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ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil;
colunadoaricunha@gmail.com;
Ainda não estão devidamente esclarecidas entre nós, as causas que têm levado a um forte recrudescimento nos casos de feminicídio no Brasil. Houvesse, nessas questões, um consenso entre autoridades e pesquisadores, poderíamos, quem sabe, encontrar alguns caminhos e chances de diminuir esses crimes bárbaros e covardes que envergonham a todos nós, colocando-nos na nada honrosa posição de 7ª nação entre os 83 países mais violentos para as mulheres.
De fato, o que se verifica, logo a priori, é uma total falta de registros padronizados e monitoramento desses crimes em todo o território nacional, mesmo em face da existência de centenas de delegacias das mulheres espalhadas pelo país.
Dados mais recentes dão conta de que doze mulheres são assassinadas todos os dias no Brasil. Em 2017, foram 4.473 homicídios, com 1,1 mil casos comprovados de feminicídio, a grande maioria praticada com requintes de extrema brutalidade. Nesses dados, levantados parcialmente pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, estão registrados ainda 60 mil ocorrências de estupro, além de 221,2 mil casos de violência doméstica, ou 606 ocorrências a cada dia. São dados estarrecedores que mostram o elevado grau violência que parece ter tomado conta do país nesses últimos anos, principalmente contra as mulheres.
Nesse ranking macabro, o Rio Grande do Norte aparece em primeiro lugar no quesito homicídios contra a mulher, com 8,4 casos para cada 100 mil mulheres. Mato Grosso aparece como o estado com maior número de feminicídio, com 4,6 casos para cada 100 habitantes. Para complicar ainda mais essa escalada de crimes, há ainda os casos de subnotificação nos registros de feminicídio, o que pode elevar esses números.
Para a cientista política Ilona Szabo de Carvalho, especialista em segurança pública e de drogas, “as leis e instrumentos legais que o país possui são ótimos, embora não sirvam efetivamente para oferecer proteção e prevenir antes que os casos de feminicídio ocorram”. Para ela, os primeiros sinais evidentes de ameaças e mesmo de registros de ocorrências, feitos pelas mulheres ameaçadas, não são sistematizados e sequer levados em conta. Na sua avaliação, o feminicídio se dá como uma conclusão ou fechamento do ciclo de violência. Essa prevenção antecipada é, segundo ressalta a cientista, o único meio de evitar os casos de feminicídio. O que se sabe também, é que esse tipo de crime é mais comum em casos de separação do casal, na partilha de responsabilidade com os filhos e em casos de repartição de bens, entre outros ativos econômicos.
Em Brasília, essa realidade cruel também não é diferente do restante do país. Apenas nesse primeiro semestre, foram registrados 16 assassinatos de mulheres, atingindo principalmente mulheres na faixa de 30 a 50 anos, sendo que 80% desses casos acontecem dentro do recinto do lar, onde nem a vizinhança ou os parentes próximos parecem notar.
A frase que foi pronunciada:
“Quero convidá-los a lutar contra uma praga que afeta o nosso continente americano: os inúmeros casos de feminicídio. E são muitas as situações de violência que são silenciadas por trás de tantas paredes. Convido-os a lutar contra essa fonte de sofrimento, pedindo que se promova uma legislação e uma cultura de repúdio a toda forma de violência”.
Papa Francisco
É possível
Truecaller é um aplicativo para celulares que bloqueia ligações de spam. Imagine ter um app que impeça você de receber telefonemas robóticos de Moacir Franco, Fafá de Belém, agências bancárias e operadoras de celular vendendo produtos.
Saúde
Todo cuidado é pouco no momento de prescrever medicamentos antidepressivos para mulheres. Em entrevista, o Dr. Joel Rennó Junior afirma que hormônios são gatilho de distúrbio mental. Todos os fatores, inclusive orgânicos, devem ser pesquisados. Por exemplo: 20% das mulheres têm, a partir dos 30 anos, hipotireoidismo e, às vezes, é essa disfunção que causa a depressão. O psiquiatra não pode esquecer de pedir exames que identifiquem alterações orgânicas, diz o Dr. Rennó, diretor do Programa de Atenção à Saúde Mental da Mulher, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Ainda
Latam adia a cobrança pela escolha dos assentos no avião no momento do check in. A cobrança será feita aos que pagam as taxas mais baratas para o voo. Entre R$15 e R$ 23. As três categorias de cartão especial e bilhetes comprados nas tarifas Top e Plus não terão o assento cobrado. Para antecipar a viagem a taxa é de R$75.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Um ofício do delegado do IAPFESP ao CORREIO BRAZILIENSE esclarece que foi a administração central, quem mandou construir casas de alvenaria dentro da superquadra. Esclarece, ainda, que a superquadra 304 “está toda asfaltada”, e que o gerador está sendo conservado para a construção dos 11 blocos restantes. (Publicado em 27.10.1961)