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Bolsonaro tenta evitar que Brasil seja levado à pobreza extrema
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Chama a atenção o relatório anual intitulado “Panorama Social da América Latina 2020”, elaborado pelos técnicos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e publicado há pouco. Não apenas pelas previsões pessimistas que dão conta de que a pandemia de Covid-19 irá aprofundar, ainda mais, o quadro de pobreza generalizada em toda a América Latina, mas pela grandeza nos números que mostram que esse continente já abriga uma população superior a 209 milhões de pessoas vivendo em condições de extrema penúria.
Trata-se, segundo consta nesse documento, de um fenômeno que já vinha crescendo, mas que, nos últimos anos, experimentou um aumento sem precedentes. No espaço de um ano apenas, houve um aumento de 22 milhões de pessoas em condições de pobreza extrema, o que mostra que esses índices podem conduzir todo o continente para uma situação de calamidade, com reflexos negativos em todas as áreas.
Por extrema pobreza, entende-se como sendo a forma mais intensa de escassez de bens básicos, como alimentos, moradia, remédios, roupas e outras necessidades básicas. De acordo com a CEPAL, um em cada oito latino-americanos vive na pobreza, sendo que esse contingente tem aumentado significativamente desde o ano 2000, principalmente pelo recrudescimento de fatores que já existiam nessa região e que foram catalisados agora pela pandemia que corrói os índices de crescimento do continente há mais de um ano e sem perspectiva para terminar no médio prazo.
Trata-se de um cenário que agora ganhou uma complexidade nunca vista, envolvendo, ao mesmo tempo, aspectos sociais, políticos e econômicos numa mistura explosiva, cujas consequências dramáticas podem emergir na forma de convulsões e agitações sociais imprevisíveis. Além disso, diz o relatório, “essa situação expõe as desigualdades estruturais que caracterizam as sociedades latino-americanas e os altos níveis de informalidade e desproteção social, bem como a injusta divisão sexual do trabalho e a organização social do cuidado, que comprometem o pleno exercício dos direitos e a autonomia das mulheres.”
Nesse contexto, o documento aponta a possibilidade de uma queda de -7,7% no Produto Interno Bruto da região, com uma taxa de extrema pobreza em torno de 12,5% e de pobreza em 33,7%, o que resulta num contingente de mais de 78 milhões de sul-americanos vivendo em penúria total.
É preciso destacar que, não fossem os programas de transferência emergencial de renda, que atenderam cerca de 49,4% da população do continente, essa situação seria ainda mais alarmante, elevando o percentual dos que vivem em extrema pobreza para quase 16% da população. “A pandemia, salienta a técnica da CEPAL, Alícia Bárcena, evidenciou e exacerbou as grandes lacunas estruturais da região e, atualmente, vive-se um momento de elevada incerteza em que ainda não estão delineadas nem a forma nem a velocidade da saída da crise. Não há dúvida de que os custos da desigualdade se tornaram insustentáveis e que é necessário reconstruir com igualdade e sustentabilidade, apontando para a criação de um verdadeiro Estado de bem-estar, tarefa há muito adiada na região”.
Se os brasileiros não se unirem agora, enquanto há tempo, o destino do país será um túnel onde a única luz no final será se curvar a países que nos tirarão dos trilhos.
A frase que foi pronunciada:
“Tudo o que é preciso para o triunfo do mal é que nada façam os homens de bem.”
Edmund Burke,1729-1797. Filósofo, teórico político e orador irlandês, membro do parlamento londrino pelo Partido Whig.
Positiva
Em todos os Shoppings de Brasília, a Claro disponibilizou serviço com atendimento em drive thru. O cliente liga primeiro e, quando passar pelo local escolhido, pode pegar o produto ou desembaraçar o serviço. A intenção é resguardar os clientes. Quem conseguir um atendente proativo, com certeza, vai gostar da iniciativa. Veja a lista de telefones para solicitar esse serviço a seguir.
Trágico
Veja, também, as fotos da situação do conjunto 5, na Qi 1, quando chove, divulgadas pelo morador Doralvino. Sem planejamento nos assentamentos e eliminação do cerrado, é isso o que ocorre.
Divulgação
Atenção Brasília! Operação tapa buracos e outras solicitações de serviços em sua região devem ser feitas pelo número 156 ou no portal da ouvidoria do GDF.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E foi precisamente este esgoto quem causou o desastre. Foi feito uma canalização por baixo do asfalto, mas as enxurradas, ultimamente, minaram o terreno e aconteceu o esperado. Arreou a pista. (Publicado em 27/01/1962)
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De todas as inúmeras tarefas que cabem a um governo administrar, nenhuma outra é tão importante para a integridade de uma nação como a capacidade de se antecipar aos acontecimentos e aos fatos. Somente através de estudos e análises sérias, feitas previamente, contendo todas as variáveis possíveis, é que se prepara o país para a iminência de adventos extraordinários.
Essa é, pelo menos, dentro da concepção militar, uma das maiores estratégias a garantir e dar vantagens em caso de uma guerra. No livro básico de todos os estrategistas, num livro de bambu, por Sun Tzu, no século IV A.C., está escrito: “aquele que se empenha a resolver as dificuldades, resolve-as antes que elas surjam, vencendo antes que suas ameaças se concretizem.” Com isso, ensina, Sun Tzu, é preciso ver o que não está visível.
Nas escolas superiores de guerra, os oficiais se dedicam, quase que integralmente, a estudar e a planejar estratégias e cenários futuros dentro do seu país e com relação as demais nações, para melhor antecipar medidas. Também no antigo ministério do planejamento, quando essa pasta era também ocupada por economistas de renome e de expertise comprovada, essa era a tarefa primordial a ser desempenhada no dia a dia. Planejamento, estratégias e táticas de prevenção funcionam tanto em ambientes de conflito armado, quanto na paz, e são fundamentais para todos aqueles que se propõem governar sem maiores tropeços.
Tomando a pandemia do Covid-19, como inimigo que tomou de assalto o mundo inteiro, o que se pode comprovar, depois de um ano de batalhas intensas contra essa doença, é que os países que vão se saindo melhor dessa guerra são justamente aqueles que adotaram estratégias corretas, tanto de defesa, como de ataque à propagação da virose.
O caso simbólico dessa pandemia pode ser conferido na obtenção, em tempo recorde, de uma vacina ou mais vacinas, que apontam na direção certa de contenção dessa doença. Esse empenho diuturno dos cientistas e pesquisadores, dos diversos laboratórios espalhados pelo mundo, tornou possível antecipar o surgimento desse medicamento em pelo menos quatro anos, que é o tempo mínimo para o lançamento de uma vacina eficaz. Esse é também um exemplo de estratégia e planejamento prévios que vão possibilitar salvar milhões de vidas.
Estamos, segundo a imprensa, nesse momento, ostentando recordes mundiais em mortes diárias. A falta de liderança no trato com essa doença tem deixado a população perdida. Para o Brasil, que já foi exemplo para o mundo em eficácia de vacinações em larga escala e em tempo recorde, essa crise mostra o tanto que recuamos no tempo. De fato, voltamos a ser o país que, por sua sequência catastrófica e infinita de governantes, ineptos e sem planos de voo, permanece na rabeira do mundo, como um exemplo a não ser seguido.
A frase que não foi pronunciada:
“Democracia é imposição para todos os lados. Imposto de Renda e Lockdown imposto.”
Dona Dita pensando enquanto espera a banda que nunca mais vai passar pela janela
Descomplicar
No sai não sai da CPI da Covid-19, o senador Eduardo Girão deixou claro que os estados e municípios também serão investigados sobre os recursos que receberam e onde foram aplicados. Em plena era digital, seria o mínimo de transparência divulgar todas essas informações para acesso dos contribuintes, que são os que enchem o cofre. Recebeu quanto da União e gastou como. Duas colunas numa tabela.
Espaço
Leitor do Lago Norte sugere o aproveitamento das dependências do Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek, naquela região, para o atendimento emergencial aos pacientes que contraíram o vírus Covid-19.
Ideal vs Real
Pela Amazon, gratuitamente, é possível baixar o livro do indígena de Ailton Krenak. As palavras são de alguém conectado com a natureza. Trata do cuidado com o ecossistema, da vida, da coragem, dos valores humanos. Chega a ser uma utopia, até ingênuo, em um mundo dominado atualmente por um país tão distante e tão poderoso. O amanhã já está comprado.
Cuidado
Telefones clonados geram aborrecimentos enormes. Jornalistas da cidade amargam a experiência.
Obesidade
Ontem a noite, as mulheres da EBC organizaram uma live no YouTube sobre gordofobia. O assunto que parece interessante é sério e preocupante. Veja a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Arreou o asfalto no caminho do Iate Clube. Há mais de um ano vimos chamando a atenção pelo fato de desembocar no Lago, diretamente, sem tratamento, o esgoto da Asa Norte. (Publicado em 27/01/1962)
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Depois de mais de um ano em isolamento social, aquela parcela da população que acompanha de perto o desenrolar da cena nacional e internacional já pode perceber que não há data possível, a ser estabelecida, para o fim da pandemia e a volta a uma normalidade como havia no passado. Muitos, inclusive, já adiantam que não haverá uma volta ao mundo que conhecíamos até há pouco tempo. O prolongamento sucessivo das datas que marcariam esse possível retorno já dá uma ideia de que ninguém sabe ao certo quando será esse dia.
Mas nem tudo está perdido para aqueles que perderam as chances da vida, os empregos, os amigos e familiares e a vida ao ar livre. O isolamento tem forçado parte da população a se ensimesmar, ou seja, ficar absorvida pelos próprios pensamentos, refletindo sobre tudo que se passa ao seu redor, incluindo, nessa crítica mental, o desempenho do governo e, por extensão, o desempenho de todos os Poderes da República, neste momento especial. Principalmente no que cada um deles tem feito, efetivamente, para garantir, ao menos, a sobrevivência da população. E é aí que o pessimismo e as ideias de desespero tomam conta dos pensamentos.
A julgar pelas providências tomadas pelo conjunto do Estado para contornar os efeitos negativos da pandemia, estamos mal na fita e, não por acaso, ocupamos a segunda posição mundial no número de mortos. Ao contrário dos países desenvolvidos, que adotaram, desde cedo, uma série de providências prévias para conter a propagação do vírus, ficamos envoltos em discussões políticas sem importância direta para a população.
Nesse meio tempo, erguemos e desmontamos dezenas de hospitais de campanha caríssimos, enquanto denúncias de desvios dos preciosos recursos para a saúde eram feitas quase diariamente. Mesmo com o aumento no número de óbitos, o governo achou por bem não ir, de imediato, ao mercado internacional em busca da compra de vacinas suficientes para a imunização da população. Como resultado desse desleixo proposital, faltaram e ainda faltam muitas vacinas em toda a parte e não se sabe ainda quando chegarão. Tampouco houve preocupação na ampliação e instalação de unidades nacionais para a produção local dessas vacinas, numa total contraposição do passado, quando o Brasil foi referência para o mundo na questão de programas de vacinação em larga escala e em tempo recorde.
O que se viu foram perseguições a cientistas, diminuição dos orçamentos para pesquisa e o desmonte de dezenas de projetos científicos. Não surpreende que os principais jornais do país deem, como manchete principal, que o Brasil atravessa agora a pior fase da pandemia desde que ela foi detectada entre nós, há um ano. Hoje, registramos uma média diária de mais de mil mortes por Covid-19. Por todo o Brasil, assiste-se o congestionamento das Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais públicos e privados. Por conta desse desleixo e do número de infectados, os brasileiros tornaram-se persona non grata em todo o mundo, proibidos de entrar em inúmeros países.
Acompanhar toda essa cena trágica de perto, como fazem os cidadãos antenados e responsáveis, por certo, não melhora o humor e o otimismo, mas, pelo menos, faz, da realidade atual, motivo e propósito para terem os pés bem assentados no chão, deixando de lado as fantasias e as enganações que, nesse tempo de agruras, pululam por toda a parte.
A frase que foi pronunciada:
“A verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria esse nome se morresse quando censurada.”
Ulysses Guimarães
Eleições
Uma ponderação não passou em branco. Francisco Valdeci Cavalcante, da CNC, não apoia nenhum candidato, apenas fiscaliza as eleições de uma das mais importantes instituições do país: a Fecomércio.
Golpe comum
Refinanciamento de dívidas é o golpe mais aplicado em funcionários públicos. Brasília é a cidade preferida dos falsários. Propostas por telefone nunca são confiáveis. Há empresas trabalhando efetivamente, que recebem os clientes no escritório, o que também não impede o golpe.
Dificuldades
De um lado, a recomendação do CNJ de que juízes evitem despejos de imóveis na pandemia, de outro, as imobiliárias que não têm facilitado muito para os inquilinos.
Leitura
Leia, a seguir, a íntegra do artigo: Cuba não é mais aquela… do professor Aylê-Salassié F. Quintão.
–> Cuba não é mais aquela…
Aylê-Salassié F. Quintão*
O fim da austeridade orçamentária na execução da “economia planificada” e uma “mudança de mentalidade”, a partir mesmo das gerações formadas no castrismo, é o que alguns cientistas políticos estão projetando para Cuba nesses próximos anos. O país entra 2021 com a moeda unificada – o peso cubano – com paridade no dólar (24 cups para 1 dólar) e até no real (4,36 cups para 1 Real), redução do subsídios, autonomia para as empresas estatais e permissão para a abertura de negócios privados, envolvendo 2.000 diferentes atividades. Abre perspectivas novas 600 mil trabalhadores autônomos, ou 13% da força de trabalho disponível. Os cupons de alimentação só beneficiarão aos extremamente pobres e idosos, em compensação prevê-se um aumento superior a 400 por cento nos salários. A inflação esperada é tabu.
As novas medidas estão contidas em um plano de reformas do engenheiro Presidente Miguel Díaz-Canel, um professor universitário nascido depois da queda do antigo regime, e que substituiu Raul Castro. Foram, aparentemente antecipadas, diante da deterioração econômica e dos ideais ideológicos radicalizados no castrismo. É também um sinal de boa vontade com Joe Biden, o novo presidente dos Estados Unidos, que pretende retomar as relações de Obama com o governo cubano, que Trump desqualificou.
Parece uma tentativa de sobreviver à queda sistemática do PIB (em torno de US$ 100 bilhões) que, em 2020, registrou menos 11 por cento. Sem garantias para as exportações de açúcar, o fornecimento regular e barato do petróleo da Venezuela , também em crise, nem poder contar, como certas, as remessas de dólares (US$ 3,5 bilhões), pelos emigrados para suas famílias em Cuba, e ainda com dificuldade de obter financiamentos internacionais, entre os quais o BNDES, do Brasil, a economia encontra-se em declínio.
Nostalgia…
Quantos intelectuais, ditos revolucionários no Brasil, agregaram ao seu currículo, como virtude, a atividade de cortar cana em Cuba! Ninguém era dispensado do trabalho. Iam para lá fugidos da ditadura no Brasil ou para receber instruções e treinamento de guerrilha, voltadas para a implantação do socialismo na América Latina.
Lá estavam professores eméritos como os irmãos Fidel e Raul Castro, Guevara, Cienfuegos e outros remanescentes da revolução de 1959. Ao chegar ao Poder, os revolucionários extinguiram a propriedade privada, assumiram o controle da produção ( e da política), criaram uma moeda própria (CUB), transformaram 85 % dos os trabalhadores em servidores do Estado e acabaram com os grandes cassinos, todos expropriados.
A Ilha, paraíso da jogatina internacional, foi interditada ao turismo. Tornou-se difícil entrar e sair de Cuba, em que pese 1,7 milhões de cubanos viverem hoje em 72 países. A maioria fugidos ou filhos de foragidos. Sob a égide do “politicamente correto”, a educação e a saúde democratizaram-se, os direitos e deveres tornaram-se mais equânimes, o IDH subiu, mas a economia se desarranjou.
O sucesso do levante de Sierra Maestra, já aos sessenta anos, deixou, contudo, profundas sequelas internamente, com os julgamentos sumários, até de companheiros de luta, e expropriações, do capital nacional e internacional (sobretudo norte-americanos). Externamente, assustou a opção pelo socialismo – contrário ao capitalismo norte-americano que reinava a 100 milhas, na Flórida. Os revolucionários fundaram uma república socialista e centralizaram o Poder. Dizendo-se democrático, Fidel Castro governou a Ilha por quase 50 anos, em estilo stalinista – incorporando a política de Estado e cultuando a própria imagem.
Sob ameaças constantes dos EUA que, além das tentativas fracassadas de invadir Cuba, conseguiu entre países capitalistas aliados o embargo econômico contra Cuba. Em plena “guerra fria”, Cuba foi socorrida pela União Soviética que absorvia toda a produção de açúcar – principal produto de exportação – além do tabaco e do rum – pagando preços acima do mercado. Cuba recebia, em troca, produtos básicos para subsistência da população. A crise de energia foi resolvida com o golpe de Hugo Chavez, na Venezuela (2002), que teve todo apoio de Fidel. Chavez fixou quotas compulsórias de óleo e gasolina para Cuba, a preços abaixo do mercado. Com a economia desarranjando-se, Cuba conseguiu, com dificuldade, empréstimos de organismos internacionais e em países amigos, mesmo não cumprindo rigorosamente os prazos de amortização.
Não apenas por convicção, mas também por necessidade, Cuba associou-se as tendências revolucionárias na América Latina e exportou revoluções e revolucionários dentro do continente e para a África. Criou uma rede de 30 escolas de medicina voltadas para a “saúde primária e coletiva” e passou a exportar esse tipo de serviço para países pobres: os “médicos cubanos”.
Junto com Lula, do Brasil, Fidel conseguiu criar o foro de São Paulo, instituição que se propunha apoiar frentes políticas populares na América Latina e, por meio dele, amparar candidatos especificos no continente, por meio de eleições democráticas ou a tomada do Poder pela força. Conseguiram a eleição de alguns: Correia, no Equador; os Kichner; na Argentina; Lugo, no Paraguai; Lula e Dilma, no Brasil; Mujica, no Uruguai; Evo Morales, na Bolívia; Toledo e Humalla, no Peru; Bachelet, no Chile, e Daniel Ortega, na Nicarágua.
O desmoronamento da União Soviética (1989) e dos países socialistas do Leste Europeu tiveram um impacto altamente negativo em Cuba. Viria depois a morte de Fidel, de Chavez e de Kirchner. Toledo, Humalla e Lula foram presos. Em eleições diretas, os remanescentes do Foro caíram um a um. Cuba já não era a mesma. Jovens viraram as costas na passagem do enterro de Fidel. Os poucos governos socialistas que restaram não sustentaram os compromissos com Cuba. A crise econômica vinha gerando promessas de reformas, prometida, mas empacadas. Iam da desvalorização do peso e reorganização do sistema monetário a alguma desregulamentação de negócios estatais e dos investimentos estrangeiros. Prometeu- -se um aumento geral de salários ( o mínimo é de 400 pesos) para a retomada de um mercado consumidor.
As iniciativas de Díaz-Canel podem significar procedimentos novos na configuração da “economia planificada‘ – não em direção especificamente ao capitalismo. A maioria dos cubanos parecem não acreditar, pois a implementação vai exigir “mudanças de mentalidade”, segundo o próprio Díaz-Canel. Será esta, provavelmente, o maior desafio que os cubanos terão pela frente.
*Jornalista e professor
Petrobras
Como as mídias sociais são um meio de colocações infinitas, uma delas chama a atenção sobre a Petrobras. Leia a seguir. Uma pena que não esteja assinada!
–> A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PETROBRAS!!!
AJUDEM A ESPALHAR ESSE TEXTO PARA CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO!!!
A PETROBRAS tem como maior acionista a União, com 64,21% de suas ações. Os minoritários detêm 35,79% da ações, destes 2/3 são estrangeiros, que detêm portanto menos de 24% do capital, MAS SÃO ELES QUE MANDAM NA PETROBRAS.
O atual presidente e todo Conselho de Administração são representantes do “mercado” de Nova York e não do interesse nacional representado pela União, maior acionista.
É uma anomalia única! Das 20 maiores petroleiras do mundo, 13 são estatais e com exceção da Petrobras, NENHUMA é controlada por acionistas minoritários, muito menos estrangeiros.
Nenhuma está voltada para o que pensa o “mercado de ações”, a PETROBRAS NUNCA PRECISOU DO CAPITAL DO MERCADO, sempre se auto financiou. O “mercado” em nada ajudou a construção da Petrobras, nunca deram um dólar para a expansão da companhia.
Eles compraram ações velhas, nunca foram parceiros do futuro da empresa, entraram sem necessidade, apenas para fazer bonito em Nova York – dois idiotas do Brasil batendo o martelo e posando para fotos, isso causou MEGA PREJUÍZOS à empresa colocada sob jurisdição americana.
As estatais de petróleo que hoje são as maiores do mundo, passando longe as Exxon, Chevron, Shell, Ocidental, BP, TODAS têm como estratégia o INTERESSE NACIONAL, e não de acionistas estrangeiros.
Quem cometeu a insensatez de abrir o capital da Petrobras na Bolsa de Nova York foi o Governo FHC, foi seu maior erro, uma traição aos interesses do povo brasileiro.
Colocou na presidência da Petrobras um banqueiro de investimentos, presidente do Brasil do Banco americano Morgan Stanley, Francisco Gros, que não entendia nada de petróleo, como também não entende o atual presidente, Roberto Castello Branco, igualmente banqueiro de investimentos.
Tanto Gros como Castello Branco têm um só objetivo: vender a Petrobrás e o comprador óbvio, natural, será o capital estrangeiro, para alegria deles, entreguistas natos, brasileiros por acidente.
Por que existe a PETROBRAS? Foi criada em 1953 para garantir autossuficiência em combustíveis ao Brasil, não foi criada COMO NEGÓCIO DE BOLSA.
O objetivo da Petrobras não é e nunca foi dar alegria a acionistas estrangeiros, é atender ao suprimento de combustíveis ao País a preços razoáveis e não condicionados à especulação do mercado “spot” de petróleo, cotado em Londres e Rotterdam. Isso é para o País que NÃO tem petróleo em casa.
Se o Brasil produz 2,8 milhões de barris por dia, suficientes para 85% de seu consumo, POR QUE O PREÇO AQUI TEM QUE SE BASEAR NO MERCADO INTERNACIONAL?
Há uma razão. Porque essa é uma exigência dos acionistas minoritários estrangeiros. Mas por que o Governo do Brasil tem que ser escravo desses acionistas?
Porque esse é a visão dos administradores “de mercado” que estão no comando da Petrobrás desde Pedro Parente, um executivo-desastre, péssimo, herói fake, desses que o mercado inventa, como inventaram o CEO da Vale que encheu um cemitério.
Pedro Parente, com sua política de preços PARA ATENDER OS ACIONISTAS DE NOVA YORK, foi causa de uma greve de caminhoneiros que causou uma perda de 1,1% do PIB de 2018.
Só um completo idiota poderia aumentar o preço do diesel QUINZE VEZES em um mês, achando que isso não causaria reação dos caminhoneiros, uma cegueira inadmissível em um executivo que precisa estar antenado com seus clientes antes de mais nada.
Que se danem os acionistas minoritários, quando eles compraram ações SABIAM QUE A PETROBRAS ERA UMA ESTATAL e com o objetivo de atender à população brasileira. NINGUÉM OS ENGANOU, compraram as ações no risco de a PETROBRAS ser uma estatal com objetivos nacionais.
A Petrobras NÃO É UMA EMPRESA DE MERCADO, é uma empresa ESTRATÉGICA DE INTERESSE NACIONAL.
Operadores de mercado ligados à Bolsa de Nova York estão loucos para vender a Petrobras a qualquer preço. Aliás, já venderam os melhores pedaços, sem nenhum controle, nem leilão, ninguém sabe com que critérios venderam, é uma festa de fim de feira, tudo sem NENHUMA TRANSPARÊNCIA.
A Petrobras desde o governo FHC, outro criminoso, não se submete à Lei das Licitações, pode vender por 10 dólares o que vale 10 milhões.
AS ESTATAIS DE PETRÓLEO
Elas são hoje dominantes no mercado mundial de petróleo, são 13 entre as 20 maiores, e estão se expandindo. A Pemex vai dobrar de tamanho em 4 anos, as quatro chinesas, lideradas pela SINOPEC estão em grande crescimento, por que a Petrobrás tem que ser privatizada, na contramão da tendência mundial?
As estatais de petróleo hoje controlam 91% das reservas, são as rainhas do mercado, todas as privadas juntas têm apenas 9% das reservas.
A Petrobras foi demonizada como estatal, apedrejada e desmoralizada para ser vendida na bacia das almas e o atual presidente esta lá com esse objetivo declarado. É um privatista fanático, para ele a Bolsa de Nova York é muito mais importante que o Brasil.
Mas NENHUMA OUTRA ESTATAL DE PETRÓLEO DO MUNDO ESTÁ A VENDA, só a Petrobras, a segunda mais antiga estatal de petróleo, depois da PEMEX, hoje em plena expansão.
Petrobras não foi fundada para ser empresa de especuladores, ela foi criada com grande esforço e se expandiu especialmente no Regime Militar de 63 como EMPRESA ESTRATÉGICA DE INTERESSE NACIONAL.
É uma traição INOMINÁVEL aos seus grandes presidentes entregar a direção da Petrobras à “turma do mercado” para fazer o que quiser com a empresa, vendê-la em pedaços, triplicar o preço do diesel, doar o Pré-Sal, é um banquete de piratas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Se formos ver a situação dos Funcionários da Polícia, da Novacap e da Prefeitura, notaremos que há razão demais para a “Dobradinha”. (Publicado em 27/01/1962)
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Pelo desenrolar e encadeamento dos acontecimentos atuais, não é difícil prever o dia em que muita gente terá que reconhecer, até contra a própria vontade, que os seguidos alertas feitos pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, quanto as possibilidades reais de uma grave erosão dos valores democráticos do Ocidente, estavam corretos. Depois dos seguidos discursos em que tem chamado a atenção para os efeitos nefastos de um globalismo desenfreado, que vai, pouco a pouco, minando a identidade cultural e a soberania das nações, em nome de uma falsa ideia de aldeia global, o ministro voltou ao tema.
Desta vez, em discurso na 46ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Ernesto Araújo denunciou o que chama de “tecnototalitarismo” imposto pelas grandes empresas e outros atores que comandam as redes sociais, que traz bloqueios sistemáticos de plataformas e sites na internet, exercendo um rígido controle de conteúdo e informações, movidos, em grande parte, por interesses econômicos e ideológicos escusos. Não é segredo para ninguém que comentaristas que utilizam essas redes, para expressar seus pontos de vista, são costumeiramente obrigados a usar expressões e outros termos para fazerem chegar aos internautas suas posições sobre determinado tema e assim contornar os algorítimos que controlam e vigiam os assuntos.
Para o ministro, existe hoje um controle crescente das redes que ameaçam as liberdades fundamentais, o que tem levado os governos democráticos a enfrentarem desafios crescentes. Somado a esse fato preocupante, Ernesto Araújo alerta ainda que sociedades inteiras, por conta do Covid-19, estão se habituando à ideia de que é preciso sacrificar a liberdade em nome da saúde. Nesse sentido, afirmou, não se pode aceitar a ideia de um lockdown do espírito humano.
Outro aspecto, com relação ao progressivo malefício representado pelo controle das redes, está nas medidas judiciais e em leis que estão surgindo para criminalizar a atividade online. Ernesto Araújo diz estranhar que as mesmas tecnologias de informação e comunicação, que antes trouxeram a promessa de novas plataformas para o exercício da liberdade de expressão e amplo acesso de todos à informação, estão hoje, cada vez mais, submetidas à censura, à vigilância e à criação de mecanismos de controle social.
Embora não tenha feito qualquer menção ao rígido controle que o Partido Comunista Chinês exerce sobre as redes sociais nas áreas de sua influência, fica claro que o ministro se mostra preocupado com o futuro da Internet, caso ela venha a corroborar com o fim das liberdades sociais e dos direitos humanos, como é feito naquele país e em outros onde a democracia é tachada de privilégio burguês e outros sinônimos das cartilhas locais.
No Brasil, alguns jornais têm, insistentemente, referido-se a essa cruzada pessoal do ministro Ernesto Araújo contra os riscos da dependência excessiva do Brasil a países totalitários, como fruto de uma paranoia calcada nas teorias da conspiração e outras razões. Dessa forma, prosseguem desinformando o leitor ao mesmo tempo em que dão amplo apoio aquele regime que domina a China, com base apenas no fato daquele país ser nosso maior parceiro comercial na atualidade.
De fato, a China é hoje nosso maior parceiro comercial. Em troca da preciosidade representada pelos alimentos, inunda nosso país com quinquilharias de baixa qualidade, do mesmo modo que os antigos habitantes desta terra entregavam o caminho que levavam ao ouro e outros bens, em troca de espelhos e de miçangas coloridas. Ou aprendemos com a história, ou vamos repeti-la, dessa vez, em forma de farsa.
A frase que não foi pronunciada:
“O caráter é muito mais importante do que o intelecto para fazer de um homem um bom cidadão ou bem-sucedido em sua vocação – significando pelo caráter não apenas qualidades como honestidade e veracidade, mas coragem, perseverança e autossuficiência.”
Theodore Roosevelt, militar, explorador, naturalista, autor e político norte-americano
Patrimônio humano
Com o volume de chuva que Brasília tem enfrentado, muitos heróis trabalham silenciosos para promover o bem estar dos outros. Um deles é o José Martins de Paula, porteiro na 202 Norte. Desde 1984 trabalha no bloco F. Esse foi o primeiro emprego. Tem tanto carinho pelo que faz que levantou às 5h da manhã, para verificar os estragos feitos pela chuva. Com a equipe de limpeza, deixou a garagem em ordem, limpou os carros da lama que invadiu o subsolo e foi ver se o telhado do prédio também foi atingido.
Pauta
Dança Brasília – A sexta edição do Movimento Internacional de Dança (MID 2021) já tem data definida: será de 1º de abril a 2 de maio, no palco do CCBB Brasília. O evento terá formato híbrido – parte no palco com todas as medidas de segurança sanitária, parte com exibição virtual. As apresentações presenciais também serão transmitidas pelas redes sociais.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O pessoal do Departamento Federal de Segurança Pública não está recebendo “dobradinha” porque não e FEDERAL. O Departamento é, mais o pessoal não. Quando tem que ser punido, o é pelo Estatuto do Funcionário Público, mas quando é para receber vantagem, ninguém sabe por que via a recebe. (Publicado em 27/01/1962)
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É nas agruras diárias, experimentadas pelas donas de casa nos supermercados e feiras em nossas cidades, que expressões complexas do linguajar da economia ganham maior familiaridade e significado real. Elas vivem os efeitos da economia na prática e não na teoria, tal como é ensinada em sala de aula pelos experts nessa ciência. Também os ciclos econômicos, tanto de fartura quanto de escassez, ao induzir nossos comportamentos de consumo para determinadas posições, obriga-nos a buscar o significado de alguns desses termos técnicos, até como meio de enfrentá-los com maior maestria.
A isso chama-se sobreviver. Os longos períodos de inflação, que o Brasil tem sido submetido nessas últimas décadas, bem como os seguidos planos econômicos, adotados por cada governo que chega, ensinaram, a muitas donas de casa, que, para lutar contra esse dragão das altas de preços, com um mínimo de vantagem, é preciso conhecer antes algumas de suas fraquezas. Uma delas é, por exemplo, buscar por produtos alternativos com melhores preços, forçando os mercados a encontrarem uma saída para a diminuição brusca da demanda. Tem sido assim com a carne, com os ovos, com o leite, com os derivados de trigo e por aí vai.
Com isso, é possível deduzir que uma ida aos supermercados do país pode conter mais ensinamentos do que as aulas de economia nas faculdades. O arrocho econômico, que a classe média e principalmente aquelas de baixa renda foram submetidas nesses últimos anos, ensinou a essas camadas da população que até mesmo a sobrevivência diária tem um preço fixado. Termos como poupança, investimentos, inflação, déficit, superávit e muitos outros acabaram entrando para o vocabulário popular por uma questão de necessidade. Era preciso conhecer e entender esse inimigo invisível e voraz. A inflação e outros males econômicos, como o déficit público, têm sido nossos companheiros há, pelo menos, meio século.
Conhecemos bem esse fenômeno a corroer nossos parcos rendimentos, assim como conhecemos, até com certa intimidade, outros elementos da economia como balança comercial, dívida pública e, agora, estamos sendo apresentados também ao termo commodities, o que são e quais as consequências que essa expressão estrangeira tem sobre os preços da carne, do feijão, do trigo, dos combustíveis e muitos outros produtos que vão se tornando impossíveis de adquirir nos supermercados.
Desde meados dos anos setenta, com o lema: “ exportar é o que importa” que passamos a conviver com o fenômeno das commodities, produzindo bens primários em larga escala, destinados exclusivamente aos mercados externos a fim de atender, prioritariamente, a demanda internacional por essas mercadorias. A cotação dessas tais commodities ou produtos primários, é feita nas principais bolsas de valores do mundo, onde sempre alcançam altos preços.
Essa, obviamente, é uma vantagem para aqueles que, diretamente, são os proprietários e produtores desses bens. São, portanto, produtos cotados na moeda americana, ou seja, em dólares. Nesse tipo de transação, o mercado interno, mesmo formado por mais de 230 milhões de brasileiros, pouco interessa a esses negociantes, dado o pequeno poder de compra dessa população e sua moeda que vale um quinto da americana.
Assim, produtos como açúcar, café, ferro, carne, petróleo, milho, cacau e outras matérias-primas, que alguns economistas consideram como bens estratégicos para o Brasil, são comercializados a preço do dólar do dia, tanto para exteriorquanto para o mercado interno, embora a moeda corrente, nas mãos dos brasileiros, desde 1994 seja o Real.
Isso e muito mais as donas de casa já sabem e sentem na pele. O que elas e muita gente ainda não sabem, e talvez nunca venham a saber, é a razão desse modelo perverso continuar sendo adotado e obrigando muitos a viverem como mendigos. E mais: ao longo dessas décadas não foi capaz de gerar prosperidade. Mesmo assim continua comprometendo o futuro de gerações de brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“O homem público é o cidadão de tempo inteiro, de quem as circunstâncias exigem o sacrifício da liberdade pessoal, mas a quem o destino oferece a mais confortadora das recompensas: a de servir à Nação em sua grandeza e projeção na eternidade.”
Ulysses Guimarães, político que trabalhava por um Brasil melhor
Fique sabendo
Num exemplo de profissionalismo e comprometimento, os Correios estão dando um show de competência para que as provas do ENEM cheguem em segurança nos recônditos deste país. No Acre, os Correios usaram até pá mecânica para atravessar uma parte da BR364. As cheias naquele estado são caso de calamidade pública. As provas são levadas pelos Correios e escoltadas pela Polícia Militar e pelo Exército Brasileiro.
Dados curiosos
Na Operação FNDE, são 115 empregados e 11.000 terceirizados envolvidos. São 98 mil toneladas de carga entregues pelos Correios. Em média, 18 milhões de encomendas/ano com 9 livros em cada kit, formando um total de 160 milhões de livros. Os livros duram até 3 anos. A Operação de entrega do livro didático aos alunos das escolas públicas brasileiras é realizada pelos Correios há aproximadamente 25 anos. São 140 mil destinatários atendidos, de 5.571 municípios brasileiros. Praticamente todos os livros didáticos que algum estudante utilizou nas escolas públicas brasileiras passaram pelos Correios.
Patrimônio humano
Com o volume de chuva que Brasília tem enfrentado, muitos heróis trabalham silenciosos para promover o bem-estar dos outros. Um deles é o José Martins de Paula, porteiro na 202 Norte. Desde 1984, trabalha no bloco F. Esse foi o primeiro emprego. Tem tanto carinho pelo que faz que levantou às 5h da manhã para verificar os estragos feitos pela chuva. Com a equipe de limpeza, deixou a garagem em ordem, limpou os carros da lama que invadiu o subsolo e foi ver se o telhado do prédio também foi atingido.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Desta forma, o jardim não está tomando o lugar de pedestre. O pedestre é que em frente, na Americana, está tomando o jardim, e é pena que seu arrendatário não faça o mesmo, estabelecendo o trânsito por dentro da Superquadra. (Publicado em 27/01/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Entra governo e sai governo e a Petrobras, aquela do engodo nacionalista: “o petróleo é nosso”, permanece indiferente à realidade econômica do país, como se operasse no exterior e para o exterior. De fato, trata-se de uma estatal, a qual foram facilitadas todas as prerrogativas institucionais possíveis de livre mercado, outorgando-lhe um oceano de independência, obviamente, às custas de um permanente arrocho econômico interno.
A disparidade entre o dólar e a anêmica moeda do Real e outras que, por fraqueza extrema, caíram pelo caminho, fez dessa empresa um portento que parece operar mais para si própria do que para os brasileiros que a construíram, centavo por centavo. O que temos aqui é uma genuína multinacional, que, à semelhança de outras do gênero, explora não só o petróleo, mas toda uma população há mais de setenta anos ou pouco menos que um século.
Não surpreende, pois, que, desde que o fenômeno da inflação se instalou entre nós, com a crise do petróleo em 1973, essa empresa tem sido presença constante na lista dos principais responsáveis pelos aumentos de preço a cada ano. Para um país que construiu seu modal de transporte com base quase exclusiva em extensas rodovias, pavimentadas, inclusive, com derivados de petróleo, a dependência desse produto e a variação constante de seus preços para cima têm sido também um dos componentes do chamado Custo Brasil.
A despeito de uma pandemia que tem paralisado o país e o mundo há mais de um ano, a Petrobras anuncia agora seu quarto aumento apenas este ano, tanto nos preços do óleo diesel, como no da gasolina, bem acima dos índices de inflação. Com isso, mais uma vez, os custos dos combustíveis devem pesar na composição de todo e qualquer preço de produto para os consumidores. A adoção, em 2016, do denominado Preço de Paridade de Importação (PPI), que condicionou os preços dos combustíveis no Brasil ao valor dos preços do barril de petróleo no mercado internacional, só piorou uma situação que já era ruim desde o início.
Dessa forma, essa estatal produz esse bem em real e vende, internamente, à população, a preços de dólar do dia. É justamente a permanência dessa política incongruente que persiste com base em uma lógica próxima à matemática da fome que os brasileiros têm tolerado em nome de um mercantilismo às avessas, que faz o Estado intervir na economia interna para beneficiar uma empresa voltada para o mercado externo, que é como uma ilha fincada entre nós.
A caracterização do petróleo com o nome pomposo de commodities, como são os grãos e a carne e outros produtos, tem feito do Brasil uma espécie de celeiro do mundo, mas onde a população local passa por grandes necessidades. A complicar uma história de exploração sistemática, em nome de ideais vagos, como nacionalismo e outros temas vazios, a formação de uma rede monopolista de distribuidores e revendedores, em torno dessa multinacional, fazem os preços destes produtos no mercado interno serem os mais altos do mundo.
Se forem somar esses lucros fabulosos aos preços impostos pelos cartéis criminosos que reúnem postos de combustíveis em todo o país, que ainda vendem esses produtos batizados com solventes e outros aditivos, o que chega ao consumidor tem cheiro e cor de gasolina, mas não é gasolina ou óleo diesel, é um composto que faz os carros andarem até a oficina mais próxima. É que sempre temos tido e aceito sem contestação. Até quando?
A frase que foi pronunciada:
“A natureza vive de transações, transições e de conciliações: imitemo-la.”
D’Estournelles Constant (1852-1924), diplomata, pacifista e político francês.
Tempo e conhecimento
Vale a pena, nesses tempos de pandemia, onde o relógio anda mais devagar, passar pelo portal do Senado, no ILB Saberes. São vários cursos gratuitos, com ou sem monitoria, com certificação. Veja, no link saberes.senado.leg.br.
É de impressionar
Quem quiser mudar um pouco o tipo de notícia que tem ouvido todos os dias deve passear pelo portal do Ministério da Infraestrutura. O Ministro Tarcísio Gomes de Freitas inaugura obras de suma importância para o país e que estreitam caminhos, aumentando a economia.
10 milhões
Chega, nessa segunda, uma comitiva da Fundação Universidade Caxias do Sul em busca de verbas para terminar as obras do Hospital Geral daquela cidade. Agendado o encontro com o coordenador da Bancada Gaúcha, deputado Giovani Cherini, e com os senadores gaúchos Luiz Carlos Heinze e Lasier Martins e Jorginho Mello.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A renúncia do sr. Hugo Auler não se deve, absolutamente, a estado de saúde. Pela saúde, o desembargador Hugo Auler enfrentaria, ainda, muitos anos de trabalho. Foi um problema sentimental não correspondido do sr. Sousa Neves que envolveu, sem razão, a presidência do Tribunal. (Publicado em 27/01/1962)
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No descompasso de uma pandemia que recrudesce a cada dia, fatos paralelos e outras bizarrices, de um país que insiste em mostrar o quanto permanece anacrônico, vão acontecendo, mostrando ao mundo que, apesar da montanha de mortos que vamos erguendo, permanecemos fiéis ao nosso descompromisso com tudo e qualquer coisa que beire a seriedade.
Uma leitura dos principais jornais em circulação reafirma nossa incapacidade de nos concentrarmos, ao menos, no que interessa a todos nesse momento: o combate à pandemia. O Supremo, a quem a população já reconheceu como parte atuante do conjunto de problemas sem soluções à vista, continua na sua cruzada de combate à Lava Jato, comendo pelas beiradas todo o time de procuradores que atuou nessa causa cidadã, principalmente seu mais notório representante: Sérgio Moro.
É preciso, acreditam esses ministros, desconstruir a figura desse herói e antípoda de tudo o que naquela corte é decidido. Enquanto mais de 233 milhões de brasileiros têm seus dados violados de forma criminosa, o STF, a quem caberia comandar uma investigação sobre o caso, prefere se debruçar sobre assuntos prosaicos como a prisão de um deputado do PSL do Rio de Janeiro e a liberação de outro para que volte ao parlamento, mesmo tendo desviado preciosos recursos para o combate ao Covid-19.
São ambas decisões anacrônicas e que nada de proveitoso trazem para o país. Um deputado em causa é caso para a psiquiatria e para a direção de seu partido e ponto. O outro, apanhado de calças na mão, é caso para a delegacia mais próxima e ponto. Seus pares, cujo as capivaras estão em posse da justiça, correm para referendar a prisão, para não melindrar os juízes.
A intolerância e a indiferença têm sido a estranha marca do chefe do Executivo que, em pleno aumento de casos em todo o país, visitas ao front de guerra, representado pelos hospitais públicos superlotados e sem equipamentos, nem pensar!
Nesse momento, informam assessores da Câmara dos Deputados, parlamentares apresentaram mais de 30 projetos para anular decretos de Bolsonaro sobre armas. Parece que as funerárias estão de olho nas ações do Congresso, pois a venda de caixões não para de subir.
A frase que foi pronunciada:
“Esses cidadãos negacionistas, além de insuportáveis, são perigosos. Negaram 57,8 milhões de votos para presidente e tentaram matá-lo com uma facada.”
Dona Dita, enquanto tricota para a netinha mais nova.
Durma com essa
Um pão francês e um tijolo custam por volta de R$ 1,00.
Atleta sofre
Durou pouco a alegria dos ciclistas com a pista do autódromo aberta para treino. O asfalto está tão ruim que, para treino, não serve. Veja o vídeo, no link Ciclistas encontram autódromo em estado deplorável.
É de lascar
Um contrato de Plano de Saúde foi cancelado no dia 10 de dezembro de 2020. A ANS suspendeu o reajuste em abril de 2020. Mesmo quem cancelou o contrato está recebendo cobrança referente ao reajuste que deveria ter sido aplicado pelo período em que o plano ainda estava ativo. Pergunta que não quer calar: por que a ANS não proibiu o reajuste durante a pandemia e sim suspendeu? Quem deveria receber apoio durante uma pandemia: os Planos de Saúde ou os que precisam ter planos de saúde, já que a Constituição não é cumprida?
Registro de ouro
Geraldo Vasconcelos é inigualável pioneiro da cidade no carinho em datas natalícias. Não esquece o cumprimento a nenhum amigo. E a agenda é na caneta e papel.
Perigo
Chegaram, pelas mãos do jornalista Roberto De Martin, imagens chocantes de uma árvore enorme que despencou na 316 Norte. Próximo ao Banco do Brasil e ao Marietta. Sorte não ter atingido ninguém. Veja o tamanho da árvore, a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A Justiça de Brasília está constrangida com os últimos acontecimentos. O que houve no Tribunal foi isto: situação vexatória para o desembargador Sousa Neves em prejuízo o gabarito da justiça. (Publicado em 27/01/1962)
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Com o surgimento da internet e sua propagação por todo o planeta, a moderna aldeia global fez emergir, do pântano da deep web, onde jazia há milhares de anos, o monstro de mil olhos e mil ouvidos que, nutrido pelos dados pessoais e contábeis de milhões de indivíduos, age aplicando incontáveis e lucrativos golpes cibernéticos que são comercializados facilmente no submundo das redes sociais.
O fato desolador é que ninguém, nem os cidadãos e nem governos, estão a salvo do ataque desse monstro gigantesco, formado por um batalhão de milhões de hackers que agem ou por conta própria, ou ordenadamente a serviço de governos e de grandes organizações. Com isso, é possível acreditar que o mundo inteiro passou a espionar a si próprio, tal é a dispersão desse fenômeno gigantesco e sem controle.
O escândalo (se é que pode ser assim classificado): o vazamento de dados pessoais de mais 233 milhões de brasileiros, inclusive de pessoas já falecidas, entre janeiro e fevereiro deste ano. Para muitos especialistas nesse assunto, trata-se de um mega golpe que ainda não trouxe todas as repercussões negativas que se espera gerar num futuro próximo. Não espanta que mais esse crime tenha ocorrido num país em que a segurança e proteção, dada pela justiça a esses fatos, são ainda incipientes e burocráticas.
As acusações são feitas para todo o lado, assim como as defesas, restando ainda um calhamaço de questões e perguntas que precisam ser respondidas o quanto antes, ao menos para que esse derrame de informações não prossiga. Incomodado com a passividade do governo federal sobre esse caso, o Procon de São Paulo saiu na frente e já notificou tanto a misteriosa empresa que trabalha com inadimplência com filiais por todo o mundo quanto as operadoras de telefonia.
Os danos, dizem os investigadores, são incalculáveis e podem aumentar ao infinito. Houvesse mobilização efetiva dos órgãos e instituições do Estado nesse caso, era para a Receita Federal, Coaf, Banco Central e outros estabelecerem uma junta de investigação, paralisando o país. Por parte da classe política, também não se ouve a menor menção de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação, já que a totalidade da população foi exposta de forma criminosa, incluindo aí seus eleitores diretos. O silêncio é geral. Talvez seja melhor acreditar que toda essa inanição oficial em investigar a fundo esse mega caso, se deva a discrição dos órgãos segurança nacional que precisa agir sem alarde. Talvez não. O fato é que membros do governo certamente estão entre os milhões de cidadãos que foram virtualmente estuprados em seus direitos. Caso os milhões de cidadãos resolvam conjuntamente ingressar na justiça, cobrando não apenas explicações razoáveis, mas reparações econômicas, as empresas que possuem esses dados em mãos e que se descuidaram dessa guarda preciosa irão à falência ao indenizar os brasileiros lesados.
A justiça que nada vê, sobretudo aquela assentada no Olimpo, não se pronunciou, o que, por certo, não condiz com o que assegura o art. 5º da Constituição que garante a inviolabilidade da correspondência, das comunicações e de dados em geral dos cidadãos.
A frase que foi pronunciada:
“É o comer que faz a fome.”
Eça de Queirós
Por que não?
Deve ser inveja. Uma sauna cheia de autoridades discutindo os assuntos mais polêmicos do país, quadras de tênis com gente invencível disputando pontos, campo de vôlei com o pessoal mais alegre do Brasil. O Iate Clube de Brasília sempre acolheu os presidentes. Essa celeuma toda em torno do novo sócio honorário é dor de cotovelo. Foi corajosa, isenta e simpática a iniciativa do clube de receber o presidente Bolsonaro como sócio.
Desmatamento
A seguir, as consequências do desmatamento no Estádio, nas quadras 900 da Asa Norte e no Noroeste. Quem pensa que árvore não presta para nada, é bom dar uma espiada na fúria das águas.
Pai D’égua
O Ceará do filósofo de Mondubim está forte nas lideranças do Congresso. Agora, é trabalhar por bons discursos equilibrados com ações efetivas, decisões e poder de persuasão para um país melhor.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Despejados os atravessadores da W-4 resta agora, à Novacap, providenciar, com urgência, o “abastecimento condigno” que todos reclamam. Há produtores que atiram fora a produção por falta de local para vender. (Publicado em 26/01/1962)