Voar é para quem possui couro grosso

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Geral

 

        São flagrantes as mudanças ocorridas nos aeroportos de todo o mundo depois dos atentados terroristas contra as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, ocorridas há mais de duas décadas. De lá para cá, os aeroportos, inclusive no Brasil, ganharam um novo modelo de vigilância e controle, passando a ser considerados como zonas de segurança máxima, vigiados 24 horas por dia, tanto por pessoal especializado como por um imenso conjunto de monitoramento eletrônico. Mesmo assim, até hoje, o roubo de 734 kg de ouro no aeroporto de Guarulhos, em julho de 2019, não teve nenhum grama recuperado e ninguém sabe ao certo para onde foi essa carga.

        Para falar em história da aviação aérea e, principalmente, dos aeroportos civis, é preciso antes separar em dois momentos distintos todo esse modelo aeroportuário de operação. Depois de uma série de atentados, perpetrados por extremistas, que deixaram um grande número de vítimas, uma razão maior teria, necessariamente, que provocar uma transformação radical no modo de viajar por aviões.

        O que é flagrante também é observar que toda essa mudança, feita em nome de uma segurança máxima, veio muito em desfavor do passageiro, que passou, até prova em contrário, a ser considerado como viajante e suspeito, sujeito a todo o tipo não só de molestação, como de admoestação por parte do pessoal do aeroporto. Portanto, não são raros os momentos de graves conflitos dentro dos aeroportos e também dentro das aeronaves.

        Praticamente todos os dias, a imprensa noticia problemas envolvendo passageiros contra o pessoal de terra e contra tripulantes. O que parece haver, à primeira vista, é um embate entre a perda irreversível de humanização no tratamento das pessoas, tanto nos aeroportos como no atendimento dentro dos aviões. Não seria exagero afirmar que viajar hoje de avião, principalmente, tanto em voos internos como para o exterior, com ou sem conexões, ao contrário do que acontecia no passado, passou a ser um exercício de grande frustração e de muito stress.

        Há até quem considere um perigo enfrentar essas jornadas. A perda de relações humanizadas, por conta da verdadeira paranoia que tomou conta dos aeroportos, é, sem dúvida alguma, o resultado mais nefasto herdado depois dos atentados de 2001. O mais incrível é que toda essa visível deterioração nas relações entre passageiros e o pessoal de terra e ar parece afetar apenas os primeiros, mantendo-se o pessoal dos aeroportos e das tripulações insensíveis e indiferentes ao que ocorre.

        Não se pode negar que há hoje uma animosidade crescente entre passageiros e os serviços prestados nos aeroportos e dentro dos aviões. A camaradagem e a admiração e o glamour que havia por parte da população em relação aos aeroportuários não mais existe, sendo substituído por uma desconfiança mútua e até um certo antagonismo.

        É preciso lembrar que os atentados atingiram muito mais os passageiros e a população civil do que o pessoal de terra e ar. Não se compreende, pois, que sendo as principais vítimas nos múltiplos atentados, os passageiros, aqui e em todo o mundo, continuam sendo maltratados nos aeroportos e dentro dos aviões, com serviços de qualidade duvidosa, ofertados por preços altíssimos.

        No nosso caso, particularmente, não causa espanto que as concessionárias nacionais que administram os aeroportos do país, e mesmo as empresas aéreas que operam no Brasil, representam hoje setores de nossa economia com os piores índices de aprovação por parte dos consumidores. Voar hoje deixou de ser um prazer para se constituir numa necessidade. A continuar por esse caminho torto, chegará o dia em que os passageiros serão obrigados a serem transportados dentro de malas, sem contato direto com os profissionais da aviação.

 

A frase que foi pronunciada:

No fundo do seu coração, o homem aspira a reencontrar a condição que tinha antes de possuir consciência. A história é meramente um desvio que ele toma para chegar lá.”

E.M.Cioran

 

E.M. Cioran. Foto: reprodução da internet

Desrespeito

Leitora possessa nos envia a foto provando a demora no atendimento para cancelar uma assinatura de revista. Mais de meia hora de espera e o atendente desliga. Já falamos dessa editora por aqui. É tudo bastante grave. Não há atendimento regular ao público e muitas assinaturas são feitas sem a permissão do consumidor. No reclame aqui, são inúmeros os depoimentos.

 

Preservação

Dia 20 de maio foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas como o Dia das Abelhas. A importância da abelha para o ecossistema é a polinização. 73% das polinizações de plantas cultivadas são feitas por abelhas. No DF, com a ocupação do cerrado, abelhas têm aparecido em residências e são exterminadas com venenos. Fumaça (e não fumacê) é a melhor maneira de combatê-las. Elas não toleram e procuram outro lugar para viver.

Foto: Alamy (ecodebate.com)

História de Brasília

Nas reformas do recesso parlamentar faltou um detalhe: a pintura do Senado não foi refeita, e está descascando. (Publicada em 17.02.1962)

No apagão da pandemia quem pena é o consumidor

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Foto: radios.ebc.com

 

Enquanto muitos comerciantes honestos amargam prejuízos e perdas irrecuperáveis com a pandemia, uns poucos e astutos oportunistas se valem do retraimento dos órgãos de fiscalização, tanto na área de vigilância sanitária quanto naquelas ligadas ao fisco, para ludibriar duplamente o consumidor incauto, obtendo, com isso, lucros exorbitantes e ilegais.

Nos supermercados, por sua imensa variedade de produtos, os abusos cometidos durante o longo apagão dos fiscais viraram atividade rotineira. Pesos e volumes são sonegados, tanto em embalagens de fábrica quanto aquelas acondicionadas pelo próprio estabelecimento, numa prática costumeira e desavergonhada. Em casos em que o consumidor suspeita e manda conferir no ato, existe sempre um pedido de desculpas displicente e uma reparação imediata no melhor estilo “Joãozinho sem braço”, culpando a situação atual que tomou conta da economia, ou outras desculpas onde o réu é uma incógnita ou uma falha do “sistema”.

É justamente na área de saúde e de vigilância sanitária que os golpes se sucedem, pondo em risco, inclusive, a vida do consumidor. Produtos de origem animal, flagrantemente vencidos, muitos já em estado de putrefação, são maquiados com produtos químicos e outras artimanhas cometidas longe dos olhos do público, sendo reembalados e postos à venda.

Nas promoções e nos produtos que foram fatiados, como queijos, carnes, embutidos, peixes e uma série de outros, o perigo à saúde humana é altíssimo. Animais como frangos vendidos em pedaços em embalagens, assim como peixes, principalmente o salmão, que, inexplicavelmente, são comercializados a altos preços, bastaria um teste local, feito por um especialista na matéria, para verificar que o produto ou está impróprio para o consumo ou com a validade vencida em 24 horas.

Pacotes fechados como de arroz ou feijão, açúcar e outros também com preços nas alturas, caso sejam pesados na presença do consumidor, vão apresentar sempre uma variação para menos que, mesmo aparentando serem pequenas à primeira vista, fazem grande diferença no volume total comercializado mensalmente.

Peixes congelados apresentam boa parte do peso no próprio gelo da embalagem. Surpreende que, até hoje, os órgãos de fiscalização do governo não tenham mandado imprimir e distribuir, aos consumidores, a grossa cartilha contendo todas as centenas de práticas ilegais cometidas por muitos supermercados para ludibriarem os fregueses e, com isso, aumentarem as margens de lucro.

Os próprios leitores, com certeza, possuem muitas outras histórias para contar sobre todo esse processo secular de tapeação do freguês brasileiro (melhor e-mail para compartilharmos esses fatos: jornalistacircecunha@gmail.com), que parece ter tido sua origem lá nas balanças mecânicas do dono do armazém da esquina.

Nos postos de gasolina, bombas adulteradas. E em outros estabelecimentos comerciais, como restaurantes com higiene duvidosa, lojas que não atendem às exigências durante a pandemia e até clínicas e consultórios de saúde que não dão recibos, pedem exames sem necessidade e fazem acordos escusos com laboratórios. Os casos de ilicitude se repetem por outros meios, mostrando a criatividade do brasileiro e sua herança histórica e cultural para burlar o próximo.

Com tudo isso, vai ficando evidenciado que a pandemia, ao decretar apagão dos diversos órgãos de fiscalização, com seus já escassos profissionais, deixou agora, de vez, o terreno livre para o aumento, sem precedentes, dos casos de burla à lei e dos lucros obscenos praticados contra todos os brasileiros, inclusive contra você.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O novo Coronavírus matou cerca de dois milhões de pessoas no mundo em um ano. É bastante. O aborto mata em média cinquenta e cinco milhões e novecentas mil pessoas por ano. O primeiro, chamam de pior epidemia do século. O segundo, chamam de direito.”

Paul Washer, pastor Batista.

Paul Washer. Foto: wikipedia.org

 

Ser humana

Brasília nas suas primeiras décadas era exemplo de solidariedade. Caronas para quem chegava, comida para os candangos feita por voluntárias, aulas para a criançada, e por aí vai. A doutora Marcia Introcaso foi solidária com uma senhora no estacionamento do hospital. Visto, lido e anotado.

 

Vale ver

Veja, a seguir, a dica para assistir ao programa Meia volta, vamos conhecer. Trata-se de uma série de entrevistas na área de Defesa Nacional e Segurança Pública.

–> Programa Meia volta, vamos conhecer
Uma série de entrevistas na área de Defesa Nacional e Segurança Pública.
Conheça os projetos que estão contribuindo para o desenvolvimento no Brasil.

Assista na TV Aberta, parabólica digital ou TV por assinatura.
 
Acesse: http://www.tvescola.org.br/assista

 

Campanha

Nos dias 23 e 24 deste mês, das 10h às 17h, a Administração do Lago Norte receberá  todo lixo eletrônico que for entregue no local para descarte seguro.

 

Exemplo

Rancho Canabrava continua com o cardápio delivery. Para quem gosta de comidinha da fazenda, essa é uma boa pedida. Ana Maria De Lucena Rodrigues é uma batalhadora.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os moradores da Bloco 11 do IPASE (208) estão reclamando que as construções baixas levantadas na arca urbanizada e estão com cobertura que prejudica os apartamentos. As telhas de alumínio ou zinco estão sempre dando reflexo nos apartamentos, que se veem obrigados a usar suas persianas areadas. (Publicado em 24/01/1962)