Tag: #EstadosUnidos
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
A repercussão internacional que o estardalhaço da CPI da Pandemia no Brasil está espalhando pelo mundo pode trazer prejuízos para as relações do Brasil com outros países. A situação exige que as autoridades encarem essa decisão da CPI com a maior urgência e seriedade, não para proteger e blindar essa ou aquela autoridade, caso venha a se comprovar a real culpa de cada um na condução do país durante a pandemia, mas tão somente para resguardar as instituições nacionais e, por extensão, assegurar que nenhuma crise, mais profunda, venha a desestabilizar o Estado Democrático de Direito.
Vale lembrar que o presidente já foi denunciado também pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em janeiro último, por omissões que contribuíram para a piora da crise sanitária, junto ao ministro da saúde, General Pazuello, alvo da CPI. Veja o vídeo da CPI da Pandemia no Senado Norte-Americano. São muitas as informações supridas pelo controle das redes sociais. A plataforma de vídeos YouTube suspendeu a conta do senador republicano Ron Johnson, depois de o parlamentar publicar comentários sobre tratamento precoce. É o novo quarto poder calando opiniões diferentes. Vale a pena saber o que está acontecendo também fora do país.
Não é de hoje que o mundo passou a olhar com desconfiança e severidade o presidente Bolsonaro, por suas posições controversas em assuntos delicados como o meio ambiente, os povos indígenas, o incremento dos desmatamentos e a permissividade com que os garimpeiros, grileiros e madeireiros têm agido na região amazônica. Nadar contra a corrente internacional em assuntos melindrosos e que podem acarretar consequências nefastas para o conjunto da humanidade, como é o caso do aquecimento global, jamais poderia render quaisquer resultados positivos para o governo, para a pessoa do presidente ou de qualquer outro que compartilhe de projetos tipo niilista.
Além dos Estados Unidos, o Parlamento Europeu vem alertando o governo brasileiro para as consequências de suas afirmações e ações, mesmo sua campanha de desinformação em plena crise de pandemia. Os produtos da área agrícola brasileira, mormente os preços e qualidades atrativos, vêm sendo paulatinamente boicotados no exterior pelos danos que sua produção causa ao meio ambiente.
Muitos analistas acreditam que, não fossem os chineses, que compram esses produtos sem qualquer preocupação ética com questões como preservação do meio ambiente, nossa balança comercial estaria deficitária a tempos. O que ninguém conseguiu decifrar até agora é a razão de o próprio presidente alimentar esse moinho que, dia após dia, vai triturando sua imagem sob os ventos de uma verborragia inconsequente e conflituosa. Trata-se de uma situação inédita de alguém que encontra, no espelho, o reflexo de seu próprio inimigo que deve ser desconstruído como coisa real.
A frase que foi pronunciada:
“Se tivéssemos adotado o tratamento precoce desde o início, hoje teríamos situação controlada, com menos vidas perdidas, além de leitos sobrando para tratar os infectados. Erramos desde o início. Essa que é verdade”.
Deputado Federal Luiz Ovando
Mais proteína
Publicado, na UnB, o artigo do professor Nagib Nassar: “Geografia de fome: Uma nova visão”. Trata-se de uma evolução da mandioca a partir da observação do agrônomo e sociólogo pernambucano Josué de Castro.
Sua opinião
Anac lança pesquisa sobre fatores de escolha na compra de passagem aérea. Vale a pena responder e compartilhar para contribuir com a melhora do serviço. Acesse o link Fatores de Escolha na Compra de Passagem Aérea e participe da pesquisa.
Sem freio
Além da praga das capivaras, que ganham espaço pela falta de predadores, os periquitos no Lago Norte são porcentagem significativa de problemas em fios roídos de TV a cabo, principalmente.
Perigo
No gramado perto da pista, na entrada na QL 04 do Lago Norte, antes de chegar à Academia, exatamente por onde andam os pedestres, há um buraco enorme sem tampa e sem sinalização alguma. Durante o dia, só oferece perigo aos distraídos, mas, à noite, é uma máquina de quebrar pernas.
História de Brasília
As residências estão sempre sobre ameaça de roubo. Os marginais passam o dia observando os costumes domésticos, como que sempre preparando um ataque. Ninguém sai de casa tranquilo. (Publicado em 03.02.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Dois mil e vinte será, definitivamente, um ano para não ser esquecido. As razões, se é que se pode falar em razão nesses tempos conturbados e ilógicos, estão tanto lá fora, no exterior, quanto aqui dentro, no Brasil. Como uma ola, programada e uníssona, o planeta vem sendo varrido por uma onda que mistura revolta contra o establishment e contra o status quo, voltando-se contra, também, a um modelo de capitalismo, que para de produzir gerações cada vez mais empobrecidas e postas à margem da sociedade.
“O que está acontecendo com o Ocidente democrático?”, perguntam as autoridades de muitos países, inclusive daquelas nações que, até há pouco tempo, serviam de modelo a ser seguido para o resto do mundo. Multidões formadas, na sua maioria, por jovens desempregados ou com pouca perspectiva de se estabelecerem num mundo, que vai se transformando radicalmente e numa velocidade impossível de ser seguida, estão ocupando as ruas, aqui e em toda a parte. De fato, em cada canto do planeta, essas multidões possuem suas motivações para marcharem pelas ruas e elas não diferem muito de país para país.
Pelo o que se tem visto até aqui, os governos, tanto no Brasil quanto na América do Norte e na Europa, não demonstraram, até o momento, possuírem respostas satisfatórias capazes de conter as massas agitadas. O que parece é que ingredientes maléficos e bem conhecidos de todos nós, de outros tempos e lugares, como o desemprego, o racismo, a crise econômica, o fanatismo político e religioso, a xenofobia, o terrorismo e outras pragas foram se juntar, todos de uma só vez, no caldeirão fervente de nossas sociedades atuais.
O que está por emergir, dessa mistura explosiva, ainda não se sabe o que será. Por certo, não resultará em coisa boa. O pior nessa mistura de ingredientes venenosos é que essas ondas de protesto não parecem obedecer ou temer a autoridades, pandemia, quarentena, ordens para que todos fiquem recolhidos em casa, nem mesmo o perigo de um vírus, para o qual ainda não há remédio eficaz, parece forte o suficiente para deter as massas enfurecidas. Assim como um fato isolado e de importância relativa pelas dimensões que alcançou, no caso do assassinato do arquiduque Francisco Fernando do Império Austro-Húngaro, em junho de 1914, e que mergulharia o mundo no morticínio da primeira Guerra Mundial (1914-1918), a morte de George Floyd, um afrodescendente, por um policial americano branco, vem, como um rastilho de pólvora, ameaçando explodir o mundo e os valores do Ocidente.
Ironicamente, os motivos que detonam esses conflitos de grandes proporções, são invariavelmente de dimensões microscópicas, localizadas em algum ponto perdido do planeta, mas que, dependendo do momento exato e propício, atingem proporções globais. Quantos homens, negros e brancos, principalmente negros, são mortos por policiais brancos a cada instante em todo o mundo e, principalmente, no Brasil e nada de maior relevância acontece com esses milhares de casos, que se transformam, rotineiramente, em números estatísticos para o Mapa da Violência.
A diferença entre esses casos corriqueiros e o que aconteceu nos Estados Unidos, onde a cena foi filmada e correu o planeta, é que, nesse caso específico, a morte de Floyd representou a gota d’água num mundo prestes a transbordar e entornar o caldo deste século XXI, que também teve sua inauguração pelo gesto suicida dos ataques às Torres Gêmeas em Nova Iorque, em setembro de 2001. O mais preocupante nessas revoltas em escala global é que elas parecem não mais obedecer o que mandam ou orientam as autoridades locais, mesmo que elas recorram à repressão.
Esse fator pode representar um ponto de virada significativo nesses movimentos e conduzir esses protestos para os caminhos perigosos da insubordinação civil generalizada, estágio de insurreição social no qual as leis parecem pouco eficazes e onde a violência do Estado é sempre o tratamento radical a ser empregado, o que resulta em um grande número de mortes.
A frase que foi pronunciada:
“Em política há serviços que só podem ser solicitados aos adversários.”
A. Capus foi um jornalista e dramaturgo francês.
Compliance
Foram bastante inteligentes e práticas, as várias iniciativas de drive-thru para resolver o problema de vacinação, cartórios, mercados, lanchonetes. Faltou a mesma iniciativa para que os candidatos do concurso dos Bombeiros entregassem a documentação. É simples. Adiar não faz sentido.
Esperança
Sem as várias terapias necessárias, crianças com autismo perdem oportunidades de desenvolvimento. Essa foi uma das justificativas para que a 5ª Vara Cível da Comarca de Santos julgasse procedente o pedido da mãe e determinasse que o plano de saúde cobrisse o tratamento multidisciplinar com Terapia Psicológica, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Psicopedagogia, pelo método ABA (sigla em inglês para Análise do Comportamento Aplicada), indicado pelo médico que assiste o paciente.
Incremente
Uma amostra do desemprego pode ser atestada no portal da Secretaria do Trabalho. Há cadastro a ser preenchido. Mas apenas uma vaga disponível.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Já há alguns invasores produzindo em Sobradinho e estes deviam ter sua situação regularizada. Quanto a exigir documentos de que é agricultor, vou contar uma história: um amigo meu trouxe cinco atestados de Goiânia, em branco para distribuir a amigos seus que desejassem adquirir granjas do DGA. (Publicado em 09/01/1962)