Sem opor e sem posição

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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O vice-presidente Geraldo Alckmin (esq.) e o presidente reeleito da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (dir.). Foto: poder360.com

 

         Enganam-se, redondamente, aqueles que acreditam que as declarações, cada vez mais destrambelhadas do atual presidente da República, ajudam politicamente as oposições. Não ajudam porque não criam, nessas forças antagônicas, o que mais seria necessário, que é um sentido de coesão ou de um projeto unificado e ordeiro de oposição, capaz de transformar esses grupos numa frente ampla antenada e proativa para exercer o que se espera desses “líderes”.

         A verdade é que boa parte daqueles que se elegeram à sombra de Bolsonaro ainda não demonstraram o que vieram fazer no Parlamento. São poucos os políticos, e sempre os mesmos, que assumem as tribunas da Câmara e do Senado, para discursar contra as insanidades produzidas todos os dias pelo atual governo.

         Há, de fato, um marasmo geral, como se todos estivessem esperando algo extraordinário para se posicionar. Os absurdos que acontecem diariamente só ocorrem porque a oposição ainda não se encontrou. Será que irá se unir ainda nessa legislatura?

         Enquanto nada de significativo acontece no Congresso, o governo vai comendo pelas beiradas, articulando ações, desmotivando, com benesses, parlamentares suscetíveis de serem dobrados ou amolecidos, sabotando a oposição e aparelhando o que pode, ou desarticulando os órgãos de combate à corrupção. Se não são as oposições que ganham relevo com as insanidades do atual governo, quem seriam os beneficiários diretos desse desgoverno?

         Há os que acreditam ser o mercado, que segue junto com o aumento de juros. Outros acreditam ser as mídias oficiais, que estão sendo beneficiadas como nunca, para maquiar uma situação que beira o caos. Outros ainda acreditam que todo esse descompasso do governo beneficia apenas os especuladores e aqueles que apostam no caos na economia. Nem desses angariam tantos benefícios com as ações incautas do atual governo como o próprio vice-presidente, que se mantém afastado de polêmicas, agindo nos bastidores para dar um certo ar de seriedade a tudo o que o titular faz e fala.

         De fato, Alckmin sabe o que está fazendo e a razão do que faz. Pode ser leal ao presidente, mas é bem mais leal a si mesmo e tem propósitos para agir assim. Quanto mais o atual chefe do Executivo deixa escapar suas pérolas colecionáveis, mais e mais sobe a cotação do vice. Na realidade, Alckmin não precisa fazer grande esforço para se manter como a única ilha longe do vulcão. Segue pela lei da inércia, empurrado para o alto apenas pelos ventos da sandice.

         Outro comandante que, com certeza, vai se beneficiando com os tropeços verbais de ação do atual governo é o presidente da Câmara, que vê a cada dia sua posição política reforçada pelo controle que exerce, tanto entre os líderes de bancada como na pauta de votação de emendas.

         Alckmin e Lira formam hoje os nomes mais fortes da República, ao lado, é claro, de alguns ministros do Supremo. O resto é o resto, dança conforme os que regem os maestros. Essa dupla permanecerá em paz, enquanto for conveniente para ambos. Caso o projeto do semipresidencialismo venha a se tornar uma realidade, como quer e sonha Lira, essa situação pode mudar. Caso prossigam os atropelos e as parlapatices do atual mandatário, revelando, como muitos falam à boca pequena, uma certa decrepitude ou senilidade, a saída poderá ser feita apenas por essas duas passagens estreitas, tendo cada uma delas a figura ou de Lira, ou de Alkmin. É o que dizem: o presente rabisca o futuro, e este é sempre traçado pelo passado.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Privatizar o Porto de Santos é a diferença entre a política internacional e a pobreza na Baixada.”

Governador Tarcísio de Freitas

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: jovempan.com

 

Planejamento

Alguma coisa precisa ser feita nas obras da W3 Sul. O que não pode é o trânsito ficar parado da forma que está, nos horários de pico.

Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

 

Direito

Reclamação constante é que, apesar da facilidade de cartões para o pagamento de passagens de ônibus, muitas vezes, não há troco, com o prejuízo do passageiro. O comércio em geral deve estar preparado para o pagamento em dinheiro, com troco suficiente em reserva no caixa.

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

 

Acepção de pessoas?

SEDET lança Projeto Transformadas, curso de formação gratuita para bartender, culinária e maquiagem. O que não dá para entender é a disponibilidade de vagas preferencialmente para candidatos da comunidade LGBTQIA+.

 

História de Brasília

Não apresentou, em nenhum momento uma razão plausível para o seu gesto. As dificuldades pelas quais passa o país, são as mesmas, e nem assim se justifica a hora do desespero. (Publicada em 17.03.1962)

Urnas eletrônicas versus aplicativos de celulares

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

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Charge: ver-o-fato.com.br
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   Com a adição das potencialidades dos computadores aos telefones celulares e destes as redes de internet, conectando-os instantaneamente a todo o planeta, o que os indivíduos possuem hoje em mãos são aparelhos sofisticados capazes de alçar os seres humanos as mais altas torres de vigilância, de onde passam a observar o mundo como sentinelas atentos.

        É justamente esse grande olho onipresente, reunindo milhões de brasileiros, que estará concentrado em acompanhar, pari passo, cada lance das próximas eleições. Para isso, basta apenas que os cidadãos demonstrem interesse cívico em fiscalizar não apenas essas que serão as eleições mais imprevisíveis de todos os tempos, mas sobretudo os candidatos que irão disputar o pleito de 2018.

        Com a decisão agora do Supremo Tribunal Federal de que não haverá voto impresso nas eleições de outubro, num veredito para lá de discutível, dado as severas desconfianças que pesam sobre as urnas eletrônicas, todo o cuidado é pouco, principalmente quando já se conhece o potencial de nossos políticos para contornar as barreiras da lei para impor seus próprios desígnios.

          Diversas iniciativas visando aumentar a transparência de todo o pleito já estão disponíveis para serem baixados nos celulares dos eleitores. O mais atual, chamado de Detector da Corrupção, é capaz de fornecer, por enquanto, informações sobre eventuais processos na justiça de mais de 850 políticos. Trata-se de uma ferramenta preciosíssima para peneirar aqueles candidatos enrolados com a lei. Esse mesmo aplicativo será capaz, em breve, de fornecer informações completas sobre a folha corrida de mais de sete mil candidatos que estarão disputando as próximas eleições. Ou seja, toda a vida pregressa dos postulantes estará disponível à um toque do celular, possibilitando ao eleitor possuir, em tempo real, o dossiê de seus candidatos, enquanto aguarda na fila de votação.

           Existe ainda, à disposição do eleitor, o aplicativo Ranking dos Políticos, que acompanha a performance de cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores e que já conta com mais de um milhão de seguidores nas redes sociais. Cientistas políticos concordam que o surgimento dessas ferramentas irá contribuir de forma muito positiva nas próximas eleições, municiando os cidadãos com perfil fiel dos postulantes, melhorando, significativamente, a transparência das eleições.

     Com isso, acreditam os especialistas, haverá um aumento de consciência dos eleitores, que passarão a acompanhar de perto seus candidatos, afastando, inclusive, as tão temidas fake news sobre cada político em disputa. É aparentemente a tecnologia à serviço da democracia. De nada vale votar em candidato limpo quando se pode haver sujeira nas urnas.

A frase que não foi pronunciada:

“Eu quero representar o seu sonho e seu desejo de um Brasil melhor. É preciso coragem para mudar.”

Eduardo Campos, 10 de agosto de 1965 – 13 de agosto de 2014.

Charge: fabianocartunista.com
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Pré-candidato

Geraldo Alckmin abre o caminho para fechar a estatal EPL, criada por dona Dilma Rousseff. Se foi criada como Empresa de Planejamento e Logística para executar o projeto do Trem Bala e ainda não cumpriu, dando prejuízo de milhões aos cofres públicos, para quê mantê-la?

Novamente

A Vivo continua abusando sem medo de ser penalizada. Dessa vez o cliente recebeu a mensagem: “Parabéns, você ativou o pacote DDD 200 por R$39,99 em 20/06/2018. Mais informações consulte o nosso site.” Acontece que não houve autorização prévia para essa operação. E assim continuam as operadoras de telefonia a usarem e abusarem dos consumidores por não haver eficiência da agência reguladora, que foi criada para defender o consumidor.

Espaço

Veja no blog do Ari Cunha como está a revitalização do espaço Renato Russo.

Abuso

De R$30 para R$60. Esse é o aumento definido para o despacho de bagagens. A única instituição que se colocou ao lado do consumidor foi a Ordem dos Advogados do Brasil. Cláudio Lamachia anuncia mais uma tentativa, dessa vez um pedido de decisão liminar – provisória, com o objetivo de interromper a cobrança em taxa extra das companhias aéreas pelas bagagens.

Charge: marcoeusebio.com.br
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Revisão

Interessante notar que em voos internacionais ou para escolher lugares melhores, os assentos também são cobrados à parte do valor das passagens. Curioso é que se um médico escolheu um bom lugar no avião e precisar atender qualquer emergência a pedido dos tripulantes, não recebe nenhuma vantagem da empresa aérea. Como dizia o filósofo de Mondubim, são uns harpistas. Puxam todas as vantagens para si.

Release

Já começou o prazo para receber os créditos do programa Nota Legal em abatimentos para o IPVA e IPTU. O prazo para informar os dados bancários é 20 de julho. A conta precisa estar em nome do titular do participante cadastrado e o processo ocorre apenas pelo site do Nota Legal.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Seria melhor que se estimulasse a construção de garagens, ao invés das discussões e dos propósitos de desautorarem a administração da quadra. (Publicado em 24.10.1961)