Não adianta esconder

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Gabriela Oliva/O TEMPO Brasília

 

          Muitos historiadores consideram que a Proclamação da República, nos moldes como foi realizada em 15 de outubro de 1889, constituiu-se, claramente, num golpe de Estado, que marcaria o fim do Brasil Império e o início de um novo sistema de governo. O que nascia, de forma torta e um tanto improvisada, não poderia gerar outras consequência que não crises institucionais cíclicas. Até mesmo a Constituição de 1890, dada a pouca experiência dos novos mandatários, teria que ser copiada dos Estados Unidos e imposta a uma cultura que muito se diferenciava dos irmãos do Norte.

          Tratou-se aqui de uma revolução circunscrita aos núcleos urbanos, defendida por jornalistas, advogados, médicos, latifundiários, parte do clero, maçonaria e outros grupos ligados às classes mais escolarizadas. O grosso do país, que residia na área rural, nem ao menos ficou sabendo dessas mudanças e do exílio imposto, da noite para o dia, de toda a família real.

          Dizer, pois, que a Proclamação de 1889 foi movida pelos ventos da modernidade daquele período é uma balela. Nem mesmo a população dos poucos núcleos urbanos existentes naquele período no Brasil ficou sabendo da novidade e de seus desdobramentos.

          Havia, nesse movimento tipicamente de gabinetes e de conchavos, um apelo falso pelas liberdades e pela democracia, embora o principal protagonista desses apelos, representado pelo povo, tivesse sido mantido à margem do processo. Era a tal da democracia sem povo, como ainda hoje se verifica, quando os próceres da atual República resolvem, em reuniões fechadas, o destino da nação. Talvez, por essa e outras razões ligadas a um passado ainda mal resolvido, todas as grandes manifestações populares são vistas com surpresa e até um certo temor pelos donos do poder.

          Nada assusta mais um mandatário neste país do que ver multidões nas ruas clamando por seus direitos. Acreditar que o povo só é importante no momento em que está diante das urnas tem sido um desses problemas que nos mantém presos ao passado. Essa questão ganha ainda mais relevância e mais riscos quando, em pleno século em que a interconectividade mundial das redes via Internet assume um papel crucial nos movimentos populares, elevando o clamor das gentes e incendiando cada canto do planeta, em especial a nossa pátria, pela liberdade.

         Por isso, fechar os olhos ao que ocorre hoje, nesse 15 de novembro de 2022, ao que acontece em todo o país, com famílias inteiras protestando nas ruas das principais cidades do Brasil, pode ser visto como uma repetição daquela Proclamação de 1889, em que as autoridades acreditavam que o povo era apenas uma concepção abstrata e sem maiores importâncias.

         As manifestações populares, chamadas, por uns poucos desavisados, de protestos da extrema direita, são, quer queira ou não, manifestações legítimas, vindas das ruas. Fechar os olhos e ouvidos ao que se passa agora, nas ruas de todo o país, não tem o poder de fazer com que elas inexistam. Há uma proclamação pela coisa pública e um clamor retumbante vindo agora das ruas, e isso é fato, não adianta esconder.

 

A frase que foi pronunciada:

“Bom cidadão é aquele que não tolera na pátria um poder que pretenda ser superior às leis.”

Cícero

 

Comissão de frente

Veja, no Blog do Ari Cunha, o vídeo da reunião que aconteceu no início do ano quando “A Convencional” María Rivera apresentou uma proposta de criação de uma Assembleia Plurinacional de Trabalhadores e Povos, que seria responsável pela gestão da justiça, economia e decisões políticas.

 

Antidemocrático

Autoritário, absoluto, arbitrário, dominador, despótico, opressor, tirano, tirânico, dominante, autocrata, déspota, ditador, dogmático, imperativo, imperioso, magistral, mandão, opressivo, oprimente, ditatorial, iliberal, autocrático, absolutista, cesarista, discricionário, dominativo, totalitário, totalitarista, impositivo.

Alethea

Nosso querido Ari Cunha adorava contar essa fábula, sempre atual. Era o sapo que ia atravessar o rio e ouviu o grito do escorpião pedindo uma carona. Mas promete que não vai me matar? Disse o sapo desconfiado. Claro que não! Argumentou o escorpião. Se eu matar você, morreremos os dois! Argumento irrefutável. No meio do rio não deu outra. As toxinas escorpiônicas espalharam pelas costas do sapo agindo nos neurotransmissores do sistema nervoso autônomo. A intensidade do veneno foi grande, mas o pobre sapo ainda perguntou: Por quê? Porque essa é a minha natureza.

Ilustração: JF

 

História de Brasília

A saída do dr. Magalhães, do Departamento de Edificações da Novacap tem sido muito sentida. Competente, e conhecedor dos problemas do seu Departamento, sua ausência está sendo sentida em tôdas as horas. (Publicada em 13.03.1962)

Cutucando a onça com vara curta

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, instruiu as tropas a não divulgarem fake news. Foto: divulgação

 

       Não há quem possa desconhecer o fato de que o pilar a dar base e sustentação, em todo o mundo, tanto às ditaduras de esquerda ou direita, assim como para preservação das democracias, tem sido, ao longo da história humana, as forças armadas. São elas, mais do que qualquer outra instituição, que garantem o regime do plantão, quer eles sejam baseados em leis justas ou não.

        Em nosso país, o caso não é diferente. De acordo com o artigo 142 da Constituição do Brasil de 1988, as Forças Armadas “destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Leis, ordens, instituições, garantia dos poderes e outras incumbências são dadas às Forças Armadas e por um motivo que parece passar desapercebido por muitos: o fato de ser essa uma instituição de força armada e treinada para guerras ou outros conflitos.

        Em países como a Venezuela, Cuba, China, Rússia, Coreia do Norte e outros espalhados pelo planeta, onde os regimes de governo ditatoriais são a regra, é graças ao apoio dessas forças em armas que os mandatários, mesmo aqueles mais sanguinários e tirânicos, fazem prevalecer suas vontades e caprichos. Alguns pacifistas e adeptos do desarmamentismo mais realistas que os reis chegam a afirmar que a existência de guerras e conflitos pelo mundo, ao longo da história, pode ser debitada exclusivamente à existência de forças armadas, que possuem, atrás de si, um poderosíssimo conglomerado de empresas que fabricam produtos bélicos de toda a espécie.

        Ao longo do ano de 2020, os gastos militares no mundo atingiram a cifra de mais de 2 trilhões de dólares. No Brasil, no mesmo ano, os gastos com defesa somaram R$ 8,1 bilhões, a maior parte consumida com despesas com pessoal. O Brasil ocupa hoje a 13º posição mundial no gasto com armamentos, com despesas anuais de cerca de R$ 22,8 bilhões, segundo lista elaborada pelo Stockholm International Peace Research Institute, sendo que, de acordo com o International Institute for Strategic Studies, o Brasil está em 11º, com gastos da ordem de R$ 24,3 bilhões. São despesas insignificantes perante países como os Estados Unidos, China ou Rússia, mas ainda assim demonstram, de modo convincente, que o reforço bélico nessas instituições armadas é sempre uma prioridade de Estado, também aqui por uma razão prática: a garantia de governos, democráticos ou não.

        Temos, assim, numa primeira reflexão, que concluir que, tanto democracias como tiranias dependem das forças armadas para existir e se impor. Tudo isso nos leva a um outro raciocínio: a espécie humana parece reconhecer, apenas nas forças de persuasão armadas, o único poder capaz de controlar e impor as leis. Dessa forma, temos que admitir que a existência da democracia e suas vertentes depende, de forma vital, das forças armadas. Por outro lado, pode inferir ainda que qualquer indivíduo ou grupo que venha a obter ascendência sobre as forças armadas também poderá garantir a imposição de suas vontades, sejam elas quais forem.

Trata-se de um assunto que é, ao contrário do que possamos pensar, mais delicado do que uma pena de beija-flor, mas tão áspero quanto a ponta de uma baioneta. Reflexões do gênero nos levam a pensar no perigo que todos corremos quando observamos que personalidades da vida nacional, de todas as matizes ideológicas, adentram num jogo insano de açularem as forças armadas, jogando uns contra os outros, desejando, abertamente e mais uma vez, a abertura dos portões dos quarteis e o avanço dos canhões, numa ação que nos faz lembrar o antigo preceito de não cutucar a onça com vara curta.

                  

A frase que não foi pronunciada:

Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”

General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, em resposta às acusações do ministro Barroso.

La Paz

Uma fatalidade aconteceu com a líder de movimento pró-aborto, depois de abortar, legalmente, na Argentina. Maria del Valle González López teve 23 anos de vida até optar por matar o filho dentro do ventre. Por obra do destino, o registro da morte da ativista foi o primeiro registrado desde o momento em que aquele país passou a aprovar esse tipo de assassinato. O procedimento ocorreu em La Paz, um município da província de Entre Ríos na Argentina.

Foto: twitter.com/mdanielorozco/status

Idosos

Reconhecido o trabalho da Casa do Ceará na Pousada Crysantho Moreira da Rocha, foi encaminhada uma proposta para a Secretaria de Desenvolvimento Social do Governo do Distrito Federal para o aporte a 20 idosos. Atualmente, o governo dá cobertura financeira para a internação de apenas 7 idosos. O presidente da Casa, José Sampaio de Lacerda Júnior, e sua equipe acompanham o trâmite da papelada com esperança.

Foto: casadoceara.org.br

História de Brasília

O regime não funciona, não é por isso não. É porque todos os ministros são uns eternos turistas e o que é pior, turistas sem planos. O ministro da Viação, que faz planificação de trabalho, pode apresentar resultado positivo. Os demais, coisíssima alguma. (Publicada em 21.02.1962)

Pazuello em seu labirinto

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Reprodução / CNN

 

Em “O general em seu labirinto”, o escritor e prêmio Nobel de literatura em 1972, Gabriel Garcia Marquez (1927-2014), narra, em romance histórico, os últimos dias de vida de Simón Bolívar, conhecido como “o salvador” e considerado, por muitos, como o grande herói da independência de parte do continente latino-americano, a Nova Granada.
Só que, nesse livro, o que emerge das páginas é um personagem de carne e osso, com todas as suas contradições humanas, ressaltadas ainda mais pela idade avançada, que faz com que esse herói dispa de sua imagem de mito, mostrando toda a sua decrepitude de um fim de vida melancólico, aumentada por sua dependência física de seu criado pessoal.
Guardadas as devidas e distantes diferenças entre esse personagem e o nosso, já famoso e notório, general Pazuello, que caiu nas graças do presidente, o que nos resta, em termos de analogia entre o protagonista do romance famoso e o nosso estrelado militar, pode ser resumido apenas no sugestivo título do livro. É justamente nessa espécie de labirinto à brasileira que, de repente, ganhou destaque nacional o referido general Pazuello.
Não por suas proezas e façanhas, que inexistem, mas por sua absoluta falta de vontade própria a transparecer no seu desânimo e apatia acentuados, e que o levou a afirmar que se submetia às ordens de um simples capitão, expulso do Exército. Surpreendentemente, foram essa sua inércia e subserviência cega que acabaram por deflagrar, ao menos, duas severas crises internas ao governo que serve.
Realmente Pazuello está enclausurado em seu labirinto, mas não está sozinho. Depois de sua passagem caótica no Ministério da Saúde, numa ocasião em que os brasileiros morriam como moscas nas portas dos hospitais superlotados, fato que o levou a ser o principal depoente na CPI do Covid e que, muitos apostam, pode lhe custar a liberdade, mais uma vez, esse nosso às avessas, por seu esmorecimento, subiu inadvertidamente em um palanque político, esquecendo-se de que esse gesto é vedado a militares da ativa, conforme inciso V, parágrafo 3º do Art. 142 da Constituição e o Estatuto das Forças Armadas.
Mesmo contrariando o que dizem essas normas, o general, por interferência direta do próprio presidente, não foi punido, como era a expectativa geral da maioria absoluta do oficialato. Com isso, o presidente da República, uma vez mais, fez valer sua vontade pessoal, como várias autoridades do país.
Trata-se aqui de uma crise e tanto, cujos os desdobramentos podem ser lançados para o futuro, mas que, por certo, virão para, quem sabe, romper com essa ideia estapafúrdia de denominar essa Força de “meu exército”.

A frase que foi pronunciada:
“Somos muitos pequenos fantoches movidos pelo destino e fortuna por meio de cordas invisíveis; portanto, se é assim como penso, deve-se preparar-se com bom coração e indiferença para aceitar as coisas que vêm em nossa direção, porque não podem ser evitadas, e opor-se a elas requer uma violência que rasga muito nossas almas, e isso Parece que tanto a fortuna quanto os homens estão sempre ocupados em assuntos de nossa antipatia, porque o primeiro é cego e o segundo só pensa em seus interesses.”

Marcello Malpighi, foi um médico, anatomista e biólogo italiano. Pioneiro na utilização do microscópio, sendo considerado por muitos um dos fundadores da fisiologia comparativa e da anatomia microscópica. (Wikipédia)

Marcello Malpighi. Imagem: wikipedia.org

TV Comunitária
Amanhã e segunda-feira, a TV Comunitária, canal 12 da NET DF, apresenta tudo sobre as eleições presidenciais no Peru e outros assuntos de interesse da América Latina.

Publicação no perfil oficial da TV Comunitária no Instagram

Franciscano
Assim como o Feng Shui trabalha a harmonia do espaço, a forma de o senador Girão se dirigir aos seus ouvintes cativa com as primeiras palavras: Paz e Bem! Seguir as regras dos frades menores é tudo o que esse país precisa.

Senador Girão. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Perda
Deixa-nos Octaciano Nogueira, analista da política brasileira com vários livros publicados, verdadeiros tesouros sobre a história do Brasil. Seu acervo, além de registro importante, é uma alternativa para consulta para os líderes que desejarem um norte para o país, com caminhos menos tortuosos evitando os mesmos erros.

Octaciano Nogueira. Foto: Moreira Mariz / Agência Senado

História de Brasília
O problema da Asa Norte tem que ser visto sem o lado político. Há, de fato, prédios merecendo reparos sérios, e o IAPC os havia notado antes de receber a construção. (Publicado em 02/02/1962)

A falta que faz uma guerra em tempos de paz

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello — Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

 

Foram para bem distante aqueles tempos em que oficiais de alta patente eram reconhecidos por serem indivíduos dotados de um sentimento avesso ao medo e às ameaças do inimigo. Contudo, a ausência prolongada de guerras e de conflitos sangrentos, onde a coragem e o destemor são o que restam como escudo contra os obuses e o avanço da morte, fez mal aos nossos militares. Nossos guerreiros são treinados virtualmente e em ritos enfadonhos e teóricos dentro dos quartéis, onde a burocracia cotidiana e monótona passou a ser a única batalha diária a ser vencida.

A paz, prolongada, portanto, ao representar o que de pior pode suceder ao oficialato e às tropas, conferiu-lhes uma certa resignação, além de uma notável inanição para a ação. Com resultado dessa falta de ventos a enfurnar as velas, as belonaves permanecem estacionadas no porto, acumulando ferrugem. A inércia faz mal às tropas, tira-lhes o ímpeto guerreiro e os conduz ao vale da preguiça.

Na ausência dessa agitação bélica, enfraquece-se também o caráter, roubando-lhes o ânimo e a alma. É no movimento que se fazem as batalhas. Pior do que esse marasmo prolongado que arrasta nossas forças em armas para a estagnação e a decadência, é que, com ele, perde-se a possibilidade de fazer do preparo contínuo, um escudo contra os obuses e o sibilar das balas traçantes de fuzil a cortar o céu, rente à cabeça. A única batalha a ser travada é contra o pachorrento cotidiano de atividades burocráticas e torturante, prolongado por um relógio de ponto preguiçoso.

É nesse cenário paradisíaco e pachorrento que são travadas as batalhas diárias de nossos bravos soldados. Terminado o expediente,  o armistício diário é mais uma vez assinado, com o retorno das tropas aos seus lares. A guerra contra o inimigo de mentira é o que existe de maior intensidade e dentro dos quartéis. A paz, tão ensejada pelos cidadãos comuns, e que tanto bem-estar traz à nação, é mortal para as tropas e para os comandantes.

De certo modo, é até possível observar que a ausência de conflitos armados, ao roubar os hormônios dos combatentes, deixa para trás uma tropa de mofinos, descartada como objeto usado. Talvez tenham sidos esses fatores e mais alguns outros bizarros motivos que acabaram por produzir generais e outros comandantes de alta patente que, sem o menor pudor e pendor, vergam seus espinhaços aos desígnios inconsequentes e irracionais de políticos e outros aventureiros aboletados nos Três Poderes, e que deles exigem atos humilhantes e pouco dignos.

Essa seria não uma, mas inúmeras carapuças que bem se acomodam sobre as cabeças de generais e outros áulicos estrelados, como é o caso do general Pazuello, tristemente amedrontado e acuado de se apresentar perante à Comissão Parlamentar de Investigação, para falar o que é obrigação ética e disciplinar de um militar: dizer a verdade.

No tempo em que existiam generais de coragem cívica e bélica, uma convocação dessa natureza seria respondida com a presença imponente do depoente, devidamente paramentado, acompanhado de duas maletas, uma contendo documentos e recibos comprobatórios e outra, mas cumprida, a acomodar um bastão de madeira ou algo pior, para o caso de algum atrevidinho ousar denegri-lo em público.

Eram outros tempos, em que os homens se respeitavam ou no protocolo civilizado, ou no porrete, não levando desaforo para casa, ainda mais de gente com ficha suja nas delegacias. A esses e outros altos oficiais que hoje desempenham papel nos gabinetes do Poder Executivo, colocados em posição subalterna e constantemente humilhados por grosserias e outras pilherias vindas de pessoas claramente desclassificadas e sem poder ético para tal, fica a certeza de que a ausência de guerra fez muito mal a todos da caserna.

 

 

A frase que foi pronunciada:

Discurso do General Montgomery:

“Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói.”

General Bernard Montgomery, 1943. Foto: wikipedia.org.

Winston Churchill ouviu o discurso e, com ciúme, retrucou:

“Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele.”

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

 

Parque Nacional

Se os candangos não fizerem nada, a Água Mineral, parque com piscinas de água natural e vários hectares de verde, deixará de ser propriedade da cidade. Os idosos que iam tomar sol todos os dias, fazer exercícios, nadar estão dentro de casa perdendo a imunidade. Da mesma forma em que a comunidade se uniu para defender o Parque Olhos d’Água, precisa se unir para salvar a Água Mineral.

Foto: EBC

 

Tentativa

Sobre o assunto, Chico Santana publicou um texto onde informa que o Ministério Público Federal arquiva representação que tentava impedir privatização. Veja no link MPF arquiva representação que tentava impedir privatização.

 

História de Brasília

Novacap, Mãe de Todos – Até bem pouco tempo, tudo que se queria em Brasília era com a Novacap. Um ministro queria um faqueiro, ar condicionado, um deputado queria uma estrada, madame queria um jardim, os visitantes queriam um ônibus, tudo enfim, era com a Novacap. (Publicada em 10.06.1972)