A não moral

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Não compactuar com atitudes de desrespeito às leis, regramentos administrativos ou de ofensas às pessoas, principalmente em momento de grave pandemia, conforme diz a nota distribuída pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, seria o mínimo a ser exigido de qualquer cidadão, em qualquer circunstância e, sob qualquer pretexto. Ainda mais em se tratando de um órgão de justiça, que tem como missão precípua: cuidar para o cumprimento fiel das leis.

A nota emitida em decorrência do episódio que mostra, em vídeo, o desembargador Eduardo Almeida Prado da Rocha destratando, de forma absolutamente desrespeitosa e vil, os guardas municipais da cidade de Santos, anuncia ainda, e de forma vaga, que irá apurar a conduta do magistrado rufião. As imagens dizem tudo e, em um mundo dominado pela velocidade e crueza das redes sociais, o caso ganhou repercussão não só no país, mas também em outras partes do mundo, enriquecendo, ainda mais, a coleção de casos esdrúxulos que caracterizam este Brasil inzoneiro.

De fato, o mínimo que se pode dizer de mais esse caso de empáfia, que marca a maioria de nossas elites, é que é uma vergonha ter que assistir cenas dessa natureza, justamente quando se sabe que parte de concidadãos nossos e em momento de grande aflição vivida por todos. O prejuízo que cenas como essa causam à credibilidade de uma justiça já abalada e desprestigiada pelo grosso da população é de tal monta, que, dificilmente, será sanado, enquanto não houver uma punição severa e exemplar que, pelo menos, aplaque a ofensa que causou à coletividade.

Não será uma nota vaga e protocolar que porá uma pedra sobre mais esse acontecimento odioso. A desenvoltura e desfaçatez do desembargador, que enxovalha o sobrenome famoso, formado por farmacêuticos de renome e compositores ilustres, só mostra, desta vez, em som e imagem, o que há séculos vem acontecendo com esse Brasil desigual, onde os poderosos tudo podem e, aos demais, só cabem os rigores da legislação.

A coleção de casos desse tipo, em que a posição hierárquica é também um salvo-conduto ao cometimento de crimes de toda ordem, daria para encher vários tomos de enciclopédias. A instauração da República, com igualdade de todos perante às leis, é ainda uma miragem distante, com os casos que exemplificam essa disparidade acontecendo a todo o momento, e sem uma solução minimamente aceitável.

Situações, como a mostrada agora em vídeo, reafirmam e põem a nu nosso eterno subdesenvolvimento cultural, econômico, social e político. Somos ainda a pátria dos impunes, das carteiradas, do sabe com quem está falando, dos blindados e daqueles que usufruem de imunidades, inclusive para o cometimento de delitos. Muito antes da divulgação e da intenção desse Tribunal, ou mesmo de órgãos como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se pronunciarem de forma burocrática e corporativista, a população, de uma opinião quase absoluta, deu seu veredito condenando esse anão moral às penas do desprezo e do desterro, já que, como punição legal, poderá ser castigado com uma aposentadoria, recebendo seu polpudo salário.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não é a criação de riqueza que está errada, mas o amor ao dinheiro por si só.”

Margaret Thatcher, Primeira-Ministra do Reino Unido de 1979 a 1990

Margaret Thatcher. Foto: britannica.com

 

Saudades

Ontem, relia a coluna do Ari Cunha que completaria hoje 93 anos: Adeus ao eucalipto. “Já no chão, derrotado pelo homem, o enorme eucalipto deu seu adeus à natureza, jogando perfume com toda a majestade, e os galhos trêmulos, na queda, como se despedindo do malvado que o derrubava, como se fosse um aceno. Eram dois. Mandei que o outro ficasse.”

 

Muda já!

No Brasil, foi o lobby quem não deixou passar um projeto de lei que limitava o tempo de espera para atendimento em consultas. Nos EUA, o aplicativo MedWaitTime ajuda os pacientes a terem noção de quanto tempo a consulta vai atrasar. Naquele país, se houver atraso superior a 40 min, o valor da consulta é menor.

Charge do Bruno

 

Inacreditável

Aconteceu no posto de saúde da 612 sul. Uma senhora que trabalha em casa de família chegou para atendimento médico com todos os sintomas do Coronavírus. Foi informada de que deveria voltar à tarde pois, pela manhã, não tratavam desse assunto. Usou o transporte coletivo para o deslocamento novamente. À tarde, abatida, buscou o atendimento. Dessa vez, o remédio prescrito foi para que voltasse para casa e ficasse por lá, “porque não tem o que fazer e nem outro lugar a ir, só se for para um hospital particular.”

 

Para todos

Advogado, magistrado ou parte, que quiser entrar no chat do TJDFT para tirar dúvidas, basta se identificar e enviar a questão. Para mais informações, acesse o link TJDFT cria chat para sanar dúvidas acerca do PJe. Vamos acompanhar se funciona.

 

Atenção!

Bohmil Med avisa que está acabando o prazo para participar do sorteio para ganhar o metrônomo alemão da marca Wittner. Mas, o melhor mesmo, é que o pai do Vademecum da Teoria Musical acaba de lançar novo livro: Ritmo Calculado. Assista o vídeo a seguir.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O que há com os postes do aeroporto é isto: A SIT fez o serviço de instalação, montagem dos postes e ligação. Quando o Ministério da Aeronáutica mandou os geradores, é que foram verificar que eram trifásicos. (Publicado em 12/01/1962)

Soberania nacional: hora de exercê-la

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Foto: defesanet.com

 

Nos últimos anos, aconselhado pelos assessores cubanos, russos e chineses, o governo de Nicolas Maduro investiu o que podia na aquisição de armamentos e todo o tipo de materiais bélicos, inclusive modernos aviões e outras belonaves de ponta, objetivando manter, pela força, o terrível status quo interno. A atração de russos e chineses para dentro do continente, gerou uma significativa mudança no tabuleiro geopolítico, aumentando a instabilidade numa região, até pouco tempo, considerada tranquila.

É sobre esse “entorno estratégico”, situado em plena região amazônica, que os militares passaram a centrar suas atenções em defesa dos interesses nacionais. Alguns observadores internacionais têm se referido também à possibilidade de a Argentina vir, num futuro próximo, constituir-se também numa área de preocupação, por conta de problemas políticos internos. Não se sabe ao certo se essa proximidade entre o atual governo brasileiro e as Forças Armadas poderão facilitar um maior protagonismo dos militares em toda a região. O certo é que, independente de governos, a atuação dos militares dentro desse novo quadro, que vai se desenhando no mundo e no continente, tende a se intensificar daqui para frente.

É corrente também a noção de que, para os próximos anos e talvez décadas, haverá necessidade de aumento de gastos na área militar, mesmo que ocorra um enxugamento no número de efetivos das Forças Armadas. Para alguns historiadores, estaríamos revivendo um período semelhante ao ocorrido com a guerra do Paraguai (1864-1870), época em que os militares, até então desprestigiados, passaram a angariar maiores simpatias e a desfrutarem de maior poder junto ao Estado.

Com um efetivo de aproximadamente 360 mil homens, preparados para a ação, e com um contingente que oscila próximo de 1.6 milhão de soldados, segundo dados de 2017, as Forças Armadas têm pela frente um grande desafio, semelhante a esforços realizados em tempos de guerra. O Brasil possui mais de 23 mil quilômetros de fronteiras, sendo 15.700 em fronteiras secas ou terrestres e outras 7.300 de fronteiras marítimas.

Para garantir a soberania de mais de 8.5 milhões de quilômetros quadrados, numa época de grande instabilidade mundial, quer queiram os pacifistas ou não, haverá necessidade de repensar o poderio militar de defesa e de dissuasão do Brasil. Soma-se a esses números o território marítimo brasileiro, determinado por acordo internacional, que inclui, sob nossa soberania, uma área de 22 quilômetros contados da costa em direção ao oceano (12 milhas náuticas). Incluem ainda, sob a tutela brasileira, uma área de 200 milhas náuticas (370 Km), contadas da costa, a denominada zona econômica exclusiva (ZEE), estabelecida pela Convenção das Nações Unidas em 1982. Temos aqui um caso clássico em que tamanho é responsabilidade e destino. Nessa área marítima, os estrategistas preveem também problemas, sobretudo, pela existência de grande quantidade de petróleo e gás, armazenados nas reservas do pré-sal.

Existe ainda a preocupação ambiental com essas áreas, chamada de Amazônia Azul, cobiçada por muitos países. Desde sempre, sabe-se que, onde há riqueza a ser explorada, há potencial para conflitos. Hoje, essa realidade não só permanece como era no passado, como tem sido agravada pela escassez progressiva de recursos.

Na nova política de defesa, nenhum ponto deve ser deixado de lado. Questões como as mudanças climáticas e mesmo a pandemia são hoje assuntos de interesse da defesa nacional e, como tal, não podem ser desprezados ou minimizadas. Mesmo com uma política ainda errática com a relação à Amazônia, o governo vem sendo convencido de que essa imensa região é de vital interesse estratégico para o Brasil, tanto pela biodiversidade, quanto pela existência de abundantes recursos minerais e hídricos, como pelo grande potencial energético para nosso país.

Por outro lado, sabe-se também do enorme interesse dos estrangeiros por essa região, ainda desconhecida por nós em sua totalidade. Há ainda a questão dos recursos hídricos, cada vez mais escassos em todo o mundo, e que, no futuro, será um dos motivos centrais para disputas de toda a ordem, inclusive pela força. Nesse quesito, o Brasil, como detentor de 12% das reservas de água doce do planeta, tem enormes desafios pela frente para garantir que essa riqueza fique sob a soberania dos brasileiros.

Não bastasse toda a responsabilidade sobre essa imensa área, que guarda riquezas para garantir nosso futuro, há ainda, sob a responsabilidade que recai sobre os miliares brasileiros, a atuação na segurança interna, por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), muitas vezes utilizada em todo o território nacional para o estabelecimento da paz social.

Diante de tantos e tão hercúleos desafios que têm que assumir nesse século, seria até compreensível que os militares, de uma hora para outra, deixassem as pastas que ocupam no governo para se concentrar apenas na gestão e operação da nova política de defesa nacional.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A história é um processo no qual as testemunhas se contradizem.”

Charles-Victor Prévost d’Arlincourt, romancista, poeta e autor dramático francês.

Charles-Victor Prévost d’Arlincourt.                                        Desenho de Robert Lefèvre (1822).                                  Imagem: wikipedia.org

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O asfalto da Asa Norte, na pista leste do Eixo Rodoviário sofreu uma depressão muito grande, e está constituindo um sério perigo. É à altura da primeira tesourinha. (Publicado em 12/01/1962)

Defesa nacional em questão

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Foto: Romério Cunha/Ministério da Defesa

 

Mudam-se os tempos, mudam as estratégias e as táticas de proteção e manutenção da integridade territorial do país. Sob esse desígnio é que está em andamento agora uma significativa atualização de toda a Política Nacional de Defesa (PND) do Brasil, frente às novas possibilidades de instabilidades geopolíticas que se anunciam para todo o continente sul americano nos próximos anos.

Em questões dessa magnitude, antecipar soluções para não ser surpreendido num mundo em rápida transformação, parece o caminho mais sensato a ser trilhado daqui para frente. Estrategistas e outros especialistas nesse tema concordam que a América do Sul não pode mais ser considerada uma região totalmente pacífica e livre de conflitos, como se acreditava até pouco tempo.

Com o novo PND, que será encaminhado pelo Executivo à apreciação do Congresso nesses próximos dias, o governo espera modernizar o conjunto de ações de defesa do país, tanto em sua fronteira seca, quanto na região amazônica, estendendo essas medidas de proteção também para toda a plataforma marítima sob a jurisdição do Brasil. Há muitos anos, estudiosos desses problemas geopolíticos vêm alertando para as rápidas transformações que se dariam em todo mundo por conta do aumento da população do planeta, o que foi potencializado, ainda, pelos efeitos devastadores das mudanças climáticas.

Não é segredo para ninguém que a humanidade entrou, inexoravelmente, numa rota de grandes desafios. Talvez os maiores já enfrentados por nossa espécie em todos os tempos. A enormidade das questões, tanto com relação à superpopulação mundial, quanto com relação ao esgotamento dos modelos de consumos tradicionais, induzidos pelo sistema capitalista, está sendo colocada em xeque e agravada pelos efeitos das mudanças climáticas sem precedentes.

No continente sul americano, essas novas realidades também estão presentes e agravadas por esses mesmos fatores, em menor escala, e por outras questões de ordem política. De fato, vivemos imersos num cenário mundial de grande instabilidade e a América Latina não é exceção a essa regra. Por certo, aos militares, diante desse novo panorama global e local, caberão responsabilidades imensas e urgentes.

Nesse novo campo de atuação de defesa que se apresenta, o Brasil terá, forçosamente, que mobilizar um grande conjunto de ações para garantir, de fato, a soberania sobre muitas áreas. É sabido que, em períodos de grandes crises humanitárias, as fronteiras físicas passam a ser invisíveis. Os deslocamentos, em massa, de populações, como os que vêm ocorrendo entre a África e a Europa, têm muito o que ensinar aos estrategistas, sobretudo nas consequências que essas grandes migrações geram para estabilidade de um país.

Aqui, no continente, a preocupação dos militares com relação à política externa centra-se, basicamente, na vizinha Venezuela, por conta da grande instabilidade verificada naquele país nesses últimos anos, agravada ainda pela pandemia do coronavírus, que levou aquela nação a uma situação de total desabastecimento e desespero de milhões de cidadãos. Naquele país, o que se sabe é que o que falta em alimentos, medicamentos e outros insumos básicos, e sobram armamentos.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os homens inúteis e brutais não são pessoas, são trasgos.’

Quinto Cúrcio Rufo, senador e historiador romano.

Quinto Cúrcio Rufo. Imagem: wikipedia.org

 

Cine minha

Alguns consumidores aliviados com a opção do Drive-in. Isso porque há autonomia. Nada de venda casada entre combos de pipoca e refrigerante. A família leva a pipoca se quiser, pão de queijo, um suquinho de morango para a criançada e todos aproveitam o filme sem explorações descabidas.

Foto: Facebook/Reprodução

 

Opinião

Corre, pelas redes sociais, um texto assinado por Alacoque Lorenzini Erdmann. Parece que é uma adaptação à opinião da professora. Trata das dificuldades sofridas pela classe, durante a pandemia, que não teve oportunidade de receber capacitação para dar aulas online. Além do salário sofrível, os professores foram obrigados a usar o aparato pessoal para cumprir a função. O texto pode ser lido logo abaixo.

–> NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES

De um dia para o outro, os professores montaram todo um sistema de educação obrigatória à distância para continuar a sua missão de vida a partir de casa… Com dedicação!!!!
Materiais? Seu computador privado e pessoal.
Sua internet, sua luz? Pagas do próprio bolso.
Espaços? A sala de sua casa, que torna pública a desconhecidos a sua intimidade.
Direitos autorais? Cedidos! Pesquisas, imagem, textos, tarefas…
Exigências? Muitas!!!! Reclamações de todos a todo momento, sem sensibilidade alguma ao esforço súbito a que estamos submetidos!

A escola na sala de casa nunca acaba.
Um milhão de e-mails para atender, grupos pelo WhatsApp, chamadas, atendimento personalizado, aproximando-se da função tutorial. Reuniões a qualquer hora, mensagens de toda ordem…
Gestores, alunos, famílias, sociedade: nós, Professores, estamos trabalhando…
Na verdade, multiplicamos por muito as nossas horas de trabalho, pois agora esclarecemos as dúvidas de um a um, corrigimos as tarefas uma a uma, sem acréscimo salarial ou mero reconhecimento ou agradecimento por isso… nos doamos para além do conteúdo. Sem falar sobre as orientações de ordem psicológica, dentro da compreensão de fazer com que os nossos alunos vejam a transcendência do que estamos vivendo…

NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES!
Mas eu aplaudo os professores! Eu aplaudo os meus colegas. Eu aplaudo os professores dos meus filhos/netos!!! Eu aplaudo os professores com todas as minhas forças! Um brinde à educação dos professores, pelo lugar que lhes cabe nesta época de crise…
Fazemos parte da história… Ainda que não sejamos aplaudidos!!!!! Eis aqui um milhão de aplausos para todos nós! 👏👏👏”
(Texto da Prof.ª Alacoque Lorenzini Erdmann. Adaptado)

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Bem assim! Dói ouvir que o professor está de férias ou de má vontade! 😥

Não estou de férias, estou trabalhando igual um louco, mas pelos meus alunos faço o meu melhor sempre.

Foto: Divulgação/MCTIC

 

EAD

Senac oferece vários cursos online gratuitos durante a pandemia. Desde design de interior até inglês. Veja todos os detalhes no link Cursos em destaque.

 

Tecno

Autoridade em Brasília sobre tecnologia aplicada em coros, o maestro Eldom Soares está com grande demanda durante a pandemia.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os boatos de convocação do Congresso já passaram. E seria demais, mesmo, convocar um Poder em recesso para eudar um ataque a uma instituição estudantil. O caso é grave, mas a ação do governo poderá ser, bastante para encerrar o assunto. (Publicado em 12/01/1962)

Saneamento: básico para o desenvolvimento

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Foto: Geraldo Ribeiro / Agência O Globo

 

Com a sanção, dada agora pelo presidente Jair Bolsonaro, ao novo marco legal do saneamento básico, a expectativa de boa parte daqueles que colaboraram para a arquitetura do projeto de lei é que, finalmente, o acesso de todos os brasileiros à água potável e à coleta de esgoto seja completada em todo o país, pelo menos, até o fim de 2033.

A nova lei, no entanto, já nasce com algumas contrariedades, fato esse que pode vir a atrasar, ainda mais, sua plena aceitação por parte dos estados, principalmente aqueles que contam com empresas estatais de sólida tradição nesses setores e que, ao longo das décadas, eram tidas como uma espécie de caixa-forte dos governos locais, pelo grande volume de recursos que recolhem das populações.

O alargamento da concorrência privada num setor, até aqui, desprezado por políticos e empreiteiros pode finalmente abrir espaços para que tamanho empreendimento se torne não só viável, mas, principalmente, lucrativo para muitas empresas. A questão aqui é saber se os preços e, principalmente, a qualidade nos serviços e produtos irão atender, a contento, uma população formada, na sua maioria, por brasileiros de renda média e baixa. Desde sempre, soube-se que empreendimentos na área de saneamento básico jamais iriam muito longe, sem contar com a larga participação e experiência de empresas privadas.

Questões de toda a ordem fizeram com que esses serviços no Brasil ficassem apenas nas mãos de empresas estatais, o que resultou no que se conhece hoje. Apenas as regiões sul, sudeste e algumas poucas áreas nas grandes cidades contavam com um sistema razoável de distribuição de água tratada e coleta de esgoto e com uma estrutura decente de coleta e acondicionamento de lixo. No restante do país, esses serviços eram insuficientes ou sequer existiam de forma digna.

Questões políticas paroquiais e outras de interesses estranhos à população atrasam, sistematicamente, a realização dessas obras, a maioria entregues às empresas estatais inoperantes e sem grande ânimo para tocá-las. Doravante, as obras nesse setor só poderão ser realizadas mediante processo de licitação pública entre empresas da iniciativa privada e estatais. O fato inovador é que as empresas envolvidas nessas obras, ao contrário do que acontecia com frequência no passado, terão que cumprir metas pré-estabelecidas.

A perspectiva da nova lei é que, até o ano de 2033, 99% da população brasileira tenha acesso pleno à água potável e 90% das residências tenham coleta e tratamento de esgoto. Especialistas sabem que a atenção a boas condições de saneamento é um fator decisivo para melhorar a saúde da população, prevenindo e até interrompendo um ciclo contínuo de infecções diversas. A precariedade de saneamento é uma das principais características a definir países subdesenvolvidos e aquele que mais pesa na economia e na qualidade de vida da população.

No Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não possuem acesso à coleta e tratamento de esgoto, o que explica, em parte, o número de doenças infecciosas e fatores como a mortalidade infantil, entre outras mazelas. De fato, país algum pode almejar a condição de desenvolvido, com 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada em casa.

Esse é um passivo histórico que compromete o pleno desenvolvimento do Brasil, sobretudo em seu aspecto de cidadania e de direitos básicos. Contornada algumas divergências no tocante aos onze vetos feitos pelo presidente Bolsonaro à nova lei de saneamento, a expectativa e a aposta é que a essa lei venha ser cumprida em sua totalidade, contrariamente a outras leis importantes e vitais que ficaram pelo caminho, como é o caso das metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE), esquecido em alguma gaveta nos labirintos da imensa burocracia estatal.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A terra em que somos escravos, mesmo que seja a da pátria, parece-nos mais só e vazia do que um ermo.”

Luís Augusto Rebelo da Silva foi um jornalista, historiador, romancista e político português

Luís Augusto Rebelo da Silva. Foto: wikipedia.org

 

Informar

Em tempos de pandemia, é preciso mais organização dos hospitais para dar notícias aos familiares sobre o estado de saúde dos internados. O fato de não haver a possibilidade de um familiar acompanhar o doente, é uma tensão a mais no ambiente. Cabe ao hospital cumprir as regras de comunicação, que são antigas.

Foto: Geraldo Ribeiro / Agência O Globo

 

Só poeira

Que falta faz, à cidade, Ozanan Correia Coelho de Alencar. Uma volta no Itapuã, Paranoá Parque, Recanto das Emas, Sol Nascente. Lugares áridos, sem árvores, sem frutas, sem flores.

Ozanan Correia Coelho de Alencar. Foto: Divulgação/Novacap

 

CLDF

Veja, a seguir, a transmissão da Câmara Legislativa com os nossos deputados discutindo a volta às aulas.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Mas os males diminuem. O asfalto já atinge a todos os setores do SIA, evitando-se os caminhos lamacentos do inverno passado. (Publicado em 12/01/1962)

A Polêmica do compartilhamento dinâmico de espectro introduzido pela 5G

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Foto: Albert Gea/Reuters

 

Como repetia o filósofo de Mondubim, em certas circunstâncias, “há males que vêm para o bem”, isso se forem bem absorvidos o que eles possam produzir em ensinamentos. Vale até lembrar frase infeliz proferida pelo ex-presidente Lula, ao afirmar em entrevista recente: “Ainda bem que o monstro do coronavírus surgiu”. Deixando de lado as sandices habituais do ex-presidente, para quem vale a máxima do “quanto pior, melhor”, o fato de a pandemia do Covid-19 ter deixado suspensas muitas iniciativas de interesse da população tem servido para que, ao menos, tenha uma pausa, forçada e necessária, o caso da polêmica discussão sobre a implantação da nova tecnologia de comunicação 5G, para uma melhor reflexão de todos sobre um tema ainda tão cheio de sombras e presságios.

De fato, a questão do chamado Compartilhamento Dinâmico de Espectro (DSS, em inglês), trazido pela nova tecnologia 5G, precisa, ainda, antes de ser adotado em nosso país, ser estudado com extrema cautela, pois, por detrás dessa novidade de conexão super-rápida, escondem-se armadilhas que necessitam ser previamente esclarecidas e desarmadas.

Com a pandemia provocada pela virose do Covid-19, vinda supostamente direto da China, surgiram, em todo o mundo, muitas interrogações sobre a possibilidade de o governo ditatorial daquele país estar organizando, por meio dessa nova tecnologia desenvolvida pela gigante local Huawei, um conjunto de estratégias e táticas geopolíticas que dariam ao Partido Comunista Chinês, que controla o país com mão de ferro, acesso ilimitado a dados pessoais de praticamente todos os cidadãos do planeta.

Não é pouca coisa e, se isso for verdadeiro, trata-se de uma estratégia global de dominação que seguiria os passos deixados após a invasão dos produtos chineses em todos os mercados do globo. Mais do que uma estratégia de marketing, visando aumentar lucros, o que é normal no mundo do comércio, a estratégia montada pelo PCC estaria associada a uma estratégia muito maior de dominação do resto do mundo, conforme programado pelo estatuto do próprio partido.

Para alguns analistas do tema, trata-se de uma guerra pela soberania cibernética que está em andamento e cujos movimentos são feitos com a tradicional paciência e tenacidade dos chineses. Teoria da conspiração ou não, o fato é que países que levam a sério a questão de segurança de seus dados estratégicos e dos dados das suas populações já resolveram impedir a expansão da tecnologia 5G, montada pela multinacional Huawei em seus territórios.

Estados Unidos, Grã Bretanha, Austrália, Japão e outros países desenvolvidos, simplesmente, têm impedido a implantação do DSS pela Huawei. É preciso lembrar que, dentro da própria China, o governo determina que as empresas que operam dentro do seu território devem armazenar seus dados e torná-los acessíveis às autoridades locais, sob pena de prisão.

No caso do Brasil, onde a tecnologia 5G está sendo lançada neste momento, em algumas poucas localidades de São Paulo e Rio de Janeiro, o risco de avançarmos com essa armadilha, com os olhos vendados, por supostas vantagens econômicas imediatas, é imenso, dado o que já sabemos sobre a fraqueza de nossa classe política ao dinheiro.

Aquartelada em casa, a população precisa se posicionar, pressionando as lideranças políticas para que esse tema não avance sem um aval majoritário e consciente de todos os brasileiros.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Há tantas imparcialidades quantos os autores, e jamais foi possível por de acordo dois críticos imparciais sobre um mesmo assunto, quer ele seja a virtude de Lucrécia Bórgia ou o gênio de Napoleão.”

Carlos Malheiro Dias, jornalista, cronista, romancista, contista, político e historiador português.

Carlos Malheiro Dias. Foto: wikipedia.org

 

Quarentena

Para matar a saudade dos tempos dos selos, nossa leitora foi aos Correios levar uma encomenda e uma cartinha para as netas que moram em Connecticut. Voltou para a casa com a encomenda nas mãos. Nenhuma correspondência para os E.U.A. tem sido recebida pelos Correios.

Foto: L.C. Leite/Folhapress

 

Sem titubear

Uma iniciativa honesta e surpreendente. A academia Smart Fit, conhecida na cidade pelos preços atrativos, em posse das fichas dos clientes, durante a pandemia, cancelou automaticamente a matrícula dos frequentadores com mais de 60 anos.

 

Sem pudor

Por outro lado, escolas infantis, que cobram o valor de uma mensalidade do curso de medicina para crianças de 4 anos de idade brincarem, ameaçam os pais, que querem trancar a matrícula em tempos de pandemia. Invocam a Lei nº 12.796/2013, que estabelece a idade escolar para a educação infantil.

Foto: Arquivo Pessoal/Washington Luiz (correiobraziliense.com)

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outra reivindicação do SIA: água. O uso de bombas e poços artesianos é uma emergência, e deveria ter existindo somente ao tempo da fundação da cidade. (Publicado em 12/01/1962)

Lições de casa

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Imagem: negocios.empresaspioneiras.com

 

         Fosse colocado na balança das experimentações da humanidade, o ano de 2020 teria o mesmo peso e o significado de outros períodos de extrema aflição, experimentados pela humanidade, como aqueles que marcaram as Primeira e Segunda Guerras Mundiais, ou mesmo os atentados terroristas às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, em novembro de 2001.

         Na realidade, o século XXI foi descortinado com a mau augúrio dos atentados terroristas em todo o mundo, sinalizando, a todos, que esse seria um tempo que não passaria em branco. Vivemos essas primeiras duas décadas em sobressaltos. Tratam-se aqui de tempos para serem varridos da memória pelo simples fato de que nos recordam, a todo o instante, a extrema fragilidade e  fluidez de nossas vidas.

         Para os filósofos e os pensadores da condição humana, são tempos férteis e cheios de aprendizados e, quem sabe, de novas perspectivas, aceleradas pela imposição de um isolamento social que tornou até as mais febris e movimentadas cidades do planeta, em lugares fantasmas, habitados apenas pela memória. Neste exato instante, em muitos cantos do planeta, pessoas das mais diversas especializações estão debruçadas, refletindo sobre mais essa encruzilhada em que se depara a espécie humana, buscando compreender que alternativas seriam viáveis e seguras para uma mudança de rumo.

         Por certo, para o bem ou para o mal, todos aqueles, que buscam respostas para o acontecido em 2020, concordam num ponto: nada será como antes. De antemão, temos como prioridade não morrermos acometidos pela virose traiçoeira. No contexto em que nos encontramos, temos algumas esperanças de que a espécie humana possa reavaliar seu papel sobre o planeta. Aos olhos de alguns economistas, alguns sistemas que vínhamos experimentando terão suas rotas alteradas. A começar pelo sistema capitalista e sua variante: a globalização.

          Não é certo, ainda, pensar a pandemia como resultado extremo do próprio capitalismo. Tampouco é sabido se a pandemia virá para enterrar esse sistema e inaugurar outro, com a face mais humana. O que se sabe é que depois da peste negra ou peste bubônica, entre os anos 1347 e 1351, quando 200 milhões de pessoas, na Europa e Ásia, pereceram, o sistema feudal, predominante naquelas regiões, deixou de existir, cedendo lugar ao capitalismo comercial.

         Também naquela ocasião, acredita-se, a peste teria viajado através da rota da seda, desde o Oriente, atingindo a Europa, a partir também da Itália, tal qual ocorreu com a Covid-19. Qualquer sistema, por maior e mais sofisticados que sejam seus mecanismos, tem seu ciclo. Com o capitalismo parece não ser diferente. No plano íntimo de cada um de nós, há ainda mudanças que se anunciam necessárias, mas que ainda não vislumbramos bem. As pessoas e as famílias estão sendo postas a provas duríssimas e isso, de certo, provocará reflexões, o que, por sua vez, abrirá portas para transformações.

          Temos claro que é impossível pensar em mudanças do sistema, seja ele qual for, sem mudanças nos indivíduos. Os sistemas refletem quem somos, gostemos ou não da premissa. Pouco antes da eclosão da pandemia, vivíamos o dilema do aquecimento global e ele ainda está ocorrendo. Esse fator externo também contribuirá para mudanças tanto no comportamento íntimo de cada um, quanto terá seus reflexos no sistema capitalista, principalmente em quesitos como o consumo e a distribuição de renda.

         Um fator vinculado à pandemia, e que não pode ser ignorado, é o aumento sensível da pobreza e de pessoas em situação de risco. O ultra liberalismo e o hiper capitalismo, seus princípios éticos, parecem estar com os dias contados. Coube à China comunista, controlada por uma ditadura burocrática e insensível, mostrar ao mundo os horrores do capitalismo levado ao extremo.

         A pandemia serviu, entre outras mil lições, para demonstrar o quanto pode ser nocivo à humanidade aparelhar, politicamente, órgãos das Nações Unidas, como a OMS. Aqui no Brasil, também as lições trazidas pela crise são inúmeras e deverão ser adotadas. A começar por uma mudança de rumos no próprio governo. O capitalismo industrial e poluidor terá que ceder espaço, cada vez maior, a um tipo de construção de riqueza que não agrida o meio ambiente e, sobretudo, o próprio homem. São lições de casa que, entre outras mil, haveremos de fazer, literalmente, em casa.

 

A frase que foi pronunciada:

“Pode-se morrer mais do que uma vez. A sepultura é que é só uma, para cada homem.”

Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco foi um escritor português, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor. Foi ainda o 1.º Visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D. Luís. (Wikipedia)

Camilo Castelo Branco. Foto: wikipedia.org

 

Solidariedade

Pelo Instagram, Ivan Mattos convida a comunidade de Brasília a conhecer seu trabalho em parceria com outros fotógrafos.  Veja, na página Fotografias Solidárias, como você poderá ajudar a Casa de Ismael, que está precisando demais do apoio de todos.

Publicação feita no perfil oficial do projeto Fotografias Solidárias no Instagram

 

Humano

Uma mensagem simpática do ex-governador Rodrigo Rollemberg, aos amigos, pelo WhatsApp. Coisa de quem cresceu na cidade e cativou muita gente. Veja no blog do Ari Cunha.

 

Leitor

Não é à toa que o Lago Norte tem tido aumento expressivo nos casos de dengue. A última casa da QL2, conjunto 8, acumula resto de obras no local, deixando os vizinhos em polvorosa. Isso há anos. Mas, até agora, nada foi feito, apesar das inúmeras reclamações.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As firmas instaladas ali são obrigadas a um sacrifício enorme, porque ficam completamente isoladas do resto da cidade. E um telefonema interurbano para ser completado, tem que ser no posto da W-3. (Publicado em 12/01/1962)

Estrutura cambaleante do Estado

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Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

 

Curioso notar que características da nossa formação cultural e moral, em que o Estado é o quintal da casa, ganharam maior impulso justamente depois da proclamação da República, em 1889, que buscava, apenas na propaganda, acabar com essa confusão.

A própria proclamação da República, por se constituir num golpe de Estado, sem respaldo legal e sem aclamação popular, veio para confirmar que o patrimonialismo apenas passaria da mão do Imperador, que nela não fazia qualquer proveito próprio, ao contrário, fazia questão de mostrar seu compromisso com a ética pública, para as mãos de poucos outros militares e civis, sem preparo e pouca ilustração.

Com a ascensão da classe política no comando dos destinos do Brasil, essas características alcançaram os píncaros da eficácia, atingindo níveis de uma doença que retém nossa sociedade enferma e acamada, sem vontade e sem alma. Os clãs políticos, compostos pelos civis, reproduziram esses vícios no poder, com maior eficácia ainda, provocando uma espécie de modernidade às avessas, na estrutura do Estado.

Nos três Poderes, essas mazelas encontraram abrigo e condições de se reciclarem e se reproduzirem, formando o que o pensador da nossa formação histórica, Sérgio Buarque de Holanda, classificou como o homem cordial, na obra Raízes do Brasil, de 1936. É desse desvirtuamento das leis, reunidas na própria Constituição, que seguimos assistindo ao afastamento entre uma sociedade que clama por mudanças e uma classe dirigente que faz de tudo para perpetuar seu mandonismo de aspectos pessoais.

Hoje, é quase impossível encontrar autoridade instalada, em qualquer dos três Poderes, que não tenha familiares guindados a posições de destaque ou que não usufrua de vantagens decorrentes da posição de destaque ocupada por um consanguíneo seu. Alguns explicam que contratam pessoas confiáveis e que não enriquecem trabalhando honestamente. Outros não se incomodam em dar satisfação.

O próprio Ministério Público, que viria como uma grande novidade na Carta de 1988, acabou sendo abduzido, também, dentro das perspectivas de escolha pessoal de seu procurador-geral. O desmonte patrocinado pela PGR contra a Lava Jato, que, a princípio, nasceu para acabar com o desvirtuamento nas relações entre Estado e indivíduos, tem, na figura do atual procurador, seu maior entusiasta.

Tem encontrado forte resistência de seus pares da própria Procuradoria. Mesmo as decisões monocráticas e sempre nos recessos da corte, emitidas, mais uma vez, pelo presidente do Supremo, obrigando os procuradores da Lava Jato a enviarem todos os dados de investigações para a PGR, inserem-se numa tentativa de frear ímpetos de moralização nos aparelhos do Estado e deixar que velhos hábitos e personagens de triste memória sigam seus antigos e censuráveis desígnios.

Aqui e ali, as velhas práticas dessa sopa que mistura personalismo, patrimonialismo, patriarcalismo e cordialidade consanguíneas, vão sendo praticadas em nome de uma República por demais conspurcada e transformada, de coisa pública, em coisa de clãs, com nome e sobrenome.

 

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“O meio de conseguir nome eterno são as virtudes e não as vaidades. Vivei bem; e cada ação honesta será uma estátua de vossa fama e um epitáfio de vossa memória.”

Pe. Manuel Bernardes, presbítero da Congregação do Oratório de S. Filipe Nery. É um dos maiores clássicos da prosa portuguesa.

Pe. Manuel Bernardes. Imagem: wikipedia.org

 

Curioso

Volta e meia, o assunto Covid-19 pula das páginas de Saúde para as páginas de Negócios.

Foto: Paul Yeung/Bloomberg (valor.globo.com)

 

Sem socorro

Sem ação e assistência, o número de famílias nas ruas da capital aumenta. Na entrada norte da UnB, os barracos e lixo assustam.

Reprodução globoplay.globo.com

 

Fortaleza

Ódio mesmo é o que foi concentrado em ataques à ministra Damares. Uma pessoa do povo, que se posiciona contra o aborto, em favor da família, e pelo respeito à natureza do gênero já é execrada. Imaginem uma ministra. Mentiras sobre a vida particular e pesquisa cirúrgica para encontrar qualquer débito. Nada foi mais forte do que a capacidade dessa mulher em ignorar os ataques e continuar firme no trabalho. É preciso reconhecer.

Foto: istoe.com.br

 

Sem fim

Indecisão sobre abertura do comércio causa prejuízo a vários empresários que se prepararam para receber os clientes de volta. Se o Covid-19 mata pessoas, é certo que, a economia, o vírus extermina. Se não houver interesse pela profilaxia, a guerra vai piorar. No exterior, a Victoria’s Secret declarou falência, a Zara fechou 1.200 lojas, La Chapelle retirou 4.391 lojas, fundador do Airbnb disse que, devido à pandemia, 12 anos de esforços foram destruídos em 6 semanas. Veja a lista (com certeza) incompleta, a seguir.

–> Se você tem um emprego e sua empresa ainda está operando, seja muito grato.

POR QUE?

1. Victoria’s Secret declarou falência.
2. A Zara fechou 1.200 lojas.
3. La Chapelle retirou 4391 lojas.
4. Chanel é descontinuado.
5. Hermes é descontinuado.
6. Patek Philippe interrompeu a produção.
7. Rolex interrompeu a produção.
8. A indústria de luxo do mundo desabou.
9. A Nike tem um total de US $ 23 bilhões em dólares americanos se preparando para a segunda etapa das demissões.
10. Academia de ouro pediu falência
11. O fundador do AirBnb disse que, devido à pandemia, 12 anos de esforços foram destruídos em 6 semanas.
12. Até a Starbucks também anunciou o fechamento permanente de suas 400 lojas.
13. O WeWork também não está em um ótimo local

A lista continua…

Veja o cenário econômico dos EUA:

Nissan Motor Co. pode fechar nos EUA

1. Maior empresa de aluguel de carros (Hertz) entrou em falência – eles também possuem a Thrifty and Dollar
2. Maior empresa de caminhões (Comcar) entrou em falência – eles têm 4000 caminhões
3. A empresa de varejo mais antiga (JC Penny) pediu falência – a ser adquirida pela Amazon por centavos
4. O maior investidor do mundo (Warren Buffet) perdeu US $ 50 bilhões nos últimos 2 meses
5. A maior empresa de investimentos do mundo (BlackRock) está sinalizando um desastre na economia mundial – eles administram mais de US $ 7 trilhões
6. O maior shopping da América (Mall of America) parou de pagar pagamentos de hipotecas
7. Companhia aérea mais respeitável do mundo (Emirates) demitindo 30% de seus funcionários
8. Tesouro dos EUA imprimindo trilhões para tentar manter a economia em suporte de vida
9. Nº estimado. de lojas de varejo fechando em 2020 – 12.000 a 15.000. A seguir, estão os grandes varejistas que anunciaram o fechamento:

– J. Tripulação
– Gap = Vão
– Victoria’s Secret
– Banho e Corpo
– 21 para sempre
– Sears
– Walgreens
– GameStop
– Pier 1 Importações
– Nordstrom
– Papiro
– Chico’s
– Maternidade de destino
– Modell’s
– A.C. Moore
– Macy’s
– Bose
– Art Van Furniture
– Olympia Sports
– K Mart
– Cafés e padarias especializados
e muitos mais

As reivindicações de desemprego atingiram uma alta histórica de mais de 38 milhões – o desemprego é superior a 25% (dos 160 milhões de trabalhadores, quase 40 milhões estão sem emprego – não oficiais, * 40% reais *). Sem renda, a demanda do consumidor está caindo drasticamente e a economia entrará em queda livre. Este é apenas EUA …

Sob o peso da nova pandemia da coroa, muitos gigantes estão enfrentando a crise do fracasso. Cinco meses de pandemia criaram MUITO dívida e dezenas de milhares de empresas faliram. Se você tem negócios e sua empresa ainda está lá, e não há cortes de pagamento ou demissões, trate bem sua empresa e seu cliente. Os seres humanos estão enfrentando a pandemia que não pode ser controlada. A segunda metade de 2020, é o desafio da força e relacionamento corporativos

2020 é sobre sobrevivência. Cuide de si e de seus entes queridos. Seja feliz com o que você tem!

Foto: Minervino Júnior/CB/D.A Pres

 

Mais essa

Contas da Caesb vêm com aumento injustificado. Nenhum canal da empresa resolve. As atendentes têm no script que “o aumento se deve ao consumo maior.”

Foto: revistaaguasclaras.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Enquanto isto, a obra da W3 está paralisada ou quase isto. Lembrem-se que houve um senhor que prometeu inaugurá-la em novembro. Isto é para que a gente sempre lembre de que nem sempre as entrevistas exprimem o desejo das pessoas. (Publicado em 11/01/1962)

Velhos hábitos persistem e moldam nossa modernidade

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Foto: congressonacional.leg.br/visite

 

Que as instituições públicas são maiores e infinitamente mais importantes do que quaisquer outros indivíduos que venham a comandá-las, isso é sabido e é o que consta nos princípios legais que regem a nossa República. Só que esse princípio, contido, inclusive, em muitos dispositivos na Carta Magna e que, de resto, assemelha-se à de muitos outros países democráticos pelo mundo, não encontra, entre nós, uma aceitação plena e pacífica. Isso decorre, por um lado, de nossa própria formação histórica. De algo que parece estar impregnado na alma dos brasileiros. A questão do patrimonialismo pode ser encontrada, em maior ou menor grau, em cada uma das civilizações que vieram compor o que é hoje a Nação Brasileira.

Tanto na Europa portuguesa, quanto nos confins das tribos africanas, ou mesmo nas sociedades indígenas, os sinais de confusão e imiscuidade entre o público e o privado são elementos comuns. De certa maneira, nessas sociedades, tudo era comum para todos. Mesmo na metrópole portuguesa havia, entre a nobreza, em certo sentido, uma familiaridade entre o público e o privado. Eram outras épocas, outros costumes. E isso não é bom nem ruim. Não há lugar, em história, para se tratar de critérios de revisionismo ou de julgamentos tardios que nada acrescentariam no curso da própria história.

Também entre os autóctones sediados nesse continente, milhares de anos antes da chegada do homem branco, o forte sentimento de comunidade fazia entender que tudo era de todos, no sentido de ser responsabilidade de todos em comum. O mesmo ocorria nas diversas etnias que vieram da África para serem “as mãos e os pés dos senhores de engenho”, segundo Antonil. Todos tinham nas suas tradições milenares o princípio de que todos eram responsáveis pelo destino comum da tribo. Com tais características presentes em cada um desses povos que vieram se juntar e amalgamar-se no novo mundo americano, não causa surpresa que essas tendências personalistas encontraram, por aqui, terreno fácil para prosperar ainda mais, criando uma nação totalmente sui generis, para o bem e para o mal.

Após séculos de interação de sangue e costumes, esse patrimonialismo personalista ganhou, na visão de alguns estudiosos da formação do povo brasileiro, outras definições e reparos, assentes nas ciências humanas da antropologia e da sociologia. A miscibilidade, característica própria do colonizador português, deu a direção e imprimiu ainda mais ânimo a mistura de raças e costumes, tudo num caldeirão de crenças que se concentrava em torno da família patriarcal, o primeiro embrião da sociedade brasileira e que, posteriormente, iria se desdobrar naquilo que cremos ser a Nação Brasileira,

Tudo em nós remete ao passado e imprime, em nosso comportamento, cicatrizes. Somos o que somos e, por isso, talvez, andemos às voltas, correndo, mordendo e assoprando o próprio rabo, como fazem os cachorros agitados. Durante todo o período histórico do nosso país, as características do patriarcalismo, do patrimonialismo, do personalismo estiveram presentes e, bem ou mal, conduziram-nos até onde estamos atualmente. Chegamos a esse ponto, que nada mais é do que uma espécie de encruzilhada alongada, que nos faz indecisos, sem saber que direção tomar. Afinal, a sociedade deve ser, como fazem outros países, regida pela impessoalidade do Estado ou ao contrário?

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O vício na gente nobre é vício posto a cavalo e entronizado, que em lugar de ser estranho e aborrecido, se faz honrar e respeitar. E deste exemplo nasce o estrago e perdição de muitos.”

Frei Luís de Sousa

Frei Luís de Sousa. Imagem: wikipedia.org

 

CEB’s

Dito e detalhado como o comunismo encontrou fendas na igreja católica para se infiltrar. Assista ao vídeo a seguir.

 

Missiva

Festas barulhentas, no Lago Oeste, durante a quarentena, são a prova de que não há fiscalização. Só pela algazarra fora do horário, é possível localizar o evento. O pior ainda não é isso. São pontos de distribuição de drogas. O pessoal da rua 13 está há dias sem poder dormir, por conta do barulho que se estende pela madrugada. Até tiros de salva se ouve! Duas ocorrências policiais já foram registradas, mas nenhuma com efeito. Enquanto isso, a civilizada vizinhança daquela região se pergunta se este será o novo normal.

 

 

Aval

Em sintonia com as centenas de médicos que denunciaram a falta de profilaxia ao Covid-19, leia, a seguir, a carta de um paciente que traduz o sentimento de várias pessoas que experimentaram atendimento médico em hospitais particulares.

–> CARTA ABERTA AO HOSPITAL SANTA LUCIA – BRASILIA, DF

Este é o relado do que ocorreu comigo quando do atendimento com sintomas da COVID-19 no Hospital Santa Lúcia, em Brasilia, DF.

No dia 30/06, procurei o Hospital já com os sintomas de tosse, garganta seca, nariz obstruído, falta de olfato e paladar, além de dor de cabeça. Durante o atendimento, cheguei a propor a adoção do protocolo de medicamentos precocemente (AZ + HCQ + IVERMECTINA + Zinco). No entanto, minha sugestão não foi acolhida pelo médico que me diagnosticou com “rinite alérgica e garganta inflamada” receitando um antialérgico (Dicloridrato de Levocetirizina) e Dipirona. Então, eu solicitei que o médico fizesse um relatório e solicitasse os exames sorológico e de PCR para o SARS-COV-2.

Realizei os exames no SABIN em 02/07 (quinta-feira), e observei uma piora significativa no meu estado de saúde nos dias que se seguiram. Fadiga, dor no corpo, dor no pulmão ao respirar profundamente, uma tosse terrível e muita dor de cabeça. O resultado do PCR POSITIVO foi disponibilizado no domingo à noite (05/07).

Na segunda-feira (06/07) me dirigi novamente ao Hospital Santa Lucia, já com o resultado do PCR POSITIVO e fui submetido a uma TOMOGRAFIA e exames de sangue adicionais que mais uma vez comprovaram a COVID-19, com laudo conclusivo da TC:

“Achados consistentes com indicação clínica de pneumonia viral por SARS-COV-2 (COVID-19). Percentual de acometimento pulmonar entre 25 e 50%”

Mais uma vez, solicitei aos médicos (fiquei tanto tempo no hospital que houve mudança de turno) que indicassem o protocolo adotado em vários países do mundo, e também no Brasil, inclusive citando os estudos realizados e os resultados obtidos pelo Dr Didier Rault em Marselle (FRA), o Dr. ZELENKO de NY, o Dr Paolo Zanotto (Prevent Senior – SP), Dra Nise Yamagushi, Dr Zeballos e Dr. Anthony Wong, entre outros, mencionando também o protocolo adotado pela UNIMED e mostrando o protocolo sugerido pelo grupo de 478 médicos do DF para o tratamento precoce da COVID-19.

Apesar de toda a minha argumentação e da minha insistência para ser medicado, ouvi dos “jovens médicos” que tudo aquilo era “FALÁCIA” e que não havia tratamento para a doença, que somente uma vacina poderia resolver e mesmo assim não antes de 2021… Eu ainda tentei insistir na minha argumentação, porém quando ouvi do “jovem médico” que “ele era o médico e que não discutiria mais comigo sobre o assunto”, percebi que não adiantava mais argumentar.

Então questionei qual seria o tratamento? E, pra minha surpresa ele me recomendou “retornar para casa em observação e em caso de piora retornar ao Hospital”. Foi aí que minha indignação chegou ao limite! Eu me levantei, e lhe disse que já estava na fase 2 da doença, com quase 50% do pulmão acometido, e que se piorasse, a próxima fase seria entubar!? Isso tudo sem receber nenhuma medicação! Eu não me sujeitaria a isso, e me retirei.

Lamento que o Hospital adote esse procedimento, ou a “falta de procedimento”, e oro pela vida das pessoas que buscam atendimento no Santa Lúcia com sintomas da COVID-19 em busca de tratamento e recebem indicação para voltarem para casa, tomar “Dipirona” e em caso de falta de ar ou piora no quadro retornarem ao Hospital.

Quantas internações poderiam ter sido evitadas? Quantas vidas poderiam ser salvas? Assim como foram salvas milhares de vidas em Belém (PA) com a adoção do protocolo da UNIMED precocemente no aparecimento dos sintomas.

Não posso crer que um Hospital como o Santa Lúcia ainda não tenha adotado os protocolos que vêm apresentando resultados práticos excelentes no tratamento da COVID-19, mesmo enquanto os estudos científicos desses protocolos ainda não são finalizados de acordo com os procedimentos exigidos.

Após deixar o Hospital Santa Lucia, procurei outro hospital que estivesse adotando os protocolos mencionados acima, fui medicado com AZITROMICINA + IVERMECTINA + DEXAMETAZONA, e com pouco mais de 24 horas de tratamento já não sinto desconforto respiratório, nem dor de cabeça, nem fadiga, e a tosse já começa e expectorar os pulmões. Inclusive, hoje mesmo (08/07), realizei minha caminhada de 6km em 1h12min com os pulmões absolutamente normais e sem incômodo nenhum!

Estamos numa guerra!
Temos que lutar com as armas que temos!
Se tivermos que morrer, que morramos lutando, mas nunca sem lutar!

Obrigado pelo seu tempo.
Valter Ferreira Mendes Jr

 

Auditoria cidadã

Fattorelli fala sobre a cessão de créditos de R$2,9 bilhões por R$370 milhões ao BTG e a relação dessa operação com a EC 106 e outras operações de compra de papel podre de bancos. Assista ao vídeo abaixo.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O depósito de mercadorias do UV-2 é um porão sem ventilação, onde a temperatura atinge a mais de 50 graus. A colocação de exaustores poderia corrigir o que está acontecendo. (Publicado em 11/01/1962)

Agenda ambiental ganha o mundo

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Vice-presidente da República Hamilton Mourão. Foto: portalmatogrosso.com

 

Ficasse apenas no discurso retórico de que a agenda ambiental era um estorvo para o crescimento do país, cuja a economia é puxada pelas riquezas produzidas pela agropecuária, o presidente Bolsonaro não teria feito muito diferente do que fizeram seus predecessores. Mas a inexperiência somada à jactância, que lhe é habitual, fez o presidente ir mais além e, numa demonstração de que pretendia se unir aos radicais do agronegócio e com isso angariar simpatias de uma forte bancada dentro do Congresso, partiu para a ação prática. Com isso, promoveu um desmonte significativo em todos os órgãos de controle envolvidos com a questão ambiental, inclusive aqueles ligados aos povos indígenas. Ibama, ICMBio, Funai e outros importantes institutos foram sensivelmente enfraquecidos, esvaziados ou simplesmente extintos.

Uma verdadeira razia foi promovida contra todos os órgãos ligados à agenda de meio ambiente, a maioria, sob o pretexto de que esses organismos de Estado estavam demasiadamente loteados por pessoas e partidos de esquerda. A avaliação, um tanto forçada, seguia, ipsis litteris, as recomendações feitas pelo poderoso lobby do pessoal ligado ao bilionário e pragmático agronegócio. Para essa turma endinheirada e com forte amparo dentro do Legislativo, as investidas legais dos órgãos de controle ligados à proteção do meio ambiente e dos povos indígenas, constantemente, vinham se chocando com os projetos e com as ambições desses grandes pecuaristas, colocando entraves à expansão, sem limites, desse grupo.

As safras recordes, juntamente com a larga produção de proteínas, que colocavam o Brasil como uma potência agropecuária, eram motivos de sobra para colocar o país sob a tutela direta do agronegócio. A própria balança de exportações reforçava a tese de que o agronegócio, que trazia bilhões em divisas para o país, deveria ter primazia sobre toda e qualquer outra estrutura do Estado. A caça às bruxas, promovida nos organismos de controle ambientais ao atender aos interesses desses e de outros grupos que vieram se juntar ao novo governo, deram os resultados esperados internamente e a curto prazo.

Mas o que esse pessoal e o próprio governo não esperavam, e sequer sonhavam, é que além desses resultados imediatos de desmantelamentos dos órgãos de fiscalização do meio ambiente, viessem outras consequências também, até em maior proporção, só que de forma negativa e prejudicial à economia do país. A política ambiental promovida pelo governo, de arrasa terra, fez não só aumentar o desmatamento e as queimadas por todo país, que atingiram níveis de crescimento recorde, como acabaram por chamar atenção do resto do mundo, justamente numa época em que parte da humanidade busca resgatar o que restou do planeta Terra.

Na contramão da história, e tendo pela frente um enorme passivo no meio ambiente, o presidente Bolsonaro corre agora contra o relógio, depois que investidores de todo o mundo começaram a ensaiar a retirada do Brasil do rol de países merecedores de investimentos.

Por outro lado, graças à pressões internas, muitos países, principalmente da Europa, onde o presidente acreditava ter fechado um grande acordo de livre comércio, começaram a rever suas posições e boicotar os produtos made in Brazil. A moratória, proposta agora pelo coordenador do Conselho da Amazônia, vice-presidente Hamilton Mourão, proibindo incêndios, de forma absoluta, por até 120 dias em toda a região da Amazônia e do Pantanal, insere-se num conjunto de medidas, tomadas às pressas, para tentar reverter o verdadeiro estrago promovido pelo atual governo e que colocaram o Brasil na vexaminosa posição de maior vilão mundial do meio ambiente. Há muito, a agenda ambiental ganhou importância em âmbito mundial, e só o atual governo não enxergou essa evidência e agora corre contra o tempo.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os seres viciosos seriam muito fortes, se o mal que levam consigo não bastasse para destruir o seu próprio veneno.”

Albert Delpit, romancista e ator dramático francês

Albert Delpit. Foto: wikipedia.org

 

Venezuela 1

Artista, Leda Watson conta, depois de ler a coluna intitulada Aos nossos irmãos venezuelanos, que esteve naquele país para ministrar um curso de gravura, em Caracas, por volta de 1996. Ficou entusiasmada com a Universidade, seus professores, alunos e estrutura funcional. O país parecia de 1º mundo e o curso e a exposição foram um sucesso.

“Palacio de las Academias”, antiga sede da Universidade de Caracas, também abrigou a Biblioteca Nacional. Foto: wikipedia.org

 

Curiosidade

Ari Cunha, mais ou menos em 1973, deu uma nota sobre uma mulher que tinha sido torturada grávida. Antes de ter sido julgado pelo Superior Tribunal Militar, foi informado pelo então presidente da Venezuela, Rafael Caldera, que aquele país estava de portas abertas para recebe-lo. Definitivamente eram outros tempos.

Arquivo Pessoal

 

Sensacional

Veja a seguir várias dicas de filmes sobre parto. Aspectos dos mais diversos abordados. Cada filme com uma linha de pensamento. Desde o parto humanizado até os problemas sustentados por médicos, da rede particular de saúde, em estimular o parto não natural.

 

Alcance

Chegam, em Alto Paraíso, casos do Covid. A comunidade pacata, que só ouvia falar em pandemia, agora começa a ficar preocupada e atenta às regras de distanciamento e uso de máscaras.

Foto: reprodução

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Faça suas compras no comércio de Brasília, mas consulte sempre duas casas antes de se decidir. Há os que exploram, e que você deve punir com sua ausência. (Publicado em11/01/1962)

Aos nossos irmãos venezuelanos

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Foto: reprodução

 

Imagem que corre nas redes sociais, e que fala mais do que mil palavras, mostra um comerciante venezuelano fotografado atrás do balcão de seu estabelecimento em duas ocasiões diferentes. As fotos, colocadas lado a lado, chamam a atenção pela discrepância entre uma e outra. Na primeira foto, datada de 1998, o comerciante aparenta estar mais saudável. Atrás de si, veem-se algumas prateleiras de seu pequeno comércio, abarrotadas de uma grande variedade de produtos das mais variadas marcas, o que denota que esse pequeno empresário vivia um bom momento no seu negócio e, quem sabe, em sua vida pessoal.

Na segunda imagem, postada ao lado, e captada pelo mesmo ângulo, mas com a data de 2008, esse empreendedor já aparece bem mais magro e visivelmente abatido. Seus olhos já não miram a lente da câmera como antes, mas parecem perdidos muito além, como se ultrapassassem toda aquela cena, indo perder-se em algum lugar, longe de tudo. Nessa nova fotografia, chama a atenção o fato de que seu estabelecimento comercial exibe, agora, prateleiras completamente vazias, com a exceção do que parecem ser uns poucos saquinhos de sal.

O empobrecimento patente desse personagem anônimo retrata, de forma cruel, duas realidades distintas e discrepantes. Seria impossível acreditar que se trata de um mesmo personagem, num mesmo ambiente. Que espécie de tornado ou furacão havia flagelado tão brutalmente aquele local? Os estragos provocados na economia, na sociedade, na política e na vida pessoal de cada um desses nossos vizinhos, que permaneceram naquele país por falta de alternativas, chocam não só pela crueldade a que foram relegados, mas, sobretudo, pela indiferença de um governo nitidamente criminoso, apoiado pelas forças das armas e pela violência de grupos paramilitares.

Essa é uma realidade que está às nossas portas, bem debaixo de nosso nariz, mas que, por questões paralelas, fingimos não perceber. Esse esquecimento, favorecido pelos problemas que também enfrentamos nesse lado da fronteira, nesses tempos de pandemia, só é quebrado quando duas fotografias, navegando displicentes, surgem boiando no oceano sem fim das redes sociais. São imagens que cutucam as pessoas por dentro, lembrando que eles ainda estão do outro lado da fronteira, experimentando um tempo de trevas em sua história recente.

Fotografias como essas têm o poder de, silenciosamente, mostrar a realidade de um país inteiro ferido de morte, pelas mãos de ferro de uma camarilha comunista e corrupta. Dessas fotos, capazes de ilustrar qualquer livro de história sobre o assunto, fica ao menos o alerta de que passamos por um fio de sermos os próximos.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Bom não é ser importante. O importante é ser bom..”

Max Weber, intelectual, jurista e economista alemão considerado um dos fundadores da Sociologia.

Max Weber. Foto: wikipedia.org

 

Vai entender

Acompanhar um paciente que precisa de receita para a retirada de medicamento de alto custo é bastante cansativo. Paciente idosa, com problema crônico de saúde, saiu de Sobradinho, colocando a vida em risco para buscar a receita. O hospital só atende às terças e os casos mais graves às quintas. Ao chegar no HRAN, foi barrada. Sem profissional para aviar a receita, a resposta do hospital foi a seguinte: Estamos sem água.

Foto: sindsaude.org.br

 

Ouvidoria
Mas quando se quer achar o lado bom das intempéries, basta ter olhos para ver. André Luis, da ouvidoria do HRAN, é um funcionário com paciência e extrema vontade de resolver os problemas.

 

Super elogiado

Por falar em HRAN, é preciso registrar o valioso trabalho do Dr. Francisco Aires Correa Lima. Querido por todos os pacientes, é o tipo de médico que todos oram para que sempre tenha saúde e nunca pare de clinicar.

 

Pela beirada

Perguntaram ao Einstein como seria a Terceira Guerra Mundial. Ele respondeu: A Terceira eu não sei, mas a Quarta, com certeza, seria com machados e pedras. Isso foi mais ou menos na mesma época em que o Sr. Xi Zhongxun estava sonhando em ter um filho que dominasse o mundo.

Xi Zhongxun. Foto: wikipedia.org

 

Hora de mudar

Das 247.232 manifestações registradas na Ouvidoria do GDF, apenas 3.650 cidadãos conseguiram atendimento. É um número vergonhoso para um órgão com uma folha funcional gigantesca e arrecadação monstruosa. Por esse pequeno exemplo, é possível observar que os impostos pagos não trazem a contrapartida em serviços devidos aos contribuintes. Veja no link: Ouvidoria em Números.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Alguns postos de Brasília continuam se negando a vender gasolina azul. Cabe aos usuários selecionar os postos de serviço, preferindo os que prestam, naturalmente, mais atenção ao cliente (Publicado em 11/01/1962)