Tag: #Carnaval2010
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Nesse carnaval, para a surpresa de muitos, estranhos e sintomáticos fenômenos resolveram colocar a cara de fora nos desfiles que tomaram conta das principais passarelas do país. Trata-se da excessiva temática político partidária presente nos enredos, alegorias e músicas apresentadas por muitas escolas de samba, país afora, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.
No quesito escolas de samba, é sabido que, o que é normalmente chamado de festa popular, é na verdade um grande espetáculo montado e comandado, no caso das grandes agremiações, por poderosos e notórios bicheiros e traficantes dessas diversas regiões, que comandam, com mão de ferro, todo o trabalho e a produção dos foliões e integrantes dessas escolas, ficando, obviamente, com os lucros e outras “trambicagens” da festa do Momo.
São esses personagens que, mesmo apresentando uma ficha corrida digna de grandes mafiosos americanos, escondidos nos bastidores, ditam o que vai ser mostrado ao público e de que forma. São deles as críticas à ação das polícias no combate ao crime organizado. São eles os que decidem, espertamente, colocar um boneco representando o ministro da justiça Sérgio Moro, vestido com uniforme listrado de prisioneiro, dentro de uma gaiola. Eles arbitram o tema do samba enredo a ser cantado na avenida, com críticas a ação saneadora de parte da justiça, colocando a marginalidade criminosa como vítima e os cidadãos de bem como algozes.
Num país surreal, a bandidagem abre espaço no carnaval para dar lição de moral aos brasileiros, sob os aplausos de todos aqueles que comungam com as bandalheiras seculares. Infelizmente a politização da festa de Momo, no mal sentido da expressão, tomou conta também do carnaval, servindo como propaganda de criminosos organizados e das milícias que infelicitam o país.
Fizeram muito bem diversos prefeitos, pelo país afora, em suspender o desperdício de dinheiro nesses festejos, revertendo-os para hospitais, escolas e outras melhorias mais úteis à população. Curiosamente ou sintomaticamente, não se viu, em escola de samba, enredos saudando as boas ações como dos bombeiros de Brumadinho, da professora que salvou alunos de incêndios, de assalto ou outras manifestações de pura cidadania.
Talvez essa ausência propositada em citar brasileiros que diariamente praticam o bem não renda sucesso de público ou simplesmente não esteja na agenda daqueles que comandam essas escolas de samba. O mais danoso em manifestações como essa é que, cedo ou tarde, o público vai perceber que os horrores que correm nos bastidores dessas escolas há muito já fizeram do carnaval, uma festa de alegria e de inocência, perder seu sentido real, transformando-se naquilo que é hoje: uma festa midiática, erotizada e de interesse de pequenos grupos com débitos na justiça.
O carnaval de outrora há muito já completou seu desfile na passarela, dobrou a esquina do tempo, deixando apenas saudades e perfume no ar.
A frase que não foi pronunciada:
“A vida mostrará máscaras que valem todos os seus carnavais.”
Ralph Waldo Emerson, escritor, filósofo e poeta nascido em Massachusetts.
Transparência
Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional da UnB apresenta o anuário estatístico da instituição. Trata-se de uma ferramenta importante na adoção de políticas acadêmicas, além de a comunidade em geral poder acompanhar as atividades desenvolvidas ano a ano. Mais informações a seguir.
Novidade
Novo livro, recém lançado pela Embrapa, assinado por Raimundo Nonato Brabo Alves e Moisés de Souza Modesto Júnior. Roça sem Fogo. Trata-se de uma mudança na cultura pela troca de experiências entre agricultores e pesquisadores colocadas em prática por vários plantadores locais.
Coerência
Não se vende e nem se compra um Parque, ele é parte da alma de uma Comunidade. Como diz a Lei Complementar 961/2019, recentemente sancionada pelo Governador do Distrito Federal, em seu artigo 10, “as administrações regionais devem estimular a participação da comunidade na implantação e gestão dos parques urbanos”, diz o texto de Renato Botaro e toda a Associação de Moradores.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Aliás, os maiores culpados são os ocupantes desses carros, que deviam dar instruções a seus motoristas para que não desobedeçam ao regulamento. (Publicado em 16/12/1961)