Brasil, dê motivos para os nossos cientistas voltarem

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Mariano

 

Ao lado do capitalismo financeiro, ainda muito forte em nossos dias, o mundo Ocidental passou a experimentar um novíssimo referencial de riqueza baseado, não mais em bens materiais, mas em algo mais abstrato como o conhecimento e tecnologia.

Hoje, considera-se como país rico, aqueles Estados que detém altos padrões de educação de seu povo e que, portanto, são detentores também de alta tecnologia, nos mais diversos ramos da atividade humana. Não é por outra razão que as maiores empresas do mundo de hoje, são justamente aquelas que exploram os ramos da tecnologia, da biotecnologia, da nanotecnologia, da robótica e outras que possuem seu capital cem por cento investidos em pesquisas avançadas. Vale o registro que são muitos os brasileiros que participam de pesquisas de ponta em outros países, dada a falta de estímulo por aqui.

Em todas essas fases de evolução do capitalismo, jamais o Brasil teve um papel de protagonismo, resumindo-se a uma atuação periférica, quer como exportador de matérias-primas, de mão-de-obra barata ou de consumidor dos produtos inventados e produzidos nos países desenvolvidos. Com isso, nosso país adentrou o século XXI praticamente como era no período colonial: exportador de commodities e de matérias-primas básicas e sem maiores destaques no aspecto de novas tecnologias.

O baixo nível escolar da maior parte da população está na base desse atraso em relação a outros países, os indicadores internacionais, que aferem nosso nível de educação e escolarização, nos colocam décadas atrás de outras nações e isso, pode ter certeza, tem reflexos diretos em nosso atual estágio de desenvolvimento.

Uma simples observação em nossos índices de desenvolvimento humano mostra que ainda permanecemos com os mesmos problemas de séculos passados. Nossa eterna crise em educação, como lembrou Darcy Ribeiro, não é propriamente uma crise, mas um projeto que nos mantém presos a um passado de atraso.

Quiser adentrar plenamente o século XXI, em condições de igualdade com outras nações, o Brasil só tem um caminho: colocar todos os brasileiros em escolas de qualidade, começando, do zero, um ciclo que outros países já experimentam há pelo menos meio século.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As pessoas são as coisas mais importantes nessa vida. Trate-as como algo precioso, porque é exatamente isso que elas são. Assim como o nosso lindo Planeta, todos nós somos, ao mesmo tempo, insignificantes perante a imensidão do Universo, e muito especiais, pois cada um de nós é o Universo. Todos somos iguais em essência. Nós não estamos sozinhos e isolados, quando você fere alguém, você fere a si mesmo. Quando você ajuda a alguém, você ajuda a si mesmo.” 

Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Que fria

Bem mais barata que a obra do estádio de cadeiras vermelhas do DF, a Arena Pantanal está sendo administrada pelo governador Mauro Mendes, que pensa em reservar áreas para o esporte, a cultura e a educação. Durante a Copa, o padrão Fifa exigiu dimensão certa dos campos, estabeleceu capacidade de público, deu as diretrizes de iluminação, localização, segurança, acesso, vestiários, conforto, espaço para a mídia. O padrão Fifa não inclui você como investidor.

Foto: radioglobo.globo.com

 

Interpretações

No cafezinho da Câmara, um grupo de assessores comentava o que o Bolsonaro quis dizer com isso ou com aquilo. A um certo ponto da conversa, um deles chegou ao ponto final. Meu amigo, me diz a verdade. Você não consegue entender o que o Bolsonaro diz e nunca reclamou dos discursos da dona Dilma? Faça-me o favor! Como dizia o Filósofo de Mondubim, foi o mesmo que uma lata de caranguejos despejada. Cada um para um lado.

 

Decifra ou devoro

Ainda há uma dúvida quanto ao pagamento de contas. Água e Luz são concessionárias. Mas Net, Claro, Tim não. No Banco do Brasil, a cobrança de boletos é diferente de convênios. Pode parecer estranho, mas Celulares e Internet são tidas como convênio e não boletos.

 

 

Estranho

Volta e meia, o balão do Paranoá que leva ao Fórum, fica com um cheiro insuportável de esgoto. Há algo de errado por ali.

Foto: google.com.br/maps

 

Recorrer a quem?

Por falar em Paranoá, pior do que o pinheiral completamente devastado, são as festas madrugada a dentro. De sexta a domingo, o barulho é infernal. Não há amparo para os moradores incomodados, que trabalham cedo.

 

 

Ufa!

A alegria foi geral quando o concerto de hoje, 20h, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, foi transferido para o Cine Brasília. Seria na Escola de Música, mas lá, é emoção demais para os motoristas. Muitos, enquanto estão no concerto, têm seus carros furtados, rodas levadas, vidros quebrados. Abandono total.

 

Cartaz: facebook.com/supremoencanto

 

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press – 14/7/13

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A carta que transcrevemos abaixo, do dr. Geraldo Andrade Fonteles, é sobre a situação dos apartamentos ocupados ilegalmente. Os pobres ou ricos, mas desprestigiados, já foram despejados. Falta, agora, que se cumpra a Lei contra os poderosos. (Publicado em 15.11.1961)

Os referenciais de riquezas de uma nação mudam com a evolução humana

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Charge do Alex Xavier

 

Ao longo da história da civilização, o referencial de riqueza de um povo variou conforme iam se alterando também a própria complexidade da sociedade. Quando o Brasil foi anexado aos interesses de Portugal, no início da Idade Moderna, o mundo ocidental experimentava um longo período econômico que os historiadores denominaram de Mercantilismo.

Naquela época, rica era a nação que possuísse a maior quantidade possível de metal (ouro e prata) em seus cofres e que pudesse manter um intenso e disputado comércio com outras partes do mundo. Para isso o Estado deveria intervir fortemente no mercado interno, contar com uma larga frota de embarcações, portos bem montados e toda uma infraestrutura capaz de manter a nação ocupada em explorar novos mercados, novos mundos.

Com o advento da Revolução Industrial, que nada mais foi do que a substituição da força humana pela força das máquinas, a noção de riqueza se deslocou do comércio intenso para a produção em série de produtos para o consumo humano. Nesse período, ricos eram os países que possuíssem muitas fábricas, metalúrgicas, têxteis e outras indústrias de transformação. Era a fase do capitalismo industrial.

Com a descoberta das potencialidades do petróleo e do motor à explosão, mudou, mais uma vez, o referencial de riqueza de uma nação. Dessa vez, país rico era aquele que possuía ricas jazidas desse mineral, produzia máquinas e outros bens capitais de transformação. Para isso, era preciso que uma nação contasse com forte aporte de capitais financeiros para essas empreitadas. Nessa fase, conhecida como capitalismo financeiro, os grandes bancos e agências de empréstimos investiam fortunas nas novas tecnologias que iam surgindo, como a luz elétrica, a borracha, o automóvel e outras invenções que transformaram o mundo contemporâneo naquilo que ele é hoje.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho!”

Ayrton Senna

 

Parque Brasil

Reginaldo Marinho está sempre empenhado em formar uma sociedade de massa crítica que crie oportunidades de desenvolvimento econômico, a partir da implementação de tecnologias nacionais, e defensora intransigente de nossa cidade.

 

 

Acervo

Em um texto publicado na Folha do Meio, o nosso cientista descreve como será o Parque Temático sobre o Brasil. A ideia é expor produtos tecnológicos brasileiros, as riquezas minerais e exibir um acervo que represente os ciclos econômicos brasileiros, constituídos por núcleos que contenham os fenômenos sociais e culturais desses ciclos: Pau-Brasil, Açúcar, Ouro/Diamante, Algodão, Borracha e Café. Estando esses núcleos interligados por réplicas da Estrada Real.

 

PEDRA DO INGÁ – A menos de 40km de Campina Grande (folhadomeio.com.br)

 

Patrimônio

Outro espaço para a exposição de equipamentos usados em diversas áreas do conhecimento, que constituem o patrimônio natural do Brasil através da geologia, biologia, antropologia, arqueologia, paleontologia e espeleologia. Deverão ser instalados laboratórios de biologia, física, química e de solos. Especial atenção para a água. O local deverá ter uma nascente para preservar e para educar em contrapartida com as nascentes do Distrito Federal que estão sendo engolidas pelos condomínios irregulares.

 

 

Tecnologia

Com certeza agradarão, aos estudantes e visitantes em geral, as modernas tecnologias, como impressão 3D, aliadas à argamassa armada. Imagine poder construir ou reproduzir monumentos como a Pedra do Ingá, ou as pegadas dos dinossauros, ambos registros icônicos que ficam na Paraíba; a gruta da Pratinha, na Chapada Diamantina e outros tantos monumentos naturais espalhados pelo Brasil afora.

Foto: PEGADAS DE DINOSSAUROS – Deixadas no leito do rio do Peixe há aproximadamente 110 milhões de anos (folhadomeio.com.br)

 

É nosso

Reginaldo Marinho explica que a essência do projeto é fortalecer a autoestima da população, restaurar o orgulho nacional, facilitar a compreensão de nacionalidade, portanto, de cidadania, permitir o acesso às novas tecnologias e gerar riqueza com o desenvolvimento tecnológico nacional. Tudo aliado aos prováveis resultados do Núcleo Tecnológico, núcleo que abrigará o Espaço das Invenções Brasileiras, com salas dedicadas a Alberto Santos Dumont – e seu 14 Bis -, ao Padre Azevedo e Padre Landell de Moura.

Foto: folhadomeio.com.br

 

Valorização

O padre paraibano Francisco João de Azevedo foi o precursor da máquina de escrever no século 19. A máquina do Padre Azevedo foi apresentada mais de uma década antes da primeira Remington. A invenção do religioso poderia ter sido símbolo do progresso brasileiro, mas acabou esquecida num canto da História.

Foto: folhadomeio.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ao presidente do IAPFESP, particularmente, recomendamos tomar conhecimento da imoralidade da permissão para a construção de casas de alvenaria em plena superquadra com o material do Instituto. (Publicado em 14.11.1961)