O último bastião

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: AFP/Arquivos (domtotal.com)

 

Um fenômeno preocupante e violento, que vem se alastrando como pólvora, tem deixado os cristãos de todo o mundo em estado de alerta permanente, pois parece reascender, em pleno século 21, os tão temidos e devastadores conflitos religiosos que marcaram boa parte da história da humanidade e que deixaram um número incontável de mortes e destruição. Os motivos que têm levado ao retorno das perseguições sistemáticas ao cristianismo são diversos e, em alguns casos, parecem repetir as mesmas causas equivocadas que levaram a tanto sofrimento no passado. Por outro lado, é certo que, em tempo algum, as igrejas de fé cristã viveram longos períodos de paz. Essa é, inclusive, uma condição própria e natural que faz pensar que desde o aparecimento de Cristo, em terras do Oriente Médio, seus ensinamentos ainda são capazes, dois mil anos depois, de despertar reações de ódio e de amor.

Mas, se antes, os conflitos opondo essa e outras doutrinas de fé tinham um caráter mais assentado na expansão e na consolidação de territórios e populações, por meio das missões evangelizadoras e de catequese, num tempo em que religião e Estado formavam uma só entidade jurídica, hoje, esses conflitos são de outra natureza, muito mais complexa e, quiçá, impossíveis de serem resolvidos num curto espaço de tempo.

Existe o que parece ser um movimento espalhado por todo o mundo, principalmente nos últimos anos, que tem a fé cristã como alvo preferencial de diversas vertentes políticas e religiosas, que encontram, nas igrejas ocidentais, uma espécie de última trincheira e bastião de proteção dos valores e da cultura do Ocidente. Na realidade, o que se assiste é ao avanço, em diversos flancos, não apenas do laicismo e de outros conceitos apropriados pelas esquerdas mundiais, mas que enxergam na fé cristã uma fortaleza a ser sobrepujada, para a implantação do que seria uma nova ordem mundial, obscura e incerta.

Nessa nova cruzada, elementos de uma quinta coluna, agindo dentro da igreja, deixam visível a incapacidade orgânica de a igreja cristã, sobretudo a de orientação católica, de se adaptar a um mundo nitidamente distópico e distante dos ideais espirituais. Se antes os homens eram movidos por uma força e uma esperança espiritual que parecia transcender ao mundo secular, e no qual tudo parecia valer a pena, hoje, a descrença e o materialismo dominam o cenário mundial e movem a humanidade numa direção que parece de volta ao tempo das cavernas, quando a sobrevivência, ante a um ambiente hostil, era o mote de vida de cada um.

O processo civilizatório, da forma que temos alcançado, sugere estarmos cada vez mais longe do sentido próprio do que seja civilização, principalmente daquele modelo pregado pela filosofia de Cristo. Por todo o planeta, nossas cidades, mais e mais, vão se parecendo com praças de guerra, onde a paz espiritual e harmonia entre as pessoas mais parecem sonhos distantes.

Atacar, destruir igreja e templos religiosos, mais do que um movimento que se quer crer iconoclasta, parece, nas suas entrelinhas psicológicas e paranoicas, um pedido de socorro feito por multidões de cegos nessa Babel moderna, em que ninguém mais se entende ou possui referências com o sagrado e com a luz.

 

 

A frase que foi pronunciada:
“Os demônios saíram do inferno! Não é a primeira vez que um movimento totalitário queima locais sagrados. Os nazistas queimaram as sinagogas da Europa. Hoje, são as igrejas do Chile que estão sendo destruídas. A bandeira de ambos movimentos continua sendo vermelha”
Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação

Foto: Abraham Weintraub e Ricardo Vélez-Rodriguez, ao fundo (Divulgação/MEC)

 

Escritora
Conta a escritora Lira Vargas que, lançados 11 livros de sua autoria, o trabalho de vendê-los no Brasil é insano. Quem quer ler não tem dinheiro e quem tem dinheiro compra jogos ou livros recomendados pela mídia. Seu trabalho foi compensado depois que a Horizonte Azul, na Book Fair em Miam, serviu como ponte para os leitores. Vendeu pelas ruas e feiras em Dambory, além de ter sido admitida na biblioteca da cidade. Depois disso, dos 1.000 exemplares, hoje restam 12.

 

 

Teoria da vidraça quebrada
Quem sobe no trevo para o Paranoá, a caminho da Rodoviária daquela cidade, vê que as margens da pista se transformaram em lixão. Se a administração do Paranoá não fizer nada, é o que vai acontecer na pista toda.

Reprodução: globoplay.globo.com

 

PT&PT
A coisa está feia nas eleições para a Prefeitura de João Pessoa. Anísio Maia avisou a Gleisi Hoffmann que as acusações feitas a ele não passarão em branco. A briga dentro do partido está extrapolando. Ricardo Coutinho era o preferido da presidente do PT.

Iamagem: reprodução

 

Há tanto tempo
Parlamentares e especialistas pressionam por votação do fim do foro privilegiado. Manchete, quando é repetida por mais de 3 anos, é sinal que não vai vingar.

Charge da Lane

 

História de Brasília

Está terminando o período de férias, e nenhuma conservação vem sendo feita nas escolas. Normalmente, quando termina o ano escolar, todas as escolas são pintadas novamente, e passam por uma reforma total. (Publicado em 19/1/1962)