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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Como pode um Plano, que se intitula como de “Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília”, (PPCUB), aprovado agora na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), trazer, em seu âmago, não a defesa e salvaguarda do conjunto arquitetônico e urbanístico da capital do país, como era de se esperar, mas uma série de modificações drásticas nas regras de uso e ocupação do solo, pondo em risco, mais uma vez, o tombamento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Na verdade, essa coluna nunca alimentou esperanças de que a CLDF fosse fazer algo diferente e em benefício da cidade e de seus moradores. Desde sua criação, dentro do processo de emancipação política da capital, que as regras de uso e ocupação do solo nessa cidade têm sido alteradas. Basta lembrar os projetos, que mudavam, da noite para o dia, a destinação e uso de lotes, que nada valiam para o mercado, em local para a construção de posto de gasolina ou empreendimento do gênero. Ou mesmo a transformação de áreas de interesse público ou de preservação em bairros imensos, sem infraestrutura e sem estudo de impacto ambiental, ou coisa que o valha.
Foi assim também que a capital passou num átimo de exemplo de urbanidade para o país e para o mundo, em mais uma cidade inchada e com serviços e aparelhos públicos caotizados. Agora, sob o manto falso de Preservação do Conjunto Urbanístico, a cidade, mais uma vez, vê-se no risco iminente de ser submetida a modificações marotas, que irão alterar, de uma só vez, as escalas residencial, monumental e gregária. Com isso, os setores bancário, hoteleiro, comercial e de diversão, incluindo também a escala bucólica ou áreas verdes terão suas regras de ocupação e uso alteradas.
Trata-se aqui de um dos maiores ataques já perpetrados contra à imensa área tombada da capital, desvirtuando sua originalidade e propósito, apenas para atender interesses particulares e escusos, totalmente contrários aos desejos dos brasilienses autênticos. Não seria exagero se algum político sério, que ainda existe nesse meio, vier a propor a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar todo processo que levou à aprovação desse Plano danoso e obscuro.
Ao governador e às autoridades que lidam com a defesa da capital resta envidar todos os esforços necessários, para que esse projeto não vá adiante. Nem vale a pena, aqui, citar os inúmeros pontos polêmicos trazidos por esse Plano. São tantos, e potencialmente absurdos, que, se forem postos em andamento, não há mais que se falar em futuro ou em coisas como qualidade de vida.
Os conceitos estreitos e obtusos daqueles que anseiam em pôr abaixo a originalidade arquitetônica e urbanística da capital só podem ser entendidos à luz daquelas propostas que são justamente urdidas no escuro, e por debaixo dos panos.
A frase que foi pronunciada:
“Eu sou engenheiro há muito mais tempo que você”.
Israel Pinheiro, quando queria encerrar qualquer discussão
Quem não?
Qualquer internauta está sujeito a crimes cibernéticos. Mesmo a aparência de segurança do site, centenas de comentários favoráveis, endereço, marcas, tudo pode ser falso. Só a forma de receber o pagamento é garantida. A Polícia Civil do DF já realizou várias investigações com final bem sucedido contra esses esquemas fraudulentos.
Acolhimento
GDF continua operação acolhimento para as pessoas em situação de rua. Dezenas de pessoas foram acolhidas com propostas de emprego e moradia. Foram vários caminhões para tirar o entulho de mais de vinte estruturas removidas.
Obra de Victor Hugo
Renata Dourado, Vittor Borges, Érika Kallina, Gustavo Rocha, Rafael de Abreu Ribeiro e Rosa Benevides estão à frente da produção de O Corcunda de Notre Dame, o Musical que será apresentado pela Cia de Ópera de Brasília, na Escola de Música, 602 Sul, neste sábado e domingo, com duas sessões: às 17h e às 20h, Ingressos pelo Sympla.
História de Brasília
Custa crer que o almirante Lucio Meira esteja trabalhando contra Brasília, mas seja como fôr, êle saberá o que está acontecendo, e tomará providências. (Publicada em 10.04.1962)
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Antigos moradores da cidade, principalmente os chamados candangos, que para aqui vieram durante a fase de construção da nova capital, estão entre os maiores admiradores de Brasília. Formam, hoje, um grupo de pessoas de idade avançada que nutrem, pela cidade, uma espécie de amor paterno, materno ou fraternal. Em sentido literal, ajudaram a criar Brasília desde a mais tenra idade. São esses também que mais sofrem quando veem a cidade tomar um rumo diverso daquele concebido por seus idealizadores.
Depois de ter conhecido a maioridade política, por força e razões que não merecem aqui ser detalhadas, Brasília tomou um rumo diferente daquele planejado inicialmente, para desgosto de muitos e regozijo de uns poucos, sobretudo dos que passaram a lucrar com a ideia de retalhar a cidade, vendendo-a em pequenos pedaços, tudo em troca de votos e de outros favores distantes da ética pública.
Para esses antigos moradores e para toda a geração nascida e criada aqui, Brasília é a referência que possuem do Brasil. Entendem o país como sendo o que enxergam ao redor. São esses, os que não querem Brasília lançada nos descaminhos, que têm destruído a maioria de nossas capitais, cercadas de miséria e insegurança. São esses brasilienses que não desejam a cidade apinhada de prédios e com suas áreas verdes desfiguradas com a criação de bairros sem planejamento urbano, sem infraestrutura e, pior, sobrecarregando os serviços públicos da capital.
Os brasilienses que adotaram a cidade com o lar para suas famílias não desejam que a capital continue no mesmo caminho tomado por muitas cidades brasileiras, que hoje amargam com o caos urbano e com a principal consequência desse fato que é a ruína na qualidade de vida de seus moradores.
Infelizmente, são esses que têm sido contrariados, com a insistência, cheia de más intenções, com que a Câmara Distrital quer impor o controverso Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). Trata-se aqui de um Plano cuja própria denominação esconde a verdade daquilo que está por detrás.
A preservação, conforme um dia sonharam os idealizadores da cidade, é tudo o que o Plano não possui. Na verdade, desde a criação da Câmara Legislativa local, Brasília vem sendo submetida a um processo acelerado de desfiguração contínua.
Os políticos locais querem uma cidade que abarque e satisfaça apenas seus horizontes políticos próprios, pouco ligando para questões como o planejamento urbano ou a infraestrutura. De fato, a cidade que a população tem em mente e na alma é outra completamente diferente. As mudanças trazidas por essa rodada do PPCUB irá, mais uma vez, deixar, na corda bamba, o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, outorgado pela Unesco em 1987.
Uma dessas mudanças ilógicas trata da criação de uma imensa área, situada no fim do Eixo Sul, para a instalação de um acampamento, com restaurantes de comércio. Trata-se aqui de mais uma ideia marota que esconde a possibilidade de criação futura de mais um denso bairro.
Tudo sem planejamento e feito a toque de caixa para não levantar suspeitas. A ideia de alguns desses distritais é levar, para essa área, todas aquelas famílias que hoje estão em tendas espalhadas pela cidade. Ideias como essa e outras que viram dentro do PPCUB visam “preservar” a cidade tombada para que nela floresçam os projetos e ambições de políticos e empreiteiros, que enxergam a capital de um ângulo muito particular e vantajoso.
A frase que foi pronunciada:
“Sereis tanto mais influentes quanto mais fordes corretos e justos.”
Juscelino Kubitschek
Invasão
Não é possível que humanos e animais domésticos fiquem à mercê das capivaras que agora migraram para o Lago Norte. Dezenas desses animais passeando livremente pelas ruas em busca de alimentos. A situação vai ficar insustentável em breve. Veja, a seguir, o vídeo divulgado nas redes sociais.
História de Brasília
Os funcionários do DCT, sem apartamentos, estão acampados em frente à repartição. É um movimento pacífico, mas deprimente para os chefes. Quem encara com seriedade que deve ter um serviço de comunicações, sabe que os funcionários encarregados devem ter o máximo de conforto. (Publicada em 10.04.1962)
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Consertar a fechadura depois da porta arrombada é o mínimo que pode ser feito para amenizar o sentimento de incúria e de falta de prevenção. Para as autoridades públicas, a quem o cidadão confia sua já sofrível segurança, é também o que se exige minimamente. É bom refrescar a memória para o ocorrido em dezembro de 2019, na mesma prisão, quando um líder de organização criminosa que estava encarcerado apareceu com duas espingardas, com a intenção de render os agentes federais. O intento foi frustrado, mas a audácia já norteava que a segurança estava longe de ser máxima.
Na realidade, tomando o avanço sem precedente da criminalidade em nosso país, não existe terreno algum no Brasil que seja 100% seguro e livre da ação dos marginais. Nossas cidades são testemunhas dessa realidade. Casas, condomínios e estabelecimentos diversos estão, há décadas, cercados por todo o tipo de parafernália de segurança. Cercas elétricas, vigias armados e todo um conjunto contra a ação dos criminosos retratam bem nosso baixo nível civilizatório e nossa decadência como sociedade.
A maioria dos brasileiros, hoje, sai de casa sem ter a certeza de voltar são e salvo. Cada dia é uma aventura. Nossas ruas, em lugares como o Rio de Janeiro e outros, transformaram-se em selvas urbanas. Salve-se quem puder! Para a elite no poder, essa situação extrema inexiste. Estão muito bem guardados por seguranças armadas até os dentes. Talvez, por esse motivo e pela distância que sempre tiveram da realidade nacional, eles não sabem o que é a vida de um cidadão comum.
O fato é que o Estado não dá conta de conter o avanço da criminalidade e já se mostra acuado frente à ousadia da bandidagem, principalmente quando os chefões dessas organizações ordenam, de dentro de presídios de segurança máxima, que ônibus sejam incendiados, e toda uma sorte de crimes sejam cometidos pela cidade, para amedrontar a população, mostrando assim seu poderio.
Com a fuga, acontecida agora, de dois presos perigosos do presídio federal de Mossoró, uma cadeia que se acreditava de segurança máxima, mais uma vez, a realidade dessas instituições e seu isolamento da sociedade mostram sua fragilidade. O atual ministro da justiça e segurança pública não conhece do métier. Talvez, nunca tenha adentrado num presídio, limitando sua ação em gabinetes refrigerados, longe do Brasil real.
Não surpreende que, depois desse acontecimento, a providência tomada tenha sido a construção de muralhas de proteção em torno dos presídios federais, para evitar futuras fugas. Talvez, mais importante até que essas medidas seja o acesso de toda e qualquer pessoa a essas prisões. Todo mundo sabe que são essas visitas que levam e trazem mensagens de dentro para fora e de fora para dentro. Mesmo os impolutos advogados, já se transformaram em pombos-correio, cobrando honorários também por esses serviços extras.
Talvez essa fuga possa servir para que as autoridades repensem a permanência de um presídio, dito de segurança máxima, nos arredores da capital do país. A construção açodada desse estabelecimento, há muito, vem sendo apontada, por aqueles que entendem de segurança, que sua localização, próxima da capital do país, põe em risco toda a cidade, sobretudo quando se sabe que aqui estão sediadas as principais representações estrangeiras e a grande maioria dos organismos internacionais e da administração pública.
Antes que volte a acontecer o que houve em Mossoró, é preciso agir com a máxima prevenção nessa questão.
A frase que foi pronunciada:
“Se o custo é diminuir o ego e um pouco de dinheiro, que assim seja.”
Nayib Bukele
Equidade
Bom saber sobre a autuação feita pela Polícia Civil do DF que comandou uma ação com o apoio do DF Legal e da Dema para impedir uma obra ilegal em área de preservação em Taguatinga. A ação reacendeu a esperança dos moradores do trecho 9 no SMLN, que são obrigados a ver um monstrengo surgir do chão em área de preservação e que, por enquanto, nada foi feito.
Meio ambiente
Excelente o projeto da Sema de castração de gatos e cachorros. Na portaria publicada, é esclarecido que a castração é reconhecida como uma medida eficaz para prevenção de doenças, o controle populacional e a promoção do bem-estar dos animais. Só para os humanos que o aborto é a opção mais estimulada.
Eficácia
Em Niterói, o combate à dengue está sendo feito com uma bactéria que é colocada nos ovos do Aedes Aegypti. O método Wolachia reduziu em, aproximadamente, 70% os casos de dengue na cidade.
História de Brasília
Homens de poucos sentimentos estão apavorando uma cidade, estão aterrorizando uma população, estão enxovalhando o nome de uma corporação que deve existir para nos dar segurança, para nos defender. (Publicada em 21.04.1962)
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No panteão, em memória e agradecimento eterno pela idealização, concepção e construção da nova capital, ocupam lugar de honra a tríade formada por Juscelino Kubistchek, Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Sem o potencial e a ousadia de cada um desses brasileiros ilustres, erigir Brasília como uma das mais modernas cidades do planeta ficaria apenas no mundo dos sonhos inconcebíveis.
Diante disso, as homenagens e a preservação da memória desses nossos ilustres compatriotas, mais do que justas e necessárias, constituem um marco que delimita uma importante virada de página da história de nosso país e que, de certa forma, inaugura a entrada do Brasil no mundo moderno. Assim é que é possível hoje, depois de mais de meio século dessa epopeia, considerar que, a partir da inauguração da nova capital, a história brasileira pode ser dividida em antes e depois de Brasília.
Mais do que a redescoberta do Centro Oeste, a fundação da nova capital colocou a administração federal no centro nervoso do país, equidistante de todas as questões nacionais. Muito além de centralizar geograficamente a administração do país, Brasília iria propiciar, ao longo do tempo, nosso crescimento econômico e social de forma mais equilibrado, induzindo assim um desenvolvimento igualitário nessa imensa porção de terras que nos coube como herança no continente americano.
A responsabilidade pela manutenção de tão vastas e valiosas terras, cobiçadas, desde o seu nascedouro, por vários estrangeiros, teve na construção de Brasília, o mesmo sentido que no passado tiveram as fortalezas erguidas nos confins do Brasil, para proteger as terras contra as investidas dos forasteiros, vindos de todas as partes do mundo.
Brasília, foi assim, a fortaleza que, nos tempos modernos, iria assegurar a posse definitiva desse nosso latifúndio. As batalhas para a consolidação dessa ousadia em pleno coração do país tiveram que ser vencidas uma a uma. As contrariedades e a forte campanha interna para a manutenção da capital federal no Rio de Janeiro tiveram que obedecer a uma estratégia de minuciosas negociações, semelhantes aos pactos de armistícios.
Vencida essa difícil etapa, que só poderia ser alcançada pelo espírito conciliador e pacífico de JK, outra batalha se iniciava pela captação de recursos necessários para tão audacioso projeto. Na retaguarda dessa empreitada ciclópica, o ex-presidente pode contar com o suporte imaginativo de Lucio Costa que, ao vencer o certame de projetos para a nova capital, com um croqui simples e, ao mesmo tempo, profundamente humanista e poético, conquistaria e empolgaria muitos brasileiros a seguir em frente nesse sonho. A outra peça importante desse tabuleiro viria com a agregação do jovem e idealista arquiteto Oscar Niemeyer. Com um trio dessa magnitude seria possível, com os recursos tecnológicos que hoje a humanidade dispõe, construir uma metrópole na lua ou em outros planetas próximos.
É preciso reconhecer que reunir três gênios dessa natureza, animados com uma empreitada dessa magnitude, é um feito que parece ocorrer apenas uma vez em cada mil anos. Foi essa a nossa sorte e é esse tipo de ânimo que devemos agradecer todos os dias, a cada florada dos ipês, ao canto dos sabiás e até das cigarras e a cada nascer e morrer do sol.
A essa divina trindade, coube colocar um coração no gigante que, por séculos, dormia em berço esplêndido.
A frase que foi pronunciada:
“Arquitetura é antes de mais nada construção, mas construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção.”
Lúcio Costa, arquiteto e urbanista. (Nascido na França)
Papo reto
General Heleno sabe como cativar os ouvintes. Sobre o filho do presidente Bolsonaro que aspira o cargo de embaixador, ele disse o seguinte: “se for vasculhar a história de alguns embaixadores, há muitos que não venderam pizza, mas venderam a alma, venderam a mãe.” O ministro citou 3 nomes de pessoas estranhas ao quadro diplomático já cotados como embaixadores: Delfim Netto e Itamar Franco, além do militar Aurélio de Lyra Tavares.
Autocuidado
Cada dia é mais comum ver pessoas com pulseiras que indicam o batimento cardíaco, passos. Algumas vêm com bluetooth para que se possa ouvir rádio ou até mesmo atender telefone. Paralelamente a isso, a saúde pública começa a adotar jogos e aplicativos para que os pacientes acompanhem o próprio progresso e possam interagir com os médicos, que têm na ferramenta uma forma de incentivar o autocuidado da clientela.
Novidade
Começam a ser trocados os containers de ferro de algumas quadras. Como o trabalho mais pesado é feito durante a madrugada, a ideia foi bem acolhida pela população que já usufrui de maior silencio no momento da coleta do lixo. Veja as fotos a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O sr. Paulo Sarazate, nem se fala. É um estranho, e só briga pelas verbas de Itapipoca, para tomar os eleitores do dr. Perilo. Sua política internacional é no Ceará. (Publicado em 29/11/1961)