

 

Pedestres

Por todo o DF, as faixas de pedestres perdem a cor. Antes das chuvas seria bom reforça-las.

Foto: noticias.r7.com

 

 

Aniversário

Brasília ganha com o interesse do embaixador Akira Yamada em promover parcerias com a cidade. Acertos para a grande festa dos 60 anos da cidade começam a ser feitos com o governador Ibaneis Rocha.

Foto: agenciabrasilia.df.gov

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os funcionários da Imprensa Nacional estão reclamando que o dr. Brito não dá ônibus de graça para que eles almocem em casa. Em consequência, a maioria utiliza o restaurante da Imprensa, que não é dos melhores, como a refeição, também, que é fornecida pela cantina do IPASE. (Publicado em 29/11/1961)

Brasília, 60 anos

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

Projetado dois anos antes da inauguração de Brasília, pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Teatro Nacional Claudio Santoro (TNCS) é, na avaliação daqueles que conhecem outras construções do gênero, espalhadas por outros países, o mais belo e arrojado palco para produções culturais de todo o planeta, comparável em estética apenas ao Teatro da Grécia Antiga.

Infelizmente, como tudo que diz respeito à cultura nesse país, o TNCS permanece fechado e abandonado há mais de meia década e sem perspectiva, por enquanto, de vir a ser reaberto num futuro próximo, apesar da promessa do governador Ibaneis Rocha de adiantar as obras para devolver o teatro à cidade no 60º Aniversário de Brasília. O lugar, pouco a pouco vai sendo consumido pelo descaso e abandono, sendo ocupado internamente como uma espécie de depósito para o material, móveis e todo o tipo de quinquilharia do GDF. Com isso, todo o equipamento técnico, que torna possível o funcionamento de um teatro desse porte, se encontra também deteriorado pelo tempo. Fiação elétrica, instalações hidráulicas e mecânicas que auxiliam a dinâmica de palco também se encontram em estado de danificação avançada.

O passar do tempo e a ausência de manutenções básicas e permanentes, que garantam a preservação dos equipamentos, cuidam para tornar praticamente inviável sua posterior utilização. Desde que foi fechado por recomendação dos bombeiros em 2014, por questões de segurança e de acessibilidade, o teatro foi deixado de lado. Com a localização, perto da Rodoviária do Plano Piloto, outro ponto da capital deixado à própria sorte, vem servindo como abrigo e esconderijo de marginais que perambulam por aquela região à noite.

O mais absurdo é que, durante esse longo período de abandono de nosso mais icônico ponto de cultura, bilhões de reais do contribuinte brasiliense foram desperdiçados em outras obras gigantescas e totalmente desnecessárias à cidade, como é o caso do Estádio Mané Garrincha e do novo Centro Administrativo do GDF em Taguatinga, conhecido como Buritinga. Trata-se aí de dois legítimos elefantes brancos que só têm gerado despesas e processos nos tribunais por conta de sobrepreços e outras ações classificadas pela justiça como atos indiscutíveis de corrupção e malversação de dinheiro público.

A permanência por tanto tempo dessa situação de abandono e descaso, não apenas com esse teatro, mas também com o Museu de Arte Moderna, depõe diretamente contra os administradores da cidade, tornando visível ainda o pouco reconhecimento dessas autoridades, no presente e no passado recente, da importância da cultura para a formação do caráter e da cidadania de um povo. A preferência dessas autoridades por construções chamativas como pontes e viadutos, em detrimento dos aparelhos de cultura, indica, antes de tudo, que não iremos a lugar nenhum, permaneceremos às voltas com nosso atraso.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Alguém tem alguma pergunta para minhas respostas?”

Henry Kissinger, diplomata norte americano

Foto: rocco.com

 

 

SNE

Quem não baixou o aplicativo SNE está no prejuízo. Com uma plataforma espetacular como são as coisas mais simples, o motorista recebe vantagens bem atrativas no ato do pagamento de multas do DER. Trata-se de uma raridade em favor do contribuinte.

Foto: divulgação

 

 

Cuidados

Síndrome do pé, mão e boca é facilmente adquirida em brinquedotecas, parques e escolas onde haja criança infectada. Apesar de não ser uma doença grave é bastante sofrida. Noutros tempos, lavar as mãos era parte da primeira lição de higiene. Hoje, a famosa “teoria da sujeira” é o que dita o comportamento. Um artigo no Journal of Allergy and Clinical Immunology ressalta que o equilíbrio nos cuidados de higiene e liberdade é necessário.

Imagem: reprodução da internet

 

 

Triscaidecafobia

Conversa no cafezinho da Câmara concluía que o partido 13 teve 13 anos para mostrar a que veio.

Charge do Sponholz

 

 

Viver

Com os olhos de águia, dona Conceição Velasco Barrozo, de 93 anos, se diverte soltando pipa. Famosa em Piratininga, onde mora dona Conceição, conquistou o coração dos brasileiros depois que a família postou o vídeo onde ela dizia que ia soltar pipa até cansar, e não ia fazer o almoço. Acompanhe a seguir.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ninguém pode ter um filho, fazê-lo estudar a vida inteira, formar-se em medicina, para continuar às custas do pai, porque sua profissão é um sacerdócio. Está errado. Trabalho profissional tem que ser pago, e para ser valorizado, bem pago. E não é outra coisa, o que fazem os deputados. (Publicado em 25/11/1961)

Feira das ilicitudes

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Foto: Arquivo pessoal

Criada extraoficialmente nos anos noventa, graças à forte pressão exercida pelos ambulantes que vendiam mercadorias pirateadas ou contrabandeadas por diversas áreas do Plano Piloto, a Feira dos Importados, popularmente chamada de Feira do Paraguai, resiste ao tempo e à lei. As mais de duas mil bancas que se amontoam hoje, num espaço cedido pela Ceasa, vendem absolutamente todo o tipo de mercadoria, legal, ilegal ou ilegalmente, bastando que o consumidor peça sua encomenda ou pedido ao vendedor certo.

Como em todo lugar, onde se encontram produtos contrabandeados ou originários de descaminho, diversas gangues que vivem desse comércio ilegal vão, aos poucos, tomando posse do lugar, ameaçando e expulsando aqueles comerciantes que não se enquadram nas novas regras. Hoje a polícia já sabe que a máfia chinesa, que atua em todo o continente, vem expandindo seus negócios na respectiva feira, controlando a venda no atacado dessas mercadorias vindas, majoritariamente, daquele país.

A briga generalizada que essa semana colocou em confronto indivíduos de origem árabe e brasileira, com o uso de facas, canivetes, tacos de basebol e outras armas, deu apenas uma mostra da mudança de perfil dos comerciantes daquela feira e de negócios ali realizados. O fato é que sempre que a polícia realiza batidas naquele local, acaba encontrando não uma ilicitude, mas um conjunto de crimes que praticamente perpassa todo o Código Penal.

Soa muito estranho que as autoridades de segurança não tenham ainda alertado ao governo e à população que naquela localidade vem, há anos, transformando-se num centro gerador de diversos crimes que acabam se irradiando por todo o Distrito Federal.

Um simples apanhado no noticiário referente a essa feira pode dar uma pequena noção dos múltiplos delitos que vêm ocorrendo ali, sem que providências efetivas tenham sido tomadas. Além das batidas ocasionais feitas pela polícia com base em denúncias ou crimes constatados, o comércio de produtos ilegais, alguns de venda proibida, segue sem problemas.

Causa espanto também que a Câmara Legislativa, que deveria ter realizado uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre aquela zona de comércio, permaneça silente. O que pode explicar casos de negligência como esse é que, a cada nova eleição, praticamente todos os candidatos fazem daquele local seu palanque em busca de votos.

Num período particularmente delicado de nossa história, em que algumas autoridades no plano nacional vêm dolorosamente empreendendo um combate contra o crime organizado que tem se espalhado pelo país e que vem sendo sabotado por todos os lados, é vital que as autoridades locais, a quem cabe parte dessa missão, empreendam esforços para não permitir o desenvolvimento desse verdadeiro ovo da serpente, colocado bem no seio da capital de todos os brasileiros.

 

A frase que foi pronunciada:

“Sem pedras, não há arco.”

Marco Polo, mercador, embaixador e explorador veneziano

Politeia

Em parceria com a UnB, a Câmara terá mais de 200 alunos participando da 14ª edição do Politeia, que começa com a simulação das reuniões a partir do dia 22 de julho. O objetivo da iniciativa é promover o aprendizado prático das atividades legislativas por meio da simulação de atividades parlamentares e do processo legislativo. Alunos de todo o país estarão em Brasília para o evento que vai até 26 de julho. A abertura será amanhã, dia 19, no auditório Nereu Ramos, às 19h.

Foto: projetopoliteia.com

 

 

Câmara

Já marcada para o dia 6 de agosto, a comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional discutirá o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara. A autoria do requerimento é do deputado Rubens Bueno.

Foto: fab.mil.br

 

 

Pires

Depende de o Congresso dar aporte ao orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O Projeto de Lei 5876/16 e o Projeto de Lei Complementar 78/19 preveem o descontingenciamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O ministro pontuou ainda a necessidade de revisão legal do setor de telecomunicações (PLC 79/16), em tramitação no Senado Federal.

Foto: Divulgação

 

 

Qualificação

Traz esperança à cidade, o encontro do governador Ibaneis Rocha com o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros. O objetivo é a qualificação profissional em restaurante-escola, hotel-escola e uma central de distribuição de alimentos.

Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Medicina não é caridade. Tanto os médicos como os homens que fazem leis, devem ser bem pagos, para que seus trabalhos sejam justos, honestos, e bem cumpridos. Os que fazem as leis já são bem pagos. Os médicos, nem todos. Falta a igualdade. (Publicado em 25/11/1961)

A hora da disciplina nas escolas

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Imagem: se.df.gov.br

Ainda é cedo para avaliar o projeto-piloto Escola de Gestão Compartilhada, até por uma razão bastante lógica: trata-se de um projeto-piloto, ou seja, de um teste para ser avaliado, à posteriori, as consequências desse modelo de gestão, administrativa e disciplinar, a ser implantado em algumas escolas da rede pública do Distrito Federal.

A bancada de esquerda na Câmara Legislativa, obviamente, se posicionou contra o projeto, assim como o Sindicato de Professores, dominados há anos por esses mesmos partidos. Pressionados pelos sindicalistas, muitos professores, com medo do patrulhamento ideológico intenso, têm não só se colocado contrário à proposta, como induzido os alunos a adotarem a mesma oposição.

Essa antecipação de posição por parte do pessoal de esquerda, que ainda domina a educação em todo o Distrito Federal, além de preconceituosa e reacionária, prova, mais uma vez, que essa gente não deixa espaço aberto para o diálogo e não abre mão do status quo mantido por décadas. O fato é que, sob a gestão e orientação desse grupo ideológico, ao longo de todos esses anos, a qualidade do ensino só tem declinado. E o que é pior, a violência e as drogas, dois dos grandes males sociais de nossa época, já adentraram nas escolas fazendo de professores e alunos as novas vítimas.

É certo que a entrada da disciplina de característica militar, em algumas escolas, não tem o dom de, por si só, melhorar os índices de qualidade da educação, mas, em casos específicos, podem melhorar, e muito, a questão da disciplina nesses ambientes conturbados. Há muito os dirigentes das escolas, e principalmente os professores, perderam o respeito dos alunos.

Hoje, em muitas escolas, os professores simplesmente não conseguem dar aula, não conseguem manter os alunos dentro das salas de aula e muito menos estudando. Professor que ousar chamar a atenção de algum aluno corre risco de vida. A disciplina é não só no Brasil, mas em todo o mundo, reconhecida como o requisito fundamental para o processo de aprendizagem.

Muitos países com tradições democráticas, muito mais antigas e aperfeiçoadas que a nossa, colocam a questão da disciplina à frente de todo o processo educativo. Não é por outro motivo que muitos pais de alunos têm expressado receio em colocar seus filhos nas escolas públicas e optado pelo ensino em casa (homeschooling).

Na verdade, quando os partidos de esquerda e seus satélites, representados pelos sindicatos, se posicionam contra a chegada da disciplina nas escolas, estão cumprindo à risca o que diz a cartilha da revolução gramsciana para a tomada do poder: “Não tomem quartéis, tomem escolas e universidades, não ataquem blindados, ataquem ideias.”

 

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A frase que foi pronunciada:

“A disciplina é a chama refinadora através da qual o talento se transforma em capacidade.”

Roy Smith, treinador

Imagem: se.df.gov.br

 

Perigo

Em se tratando de estrutura, o ICC Norte, mais conhecido como Minhocão na UnB, parece que não vai bem das pernas. Pelo menos, o que os leigos veem são marcas de infiltração e plantas nascendo em crateras nos pilares.

 

Insanos

Infelizmente, os trotes não progridem com o passar do tempo. Os alunos da UnB comemoram com os veteranos jogando farinha ou com humilhações já conhecidas.

 

Desleixo

Enquanto isso, as mãos dos novatos e veteranos poderiam estar em mutirão recolhendo os entulhos do Centro Olímpico, ou mesmo revigorando a pista de atletismo, que atualmente está entregue ao mato alto. Além disso, as placas de sinalização das distâncias estão todas ilegíveis. O alambrado enferrujado é um risco permanente.

 

Pouco

Mais de R$9 mil reais em notas fiscais deram R$ 452 de desconto no Nota Legal. Veja a imagem da tela do leitor, no blog do Ari Cunha. Aliás, o projeto, original do senador Reguffe, teve as alíquotas totalmente modificadas. Até o crédito para compra de medicamentos, um programa que o então governador Rollemberg prometeu fazer valer ao parlamentar, não funcionou.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

De mais a mais, o radioamadorismo é para se incentivar, e não para se proibir. Não há um mundo, um único radioamador que não tenha prestado, com seu equipamento, um grande serviço a uma comunidade, alguma vez. (Publicado em 10.11.1961)

Os Patetas Na Terra do Nunca

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Iniciativas que visem a geração de empregos no Distrito Federal, são sempre bem-vindas. Ainda mais quando se sabe que a capital, a exemplo do ocorre na grande maioria das cidades do país, experimenta um elevado índice de pessoas desempregadas ou subempregadas. Ocorre que programas de governo desse tipo precisam vir acompanhados, necessariamente, de uma série de medidas que assegurem o pleno cumprimento desses projetos, com começo, meio e fim. Há a necessidade de garantir que essas ações se prolonguem no tempo e não venham se constituir em ações do tipo populista, que resolvam o problema de visibilidade do político, mas que não surte efeito eficaz para o trabalhador.

Nesses últimos anos, os brasilienses têm assistido, até com certa frequência, a divulgação de projetos mirabolantes, que, no plano das ideias, pareciam perfeitamente exequíveis, mas que, na prática, se mostraram verdadeiros desastres. Exemplos dessas alucinações propugnadas tanto pelo Governo do Distrito Federal, como pela Câmara Legislativa.

O Estádio Mané Garrincha, um dos mais caros do mundo, com capacidade para receber 70 mil torcedores é, talvez, o exemplo mais vistoso. Fincado em pleno coração da cidade, bem ao lado do Palácio do Buriti, o monstrengo de concreto, apesar da promessa de que representaria um grande marco para a cidade, capaz de inseri-la, definitivamente entre as capitais com forte tradição no futebol, é hoje um típico elefante branco, sem valia, e o que é pior, gerando seguidos prejuízos para os contribuintes. As pretensas benesses que seriam trazidas por essa obra, obviamente ficaram apenas nos bolsos dos seus idealizadores, todos condenados pela justiça, num processo que vem se arrastando há anos sem solução.

O Buritinga é outro exemplo de obra que prometia, não só o enxugamento da máquina pública, mas a racionalidade da administração, concentrando, num mesmo ambiente, todas as secretarias de governo, mas que hoje jaz sem serventia, consumindo recursos da população para sua manutenção, apesar de ter custado uma fábula aos cofres públicos.

A Feira contígua à antiga rodoferroviária é outro exemplo de obra que prometia gerar empregos e resolver o problema da invasão de ambulantes por toda a cidade. Abandonado ou subutilizado, o espaço é hoje uma feira fantasma que, aos poucos, vai se transformando numa invasão e numa dor de cabeça para o local.

O mesmo se sucedeu aos tão festejados Polo de Cinema e Polo da Moda, todos abandonados ou com mudança de finalidade. Também os Postos de Segurança Comunitários, instalados por todo o Distrito Federal, que prometiam acabar com o problema da violência, tiveram seu começo e fim decretados pelo próprio governo. Depois de consumir uma fortuna da população para sua construção, muitos desses postos foram queimados por bandidos ou simplesmente abandonados. Graças à iniciativa da professora de canto erudito, Denise Tavares, dezenas desses postos transformaram-se em salas na Escola de Música de Brasília.

É preciso, portanto, aprender com essas medidas para não repetir os mesmos erros que custam tão caro ao contribuinte e que jamais são devidamente reembolsados. Faria melhor, o governo local, se cuidasse da continuidade das muitas obras inconclusas que se encontram hoje espalhadas por toda a cidade, como é o caso do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além da manutenção das que já existem e são sexagenárias.

O anúncio de que a atual administração do GDF estuda a implantação de uma filial do Parque da Disney, em Brasília, deve ser visto por esse ângulo, ou mais precisamente pela lente da realidade prática e das inúmeras experiências malsucedidas de nosso passado recente. Antes de investir o dinheiro suado do cidadão em obras de infraestrutura e outras benesses, além de renúncias fiscais para trazer esse mundo de fantasia, com sua Terra do Nunca para a capital, é preciso atentar para um detalhe: por anos, os brasilienses têm sido tratados como verdadeiros Patetas por muitos políticos espertalhões. Só que agora, os tempos são outros.

 

A frase que foi pronunciada:

“Para realizar um sonho é preciso esquecê-lo, distrair dele a atenção. Por isso realizar é não realizar.”

Poeta Fernando Pessoa. Livro do Desassossego

Foto: poesiaspoemaseversos.com.br

 

Desafio

Por falar em desassossego, parece que uma das maiores dificuldades do senador Alcolumbre vai ser falar e ser ouvido com o costumeiro barulho no Plenário. Senadores de costas para a mesa da presidência, conversas paralelas todo o tempo, gargalhadas, cumprimentos efusivos durante discursos e até interrupção na condução dos trabalhos. Que diferença do parlamento britânico!  O senador Alcolumbre gosta de olhar nos olhos do interlocutor enquanto fala e ouve. Sobre o respeito a quem está ao microfone, será mais fácil o novo presidente se ajustar aos incômodos de altos decibéis e movimentos do ambiente do que tentar mudar a cultura da Casa.

Foto: oglobo.globo.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A informação que temos da Escola, confirmada por nossa visita em horário escolar, é a de que a assistência ao aluno não será redobrada, porque já é eficiente, mas as punições para casos irregulares serão implacáveis e definitivas. (Publicado em 10.11.1961)