Morte nas escolas

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Reprodução

 

         Muitos são os relatos verídicos que, todos os dias, as mídias sociais trazem ao conhecimento do público, dando conta do aumento no número de casos de chacinas, ocorridas dentro dos muros das escolas. São tragédias que deixam vítimas inocentes, entre mortos e feridos, e que vem ocorrendo em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, deixando as autoridades sem resposta para esses crimes.

         Jovens morrem cada vez mais cedo e fazem vítimas fatais cada vez com mais frequência. Há, de fato, uma epidemia a corroer, por dentro, as sociedades modernas, tanto do Ocidente, como do Oriente, numa clara demonstração de que existem problemas muito sérios que precisam ser equacionados o quanto antes, sob pena de enveredarmos por um lento e inevitável caminho rumo à autodestruição.

         Não se iluda achando que essas tragédias passam ao largo de nosso cotidiano e que, logo logo, essa onda niilista irá cessar. Pelo contrário, o que existe, e as notícias que chegam confirmam, é que há hoje uma verdadeira epidemia de crimes ocorrendo dentro e no entorno dos nossos estabelecimentos de ensino, público e privado. Por detrás desses morticínios, estão causas antigas e bem conhecidas como o bullying constante, dentro e fora das escolas, inclusive em casa; xingamentos e indiferenças que ajudam a germinar, na mente irrigada de hormônios do adolescente, a semente do ódio e da vingança.

         Tudo isso é alimentado ainda por um fator novo, representado pelas próprias mídias sociais, que divulgam e até dão destaque de estrelas para esses novos criminosos. Dizer que o jovem atual é, per si, o único culpado por esses acontecimentos danosos, também não representa toda a verdade. Há aqui uma associação direta e indireta a contribuir para a execução desses assassinatos que se estende desde o seio da família, passa pelas escolas e vai até a sociedade como um todo.

         São crimes, portanto, em que cada parcela da sociedade possui sua cota de responsabilidade, quer por omissão ou participação. Somos todos cúmplices desses morticínios, que são previamente preparados ainda dentro do âmbito do lar. Somos responsáveis, quer por negligenciarmos a formação e educação dos filhos, quer pela permissão da destruição das famílias.

          Não há como negar hoje que muitas famílias, simplesmente, não possuem condições mínimas para criar e educar suas proles. Não é exagero afirmar que há uma doença, destruindo por dentro, como um câncer, essa que é a célula mater da sociedade. Para muitas famílias, a solução de seus conflitos internos com os filhos é empurrá-los para as escolas, na esperança de que, nesse ambiente, ele encontre amparo para seus problemas. Ocorre que nem as escolas e muito menos as autoridades ligadas ao ensino e à educação estão preparadas ou sequer sabem o que fazer.

         A maioria das escolas não possuem ajuda de psicólogos ou de outros assistentes sociais especializados na tarefa de ajudar esses jovens. Para complicar uma situação que em si já é bastante grave, as chamadas novas abordagens de psicologias ou de pedagogia contribuem ao seu modo para jogar mais gasolina nesse inferno, ao insistir que crianças e jovens, antes mesmo de conhecerem seus deveres, compromissos e responsabilidades, devem ser previamente amparados por todo o tipo de direitos, inclusive o de não ser contrariado. Os pais abdicaram do poder de educadores para passar mais poder aos nossos jovens antes que eles possam saber como usá-lo. Obviamente que isso não dá certo e resulta nesses casos extremos e dolorosos que estamos presenciando.

A frase que foi pronunciada:

“As raízes da educação são amargas, mas o fruto é doce.”

Aristóteles

FOTO: CREATIVE COMMONS

 

Na real

Diminuiriam, exponencialmente, os acidentes e intercorrências atendidas pelos Policiais Militares, SUS e Bombeiros, se botecos e distribuidoras de bebidas fechassem mais cedo. Se José Serra, quando ministro da saúde, teve a coragem de proteger a população contra o tabaco, enfrentando a poderosa indústria do fumo, há que se ter alguém para encarar a indústria de bebida alcóolica, que não traz benefício algum para a sociedade.

Foto: Divulgação/CBMDF

 

Sem gorjetas

Com o pagamento da gasolina por cartão ou pix, os frentistas pararam de receber um aporte no salário.

Foto: Carol Garcia/GOVBA

 

Atenção, empresários

Endrick Felipe Moreira de Sousa começou criança a jogar futebol no DF e, agora como profissional, vai fazer parte, em julho do ano que vem, do clube Real Madrid. Na mesma trilha, segue o garoto Pierry Santos Boto, que saiu de Brasília para jogar no Aragoiânia. Quem vê o garoto jogar vê uma criptomoeda humana.

Pierry Santos Boto recebendo o prêmio de jogador revelação sub11 2017 da Copa Brasília pelas mãos de Everson, jogador da Seleção Brasileira sub20, no Estádio Joaquim Domingos Roriz, em dezembro de 2017.

 

História de Brasília

Ademais, que chamasse, então, o seu sucessor, em viagem pelo exterior, e o país não teria passado aqueles momentos de tanta angustia, nem tanto dinheiro seria emitido para manter o sistema financeiro. (Publicada em 17.03.1962)

Sem educação o Brasil caminha para trás

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A educação molda, charge do Marcelo Sabbatini

Não é segredo para ninguém que nossa produção artística, no variado e sofisticado mundo cultural, foi, no passado, muito mais presente e elogiada no cenário internacional que nos dias atuais. Nossos músicos, cineastas, arquitetos, escultores, pianistas, compositores, e uma infinidade de outros artistas de todas as áreas eram modelos a serem copiados e seguidos e, por consequência disso, nosso país despertava a atenção do mundo, que enxergava, na existência de uma plêiade tão grande de talentos, a possibilidade do surgimento de uma promissora e nova potência cultural. Isso tudo, acreditem, foi outrora. Também é do conhecimento de muitos que, até recentemente, a nossa escola pública, apesar de algumas carências pontuais, era considerada de muito boa qualidade, sendo a responsável pela formação de uma boa parcela de brasileiros que hoje ocupa postos de alto nível, tanto na administração pública quanto nas empresas.

Toda uma geração de brasileiros que hoje desponta por sua atuação profissional passou pelos bancos escolares das escolas públicas, sendo que muitos obtiveram excelente formação estudando, durante todo o ciclo de ensino, indo do antigo primário até a universidade, sempre pelas mãos de professores do Estado. Por certo, o progresso e, principalmente, desenvolvimento humano, não vêm naturalmente, apenas por ação do passar do tempo. É preciso um esforço diário para ir avançando aos poucos de cada vez, e isso não é segredo algum.

Foi aí que as coisas parecem ter desandado em nosso país. Ficamos como que atados ao passado. Ou, pior ainda, retrocedemos aos primórdios. Pelo fato de o nosso ensino público ter perdido a qualidade que exibia num passado recente, toda uma geração, que poderia hoje brilhar com seu talento, contribuindo com sua formação, para um mundo melhor, ficou apenas na promessa de acontecer. Quem sabe esse seja o significado hodierno de “país do futuro”. Definitivamente, perdemos a chance de sermos o país do presente. E tudo por que deixamos de lado a capacidade e o potencial, que somente um ensino público de qualidade possui para alavancar toda uma geração, fazendo-a sair da terra, como um broto que busca a luz. Apenas porque fechamos os olhos para a escola pública, todo um país deixou de acontecer. Se hoje nossa classe artística, com honrosas exceções, já não consegue mais aquele brilho especial que, no passado, despertava a atenção do mundo civilizado, é por que fizemos pouco caso da escola pública.

A frase que foi pronunciada:

Do atrito de duas pedras chispam faíscas; das faíscas vem o fogo; do fogo brota a luz.”

Victor Hugo

Victor Hugo. Foto: wikipedia.org

Democracia

Quem articula as mudanças para o voto impresso na Câmara é o deputado Felipe Barros. Relator da proposta, o que ele quer é o que o voto passe a ser “conferível em meio impresso pelo eleitor e apurado em sessão pública.” Parece que a causa está em perfeita harmonia com a Constituição.

Cálculos

Um passeio pela W3 Norte e Sul é o suficiente para registrar o número de obras que invadem o espaço aéreo. São esses puxadinhos que se tornam um risco. Por falar nisso, ontem na 713 Norte, parte de uma comercial desabou. Assista o vídeo no link Desabamento na 713 Norte.

Foto: Marcos José/Cortesia

Caso estranho

Dizia Rui Barbosa: “Justiça tardia nada mais é do que injustiça institucionalizada.” Basta ver o caso dos concurseiros que abdicaram de, no mínimo, 2 anos da vida para se trancar em bibliotecas e estudar para o concurso da SEDES e, até hoje, debatem-se com a injustiça que vem acontecendo nas barbas do Ministério Público. Primeiro a absurda mudança das regras do jogo no meio do caminho, ao que parece, para favorecer quem não atingiu a pontuação e, agora, ignorar os aprovados que podem ser chamados e contratar pessoal que não fez o concurso. Essa última iniciativa foi interrompida com uma manifestação dos aprovados, que, mobilizados, só querem o que lhes é de direito (clique aqui).

–> Veja mais sobre a manifestação em: Ato do dia 05/08/2021.

Foto publicada no perfil oficial do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF no Instagram

Verde

É um bom lugar para a compra de todos os tipos de plantas. Vale conhecer o Polo Verde, na subida de Sobradinho. O problema sempre foi o estacionamento. Um lamaçal ou poeirada constante, depende da época. Já tem gente do DER por lá para melhorar essa situação. Ao que parece, tudo vai melhorar.

Foto: reprodução Google Maps, março de 2021.

História de Brasília

As eleições em Brasília vão ser responsáveis pelo rompimento de muitas amizades. Os candidatos estão excitados e apavorados. Da janela a gente vê muito bem o estrebuchamento lá em baixo. (Publicada em 06/02/1962)