Desigualdade e pobreza, os grandes desafios dos próximos governos

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO
Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960

Com Circe Cunha  e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

Foto: Cristiano Mariz/VEJA

Dois indicadores sociais divulgados agora, um pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outro pelo Ministério da Fazenda, mostram que a questão da desigualdade no Brasil, um tema secular, vem piorando sensivelmente nos últimos anos. Com isso, vai ficando cada vez mais patente que esse é um problema estrutural que pode definir o sucesso ou o fracasso de qualquer governo, seja ele no âmbito federal ou local.

Sem atacar de frente essa questão, qualquer outra ação governamental perde o sentido e a eficácia. Tomando como exemplo a questão da reforma da Previdência, numa população que cresce e envelhece, seguindo, de perto, o padrão mundial, estimativas feitas pelo Ministério da Fazenda indicam que os 20% da camada mais rica do Brasil, chega a abocanhar 40% dos gastos feitos pela Previdência, ou seja, de cada R$ 100 em benefícios, R$ 40 ficam no andar de cima. Essa situação piora ainda mais quando se verifica que os 20% mais pobres ficam com apenas R$ 3 repassados por esse Instituto.

Diante de uma situação como essa, de flagrante desigualdade de tratamento, é que fica mais claro a urgência de uma reforma da Previdência que promova um verdadeiro equilíbrio fiscal de longa duração. Segundo o relatório apresentado pelos técnicos do Ministério da Fazenda, as reformas, ao poupar os mais pobres, poderão gerar melhores indicadores na distribuição de renda. Trata-se aqui de uma questão urgente, quando se sabe que os gastos com o regime geral da Previdência poderão alcançar esse ano a cifra de R$ 591 bilhões.

Ao lado desse problema de proporções gigantescas, tem também a questão do aumento da pobreza, verificado em todo o país. De acordo com estudos do IBGE, houve um sensível aumento da pobreza entre os anos 2016 e 2017. Por esses indicadores, a proporção de pessoas pobres no Brasil (com rendimentos até R$ 406 por mês) que era de 25,7% em 2016, subiu para 26,5% em 2017. Em números absolutos, essa população variou de 52,8 milhões para 54,8 milhões de pessoas nesse período ou mais de um quarto da população. Nesse universo, as crianças e adolescentes são as mais afetadas, o que acaba por comprometer o futuro de toda uma geração, com sérios prejuízos para o país.

A população situada na faixa da extrema pobreza (renda inferior a R$ 1,90 ao dia) também aumentou, passando de 6,6% em 2016, para 7,4% em 2017, ou seja, esse contingente aumentou de 13,5 milhões para 15,2 no mesmo período.

Em algumas regiões do país essa situação é ainda mais dramática. No Nordeste 44,8 da população estava em situação de pobreza ou 25,5 milhões de pessoas. Mesmo no Distrito Federal essa situação é grave e com um adendo: por aqui, segundo o Mapa das Desigualdades, elaborado pelo Movimento Nossa Brasília, pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e a Oxfam Brasil, existe um verdadeiro abismo social entre as diversas regiões da capital.

A partir desse estudo foi criado o chamado “desigualtômetro” que mostra as gritantes diferenças entre, por exemplo, o Plano Piloto (PP) e a Estrutural. Entre essas regiões, até próximas, o nível de desigualdade entre o PP e a Estrutural chega a ser 15 vezes superior. Enquanto no PP 84,4% da população possui plano de saúde, por exemplo, na Estrutural apenas 5,5% tem esse benefício.

Nesse sentido, o que os estudiosos do problema apontam como urgente é um combate, sem tréguas, contra a desigualdade social até para tornar a cidade mais humana e governável do ponto de vista político.

 

A frase que foi pronunciada:

“A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais.”

Aristóteles

Charge do Duke

 

Começo

Ricardo Quadros Laughton se despediu da esposa Ângela Ramos, no hotel, e foi direto à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A reunião acabaria no final da tarde. O tempo passou e a esposa não conseguia o contato com o marido. Atenderam o telefone. “O senhor Ricardo esqueceu o telefone, vamos levá-lo onde a senhora estiver. ”

Foto: Reprodução/Sindicato Rural de Montes Claros

Meio

Como isso nunca havia acontecido, Ângela estranhou. Estranhou mais ainda quando viu a equipe que estava chegando com o celular. Mércia, um médico e uma psicóloga. Durante o encontro na CNA, Ricardo, presidente do Sindicato Rural de Montes Claros e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, teve um mal súbito e, apesar de todo o pronto atendimento, não resistiu e faleceu.

 

Fim

Mércia de Andrade Silva, assessora executiva da Presidência da CNA-DF, Gilson Maia, superintendente da CNA DF e o diretor geral do sistema SENAR, Dr. Daniel Kluppel Carrara, foram incansáveis para resolver todos os problemas burocráticos dessa fatalidade. Mércia, a Dra. Rosane Curi Zaratini, diretora do SENAR, a psicóloga Maria Conceição Gutti e dona Maria Gomes Otsuki, gerente do hotel Aracoara, não mediram esforços para dar suporte à viúva.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As superquadras ainda não foram iluminadas internamente. Fizeram uma experiência no IAPC, que redundou em nada. Ninguém sabe os pareceres dos técnicos. (Publicado em 07.11.1961)

Desafios sobrenaturais

Publicado em ÍNTEGRA

ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

colunadoaricunha@gmail.com;

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge: pt.aleteia.org

 

Qualquer que seja o eleito que venha a ocupar o comando do Poder Executivo, em janeiro de 2019, terá que lidar com um país onde as instituições do Estado, em razão do repetido comportamento inadequado de muitas lideranças políticas, não gozam de boa reputação aos olhos dos cidadãos. Ao longo dos anos, a grande maioria dos brasileiros moldou para si a imagem de que o Estado nada mais é do que uma gigantesca máquina burocrática que sobrevive às custas de um pesado confisco de tributos e taxas de todo o tipo, extraídos à fórceps dos contribuintes.

Pior, a impressão dos cidadãos hoje é que o Estado e suas potencialidades estão postos à serviço justamente daqueles que controlam diretamente o governo e das grandes corporações que financiam boa parte dos operadores políticos junto ao governo. Na prática, os cidadãos observam que essas relações distorcidas e injustas estão na origem das desigualdades sociais e econômicas que tornam o Brasil o campeão mundial nesse quesito.

Ao juntar numa só entidade Estado e governo, a população, em geral, passa a perceber, no seu dia a dia de agruras, que ambos têm sua existência e permanência ao longo do tempo, garantidas graças ao esforço e sacrifício imposto à grande parcela da nação, principalmente as camadas de baixa renda. Não é por outra razão que governo e a máquina pública do Estado, de forma geral, são as instituições com os maiores graus de descrédito junto aos brasileiros.

 

A frase que foi pronunciada:

“Repito o que não estamos no fim do mundo. Estamos, sim, vivendo uma inesperada e imensa renovação. Dizem que é conservadora. Se Marx, vivo estivesse e brasileiro fosse, diria que o certo seria chamá-la de revolucionária.”

Roberto Damatta

Foto: jornaldacidadeonline.com.br

Mutreta

É bom dar uma olhada no ticket dos estacionamentos pagos. Às vezes, 4 minutos a menos no relógio da empresa faz com que você pague uma hora a mais se seguir o seu tempo.

Cotidiano

Complementando as notas da coluna sobre o assunto, há material consistente escrito por Carolina Orbage de Brito Taquary: A episiotomia e a mutilação genital feminina no Brasil sob o enfoque penal. O trabalho deveria ser consultado pelo Ministério da Saúde para adotar políticas públicas sobre a prática.

Imperdível 1

Terça-feira, dia 23, às 20h, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, em seu trabalho de intercâmbio, terá, em parte do programa, a condução do maestro Eldom Soares. O repertório é uma obra recente, a Missa das Crianças, do maestro inglês John Rutter. Com o solo de Renata Dourado e Gustavo Rocha, o coro será composto pelo Coral Ad Infinitum, Cantus Firmus Infanto-Juvenil e Louvor Teen. Na Igreja Adventista de Brasília, 611 Sul. Entrada franca.

Imperdível 2

Já o Concerto Duplo para Marimbas, Tímpanos e Orquestra será conduzido pelo maestro Claudio Cohen tendo como solistas o compositor da obra Ney Rosauro e Lucas Donato. Também terça-feira, dia 23, às 20h, na Igreja Adventista de Brasília, 611 Sul. Entrada franqueada ao público. Veja o cartaz no blog do Ari Cunha e compartilhe!

Solidariedade

A P13 Produções, que realiza no dia 26 desse mês a festa Uma Noite Carioca, no Minas Hall, lançou uma campanha pela vida. Uma ação social que dará 200 ingressos: 100 destinados para quem se inscrever no cadastrado nacional de doadores de medula, e 100 para quem doar sangue. Pode ser feito em qualquer Hemocentro, basta o interessado encontrar a unidade mais perto. Em seguida, é só seguir as instruções que está no Instagram @p13producoes.

Sabin

O Sabin esclarece que qualquer campanha em relação ao Outubro Rosa promovida pelo laboratório só deve ser considerada pelo público se estiver nos canais sociais da empresa.

Uniceub

Assim como o Google nasceu em uma garagem, iniciativas despretensiosas como a apresentação de casos de sucesso no empreendedorismo podem ser inspiração promissora. Acontece no Uniceub o 26º Workshop do Empreendedor (WSE), de 22 a 26/10, das 8h às 11h20, no Campus Norte e de Taguatinga II. Detalhes da programação no blog do Ari Cunha.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Desta forma, somente na próxima semana estará em Brasília o novo prefeito, para assumir o cargo. (Publicado em 02.11.1961)