Circuito Elizabeth Arden

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Palácio do Itamaraty. Foto: gov.br

 

          Sai a camisa verde amarela do nacionalismo e entra o uniforme do internacionalismo. Acreditar, como fazem alguns inocentes úteis, de que não haverá uma espécie de expurgo dentro do Ministério das Relações Exteriores é tolice e nem merece reflexões. Basta ver o que houve no período de mais de uma década e meia.

         Como um trôpego, que ora cai para a direita, ora descamba para a esquerda, assim segue o outrora prestigioso Itamaraty, caminhando conforme toca a banda em seu coreto no Palácio do Planalto. Se for isso o que se chama de política externa, seguimos mal na fita.

          O equilibrismo, na corda bamba, nessa travessia que parte de Brasília e se estica pelo mundo afora, não ajuda o país e muito menos a diplomacia brasileira, que deixa de lado o conjunto de interesses nacionais, para se aliar às ideologias fugazes e sem lastro na realidade. Obviamente que todas essas mudanças se darão diplomaticamente, como no passado, de modo a não parecer que está havendo um processo severo de desideologização, levando os de direita para o almoxarifado e retirando os outros de lá.

         Que importância essas mudanças têm para a vida dos brasileiros? Pode-se perguntar. A resposta é: muita. A primeira dessas repercussões nefastas com a mudança de postura ideológica vem justamente na área econômica. Ao voltar a se alinhar a muitos países ditatoriais de esquerda, na sua totalidade Estados falidos economicamente, o Brasil volta a incrementar intercâmbios comerciais, que resultam sempre em prejuízos internos. Esse é o comércio solidário, em que o Brasil entra com a riqueza que o brasileiros produziram com o suor de cada dia e eles, com charutos, tequilas e miçangas. De outro lado, está de volta a temporada de vexames, com o Estado Brasileiro apoiando, diante de foros internacionais, ditaduras criminosas, condenadas nos tribunais do mundo.

         A questão seria outra se, dentro do próprio Itamaraty, seus diplomatas pudessem andar com os pés que possuem, libertando-se dos grilhões das ideologias, que contaminam tudo o que tocam. Já é por demais sabido que o atual chefe do Executivo nada entende de política externa, preferindo se guiar por seus próprios instintos, uma espécie de sexto sentindo, o mesmo que nos conduziu à pior recessão da nossa história a partir de 2014.

          Pondo de lado toda a influência maligna das ideologias, o Itamaraty padece também por seus próprios defeitos internos, motivados na sua maioria por excessivas disputas internas, todas elas guiadas pela vaidade e por uma ânsia em figurar como embaixador no circuito Elizabeth Arden, onde estão as embaixadas de Paris, Roma, Londres e Nova Iorque, onde o glamour da representatividade rende mais prestígio.

          Para os que saem e são colocados de molho resta o circuito das embaixadas situadas no continente africano e em outras localidades no fim do mundo, onde o atual mandatário insiste em abrir representações.

         O problema com as ideologias é que o profissionalismo, necessário para as intrincadas negociações com parceiros internacionais, é posto em segundo plano, devendo o representante seguir à risca o que ordena a cartilha em vigor. A experiência acumulada por muitos diplomatas e que poderia servir de base para a orientação prática nas relações internacionais é simplesmente deixada de lado em favor de ideias, que todos já perceberam, não funcionar.

 

A frase que foi pronunciada:

“A paz será duradoura na medida em que a razão prevalecer em relação a emoção, a diplomacia anteceder a caserna, o discurso preceder a persuasão, e a pluma utilizada em detrimento da espada.”

Roberto José Faria de Gusmão

 

W3

Depois do abandono total do Setor Comercial Sul, a W3 parece estar vivendo da própria sorte. Uma alternativa interessante seria a W3 do lazer, aos domingos e feriados, incrementando o comércio local que quiser abrir para atender à população.

 

Anote aí

Sob a regência do maestro Deyvison Miranda, o Madrigal de Brasília vai apresentar a Petit Messe Solennelle de Rossini. Ao piano, Marília de Alexandria Thales Silva, Harmonium, Dib Francis. Com o soprano Isabel Quintela, contralto Mônica Simões, tenor André Vidal e baixo, Guilherme Aquino. Nos dias 5 e 6 de abril, às 20h, no Teatro Levino de Alcântara, Escola de Música de Brasília. Entrada franca.

EMB. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

 

Evasão Escolar*

Vejam, no link BUSCA ATIVA ESCOLAR, a íntegra do guia “Papel das organizações da sociedade civil no enfrentamento da exclusão escolar”, desenvolvido pelo UNICEF, Undime e Itaú Social. É importante que as Comissões de Educação do Senado e Câmara conheçam o teor de quem apoia a atuação das organizações sociais e do poder público para a superação dos índices de abandono e evasão escolar, aprofundados durante a pandemia da Covid-19.

História de Brasília

Mais uma contra o povo, apresentada pela ponte Rio-Brasília. Se uma pessoa desejar interromper o percurso em Belo Horizonte, a passagem para o Rio ficará em Cr$ 9.300,00, enquanto que o Viscount cobrava Cr$ 8.700,00. (Publicada em 17.03.1962)

O vírus da ideologia

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Palácio do Itamaraty. Foto: gov.br

 

Tão ou mais prejudicial para saúde e o futuro dos cidadãos está o vírus da ideologia. Ao infestar a máquina do Estado e suas instituições, com seu bafo fétido, irradia seus efeitos maléficos para os outros Poderes da República, fazendo, do país, um refém de orientações abstratas que, ao fim e ao cabo, compromete, seriamente, o futuro de todos.

O mais danoso é que toda essa contaminação é feita em benefício apenas de interesses pessoais e momentâneos de um pequeno grupo, que se coloca acima de todos e de tudo para a consecução de seus desígnios inconfessáveis. É isso que é, e não outra coisa. E é isso que tem atravancado o deslanche do Brasil rumo a uma modernidade que a todos pertence por um direito inalienável e que, jamais, poderia ser corrompido ou atalhado. Ou é isso, ou é o que temos tido ao longo dessas últimas duas décadas e que não basta.

Depois do lulopetismo, ou seja lá que outro nome pode ser pespegado àquela trupe de malfeitores camuflados de políticos, nem bem a nação tenha restabelecido algum sentido de lucidez, adentrou de súbito por um outro labirinto oposto, mas que também imbica rumo ao terreno árido e baldio, onde nada floresce, apenas o pó.

É nessa gangorra, que não sai do lugar, que vamos desperdiçando o tempo de décadas. Dos muitos exemplos que poderíamos trazer para ilustrar essa praga de gafanhotos que nos consome, ficamos com um apenas, mas que traduz, como nenhum outro, a imagem que o mundo possui de nosso país. E é nesse cenário que surge a figura do ministério das Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty ou Casa do Barão do Rio Branco. Outrora orgulhoso de seu desempenho positivo frente às questões que levaram a definição derradeira das fronteiras do Brasil entre outras ações que granjearam o respeito internacional, fazendo de nossa diplomacia um exemplo para o mundo civilizado, o que parece restar hoje do Itamaraty, como instituição, por certo, enrubesce os velhos e calejados embaixadores que, nesse caso, preferem ficar distante desse esfarinhamento.

Mesmo no período militar, pós 64, quando a ideologia castrense orientava um afastamento respeitoso da União Soviética e seus satélites, e uma aproximação cautelosa do Grande Irmão do Norte, havia ainda uma certa personalidade orgânica nessa instituição que ajudava o país a manter um rumo, sem maiores incidentes de percurso. A partir de 2003, já no século XXI, com a chegada dos primeiros construtores do labirinto sinistro, toma assento no leme do MRE, Celso Amorim, que chamava o então presidente Lula, um notório desorientado, principalmente dos caminhos da ética pública, de “nosso guia”. Deu no que deu.

Com ele à frente da instituição e sob a doutrina de uma cartilha que mandou imprimir e distribuir para todo o pessoal da Casa, o Brasil adentrava para o clube faminto do terceiro mundismo, abrindo embaixadas e outras representações no fim do mundo, estreitando relações com países ditatoriais de esquerda, para onde foram carreadas somas bilionárias do dinheiro público, via BNDES inclusive, para a Ilha dos Castros, uma espécie de paraíso lúdico do Caribe para patifes de toda a parte.

Com Amorim, o Itamaraty conheceu o inferno do Gulag, com perseguições e outras ações contra o pessoal discordante. Pouco refeito do sendero petista, que se viu obrigado a trilhar, e após um governo Dilma de igual esfacelamento do MRE, nem bem conheceu um estágio de restabelecimento do juízo e da plenitude da sanidade mental, eis que o Itamaraty envereda agora pelo labirinto oposto da destra mão, deixando-se navegar pelas águas também turvas de uma direita pouco esclarecida e que anseia estreitar relações com países que torcem o nariz para esses salamaleques oportunistas.

Com Ernesto Araújo, um jovem diplomata feito chanceler que, em tese, teria a oportunidade de colocar o Itamaraty nos antigos eixos de respeitabilidade, caso ouvisse os mais velhos e experientes da Casa, o Itamaraty muda o curso para estibordo, desfazendo com o pé direito o que o ex-ministro Celso Amorim fez com o pé esquerdo. Deu no que deu também. Este comportamento ciclo tímico da instituição, afetada sempre pelos ventos malcheirosos da ideologia, conduziram nossas relações com o exterior ao que é hoje: um arremedo do passado sem maior importância, como uma lama penada, a quem foi retirada a alma e a vida. É uma pena e um grande prejuízo para o país.

 

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A isso me proponho aqui. Fazer do Itamaraty um instrumento de amor pelo nosso país e pelo nosso povo”

Ernesto Araújo, no discurso de posse.

 

Caixa de Marimbondos

Chegou a hora de dar uma sacodida nessas Confederações, Federações de Esportes. Há reclamações por todos os lados de presidentes e diretores que não passam o bastão nem com reza braba. Ministério do Esporte, da Cidadania, instâncias que vão e voltam, TCU, sabem que a situação está bem desfavorável aos atletas.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Em Punta del Este, todas as bandeiras dos países participantes da Conferência foram hasteadas normalmente. A de Cuba enroscou-se no mastro e subiu à força. (Publicado em 25/01/1962)