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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Notícia corrente sobre a possibilidade de a Universidade de Oxford, o mais antigo centro de educação superior de língua inglesa, fundada ainda em 1090 na Inglaterra, vir a diminuir a execução, em pleno século XXI, de partituras eruditas de compositores como Bach, Mozart e Beethoven dos cursos de música. A informação vem chocando o mundo civilizado. A justificativa, se é que pode existir explicação racional para tamanha insensatez, é que esses e outros compositores universais são exemplos da cultura branca, sendo, portanto, enquadrados como “muito coloniais” e contrários ao que pregam os movimentos negros e de outros povos que, num passado longínquo, foram submetidos ao duro processo de colonização.
De forma cuidadosa, o corpo docente vai, aos poucos, incluindo informações sem muita clareza, como a nomeação de um novo professor de música popular que vai expandir o leque de composições de Hip Hop Global, Música, Mente e Comportamento no primeiro ano, e de Trovadores e Madrigal Renascentista à Sinfonia do século 19, Mulheres na Música Popular, História da Educação Musical e World Jazz no segundo e terceiro anos. A universidade expressa a ansiedade de compartilhar o novo currículo nos próximos meses.
Se a direção da instituição realmente autorizar essa mudança, o que ainda não aconteceu, será mais um embrulho falso das novas ideologias que nada têm a apresentar, no mesmo nível e padrão de qualidade, que se compare a esses compositores. Por essa classificação bizarra, há que banir, também, milhares de outros artistas, filósofos e outros produtores de cultura de pele branca, numa espécie de apartheid às avessas. Como se ler o pensamento, ouvir a criação, apreciar a obra trouxesse a cor da pele em primeiro lugar.
Causa surpresa que, em outras épocas, essa quase milenar universidade soube enfrentar, com destemor, outros movimentos anticulturais. Agora, assistir que ela se curve às pressões hodiernas de movimentos exógenos, avessos à ilustração e nascidos em meio ao caos e a violência policial, nos Estados Unidos, no ano de 2013, é um fato grotesco. Esse é, infelizmente, o caso do “Black Lives Matter” (BLM), que tem pressionado a Universidade de Oxford a exilar esses e outros compositores, não pela genialidade que deixaram em forma de partituras celestiais, mas, e tão somente, com base na cor da pele.
Talvez estejamos diante de um revival da grande queima de livros, ocorrida em maio de 1933 em várias cidades da Alemanha, por incitação do movimento nazista que surgia. Ou quem sabe, voltando mais no tempo, um tardio saudosismo, escondido nos arquétipos de muitos, da primeira destruição maciça de livros ocorrida na Suméria, berço da civilização ocidental, ocorrida há exatos 5300 anos.
Sem dúvida, trata-se aqui de uma reedição do Index Librorum Prohibitorum, ou lista negra (ou branca… nem sei mais) contra o livre pensar, baixado pela Igreja em 1559, no Concílio de Trento, quando da instituição da Inquisição. Sob o falso argumento de que existe uma ausência de diversidade musical nesses cursos, muitos docentes estão sob pressão de integrantes desses movimentos para mudar o repertório, evitando focar em compositores célebres da música europeia e branca, que, de acordo com essas novas ideologias, têm causado grande sofrimento aos estudantes negros. Também outras atividades estão na mira desses movimentos nessa instituição, como é o caso de ensino do piano e de regência, vistos que ambos “centralizam estruturalmente a música europeia branca.” Não se sabe onde pressões de movimentos dessa espécie podem conduzir o ensino da música e o ensino de modo geral nessa e em outras universidades em solo europeu.
Na França, como o crescimento exponencial dos movimentos e da tradição muçulmana, pressões semelhantes também têm ocorrido, visando também um banimento da cultura humanística ocidental e sua substituição por regras, sharias, ordenamentos e outros mandamentos contrários à liberdade de pensamento e de escolhas, fundamentais para nossa cultura. Para onde vamos com a pressão desses movimentos, não sabemos ainda. Por certo, não devemos seguir nessa direção, que pode nos levar ao aniquilamento do que somos, acreditamos e queremos.
Frase que foi pronunciada:
“Materialistas e loucos nunca têm dúvidas.”
G.K. Chesterton
Tostes
Mesmo para os funcionários da Receita Federal, cair na malha fina é um problema bastante burocrático. Se o diretor Tostes fosse informado sobre o trâmite para o desembaraço, ficaria horrorizado com a complicação. Vale a averiguação e a solução estudada pelo diretor que mais combate a burocracia.
Marfim e ébano
Pianistas de Brasília estão preparando um belo presente para toda a população, que está, de antemão, convidada para a festa de aniversário da cidade pelo Youtube ou site da EMB. O projeto foi idealizado por Rogério Resende. São 12 músicos, cada um em seu horário. Soledade Arnaud abre os trabalhos com o Hino da Neusa França, além de interpretar Valsas, Choros e o samba Exaltação à Brasília, da mestra.
Piano
Além de Soledade Arnaud, veja os pianistas que se apresentarão: Alexandre Romariz, Wandrei Braga, Jonathan Moyer,Renato Vasconcellos, José Cabrera, Sérgio Souza, Deborah Nilson, Toninho, Daniel Tarquinio e Breno Souza, Hércules Gomes. Veja mais detalhes a seguir.
–> Programação:
7h Soledade Arnaud/Neusa França
8h Alexandre Romariz/ Franz schubert
9 h Wandrei Braga/Chiquinha Gonzaga
10h Jonathan moyer/ Franz Listz
11h Renato Vasconcellos/autoral
12h José Cabrera/autoral
13h Sérgio Souza/Robert Schumann
14h Deborah Nilson/Ludwig Van Beethoven
15h Toninho/Burt Bacarat
16h Daniel Tarquinio/ Villa Lobos
17h Breno Souza/ Frederic Schopin
18h Hércules Gomes/autoral
Minha Terra
É tão impressionante uma loja ter atendimento exemplar que o nosso dever é compartilhar para que outros consumidores possam ser tratados como merecem: com respeito. A loja fica na Asa Norte e vende material hidráulico, elétrico e variedades. Veja a localização no link Minha Terra.
História de Brasília
Agora, participando do mesmo espírito, da mesma orientação, Jean Pouchard saiu-se com esta belezinha: “Vamos torcer pelo sol, porque estaremos torcendo pelo Arpoador em estado de beleza.” (Publicada em 31.01.1962)