Cutucando a onça com vara curta

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, instruiu as tropas a não divulgarem fake news. Foto: divulgação

 

       Não há quem possa desconhecer o fato de que o pilar a dar base e sustentação, em todo o mundo, tanto às ditaduras de esquerda ou direita, assim como para preservação das democracias, tem sido, ao longo da história humana, as forças armadas. São elas, mais do que qualquer outra instituição, que garantem o regime do plantão, quer eles sejam baseados em leis justas ou não.

        Em nosso país, o caso não é diferente. De acordo com o artigo 142 da Constituição do Brasil de 1988, as Forças Armadas “destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Leis, ordens, instituições, garantia dos poderes e outras incumbências são dadas às Forças Armadas e por um motivo que parece passar desapercebido por muitos: o fato de ser essa uma instituição de força armada e treinada para guerras ou outros conflitos.

        Em países como a Venezuela, Cuba, China, Rússia, Coreia do Norte e outros espalhados pelo planeta, onde os regimes de governo ditatoriais são a regra, é graças ao apoio dessas forças em armas que os mandatários, mesmo aqueles mais sanguinários e tirânicos, fazem prevalecer suas vontades e caprichos. Alguns pacifistas e adeptos do desarmamentismo mais realistas que os reis chegam a afirmar que a existência de guerras e conflitos pelo mundo, ao longo da história, pode ser debitada exclusivamente à existência de forças armadas, que possuem, atrás de si, um poderosíssimo conglomerado de empresas que fabricam produtos bélicos de toda a espécie.

        Ao longo do ano de 2020, os gastos militares no mundo atingiram a cifra de mais de 2 trilhões de dólares. No Brasil, no mesmo ano, os gastos com defesa somaram R$ 8,1 bilhões, a maior parte consumida com despesas com pessoal. O Brasil ocupa hoje a 13º posição mundial no gasto com armamentos, com despesas anuais de cerca de R$ 22,8 bilhões, segundo lista elaborada pelo Stockholm International Peace Research Institute, sendo que, de acordo com o International Institute for Strategic Studies, o Brasil está em 11º, com gastos da ordem de R$ 24,3 bilhões. São despesas insignificantes perante países como os Estados Unidos, China ou Rússia, mas ainda assim demonstram, de modo convincente, que o reforço bélico nessas instituições armadas é sempre uma prioridade de Estado, também aqui por uma razão prática: a garantia de governos, democráticos ou não.

        Temos, assim, numa primeira reflexão, que concluir que, tanto democracias como tiranias dependem das forças armadas para existir e se impor. Tudo isso nos leva a um outro raciocínio: a espécie humana parece reconhecer, apenas nas forças de persuasão armadas, o único poder capaz de controlar e impor as leis. Dessa forma, temos que admitir que a existência da democracia e suas vertentes depende, de forma vital, das forças armadas. Por outro lado, pode inferir ainda que qualquer indivíduo ou grupo que venha a obter ascendência sobre as forças armadas também poderá garantir a imposição de suas vontades, sejam elas quais forem.

Trata-se de um assunto que é, ao contrário do que possamos pensar, mais delicado do que uma pena de beija-flor, mas tão áspero quanto a ponta de uma baioneta. Reflexões do gênero nos levam a pensar no perigo que todos corremos quando observamos que personalidades da vida nacional, de todas as matizes ideológicas, adentram num jogo insano de açularem as forças armadas, jogando uns contra os outros, desejando, abertamente e mais uma vez, a abertura dos portões dos quarteis e o avanço dos canhões, numa ação que nos faz lembrar o antigo preceito de não cutucar a onça com vara curta.

                  

A frase que não foi pronunciada:

Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”

General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, em resposta às acusações do ministro Barroso.

La Paz

Uma fatalidade aconteceu com a líder de movimento pró-aborto, depois de abortar, legalmente, na Argentina. Maria del Valle González López teve 23 anos de vida até optar por matar o filho dentro do ventre. Por obra do destino, o registro da morte da ativista foi o primeiro registrado desde o momento em que aquele país passou a aprovar esse tipo de assassinato. O procedimento ocorreu em La Paz, um município da província de Entre Ríos na Argentina.

Foto: twitter.com/mdanielorozco/status

Idosos

Reconhecido o trabalho da Casa do Ceará na Pousada Crysantho Moreira da Rocha, foi encaminhada uma proposta para a Secretaria de Desenvolvimento Social do Governo do Distrito Federal para o aporte a 20 idosos. Atualmente, o governo dá cobertura financeira para a internação de apenas 7 idosos. O presidente da Casa, José Sampaio de Lacerda Júnior, e sua equipe acompanham o trâmite da papelada com esperança.

Foto: casadoceara.org.br

História de Brasília

O regime não funciona, não é por isso não. É porque todos os ministros são uns eternos turistas e o que é pior, turistas sem planos. O ministro da Viação, que faz planificação de trabalho, pode apresentar resultado positivo. Os demais, coisíssima alguma. (Publicada em 21.02.1962)

Em marcha acelerada para o abismo

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Foto: Gazeta do Povo/Arquivo

 

Antes só do que sozinho, já recomendava o filósofo de Mondubim, querendo, com essa máxima, dizer que em más companhias o indivíduo está sozinho em meio a feras e, por isso, é bem melhor ficar só, sob a proteção e a paz de sua própria consciência.
Vale para um indivíduo, como vale para um grupo. No caso, aqui, o conselho vai dirigido para as Forças Armadas, no sentido de não fugirem de suas atribuições constitucionais. Como estabelece o seu artigo 142, a função das Forças, mesmo estando sob a autoridade suprema do presidente da República, é a defesa da pátria, a garantia dos Poderes da República e, por iniciativa destes, a salvaguarda da lei e da ordem. Fora dessas atribuições legais, todo o resto caminha para a ilegalidade e, daí, para a insegurança e para conflitos desnecessários e perigosos.
Por certo, as experiências vivenciadas no período recente de nossa história, entre 1964 e 1985, ou seja, num espaço de 21 anos, já teriam sido demasiado caras à imagem dos militares perante a sociedade.
De proveitosa dessa experiência, talvez tenha sido a oportunidade de banimento do comunismo para fora das fronteiras do país, durante a fase de guerra fria. Ao custo, obviamente, de vidas e de desgastes para essas forças. De resto, o que parece estar acontecendo nesse momento da vida nacional, deveria fazer acender a luz amarela nos quartéis, alertando para os perigos que a infiltração de grande contingente de militares na administração pública e civil poderá trazer de malefícios e desgastes para os militares.
Mas, ao que parece de fato, é que esses brasileiros fardados já cruzaram o rubicão, numa decisão ousada e que certamente terá consequências arriscadas nesta travessia irrevogável das tênues fronteiras a separar as armas da política.
O que se tem até aqui, de certo, é que os obuses civis já começaram a ser lançados contra militares, vindos de todas as posições da sociedade. No Legislativo, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga os descaminhos das vacinas contra a covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), ao se referir genericamente ao que chamou de membros do lado podre das Forças Armadas, envolvidos nas tratativas suspeitas de compra de vacinas, atingiu, em cheio, os brios militares, que refutaram, em nota dura, as afirmações do político.
Mesmo o general Pazuello, ex-ministro da Saúde e militar da ativa, vem sendo posto sob fogo cruzado, acusado de negligência e demora na compra de vacinas. Membros destacados de dentro das Forças Armadas já começam a ver essa situação como danosa para a instituição.
Do Judiciário, quem se pronunciou sobre essa saída da caserna foi o, agora, ex-ministro e decano do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, para quem os militares devem permanecer nos quartéis, pois são uma força do Estado, e não do governo. Ao andar em companhia de Jair Bolsonaro, os militares já sabiam muito bem de quem se tratava e qual a sua folha corrida como antigo militar e que culminou com sua exclusão. Sabiam também o que pensava sobre ele, gente também de farda, como o ex-presidente Ernesto Geisel (1974 a 1979), que, em entrevista realizada em 1993, considerava que os militares deveriam ficar fora da política partidária, mas não da política, com P maiúsculo.
De lá para cá, o discurso nesse sentido pouco mudou. Talvez, as novas gerações de militares não tenham aprendido, ainda, que, em más companhias, pode-se ir a qualquer lugar, menos a bons lugares.
Pouquíssimo acerto
Quem quiser atestar a credibilidade dos institutos de pesquisa do Brasil deve visitar a biblioteca do Senado para olhar jornais de 2018 com os dados em primeira mão à época.
Charge do Sinfrônio
Vai e volta
Cinemas que faturavam com os preços mais que exorbitantes de pipocas, refrigerantes e com o valor da entrada penam durante a pandemia. Com preços justos, retomam as atividades com pouca adesão.
Foto: Getty Images
Ação
Um arraial que merece ajuda vai acontecer nos dias 6 e 7 de agosto no Jardim Botânico. Com venda limitada de tíquete, é bom correr! Na modalidade pega e leva, toda a verba arrecadada pelo Arraiá Campus Fidei será revertida para reformas na sede da instituição. Acesse o link a seguir para participar e comprar as guloseimas.

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Os kits são vendidos antecipadamente através desse link aqui… corre e adquire o seu, porque as unidades são limitadas:
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Confere aí na foto o tanto de comidas deliciosas que vem nesse kit… me diz se não é kit junino mais bem servido que você já viu por aí?! Vem celebrar com a gente!! 🥳

A retirada dos kits será no Instituto Campus Fidei, que será a nova sede da Rede de Missão, o lugar que Deus nos concedeu como o novo lugar de evangelização, aqui no Distrito Federal… mas se você não é de Brasília e ainda quiser contribuir de alguma forma, não se preocupe: envie uma mensagem para esse número aqui, que a gente conversa! 😉 E não deixem de divulgar!!

Nois conta cocês uai!
Anarriê 🎉🔥🌾

Batalha
Por falar em alimento, uma boa pedida para o espírito é o frei Gilson. Em tempos conturbados, vale conhecer esse evangelizador, que tem ganhado o mundo. Assista no link: O Evangelho não é uma imposição.
História de Brasília
O deputado Salvador Romano Lousaco foi espancado pela polícia na estação da Sorocabana, em Sorocaba. Nos casos de greve, a polícia sempre exorbita de suas funções, mas queremos lembrar, também, que nesse caso, o deputado exorbitou das imunidades do seu mandato. 

A falta que faz uma guerra em tempos de paz

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O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello — Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

 

Foram para bem distante aqueles tempos em que oficiais de alta patente eram reconhecidos por serem indivíduos dotados de um sentimento avesso ao medo e às ameaças do inimigo. Contudo, a ausência prolongada de guerras e de conflitos sangrentos, onde a coragem e o destemor são o que restam como escudo contra os obuses e o avanço da morte, fez mal aos nossos militares. Nossos guerreiros são treinados virtualmente e em ritos enfadonhos e teóricos dentro dos quartéis, onde a burocracia cotidiana e monótona passou a ser a única batalha diária a ser vencida.

A paz, prolongada, portanto, ao representar o que de pior pode suceder ao oficialato e às tropas, conferiu-lhes uma certa resignação, além de uma notável inanição para a ação. Com resultado dessa falta de ventos a enfurnar as velas, as belonaves permanecem estacionadas no porto, acumulando ferrugem. A inércia faz mal às tropas, tira-lhes o ímpeto guerreiro e os conduz ao vale da preguiça.

Na ausência dessa agitação bélica, enfraquece-se também o caráter, roubando-lhes o ânimo e a alma. É no movimento que se fazem as batalhas. Pior do que esse marasmo prolongado que arrasta nossas forças em armas para a estagnação e a decadência, é que, com ele, perde-se a possibilidade de fazer do preparo contínuo, um escudo contra os obuses e o sibilar das balas traçantes de fuzil a cortar o céu, rente à cabeça. A única batalha a ser travada é contra o pachorrento cotidiano de atividades burocráticas e torturante, prolongado por um relógio de ponto preguiçoso.

É nesse cenário paradisíaco e pachorrento que são travadas as batalhas diárias de nossos bravos soldados. Terminado o expediente,  o armistício diário é mais uma vez assinado, com o retorno das tropas aos seus lares. A guerra contra o inimigo de mentira é o que existe de maior intensidade e dentro dos quartéis. A paz, tão ensejada pelos cidadãos comuns, e que tanto bem-estar traz à nação, é mortal para as tropas e para os comandantes.

De certo modo, é até possível observar que a ausência de conflitos armados, ao roubar os hormônios dos combatentes, deixa para trás uma tropa de mofinos, descartada como objeto usado. Talvez tenham sidos esses fatores e mais alguns outros bizarros motivos que acabaram por produzir generais e outros comandantes de alta patente que, sem o menor pudor e pendor, vergam seus espinhaços aos desígnios inconsequentes e irracionais de políticos e outros aventureiros aboletados nos Três Poderes, e que deles exigem atos humilhantes e pouco dignos.

Essa seria não uma, mas inúmeras carapuças que bem se acomodam sobre as cabeças de generais e outros áulicos estrelados, como é o caso do general Pazuello, tristemente amedrontado e acuado de se apresentar perante à Comissão Parlamentar de Investigação, para falar o que é obrigação ética e disciplinar de um militar: dizer a verdade.

No tempo em que existiam generais de coragem cívica e bélica, uma convocação dessa natureza seria respondida com a presença imponente do depoente, devidamente paramentado, acompanhado de duas maletas, uma contendo documentos e recibos comprobatórios e outra, mas cumprida, a acomodar um bastão de madeira ou algo pior, para o caso de algum atrevidinho ousar denegri-lo em público.

Eram outros tempos, em que os homens se respeitavam ou no protocolo civilizado, ou no porrete, não levando desaforo para casa, ainda mais de gente com ficha suja nas delegacias. A esses e outros altos oficiais que hoje desempenham papel nos gabinetes do Poder Executivo, colocados em posição subalterna e constantemente humilhados por grosserias e outras pilherias vindas de pessoas claramente desclassificadas e sem poder ético para tal, fica a certeza de que a ausência de guerra fez muito mal a todos da caserna.

 

 

A frase que foi pronunciada:

Discurso do General Montgomery:

“Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói.”

General Bernard Montgomery, 1943. Foto: wikipedia.org.

Winston Churchill ouviu o discurso e, com ciúme, retrucou:

“Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele.”

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

 

Parque Nacional

Se os candangos não fizerem nada, a Água Mineral, parque com piscinas de água natural e vários hectares de verde, deixará de ser propriedade da cidade. Os idosos que iam tomar sol todos os dias, fazer exercícios, nadar estão dentro de casa perdendo a imunidade. Da mesma forma em que a comunidade se uniu para defender o Parque Olhos d’Água, precisa se unir para salvar a Água Mineral.

Foto: EBC

 

Tentativa

Sobre o assunto, Chico Santana publicou um texto onde informa que o Ministério Público Federal arquiva representação que tentava impedir privatização. Veja no link MPF arquiva representação que tentava impedir privatização.

 

História de Brasília

Novacap, Mãe de Todos – Até bem pouco tempo, tudo que se queria em Brasília era com a Novacap. Um ministro queria um faqueiro, ar condicionado, um deputado queria uma estrada, madame queria um jardim, os visitantes queriam um ônibus, tudo enfim, era com a Novacap. (Publicada em 10.06.1972)

Militares estão ao lado da lei, não do poder

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Foto: Sergio Lima – 22.nov.2018/AFP

 

Arrependimentos, assim como as consequências, são tudo o que vêm depois. Dessa constatação ululante vem, por exemplo, a confissão tardia feita pelo “grande estrategista” petista, José Dirceu, que mostrou arrependimento de não ter, a tempo, integrado, às Forças Armadas brasileiras, as diretrizes de esquerda de seu partido, do mesmo modo como foi feito na Venezuela, onde as FFAA daquele país foram incorporadas às pretensões políticas e hegemônicas de Hugo Chaves e do atual presidente Maduro.

Minar resistências e domar ideologicamente as forças militares parece, na cartilha da esquerda, um primeiro passo para dominar o resto da nação. A transformação de forças militares, treinadas para a guerra e prontas para matar, em uma espécie de Guarda Pretoriana, a serviço de ditadores de plantão, tem sido a principal causa que permitiu, ao longo da história humana e mesmo nos dias atuais, a sobrevivência de tiranias sanguinárias.

Sem a força das armas, dificilmente um ditador se prolongaria no governo. A confissão arrependida de Dirceu, feita em entrevista recente de que o PT iria tomar o poder em caso de um golpe e que, durante governo de Lula, eles perderam a chance de doutrinar as FFAA, o que, de fato, daria o suporte material e fático para que eles se mantivessem no comando do país por um longo tempo, diz muito sobre as pretensões hegemônicas tanto das esquerdas quanto da direita.

No caso do atual governo, a “prosaica” proposta centralista, disfarçada de medida em prol do combate à epidemia do Covid-19, foi apresentada pelo deputado Vitor Hugo (PSL), pedindo a decretação do Estado de Defesa ou de Sítio, o que, na prática, significaria um golpe ou, ao menos, uma tentativa do presidente de enfeixar, em suas mãos, todos os poderes da República. Não se sabe exatamente se foi o amadurecimento democrático das novas gerações de comandantes das FFAA que impediu a concretização dessas ideias de hegemonia por parte do Executivo, ou se foi mesmo a clareza e exatidão do que manda a Constituição em seu artigo 142, que, mesmo sob a autoridade suprema do presidente da República, tem por finalidade a defesa da Pátria, dos poderes constituídos, além da garantia da lei e da ordem.

O episódio recente, com a saída estratégica dos três chefes das FFAA, a fim de não comprometer e contaminar politicamente Exército, Marinha e Aeronáutica nas elucubrações palacianas, demonstram que, nesse primeiro teste, as forças militares seguiram o caminho da lei maior, sem maiores traumas e com a honradez e lealdade que se espera dessas instituições. Nesse episódio, saíram feridos, além do presidente, todos aqueles que ainda apostam em medidas centralistas para a resolução de problemas de Estado. A seguir essa marcha, as FFAA mostram que estão ao lado de uma nova história, talvez bem distante daquele longínquo 31 de março de 1964.

A frase que foi pronunciada:

Nós estamos normalmente mais assustados do que machucados, e sofremos mais na imaginação do que na realidade.”

Sêneca, filósofo estoico e um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano

Imagem: reprodução da internet

Novidade

Em Brasília, o estádio Mané Garrincha está começando a voltar às atividades. Basquete e Futebol já estão na agenda. Havia um imbróglio desfeito pelo TRF 1ª Região.

Foto: copa2014.gov.br

Doação

Sucesso o vídeo que propõe aos vacinados levar 1kg de alimento para doar. Faltam entidades locais necessitadas tomarem a frente para receberem os alimentos. A boa ideia precisa vir acompanhada da execução. Veja a seguir.

Curiosidade

No DF, há 574 piscicultores cadastrados produzindo anualmente 1.800 toneladas. No entorno, a produção é de mais de 7 mil toneladas. Não dá para entender porque os mercados de Brasília não vendem os mesmos peixes pescados aqui, vindos até de outros países. Pior! Se temos tantos peixes assim, mais uma razão para arrefecer os preços.

Foto: emater.df.gov

Graphogame

Em tempos de aulas online, a criançada de 4 anos resolveu grudar no celular dos pais para brincar em aplicativos de jogos. Daniel tem 6 anos de idade e passa mais de 3 horas por dia nesses jogos, com as bençãos da mãe, que trabalha fora, e não tem como controlar a prole. Pensando nessa situação, o Ministério da Educação lançou um aplicativo educativo para a criançada que, enquanto brinca, aprende. Veja no link Ministério da Educação (MEC) lança aplicativo gratuito para reforçar alfabetização.

 

História de Brasília

A Novacap está no dever de abastecer a cidade convenientemente nos mercadinhos da W-4. A maioria dos agricultores é composta por nordestinos, e daí a necessidade de maior assistência de agrônomos, principalmente porque não conhecem plantações de verduras muito a gosto da população sulista.

Outra facada, não!

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Charge: Rocha Arts

 

Uma corporação, como o próprio nome diz, reúne indivíduos que possuem, em comum, os mesmos ideais profissionais e, de certa forma, acabam compondo um só corpo agindo em conjunto organicamente, de tal forma que o pleno funcionamento do todo depende, de forma vital, do funcionamento de cada uma das partes, como num relógio suíço, onde cada engrenagem possui sua função e importância específicas. O mal funcionamento de qualquer uma de suas partes compromete o todo de modo irreparável.

As Forças Armadas, são nesse sentido, um exemplo claro de uma corporação em que todos, do soldado ao general, possuem cada um, uma importância e uma função específica, sem a qual o organismo, como um todo, não pode, sequer, existir. Sobre esse ponto, qualquer falha ou deslize de um dos seus membros põe a perder o funcionamento do conjunto, comprometendo seu desempenho ideal.

Não estranha que, em suas fileiras, não cheguem a ser raros, episódio em que membros dessa corporação são desligados do organismo à bem do conjunto, o que, em si, é até uma medida necessária. Da mesma forma que uma parte gangrenada do corpo humano é amputada para a sobrevivência do todo, o afastamento de indivíduos que não coadunam com as diretrizes de uma corporação constitui-se numa ação profilática e vital ao organismo. Até aí não há dúvidas.

Colocada dessa forma, e visto em outro contexto a situação, trazida até aqui pelo presidente Jair Bolsonaro, pela insistência com que mantém um ambiente de permanente crise institucional, talvez até como uma espécie de estratégia política às avessas, tem, com relação às Forças Armadas, um efeito potente, diferente e também nefasto a essa instituição permanente. Não apenas pelo fato de o atual presidente ser um ex-militar de carreira, colocado à margem da corporação, por circunstâncias distantes aos ideais de Caxias ou ao regimento do Exército, de onde provém.

O fato de um ex-militar chamar, para compor seu gabinete de governo, membros das Forças Armadas criou, necessariamente, entre ele e esses membros fardados, um elo e uma associação, que como um nó, fica difícil de separar. Assim é que o destino de um é, em larga medida, o destino do conjunto, nesse caso específico, as Forças Armadas. Bolsonaro e os militares, por livre vontade, possuem, nos episódios que vão se desenrolando nesse governo, um destino e um futuro comum. Não há como dissociar o político que chegou à presidência, por obra e graça das circunstâncias de uma encruzilhada fatídica, do restante do seu gabinete, composto, em sua parte principal, pelo pessoal do alto escalão das Forças Armadas.

Uma possível descida do atual governo, ao fundo do poço, numa crise sem precedentes, fato que muitos apontam como uma grande possibilidade, mas nós, como brasileiros torcemos para que isso não aconteça,  arrastará, irreversivelmente, consigo, toda a corporação, numa espécie de abraço de afogados, transmitindo a essa zelosa corporação, o vírus da inépcia e lançando de volta seu prestígio atual aos tempos da ditadura, numa fase de nossa história que, a duras penas, tem sido deixada para trás, como página virada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A vida/Consumida/Em cuidados/Escusados,/ E sujeita a desconcertos da ventura,/Não é vida vital,/mas morte pura.”

Camões, poeta português.

Foto: wikipedia.org

 

Indo bem

Médicos têm elogiado as iniciativas do governador Ibaneis, que tem tomado as precauções contra o Coronavírus sempre colocando a vida da cidade em um lugar importante. A ideia agora é aumentar os exames por drive thru para mapear a cidade com a indicação de novas providências.

Os profissionais da saúde usaram câmeras térmicas para os exames
(Foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

 

Cultura

Mudar a cultura de um povo é tarefa hercúlea. Para uma população que até pouco tempo espirrava em direção às pessoas, sem a menor consideração, já é possível ver adolescentes que vendem pipoca no sinal, espirrar na dobra do braço. O uso de máscaras, também está aumentando visivelmente.

 

Ideia

Por falar em máscaras, o repúdio ao material médico chinês é grande. Inúmeras mensagens pelo WhatsApp pregam que ninguém use material chinês no rosto. Se há possibilidade de costurar sua máscara nos moldes de correta higiene, a ojeriza faz sentido. Seria bonito o governo brasileiro conclamar as costureiras de escolas de samba para fazer máscaras para os brasileiros. Veja orientações sobre o assunto no link Camadas de diferentes tecidos deixam máscara caseira 99% eficaz, diz estudo.

 

Imprensa

Criada para levar alimentos saudáveis e de qualidade às famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, o programa Cesta Verde do Governo do Distrito Federal também contribui para o desenvolvimento e geração de renda entre milhares de produtores rurais no DF. Veja detalhes do assunto no link Cesta Verde garante renda a produtores rurais e leva alimento de qualidade às famílias.

Foto: Agência Brasília

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O dono de uma padaria me mostrou uma nota da “Indústria Mineira de Moagem S.A.”, de uma partida de farinha para Brasília. Cobrava por saco a importância de Cr$ 1.877,00. (Publicado em 05/01/1962)