Barba e bigode

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Apoiadores de Trump na Flórida celebram a vitória após anúncio do canal Fox News – Foto: Jim Watson / AFP

 

          Embora não admita de público, a vitória patente do presidente republicano, Donald Trump, trará sim consequências que, direta e indiretamente, irão afetar o atual governo brasileiro. Foi-se o tempo em que as eleições americanas ocupavam o rodapé dos jornais por aqui. Mesmo a despeito da política externa do Big Stick e da América Para os Americanos, não havia esse estreitamento e essas interrelações capazes de influenciar o governo e até a força-lo a adotar alterações nessas relações com o irmão do Norte.

          O mundo, quer alguns desejem ou não, está num processo de formação gigantesca global. Nesse processo, é preciso lembrar que, no caso do Brasil, geografia é destino e até sina. Por mais que o atual governo busque um protagonismo dentro do Bloco dos BRICS, é certo que esse clube de além mar possui suas próprias estratégias e objetivos. E eles utilizam-se do Brasil e do resto do continente Sul apenas para formar uma base de apoio e logística próxima aos Estados Unidos, de onde pretendem alcançar a América do Norte.

         Como uma espécie de boi de piranha, o Brasil é usado assim para as manobras de China, Rússia, Irã e outras ditaduras para fustigar, de perto, os americanos. Para as esquerdas do continente, que vão sendo cercadas pelo avanço dos conservadores de direita, os BRICS representam uma tábua de salvação, onde podem se aninhar para pressionar, por viés econômicos e outros planos, os EUA.

         Caso tenha possibilidades de cumprir, ao menos, metade do que prometeu em sua campanha rumo à Casa Branca, os BRICS irão enfrentar o seu maior revés desde que foi criado. Internamente, para nosso país, a vitória de Trump trará reflexos diretos para a área econômica, podendo servir de chamariz para atrair os capitais estrangeiros que ainda insistiam em permanecer no Brasil. De cara, essa vitória elevou o valor do dólar, empurrando, mais ainda, nossa moeda ladeira abaixo.

         A maioria obtida pelo Partido Republicano no Congresso americano, juntamente com a Suprema Corte, dará um poder gigantesco ao presidente Trump, que retorna com a experiência adquirida no mandato anterior e com vontade de fazer o que não pode, quando sua reeleição foi obstada por uma vitória discutível, como no último pleito que concorreu. Já se comenta que os governos de esquerda não terão vida fácil com Trump na presidência e isso pode incluir o Brasil, que, nos últimos anos, tem fustigado abertamente os americanos, buscando comprar uma briga que, seguramente, não pode suportar nem meio round.

         Depois da Argentina, que vai seguindo, aos poucos, pelo caminho da racionalidade e da prudência, chega a vez dos Estados Unidos voltarem ao eixo e ao leito normal do capitalismo liberal, donde podem alcançar a invejada posição de maior economia e democracia do planeta. Com essa nova configuração no governo americano, o menos pior que pode acontecer ao Brasil é ele ser ignorado na política externa de Trump, o que também configuraria um imenso retrocesso para nosso país.

         A ilusão alimentada pelo pessoal de esquerda de que o Brasil pode, num mundo globalizado, seguir adiante e sem problemas, separado dos EUA, é, além de uma falácia política, a razão pelo qual estamos cada vez mais empurrados e atolados nas areias movediças de um clube internacional de ditadores, cutucando o leão com vara curta. A essa hora, Maduro está coçando o bigode e Lula, as barbas. Melhor diante dessa nova realidade, colocar bigode e barba de molho.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quero agradecer a milhões de americanos por aparecerem em números recordes e entregarem uma vitória. Nós os retribuiremos e faremos nosso melhor trabalho. Nós daremos a volta por cima, em todos os sentidos. Este será lembrado como o dia em que o povo americano recuperou o controle do país.”

Donald Trump

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Jim WATSON / AFP/CP

 

Agora sim

Perto do Ceub, havia uma viatura do Detran orientando o trânsito que estava caótico. Trabalho efetuado com sucesso.

 

Peso da opinião pública

Anderson Almeida, advogado criminalista, enviou-nos um artigo sobre o caso Diddy e o peso da opinião pública na responsabilização por crimes sexuais. Veja a íntegra a seguir.

–> Caso Diddy e o peso da opinião pública na responsabilização por crimes sexuais

Anderson Almeida – advogado criminalista

Formalmente, a opinião pública não é considerada para fins penais. Nada em nossa legislação confere peso ou legitimidade ao clamor popular. Materialmente, entretanto, a grita em torno de crimes midiáticos costuma influenciar ações penais.

Casos como o das acusações de crimes sexuais envolvendo o rapper Sean John Combs, conhecido também como P. Diddy, mostram um lado da relação entre Justiça e opinião pública que passa despercebido: a proteção da vítima.

O fundamento adotado para negar a fiança de US$ 50 milhões — algo em torno de R$ 286 milhões — para que o rapper respondesse ao processo em liberdade foi que ele poderia interferir nas investigações. É um argumento válido, mas que só ganha tração graças à indignação popular.

Sob esse viés, a opinião pública tem sido a fiel da balança para garantir que crimes sexuais cometidos por pessoas poderosas sejam efetivamente punidos.

No Brasil temos casos em que a opinião pública foi tão ou mais importante para a punição de agressores. Um dos casos recentes é o do empresário Thiago Brennand, condenado a mais de 20 anos de prisão em processos por violência contra mulher. Seus crimes só vieram à tona quando um caso de agressão em uma academia foi noticiado pela imprensa. Só com a exposição pública de seu algoz as vítimas decidiram romper o silêncio e procurar as autoridades.

Caso semelhante ocorreu com o médium João de Deus. Só a exposição pública — e a indignação da opinião pública — fez com que uma personalidade cortejada por empresários, políticos e famosos antes tida como intocável fosse alcançada pela lei.

Não estou pregando a violação dos direitos dos acusados de crimes midiáticos. As garantias previstas em lei devem ser preservadas sempre para a integridade da Justiça. Contudo, no que diz respeito a crimes sexuais, é inegável a contribuição da mídia e da opinião pública para romper o ciclo de silenciamento a que as vítimas costumam ser submetidas.

 

História de Brasília

Ainda na Universidade, as formas de concreto que deveriam ser retiradas em 48 dias, foram retiradas em 40 horas, por processos especiais. (Publicada em 21.04.1962)

Homo Sacer

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Imagem: criticallegalthinking

 

Com o avanço da Internet, novos conceitos que, primeiramente, foram aplicados exclusivamente a essa nova tecnologia ganharam vida própria passando a definir também situações experenciadas no cotidiano. Um caso típico se refere a palavra “deletar”, que, no caso dos computadores, tem uma tecla específica que apaga o que foi digitado. No dia a dia, deletar ganhou novo significado nas redes sociais, expressando um movimento que visa apagar, das redes, pessoas que, por algum motivo, contrariam as normas ou pretensões desses grupos. Essa ação de deletar pessoas ganhou ainda maior vigor com a polarização política que parece ter tomado conta do mundo, inclusive do Brasil. Assim, temos que os grupos de esquerda fazem de tudo para deletar pessoas ou grupos identificados como de direita, banindo-os e calando suas vozes e opiniões. O contrário também acontece.

Em nossa sociedade, dita moderna, o sujeito deletado é aquele cuja presença deve ser apagada, não só das redes, mas, se possível, do meio social. Essa situação surreal lembra aquelas fotos antigas, nas quais as figuras tornadas indesejadas eram simplesmente rabiscadas no papel. Nesse novo vale-tudo, vale tudo mesmo, desde de falsas denúncias, calúnias, difamações e todos os truques sujos, criando a imagem de um ser horrendo que merece ser desterrado e punido com o fogo eterno. Infelizmente, essa e outras expressões ganham ainda mais ímpeto, quando são os próprios políticos ou aqueles munidos de responsabilidade pelo voto que açulam essas ideias, ao pregarem a eliminação dos opositores ou, mais precisamente, quando dizem abertamente em público frases do tipo: “precisamos extirpar essa gente”.

Vivemos tempos confusos em que uma nova espécie de eugenia política é alimentada nos palanques e introduzida nas redes sociais, onde passam a ganhar protagonismo feroz. A solução para esse novo tipo de antagonismo midiático é, segundo defendido pela esquerda, regular a mídia. Para a direita, melhor que regular as redes, seria seguir o que diz a Constituição, que regula apenas as responsabilidades, direitos e obrigações individuais de cada cidadão.

Nada é o que é, até que se conclua como sendo o que é de fato. O outro lado desse cancelamento da pessoa e de suas ideias é ainda mais cruel, pois envolve a própria desumanização do indivíduo. Nesse ponto, para entendermos esse fenômeno anti-humano, somos imediatamente lançados ao campo da filosofia política moderna na pessoa de Giorgio Agamber e sua obra, intitulada Homo Sacer: O Poder Soberano e a Vida Nua.

O homo sacer vem de um conceito da Roma antiga e passou a despertar atenção hodierna, pois é, mais do que nunca, um fenômeno atual nesse mundo polarizado e tão cheio de ódio e desencontros. O Homo Sacer, na antiga lei romana, era excluído de todos os direitos civis, uma espécie de santo às avessas, que qualquer um pode sacrificar, uma espécie de Caim, sobre o qual todas as pragas do mundo recaem.

Mais sucintamente, é um excluído e taxado pela sociedade como um ser a quem todos os crimes são imputados, apenas para torná-lo passível de desprezo geral. Não é uma tarefa fácil degredar alguém ou algum grupo à condição de desumanização. Exige todo um trabalho midiático, jurídico, psicológico para convencer a sociedade que esses indivíduos não têm quaisquer direitos, inclusive, o de viver.

Incluem nessa condição, mais comumente, os presos políticos de regimes autoritários, consolidados ou em processo de vir a ser. Para esses homos sacer, não existe direito ao processo legal; à defesa ou ao acesso ao seu processo, que é sempre dificultado, inclusive, com ameaças aos advogados de defesa; a um juiz imparcial. Não têm direito de acesso a suas contas bancárias, seus bens são congelados sem quaisquer propósitos, ficam sem apoio legal, suas vozes são caladas nas redes e, mesmo o acesso de familiares e advogados, a esses presos, é dificultado ao máximo.

Muitos desses presos, transformados agora em homos sacer, passam a cumprir penas em regime diferencial, pois tornam-se figuras de alta periculosidade. A retirada de todos esses direitos é feita mesmo contrariando a Constituição. Os homos sacer são os novos subversivos, a quem todo o castigo é pouco.

 

A frase que foi pronunciada:
“Um dia a humanidade brincará com a lei, assim como as crianças brincam com objetos fora de uso, não para restaurá-la ao seu uso canônico, mas para libertálos dele para sempre.”
Giorgio Agamben

 

História de Brasília

Os ônibus JK/W3 desapareceram na sexta-feira da circulação entre 11 e 13 horas, exatamente o horário de maior necessidade. (Publicada em 15/4/1962)

Quando as pontes serão construídas?

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Foto: Sérgio Lima/Poder360 e divulgação/Debate Electoral

 

Não é surpresa para ninguém que as relações entre o Brasil e Argentina têm sido tensas nos últimos meses, especialmente sob o governo de esquerda de Lula e do presidente direitista e economista argentino, Javier Milei. Depois das catimbas no futebol e das preferências entre o reinado de Pelé e de Maradona, as relações entre os dois países hermanos descambaram para o lado político da baixaria, com xingamentos e ofensas pessoais que não merecem aqui ser repetidas.

Desde as campanhas eleitorais, era visível para todos que, caso Milei viesse a ser eleito, as relações entre esses dois países seriam tensas desde o primeiro dia. Milei não engoliu a interferência do governo brasileiro nas eleições de seu país. Portanto, não por enquanto, há sinais de que esses desentendimentos sejam sanados, satisfatoriamente, a curto prazo.

Do ponto de vista de ambos, há uma antipatia que se estende desde motivos ideológicos a pessoais. Como os dois países têm uma estrutura política presidencial, que é quase uma monarquia, dado o poder de interferência na vida de seus povos, dificilmente haverá uma conciliação amigável. Fosse em tempos passados, essas rusgas facilmente resultariam em confronto armado, dado a animosidade de um e o caudilhismo natural do outro.

Não é à toa que dizem que a política é sempre a fronteira entre a diplomacia e a guerra. Tendo em vista que os dois mandatários não irão estabelecer nenhuma outra relação mais íntima, restam aos países manter apenas conversações no âmbito dos Estados, sobretudo naquilo que interessam a ambos, que é o comércio bilateral.

A Argentina é, atualmente, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Existe ainda um perigo que precisa ser sanado caso a Argentina, por qualquer motivo, resolva se afastar do Mercosul, como alguns sinais indicam. O Mercosul, sob a coordenação de alguns governos, passou a dar maiores preferências às relações do tipo ideológicas, com a insistência declarada para que países autocráticos tenham os mesmos direitos que outros países filiados ao bloco. Mesmo a entrada da Bolívia no bloco, patrocinada pelo Brasil, desagradou o governo argentino.

No campo dos embates pessoais, o jogo está 1×1. Lula não foi à posse de Milei. Milei veio ao Brasil e não se reuniu com Lula. Nos dois países, as torcidas, tanto da direita quanto da esquerda, são para que essas rusgas continuem e até escalem para um nível mais preocupante. São como duas torcidas em dois países que se tornaram polarizados politicamente.

O Itamaraty chamou o embaixador em Buenos Aires para conversações — talvez, na tentativa de mostrar ao governo argentino que as relações bilaterais estão se degradando. Milei, por sua vez, tem preocupações mais internas e parece não ter dado corda para esse fato. Existe, é claro, a possibilidade de as relações pessoais entre Lula e Milei caírem para segundo plano quando as relações econômicas passarem a pesar mais nessa balança.

Há pressão dos empresários para que nada nem ninguém venha a se pôr como obstáculo nas relações entre os dois Estados. Interessante notar que nem o Brasil nem a Argentina têm, no momento, uma situação econômica confortável. Nesse caso, ambos os países poderiam fazer um esforço conjunto na busca de um melhor entendimento, visando o que é importante nas relações entre eles: uma parceria econômica saudável e vantajosa para ambos.

Observa-se que muitos países que não mantêm relações políticas em alto nível são capazes de comercializar entre si sem maiores problemas. A balança comercial não tem lado político. Tende a ser favorável sempre aos países pragmáticos. Amor e economia não andam de mãos dadas. Se existe amor nesse caso, é sempre um amor interesseiro. Nessa pendenga, ficar de um lado ou de outro, mesmo a despeito de nacionalismos infantis, pouco adianta, embora, a essa altura dos acontecimentos, já se saiba que a diferença fundamental entre o Brasil e a Argentina são que aquele país, com a posse do Milei, segue no caminho certo, com corte de gastos públicos, cortes de mordomias, privatizações, enxugamento rigoroso da máquina do Estado, entre outras medidas corretas.

O Brasil, infelizmente, segue no rumo oposto, com irresponsabilidade fiscal, sem projetos, com altíssima carga tributária e tudo o mais, sinalizando que, em um breve espaço de tempo, estaremos piores que nossos vizinhos. Mais pobres e, não por isso, menos orgulhosos de nossas escolhas erradas. Fosse uma briga de comadres, poderíamos dizer que estamos com inveja dos hermanos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“No mundo emergente de conflitos étnicos e choques civilizacionais, a crença ocidental na universalidade da cultura ocidental sofre de três problemas: é falsa, é imoral e é perigosa.”
Samuel P. Huntington

Samuel P. Huntington. Foto: nytimes.com

 

História de Brasília
Diversos empreiteiros estão reclamando contra a generosidade dos médicos do IAPI que estão concedendo licença demais a trabalhadores. A porcentagem de empregados pagos pelo empregador é alarmante, e as licenças quase nunca passam dos 15 dias que devem ser pagos pela firma. (Publicada em 11/4/1962)

A gangorra de Lula e Bolsonaro

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Foto: Lula e Bolsonaro | Arquivo Google

 

Entre sístoles e diástoles, à direita e à esquerda, o movimento político no Brasil oscila, insuflado por um ciclo sem fim, de culto à personalidade. Tem sido assim desde 1889, com o advento brusco da República. Historiadores e filósofos concordam que, com o fim da monarquia, houve apenas a retirada de um imperador intrinsecamente republicano para a entrada de republicano intrinsecamente monarquista.

O personalismo na política, uma herança que na América Latina remonta ao século XIX, tem sido também a nossa principal característica política. O que surpreende é que esse sistema vindo de um passado que se acreditava morto, parece querer adentrar agora pelo século XXI, trazendo os mesmos vícios e prejuízos da velha política que tantos males causaram ao Brasil.

A reforçar essa tese, que para os historiadores não é nenhuma surpresa, análises feitas à luz dos conceitos formais do que seja, de fato, direita e esquerda nesse Brasil inzoneiro, tem-se que nunca houve no poder nenhuma nem outra dessas matizes ideológicas na sua forma pura. Isso significa dizer, apenas para ficar nas últimas duas décadas de nossa história, que nem Lula é um político de esquerda, nem Bolsonaro um líder de direita. Na verdade, ambos não sabem nem o que isso significa em termos de conceitos de ciência política embora todos reconheçam que para esses personagens pouco importa essa diferença.

O exercício do poder, para essas duas lideranças do Brasil contemporâneo, está fincado em esteios de ordens carismáticas, correndo à margem da democracia representativa, servindo-se de alguns elementos desse sistema, como é o caso da filiação partidária, apenas para exercitar o mando.

Situados mais nas bordas extremas desses matizes políticos, Lula e Bolsonaro não escondem a forte inclinação autocrática, disfarçada, às vezes, com discursos políticos dúbios que oscilam entre uma margem e outra. Aproveitando-se do fato de as ligações político-partidárias serem, em nosso país, fluídicas e, portanto, dispensáveis, tanto Lula como Bolsonaro buscam agir acima das legendas, dispensando interlocutores e formalismos protocolares.

Não é por outra razão que um se porta como aquilo que é, ou seja, dono da sigla, colocado acima de todo e qualquer estatuto partidário. Bolsonaro, com a possível criação da sigla Aliança pelo Brasil, vai na mesma direção, confeccionando um partido onde possa exercer livremente seu poder de mando. Para tanto, terá que costurar também um estatuto que lhe franqueie o exercício pleno, sem contestações. Curioso observar que nesse ponto o atual presidente não tenha absorvido, como lição, as experiências vindas desse modo de agir de seu opositor e que tanta ruína tem causado ao próprio Lula e à sua agremiação.

Estabelecer uma legenda apenas com base na popularidade política e momentânea de um indivíduo é estabelecer prazo de validade para o partido. Popularidade, e Lula sabe disso, é como nuvem: dispersa e muda constantemente, ao sabor do vento. Sem uma reforma partidária séria e profunda, a velha política, vitaminada pela força do fundo partidário e do fundo eleitoral, ainda terá vida longa entre nós.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Brasil vive a síndrome do impasse. Exageramos de tal maneira nossos problemas que estamos perdendo a obrigação de enfrentá-los”

Jaime Lerner, urbanista brasileiro

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

 

 

Muita luz

Aumentam as reclamações daquele anúncio luminoso colocado na decida do Colorado em direção à Asa Norte. É realmente um ladrão de atenção. Isso não é bom para quem dirige.

 

 

 

Proatividade

Está passando da hora de uma revisão nas marquises da W3, tanto Norte quanto Sul. São muito antigas e, com o passar do tempo, peso, movimento de carros, ônibus, clima, chuva… afinal já são quase 60 anos!

Foto: globoplay.globo.com

 

 

Curiosidade

Pelo visto, também dá espaço à hermenêutica o juramento dos ministros do STF. Ao contrário dos votos, é um texto bem simples. “Prometo bem e fielmente cumprir os deveres de ministro do Supremo Tribunal Federal, em conformidade com a Constituição Federal e as leis da República”.

Charge do Aroeira

 

 

Desolador

Informativo da Semace, Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará, informou que pelo menos oito trechos de pontos das Praias no Ceará estão impróprias para banho. Mucuripe, Vila do Mar e Barra do Ceará também.

Foto: Reprodução / Semace

 

 

Governo

Até agora nenhum comunicado à população sobre o consumo de peixes. Parece que as comemorações da Páscoa de 2020 vão mudar.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Numa recepção social, gente importante, comentando a atividade do Primeiro ministro, limitou-se a chamá-lo de Tancredo Neris. (Publicado em 06/12/1961)