Mundo fake

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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Arquivo pessoal: imagem gerada por IA

 

Quão fake e fantasiosos seriam os serviços e produtos oferecidos ao público em geral, sobretudo aqueles que são colocados à venda para uma pequena minoria de pessoas abastadas, para as quais o dinheiro não é problema. É então que a busca por status e por produtos e serviços exclusivos levam esses consumidores privilegiados a se tornarem presas fáceis nas mãos de empresas e empresários gananciosos, que, literalmente, seguem vendendo e ofertando gatos por lebres.

Embalado em finos adereços e dispostos pretensiosamente em cenários chiques, o que não passaria por ser um produto comum e barato, é colocado nessas verdadeiras ratoeiras apenas para fisgar os incautos. Para tanto, mudam o nome do produto, colocando outro mais palatável e, se possível, carregado de francesismo. Dessa forma, o elementar arroz misturado com ovo, prato predileto dos mais pobres dos brasileiros, passa a ser servido com nome exótico de “riz mèlangé avec des oeufs dur ou riz d’ouefs”.

O que os botecos venderiam por R$ 10,00 aos transeuntes, nesse cenário chique, não sairia por menos de R$ 150,00, sem os serviços. A mesma calça jeans, que nas lojas populares não custam mais do que R$ 110,00, são vendidos em lojas de endereços renomados, pela bagatela de R$ 900,00, bastando ao espertalhão mudar apenas a etiqueta da marca. Assim, esse mundo fantasioso e fake, bancado por quem se ilude com o luxo, sobrevive e prospera graças à esperteza de alguns.

Nada é o que parece e o que parece não é nada, apenas uma fantasia desse mundo cada vez mais fake. O que poderia ser um retrato ácido e realista de uma engrenagem que movimenta bilhões, sob o pretexto do “exclusivo”, não passa de enganação. Uma enganação lucrativa e aparentemente dentro da lei. A economia do supérfluo sofisticado gira em torno de uma lógica perversa: não é o valor intrínseco do produto que importa, mas a narrativa construída ao seu redor. Quanto mais rara, inusitada ou instagramável for essa narrativa, maior o valor percebido pelo consumidor de luxo — mesmo que, no fundo, o que esteja sendo comprado seja apenas um produto ordinário com embalagem de fantasia.

A elite consumista, em busca constante de distinção social, torna-se presa fácil dessa armadilha. Muitas vezes, o desejo não é possuir algo de qualidade superior, mas algo que os outros não tenham. Essa lógica de exclusividade empurra consumidores para escolhas irracionais, em que o valor simbólico se sobrepõe ao valor real. Nessa dinâmica, um café coado com grãos comuns pode se transformar em “infusão artesanal de arábica de origem controlada”, custando dez vezes mais. Um prato simples de picadinho de carne servido em pratos de louça importada e regado a discursos vazios de sofisticação com gosto de molho de pacotinho vale uma cesta básica e meia. É o que o sociólogo francês Pierre Bourdieu chamou de distinção: um mecanismo de diferenciação cultural que serve para demarcar classes sociais. Marcas e empresários se aproveitam disso e atuam como verdadeiros ilusionistas, substituem o conteúdo pela embalagem, o sabor pela aparência, a utilidade pela ostentação.

Mais grave ainda é quando essa lógica ultrapassa o campo dos produtos e entra nos serviços: clínicas estéticas que prometem o impossível, experiências sensoriais supostamente únicas, pacotes de viagens absurdamente caros que oferecem pouco, além de um nome de impacto. Tudo é vendido como “inesquecível”, “personalizado”, “exclusivo”, mas, na prática, é apenas mais do mesmo, embrulhado em papel de presente luxuoso.

Na verdade, o problema não está só na astúcia dos vendedores, mas na credulidade dos compradores, que participam desse jogo voluntariamente e “se achando”. Essa cumplicidade silenciosa alimenta um mercado que vive de aparência, status e desejo, não de substância. Em última análise, esse mundo fake é sustentado por um teatro de vaidades. Um teatro caro, vazio e muitas vezes patético, onde a autenticidade foi substituída por etiquetas, e o bom senso por cifrões.

O luxo verdadeiro — aquele que representa excelência, história, técnica e arte é cada vez mais raro. No lugar dele, proliferam vitrines falsas, promessas ocas e produtos que são, na essência, meros “arroz com ovo” disfarçados de caviar. “Eu, minha alma, enviei para o espaço sem fim para um traço aprender nos destinos do além, minha alma devagar foi retornando a mim e me disse: eu sou o céu e o inferno também.” Registra Omar Khayyam, no livro Rubaiyat. De fato, os homens são o céu e o inferno de si mesmos, e tudo ao mesmo tempo, luxo e lixo, tudo num mesmo produto.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego.”

Albert Einstein

Albert Einsten. Foto: Arthur Sasse/Nate D Sanders Auctions/Reprodução

 

História de Brasília:

O nome empregado na maioria dos golpes foi do servidor Barros de Carvalho, e os chantagistas conheciam tanto seus hábitos, que falando pelo telefone para sua residência, recomendavam com insistência para que quando fizessem a mala não esquecessem dos remédios. (Publicada em 06.05.1962)

Tarifaço

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Charge do Thiago para o Jornal do Commercio (PE)

Muitas têm sido as análises sobre as consequências imediatas e a longo prazo das medidas adotadas pelo presidente Trump conhecidas como tarifaço. A maioria dessas análises, feita por pessoas gabaritadas, que entendem como funciona o complexo setor do comércio internacional entre países. Quase nenhum desses estudos olha para o essencial dessas medidas, que, em resumo, segue o que prometeu o então candidato Trump em sua campanha para a Casa Branca. Sendo assim, o tarifaço vem ao encontro do lema daquela campanha: “Tornar a América grande novamente.”

Com isso, endossar as tarifas implementadas por Trump não deve ser visto como um gesto simplista ou meramente protecionista, mas como uma resposta estratégica a um impasse geoeconômico estrutural: a impossibilidade de estabilidade global diante de desequilíbrios comerciais persistentes. A existência de superávits crônicos — como o da China — contrapostos a déficits igualmente crônicos — como os dos Estados Unidos — constitui terreno fértil para tensões geopolíticas latentes e, por vezes, explosivas.

Longe de configurarem uma postura hostil, tais tarifas operam como mecanismos corretivos imprescindíveis frente à lógica expansionista e hegemônica do projeto chinês. Ao erigir barreiras ao livre-comércio com Pequim, a administração Trump não apenas busca resguardar a base industrial norte-americana, mas força o Ocidente a confrontar um dilema civilizacional: ou opta-se por Trump e pela reindustrialização da maior economia liberal do Ocidente, ou alinha-se ao modelo chinês fechado de hiper acumulação de capitais, cuja contrapartida é a desindustrialização ocidental, como acenam tecnocratas globalistas sob o comando do PCC da China.

Nesse caso, há uma série de reflexões econômicas e geopolíticas relevantes sobre a dependência do Ocidente — especialmente dos EUA — em relação à China. A começar pela dependência industrial e vulnerabilidade estratégica, o que acaba por afetar a própria segurança interna dos EUA. A questão é simples. A partir do momento em que o Ocidente reconheceu a China como Economia de Mercado a coisa desandou. O Ocidente, ao permitir que a China se tornasse a “fábrica do mundo”, passou a depender intensamente da produção chinesa para itens estratégicos — de produtos eletrônicos a insumos médicos. Isso gerou, logo de saída, uma desvantagem para o Ocidente como os riscos visíveis de interrupções na cadeia de suprimentos, como foi visto na pandemia. A pouca autonomia industrial, todos sabem, compromete a soberania econômica e a segurança interna.  Com isso, a China pode usar essa dependência como ferramenta de pressão geopolítica, como já demonstrado em diversas disputas comerciais anteriores. Com a entrada da China, houve, portanto, uma forte desindustrialização ocidental e concentração de renda.

Embora a terceirização da produção para a China tenha reduzido custos, num primeiro momento, essa estratégia causou uma forte desindustrialização em muitos países ocidentais, especialmente nos EUA. Milhões de fábricas fecharam as portas, inclusive no Brasil, gerando não só perda de empregos industriais de qualidade, com impacto direto na classe média. Por outro lado, passou a fortalecer o aumento da desigualdade: pois, enquanto os produtos ficaram mais baratos, os lucros se concentraram nas elites que controlam cadeias globais de suprimento. Não se enganem, esse modelo, urdido pelo Partido Comunista Chinês, favoreceu apenas lucros corporativos no curto prazo, em troca do enfraquecimento da base produtiva local assim como o poder de barganha dos trabalhadores no longo prazo.

O “truque” chinês consistiu em mostrar uma fictícia e artificial baixa na inflação, sustentada apenas por uma produção massiva de bens de consumo baratos oriundos da China. Isso beneficiou, principalmente, consumidores e investidores no Ocidente, mascarando problemas estruturais, que hoje parecem sufocar o Ocidente. Isso equivale a dizer que o consumo foi financiado por déficits comerciais crescentes, o que vem resultando num falso modelo. Também não houve incentivo para inovação ou reindustrialização interna, já que os produtos chineses eram imbatíveis em preço e em oferta. Vê-se logo que tal modelo é insustentável no longo prazo, pois o produtor (China) acumula poder e influência política ao mesmo tempo em que usa essas vantagens comerciais para reforçar seu poderio militar globalmente. Estratégias econômicas ensinam que qualquer crescimento assimétrico gera riscos geopolíticos e um prenúncio de guerra.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quando olhamos para isso, precisamos reconhecer o tamanho da Apple, que vale US$ 4 trilhões em Bolsa. Isso é o PIB da Alemanha. Portanto, com quem Trump estava falando?”

Leonardo Trevisan

Leonardo Trevisan. Foto: Reprodução/CNN Brasil (21.fev.2022)

 

História de Brasília

Pois bem. Assim era no começo. Faz muito tempo que deixou de funcionar. A princípio, disseram que haviam comprado os aparelhos, mas não compraram as pilhas, que era de mercúrio. (Publicada em 29.04.1962)

Na carne

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Foto: acrissul.com

 

          Ao que parece, o mundo, neste século XXI, ainda não superou totalmente as práticas econômicas herdadas do mercantilismo europeu do século XV. Pelo menos, em termos de comércio mundial, o que se pode constatar hoje é que o planeta vive uma espetacular onda de importações e exportações, com os mares e oceanos engarrafados pelo tráfego de enormes cargueiros. Compra-se e vende-se de tudo. Talvez, por isso, existam ainda hoje tensões e mesmo conflitos provocados por desentendimentos no comércio internacional. Para trazer regras de obediência no comércio internacional é que foram criados diversos organismos internacionais de controle e fixação de normas desse mercado. O que se sabe é que muitas dessas normativas são simplesmente desrespeitadas, pois a busca desenfreada pelo lucro e por riquezas ainda é a mesma que movia multidões de indivíduos, cinco séculos atrás.

         Dos elementos que caracterizavam o mercantilismo, ainda temos presente, em nosso país e em pleno exercício, o controle estatal da economia, conforme impõe um dos mandamentos contidos na cartilha 2024. E é neste ponto que está o atual conflito envolvendo a venda de carne do Mercosul, com foco no Brasil, para o mercado comum europeu, ou mais precisamente, França.

         Trata-se aqui de um conflito comercial que tem tudo para escalar em enormes prejuízos mútuos. Mas é preciso saber, logo de saída, que, caso a venda de carne fosse intermediada diretamente pelos produtores, muitos desses desentendimentos simplesmente desapareceriam. O caso é que entrou nessa briga o componente político e aí a coisa toda desandou, porque passa a envolver outros aspectos, inclusive, o protecionismo do tipo nacionalista e partidário.

         O mesmo protecionismo contido no mercantilismo do século XV, só que agora passa a conter aspectos ideológicos. Nessa briga, o certo é que ninguém tem razão ou, simplesmente, não há inocentes. Notem que nem mesmo as seguidas visitas do presidente francês, Macron, ao Brasil foi suficiente para amainar a questão. “Nossos pratos não são latas de lixo”, esbravejaram os deputados da Assembleia Nacional da França, nesta terça-feira (26), rejeitando, por unanimidade, os acordos em andamento sobre o comércio entre Mercosul e União Europeia.

         Há aqui diversos elementos a serem analisados. O primeiro é a forte e coesa pressão feita pelos produtores franceses, pois eles entendem que não podem competir em escala com o poderoso agrobusiness brasileiro e latino. Há acusações que antes de tudo necessitam ser investigadas profundamente, como é o caso de que as carnes do Mercosul e sobretudo do Brasil são produzidas com uso de hormônios do crescimento e sem maiores controles de normas sanitárias. Por outro lado, é preciso notar que, neste tipo de comércio, aparecem, no topo, produtores e donos de frigoríficos como os irmãos Batistas, envolvidos até o pescoço em situações prá lá de complicadas, dentro e fora do Brasil.

         Os europeus, com a tradição de séculos de mercantilismo e de exploração colonial, conhecem o Brasil. Os brasileiros também conhecem o passado dos corsários franceses e suas incursões aqui no Brasil em várias épocas, sobretudo em 1711, ano em que o Rio de Janeiro foi sequestrado por piratas francos. Há também, nas acusações dos políticos franceses contra a carne brasileira, o uso massivo de antibióticos, a maioria proibida na União Europeia, sendo que muitos desses são produtos cancerígenos. Não se pode pôr as mãos no fogo em favor da carne brasileira, pois não há sinais à vista de vistoria ou rastreabilidade dessa carne.

         Por outro lado, os franceses sabem que muitos rebanhos são criados como nos séculos passados, soltos em grandes extensões de terras, inclusive em áreas de preservação. De fato, o setor agrícola francês se vê esmagado pelo porte representado pelo mercado produtor de carne do Brasil, que é, nada mais, nada menos que o maior produtor de proteínas do planeta.

         Componentes do tipo nacionalista ou ufanista entram nessa briga para jogar ainda mais gasolina na fogueira, fazendo, da questão, um assunto para os salamaleques do Ministério das Relações Exteriores, no tempo em que ainda havia negociadores profissionais nessa pasta. O fato é que muitos brasileiros estão torcendo pela briga e não estão do lado de nenhuma das partes.

         A esperança é que a redução de vendas para a Europa e para a França, especialmente, avance a tal ponto que os produtores brasileiros sejam obrigados a oferecer o produto no mercado interno a preços compatíveis com o poder de compra da população. A população, acostumada a procurar ossos nos containers dos atacadões, poderia, enfim, comer esse “lixo” que os franceses rejeitam.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As normas brasileiras expõem os consumidores europeus a um risco para a saúde. É um escândalo triplo: risco sanitário, fraude alimentar e riscos ligados ao acordo UE-Mercosul.”

Karine Jacquemart

Karine Jacquemart. Foto: Florence Bonny

 

História de Brasília

Outra figura de grande popularidade nos festejos foi o dr. Juscelino Kubitscheck. Domingo, foi cedo à missa. A notícia se espalhou, e , no final, havia gente que não cabia na praça. (Publicada em 24.04.1962)

No apagão da pandemia quem pena é o consumidor

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Foto: radios.ebc.com

 

Enquanto muitos comerciantes honestos amargam prejuízos e perdas irrecuperáveis com a pandemia, uns poucos e astutos oportunistas se valem do retraimento dos órgãos de fiscalização, tanto na área de vigilância sanitária quanto naquelas ligadas ao fisco, para ludibriar duplamente o consumidor incauto, obtendo, com isso, lucros exorbitantes e ilegais.

Nos supermercados, por sua imensa variedade de produtos, os abusos cometidos durante o longo apagão dos fiscais viraram atividade rotineira. Pesos e volumes são sonegados, tanto em embalagens de fábrica quanto aquelas acondicionadas pelo próprio estabelecimento, numa prática costumeira e desavergonhada. Em casos em que o consumidor suspeita e manda conferir no ato, existe sempre um pedido de desculpas displicente e uma reparação imediata no melhor estilo “Joãozinho sem braço”, culpando a situação atual que tomou conta da economia, ou outras desculpas onde o réu é uma incógnita ou uma falha do “sistema”.

É justamente na área de saúde e de vigilância sanitária que os golpes se sucedem, pondo em risco, inclusive, a vida do consumidor. Produtos de origem animal, flagrantemente vencidos, muitos já em estado de putrefação, são maquiados com produtos químicos e outras artimanhas cometidas longe dos olhos do público, sendo reembalados e postos à venda.

Nas promoções e nos produtos que foram fatiados, como queijos, carnes, embutidos, peixes e uma série de outros, o perigo à saúde humana é altíssimo. Animais como frangos vendidos em pedaços em embalagens, assim como peixes, principalmente o salmão, que, inexplicavelmente, são comercializados a altos preços, bastaria um teste local, feito por um especialista na matéria, para verificar que o produto ou está impróprio para o consumo ou com a validade vencida em 24 horas.

Pacotes fechados como de arroz ou feijão, açúcar e outros também com preços nas alturas, caso sejam pesados na presença do consumidor, vão apresentar sempre uma variação para menos que, mesmo aparentando serem pequenas à primeira vista, fazem grande diferença no volume total comercializado mensalmente.

Peixes congelados apresentam boa parte do peso no próprio gelo da embalagem. Surpreende que, até hoje, os órgãos de fiscalização do governo não tenham mandado imprimir e distribuir, aos consumidores, a grossa cartilha contendo todas as centenas de práticas ilegais cometidas por muitos supermercados para ludibriarem os fregueses e, com isso, aumentarem as margens de lucro.

Os próprios leitores, com certeza, possuem muitas outras histórias para contar sobre todo esse processo secular de tapeação do freguês brasileiro (melhor e-mail para compartilharmos esses fatos: jornalistacircecunha@gmail.com), que parece ter tido sua origem lá nas balanças mecânicas do dono do armazém da esquina.

Nos postos de gasolina, bombas adulteradas. E em outros estabelecimentos comerciais, como restaurantes com higiene duvidosa, lojas que não atendem às exigências durante a pandemia e até clínicas e consultórios de saúde que não dão recibos, pedem exames sem necessidade e fazem acordos escusos com laboratórios. Os casos de ilicitude se repetem por outros meios, mostrando a criatividade do brasileiro e sua herança histórica e cultural para burlar o próximo.

Com tudo isso, vai ficando evidenciado que a pandemia, ao decretar apagão dos diversos órgãos de fiscalização, com seus já escassos profissionais, deixou agora, de vez, o terreno livre para o aumento, sem precedentes, dos casos de burla à lei e dos lucros obscenos praticados contra todos os brasileiros, inclusive contra você.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O novo Coronavírus matou cerca de dois milhões de pessoas no mundo em um ano. É bastante. O aborto mata em média cinquenta e cinco milhões e novecentas mil pessoas por ano. O primeiro, chamam de pior epidemia do século. O segundo, chamam de direito.”

Paul Washer, pastor Batista.

Paul Washer. Foto: wikipedia.org

 

Ser humana

Brasília nas suas primeiras décadas era exemplo de solidariedade. Caronas para quem chegava, comida para os candangos feita por voluntárias, aulas para a criançada, e por aí vai. A doutora Marcia Introcaso foi solidária com uma senhora no estacionamento do hospital. Visto, lido e anotado.

 

Vale ver

Veja, a seguir, a dica para assistir ao programa Meia volta, vamos conhecer. Trata-se de uma série de entrevistas na área de Defesa Nacional e Segurança Pública.

–> Programa Meia volta, vamos conhecer
Uma série de entrevistas na área de Defesa Nacional e Segurança Pública.
Conheça os projetos que estão contribuindo para o desenvolvimento no Brasil.

Assista na TV Aberta, parabólica digital ou TV por assinatura.
 
Acesse: http://www.tvescola.org.br/assista

 

Campanha

Nos dias 23 e 24 deste mês, das 10h às 17h, a Administração do Lago Norte receberá  todo lixo eletrônico que for entregue no local para descarte seguro.

 

Exemplo

Rancho Canabrava continua com o cardápio delivery. Para quem gosta de comidinha da fazenda, essa é uma boa pedida. Ana Maria De Lucena Rodrigues é uma batalhadora.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os moradores da Bloco 11 do IPASE (208) estão reclamando que as construções baixas levantadas na arca urbanizada e estão com cobertura que prejudica os apartamentos. As telhas de alumínio ou zinco estão sempre dando reflexo nos apartamentos, que se veem obrigados a usar suas persianas areadas. (Publicado em 24/01/1962)

As ruas e os shoppings

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Foto: Valdemir Cunha (viagemeturismo.abril.com)

 

Em qualquer cidade do mundo, uma das grandes atrações, preferidas por 9 em cada 10 turistas, é poder caminhar com tranquilidade pelas ruas e avenidas, observando as pessoas, as praças, o comércio local e as vitrines das lojas, com suas variedades de produtos e preços. Nesse tipo de esporte, andam-se quilômetros sem perceber. É assim em Nova Iorque, Paris, Londres, e na maioria das grandes cidades, onde as ruas são limpas, iluminadas, seguras e aprazíveis. Sentar em um banco, ver o público se movendo de um lugar para outro, fazer um lanche, tomar um café, repor as energias e seguir desbravando a cidade, a pé, conhecendo seus segredos, sua gente.

Não apenas turistas buscam esse prazer, mas os próprios moradores também buscam as ruas para se distrair. A rua é a extensão natural da casa e uma necessidade do ser humano para interagir, conversar, encontrar amigos, se divertir. Muito mais do que um lazer, as ruas representam um fator de saúde para muitos que vivem fechados em espaços exíguos e com poucos movimentos.

Em Brasília, essa necessidade foi amplamente pensada e posta à disposição de seus moradores, principalmente dentro do Plano Piloto, que, à época da construção da capital, se acreditava ser o espaço principal e único da cidade. Dentro dessa concepção é que foram projetadas as avenidas W3 Norte e Sul.

Com uma extensão de aproximadamente 13 quilômetros, incluindo o trecho em que corta perpendicularmente o Eixo Monumental, essas duas avenidas, outrora o centro nervoso da capital, são reconhecidas, pela maioria dos urbanistas, como o principal e potencial eixo de comércio da cidade. Com um desenho e uma topografia para lá de favoráveis a todo o tipo de atividade comercial e de lazer, essas, que poderiam ser duas das maiores e mais aprazíveis avenidas do mundo, continuam esquecidas e adormecidas numa espécie de sono profundo

Com isso, um processo lento e gradual de decadência foi-se instalando nessa vital artéria, propagando seus males para as várias ruas adjacentes. Os prejuízos econômicos para a capital, ao longo de todos esses anos de abandono, são incalculáveis e, se corrigidos, dariam para construir uma outra capital.

Inconcebível que numa moderna vitrine do que de melhor se fez em arquitetura e urbanismo nesse país, uma longa via como essa, praticamente esperando uma oportunidade para acontecer e brilhar, não se tenha um projeto racional e belo que possa restituir a vida a essa avenida.

Enquanto esse dia não chega, os shoppings, que se aproveitaram dessa leniência de seguidos governos continuam faturando. Do estacionamento aos preços de qualquer produto, o custo pela manutenção desses edifícios gigantes são repassados aos consumidores. Um simples cafezinho, que na rua você encontra por até R$ 4, nos shoppings chegam a custar R$ 10. Essa majoração de preços assustadora vem por conta dos altos alugueis e de outros custos que esse tipo de mercado geram para os lojistas.

Revitalizar as avenidas W3 Sul e Norte é acabar com esse tipo de monopólio de comércio que gera lucro apenas para os donos do empreendimento. O renascimento das W3’s significa a geração de milhares de empregos, aumento na oferta de produtos, concorrência mais intensa e melhores preços para os consumidores, além de uma excelente opção para os turistas e para os habitantes da cidade, que terão a oportunidade de fugir dos ambientes monótonos, caros e sempre iguais dos shoppings.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Susana estava mais W3 do que nunca.”

Nicolas Behr, candango construtor de poesias

Foto: Ailton de Freitas

 

 

Dia desses

Alegre e rodeado por amigos, o general Mourão se deliciava num restaurante especializado em carnes, na asa norte.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 

 

De olho

Em 19 de outubro de 1961, essa coluna publicava sobre o uso indevido de carros oficiais. Os abusos continuam 57 anos depois.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

 

Cores e perfumes

Sucesso o FestFlor. Produtores como o seu Francisco Araújo puderam trocar cartões com negócios prósperos. O lucro foi satisfatório na mostra. Segundo a Emater, são 139 produtores de flores e plantas ornamentais que recebem capacitação pela instituição. Dados revelam que em Brasília, por consumidor, são gastos R$ 44,23 por ano na compra de flores contra R$ 26,27 da média nacional, movimentando cerca de R$ 200 milhões anuais até o consumo final.

 

 

Pega mal

É preciso o pessoal da página do governo do DF ficar mais atento às informações repassadas aos leitores. Há uma aba na página do GDF que chama a atenção pelo nome: “espalhe a verdade”. Ao acessar a url (http://www.brasilia.df.gov.br/category/espalheaverdade/), a notícia mais atualizada é de abril de 2017.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A cidade livre está se acabando em matéria de comércio, e aumentando demais em miséria. É um horror, a gente ver aquilo que foi o núcleo pioneiro. As fossas estouradas, jogam esgotos na rua e a câmara aprova a “urbanização”. (Publicado em 30/11/1961)

Reparando os danos

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Edifício sede do Mercosul (Foto: mercosur.int)

Com as prioridades impostas pelo petismo nas relações internacionais do Brasil, voltadas para o eixo Sul-Sul, com atenção especial para nosso continente e a seguir para os países africanos e do Oriente Médio, surgiram novos blocos como Brics, Unasul, Celac e outros de importância mais ideológicos do que práticos e econômicos.

A reanimação de um bloco como o Mercosul, uma entidade até então natimorta, entrou também na mira do governo, apenas sob o ângulo de afinidade ideológica. Com o desmanche no ar do petismo, transmutado em lulismo, o que ainda era sólido naquele governo foi se juntar no transatlântico à deriva, que se tornaram as esquerdas mundo afora, principalmente aquelas que ficaram presas nos anos sessenta, quando o tempo era outro e o mundo, obviamente, era outro também.

Desfazer mais de uma década de equívocos nos mecanismos complexos das relações internacionais não será tarefa das mais fáceis. Nesse sentido, e abrindo aqui um parêntese, a pretensa nomeação de um consanguíneo do atual presidente para o mais importante posto das relações internacionais, conforme tem sido anunciado, atrapalha muito esse processo de reparo nos estragos feitos e não ajuda, absolutamente, no processo do chamado concerto das nações em que o Brasil, num passado recente, ocupou lugar de destaque. Ainda é cedo para avaliar, com mais acuidade, a nova orientação que vem sendo dada às relações do Brasil com as outras nações.

Mas uma questão, nesse momento, também se impõe: é preciso aprender com o passado recente e não repetir os mesmos erros que levaram essas relações a trilhar um caminho de fundo ideológico com o sinal trocado, obrigando esse ministério a seguir numa direção com viés de direita. Antes de tudo é preciso retirar esse ministério de orientações político-partidárias do momento, livrando esse importante serviço para o País as amarras da pequena política. Pelo o que se tem visto, não será tarefa fácil. Para tanto, a ideologia deverá ser substituída pela razão. Uma razão de Estado, conforme é visto em todo o mundo desenvolvido do Ocidente. Claro que não baseada apenas em aspectos materiais e quantitativos e na busca cega pelo lucro a qualquer preço, o que nos forçaria a retornar ao período do mercantilismo do século XVI, dos superávits e do protecionismo. Pelo o que se tem visto, lido e ouvido do atual ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, não se pode mais estabelecer uma política externa num terreno cercado de grades (ideológicas) onde a razão e pensamento livres não penetrem. Para tanto, em sua opinião, é preciso, antes de tudo, não limitar o raciocínio a definições de ideologias e aprender a escutar a Nação brasileira para se fazer uma política externa em consonância com o que necessita e deseja sua população. Para ele, é necessário, antes de tudo, entender nossos paradigmas e nossa identidade para depois nos relacionarmos com o mundo.

Ao retomar a sua identidade, o Brasil pode, na visão desse ministro, trazer, para as suas relações externas, um novo enfoque num mundo globalizado que não é construído a partir das nações, onde não há fronteiras e onde todos parecem ter perdido sua própria personalidade.

Nesse contexto de globalização, desenfreada e irracional, é preciso, em seu entender, que o Brasil reafirme sua posição em prol de um mundo composto de povos com pretensões e desejos nacionais, com liberdade de ideias dentro da política externa, com soberania e contra essa “geleia geral” onde não há fronteiras e identidades de seus povos. “A independência nacional, evidentemente, foi conquistada em 1822 e não parece estar diretamente ameaçada. Então, às vezes, a gente se pergunta por que esse princípio continua figurando na Constituição, mas acho que o Constituinte de 1988 foi muito sábio nesse sentido, porque a independência não se trata apenas da independência jurídica, mas precisa ser uma atitude, tem que ser uma independência, por exemplo, em frente aos dogmas politicamente corretos que em muitos setores tendem a presidir o relacionamento internacional; tem que ser uma independência frente a essa ideologia de apagamento das fronteiras e de encerramento das nações; tem que ser também uma independência no sentido de capacitar a nossa economia com mais tecnologia, mais investimento, investimento privado gerando abertura econômica, mais competitividade, mais eficiência e inovação”, afirmou o ministro.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Em todas as eras, a humanidade produz indivíduos demoníacos e ideias sedutoras de repressão. A tarefa do estadismo é impedir sua ascensão ao poder e sustentar uma ordem internacional capaz de dissuadi-los, se conseguirem alcançá-lo ”.

Henry Kissinger, diplomata dos Estados Unidos

Foto: rocco.com

 

 

Ari Cunha

Será na quarta-feira a missa de um ano sem nosso titular nessa coluna. Na Paróquia São Francisco de Assis, SGAN 915, às 19h.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Brasília está ameaçada pela eleição para vereadores. No regime presidencialista, defendíamos a tese do voto, pelo cidadão brasiliense, apenas para presidente e vice-presidente. (Publicado em 26/11/1961)

Relações contaminadas

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Foto: Infoglobo

 

Um dos passivos, e talvez um dos mais nefastos, gerado pelos treze anos de governo petista, com suas pretensões extemporâneas de reerguer o Muro de Berlim, pulverizado com o fim da União Soviética, incidiu, sobremaneira, sobre as relações exteriores do Brasil com o restante do mundo.

A nova reorientação nessas relações imposta de cima para baixo, desprezando mais de um século de experiências acumuladas nesse complexo ofício, fazendo o país voltar as costas para seus antigos parceiros, mais do que desconstruir, da noite para o dia, esse intrincado relógio, levou-nos a uma posição de unilateralidade, de onde passamos a enxergar apenas parceiros ligados e simpáticos ao governo de turno. Com isso, foi estabelecida uma nova metodologia nas relações com o exterior, na qual o que importava agora não eram os benefícios reais para o Brasil, mas uma construção abstrata que fazia do Brasil uma espécie de farol a guiar o imenso transatlântico à deriva que se tornou o mundo bipolarizado depois de 1989.

Obviamente que, numa posição como essa, os ônus para o Brasil em suas relações com o restante do mundo seriam, como a prática assim confirmou, muito maiores. O que amainou e tornaria esses estragos um pouco menores, num primeiro momento, foram fatores alheios a essa reorientação de viés ideológicos e mais fincados no mundo real e representados, principalmente, pelo boom nos preços das commodities. Não fosse por esse momento insólito, propiciado pelas exportações de produtos in natura, e que traria um certo alívio nas finanças públicas, dificilmente o Brasil suportaria a continuação dessa orientação requentada de terceiro mundismo.  Como parte didática desse novo Ministério das Relações Exteriores que nascia, artificialmente, de fora para dentro, foi providenciada uma espécie de cartilha ou catecismo a ser seguido pelos profissionais desse métier.

Até mesmo o titular da pasta, num gesto inusitado e sintomático, filiou-se ao partido do governo, transformando-se num executor, dentro do ministério, das diretrizes do partido, alheio, portando, aos interesses do Estado. O preço pago pelo País, por conta dessa nova reorientação, poderia até ser medido em termos quantitativos como, por exemplo, no atraso do programa espacial, no que diz respeito ao mercado de satélites de telecomunicações, entre outros passivos. É de se salientar também que, para os planos puramente materiais de nosso País, o novíssimo modelo adotado pelas relações exteriores resultou numa transferência de bilhões de reais, por meio de um BNDES ardilosamente remodelado para atuar no exterior, aos países que comungavam o mesmo credo e que, como é sabido, não honraram, até hoje esses “empréstimos”.

Os prejuízos mais significativos, e talvez mais duradouros, viriam com a perda de credibilidade perante o mundo, construída, a duras penas, ao longo de mais de um século de diplomacia. Deu no que deu.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Antes mesmo das reformas política, tributária e previdenciária, o Brasil precisa é de uma reforma psicanalítica”.

Nelson Motta, jornalista brasileiro

Foto: Reprodução/Instagram

 

 

Belo dia

Uma beleza passar o dia no Jardim Botânico. Belas trilhas para seguir pedalando. O porteiro e outros funcionários muito educados, brinquedos diversificados para a meninada, latas de lixo para manter o ambiente saudável. Apenas os banheiros estão em estado deplorável: velhos e sem manutenção. Com pouca verba, é possível uma restauração. Nenhuma depredação no local.

Foto: curtamais.com

 

 

Institucional

Um batalhão de servidores públicos do Judiciário, do Legislativo e do Executivo, tanto federal quanto distrital, aposentado. São pessoas experientes que muito têm a contribuir com o país e com a capital. É hora de termos um conselho de notáveis para ser ouvido pela sociedade.

 

 

 

Regras

Governador Ibaneis Rocha disse que população não admite o pagamento de um salário de R$ 17 mil para o jardineiro da Novacap. Quem não deveria admitir é o GDF. A Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF) faz pente fino nas folhas salariais das empresas públicas, e cargos de diretores também extrapolam a linha do bom senso quanto ao pagamento. O que vai ser feito não foi anunciado.

Foto: jornaldebrasilia.com.br

 

 

Exposição

Hoje e amanhã Felipe Morozini (A cidade inspira – Palavras) e Jean Matos (Pulso), apresentam Itinerante em Casa. Na Praça Central do Casapark. Veja mais detalhes a seguir.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Lamentamos o ocorrido, e louvamos a atitude da Sousenge, prometendo pagamento de cem por cento. Gente honesta, que se meteu num bom negócio, que de uma hora para outra se transformou, por causa do governo inimigo de Brasília, em grandes dificuldades. (Publicado em 25/11/1961)