Tag: #CulturaNoDF
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Para um arqueólogo atento, que resolva, num futuro distante, prospectar os indícios e outros vestígios materiais produzidos pelos habitantes da capital, capaz de indicar que tipo de civilização foi erguida aqui, nesses confins do Centro Oeste brasileiro, sem dúvida alguma, com exceção da moderna e engenhosa arquitetura exibida pela cidade, e que forma uma espécie de casca a envolver a metrópole, uma grande interrogação surgirá logo na primeira prospecção, surpreendendo esse pesquisador: Como pôde uma civilização, assentada em meio a tão futurística arquitetura, não apresentar quaisquer traços de cultura material mais relevante?
De fato, ao pesquisar minunciosamente as ruas e avenidas da mais importante cidade do País, em busca dos elementos indicativos que comprovariam a existência de um fervilhante movimento cultural espalhado pelos quatro cantos da metrópole, nosso arqueólogo iria chegar a uma embaraçosa conclusão: pouco ou nada parece existir nesse lugar que possa confirmar ou negar a existência de uma população envolvida e produtora de cultura.
Uma radiografia das principais ruas da cidade mostraria, de forma taxativa, a inexistência de teatros, centros culturais, livrarias, galerias de artes, museus e outros centros dedicados às artes. Nosso turista das ciências iria se deparar, em grande profusão e em cada esquina, com bares, botecos e outros estabelecimentos no fornecimento de álcool, lojas de quinquilharias diversas e um incontável número de farmácias por toda a parte.
Para um pesquisador, isso denotaria, numa primeira impressão, que, ao beber em demasia, essa população viveria constantemente doente e necessitada de remédios e outros unguentos para viver. Além dos bares e farmácia em quantidade sintomática, a pesquisa revelaria também a multiplicação das casas lotéricas, o que indicaria que a população vivia na esperança de ganhar mais dinheiro para alimentar o vício do álcool. Esses bares teriam se transformado em centros de cultura, onde o álcool seria a atração principal.
Por outro lado, o que saltaria aos olhos e daria a certeza de que essa civilização do Centro Oeste desprezava a cultura e seus derivados seria o abandono de museus e teatros, anteriormente mantidos pelo governo, por meio da cobrança de uma das mais altas cargas tributárias de todo o planeta. Todos agora fechados ou sucateados, transformados em depósitos de materiais diversos.
Quando uma cidade permite que seu principal centro de cultura, nomeado com o nome soberbo de Teatro Nacional, transforme-se num almoxarifado de quinquilharias e outros objetos a serem descartados, como um imenso galpão para acondicionar o lixo mobiliário da burocracia, tudo está irremediavelmente perdido. Não há salvação para uma civilização fora da cultura. Sem esse traço arqueológico, presente em toda e qualquer civilização, em qualquer momento da história, toda a sociedade pode ser reduzida ao patamar evolutivo de um formigueiro, devotado apenas a sobreviver.
A frase que foi pronunciada:
“O artista é aquele que desmente as leis anatômicas e fisiológicas, vivendo do princípio vital de uma única entranha: o coração.”
Camilo C. Branco, escritor português, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor.
Registro
Senador Izalci, pelo DF, apontou várias distorções em relação ao soldo dos militares. Enquanto todos os civis que buscaram na Justiça o direito aos 28% ganharam, o Comando orientou que as Forças Armadas não entrassem na Justiça, e quem não entrou perdeu. A busca agora é pela recomposição por meio da legislação.
Desrespeito
Acredite se quiser. O salário-família de um militar é de R$ 0,16. A indenização do auxílio de transferência é tão baixa que pagam do próprio bolso.
Absurdo
Outro disparate é em relação aos médicos das Forças Armadas, que recebem 30% do que ganha um médico do DF.
Estranho
No manejo de água de outros países, não há a presença de organizações brasileiras como parceiras. Já no Programa Produtor de Água no Descoberto, coordenado pela SUDECO, há parcerias com Centro Internacional de Água e Transdisplinaridade (Cirat), a The Nature Conservancy (TNC), a Word Wild Fund for Nature (WWF), a Aliança de Fundos de Água da América Latina e a Coalização Cidades pela Água.
Reforço
Mais de R$ 300 milhões de reais são investidos em escolas com vulnerabilidade social. Dados do Censo Escolar, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), indicaram os colégios para receber a verba. Pena que não haja aplicativos na Internet para a população acompanhar a aplicação dessa verba.
Será?
Presidente Bolsonaro sacode o gigante adormecido com a seguinte previsão: manobras para um impeachment à vista. Razão: se ele vetar o valor de R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral aprovado pelo Congresso para as eleições municipais deste ano.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Vamos olhar mais para o “Gavião”. A iluminação começou e não terminou; a urbanização foi apenas planejada e o Posto Policial ficou na promessa. (Publicado em 13/12/1961)
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Brasília tem sido o berço de grandes nomes da música popular. Talentos reconhecidos não só no Brasil, mas no mundo inteiro por sua virtuose e técnica. A relação com esses nomes é extensa e conhecida de todos. Muitos desses artistas tiveram que, obviamente, migrar para o eixo Rio de Janeiro e São Paulo, onde o mercado é maior, as gravadoras possuem suas sedes e as chances de sucesso no mercado interno e externo são certas.
Com tanta variedade e qualidade reconhecida, surpreende que, mais uma vez, essa plêiade de cantores, instrumentistas e compositores tenham sido preteridos pelo Governo do Distrito Federal para abrilhantar a festa de Réveillon 2020. Com isso, fica confirmado o ditado que repetia o filósofo de Mondubim: “santo de casa não faz milagre”.
Mesmo não sendo a primeira vez que um fato dessa natureza ocorra na capital do país, fica sempre a impressão que, pelos justos protestos e até pela falta de conhecimento da riqueza musical da cidade, essa será a última vez que tal gafe acontece. Embora muitos desses nomes que conheceram a glória além dos limites da capital não residam mais nesse quadrilátero, é certo que a fama e fortuna que construíram prescinde desse tipo de convite, por isso mesmo vão tocando o barco longe de uma Brasília que, dia após dia, vai ganhando fama, mas infelizmente não pelos talentos que aqui surgiram. É uma pena!
O pagamento de um cachê de mais de R$ 500 mil para que o cantor mato-grossense, Luan Santana, seja a principal atração da festa de Réveillon 2020, valor esse devidamente publicado no Diário Oficial, por meio de carta convite, pode até não ser muito para ele ou para quem aprecia seu repertório e é seu fã, como é o caso do governador, mas seria muito melhor empregado caso o governo empenhasse esses recursos em shows de pequeno porte por todas as cidades do entorno, onde residem e trabalham centenas de artistas talentosos e pouco valorizados pela mídia.
Na realidade, o montante que será gasto nas festas de Ano Novo será de R$ 2 milhões apenas na região central de Brasília. Um investimento, sem dúvida nenhuma, bom para os turistas que aqui estarão, mas, com certeza, um recurso público que seria mais democraticamente aplicado na promoção de nossos músicos e dos nossos valores locais. Da Casa do Cantador à Orquestra Sinfônica, passando pelas bandas e coros.
Para os brasilienses que para cá vieram ainda no início da construção da capital, esses recursos, cobrados a peso de ouro dos contribuintes, poderiam muito bem servir para reformar o Teatro Nacional, o Museu de Arte Moderna e outros monumentos à cultura, esquecidos por anos e que muita falta fazem aos moradores da cidade. Esse sim seria um presente de fim de ano que todos queriam receber.
A frase que foi pronunciada:
“Nas entrelinhas e com ferina ironia, o governo diz: O povo há que empobrecer, mas sem perder a ternura, jamais.”
Mauro Santayana, jornalista
Canabis
Ministro da Educação recebe representação de deputados, sindicatos e central de estudantes por declarações sobre a UnB e sua relação com a maconha. Senhor ministro Weintraub, veja isto. Recém-admitida na UnB, uma aluna vinda do Ceará, tentou cursar Filosofia. Preferiu trancar a matrícula quando a mãe disse que queria conhecer a universidade em que estudava. Era a UnB. – “Deus me livre minha mãe andar nesse ambiente. Ela vai achar que é o fim do mundo!” Isso foi em 2013. Será que alguma coisa mudou?
Sativa
Freiem os cavalos! É óbvio que a Universidade de Brasília tem desenvolvido pesquisas destacadas pelo país, que há professores sérios, alunos com discernimento, diretores responsáveis. Mas entrar com representação contra o ministro porque ele disse a verdade, aí é o cúmulo da hipocrisia! Veja a seguir vários vídeos disponibilizados sobre as algazarras acadêmicas. Só vendo para crer.
Brazuka
Constrangedor. Essa foi a palavra escolhida pelo amigo Álvaro Costa, do Brasília Urgente, para exprimir o cambalacho do aplicativo Uber, prestes a desistir do nosso país. Motoristas contra os usuários do serviço! O golpe mais recente flagra motoristas do aplicativo que, ao receberem uma chamada de um usuário, fingem não ter recebido, ignorando-a, só para ganhar uma taxa por cancelamento estipulada pelo aplicativo a quem cancela. Neste caso, o cancelamento feito pelo usuário é necessário, por constatar pelo GPS que o motorista recebeu o chamado, mas não saiu do lugar. O usuário, prejudicado, ainda é alertado pelo aplicativo que pagará uma taxa pelo cancelamento (que é repassada ao motorista chamado) a ser acrescida em sua próxima chamada. Este novo golpe é bem “brazuka”, atesta nosso leitor.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Outra coisa que precisa aparecer é um deputado que não tenha passe de passageiro convidado, e que tenha autoridade para reformar o Código de Aeronáutica Civil. (Publicado em 12/12/1961)