Programas sociais

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Charge publicada no horabrasilia.com

 

          Transformado pela astúcia política de programa de transferência de renda para o combate à pobreza e à desigualdade, em mecanismos claramente eleitoreiros e personalistas, tanto o Bolsa Família, criado em 2003, como o atual Auxílio Brasil, tornado permanente neste ano, carecem de estratégias finais que tornem esses projetos uma porta de saída da pobreza e um meio capaz de permitir a plena emancipação do cidadão e de sua família em relação à classe política. Pelo contrário, tanto um programa como o outro representam, ainda, uma amarra e um verdadeiro cabresto, imposto à parcela mais pobre da população, confinando-a dentro de uma espécie de curral eleitoral moderno.

         Em um país em que a pobreza sempre foi explorada da forma mais vil e interesseira, todo e qualquer projeto social e econômico, que poderia, em tese, servir para a redenção e para o crescimento nos Índices de Desenvolvimento Humano, acabam apropriados, de modo astuto, por prefeitos, governadores, além do próprio presidente da República, dentro de uma estratégia traçada pelos especialistas de marketing de soerguimento político e de perpetuação no poder.

         Mesmo que transformados em programas do Estado, ainda assim, esses projetos respondem muito mais aos interesses da classe política do que ao público-alvo. A mudança de paradigma nos programas sociais e que teve, na figura da ex-primeira dama Ruth Cardoso, sua principal artífice, foi capaz de transformar, num curto período de tempo, o que era assistencialismo e populismo em verdadeiro experimento rumo à cidadania plena. Também pudera, D. Ruth não tinha ambições políticas ou eleitorais, sendo o seu programa intitulado Comunidade Solidária, um plano genuinamente bem elaborado, por uma equipe altamente gabaritada, formada por técnicos e estudiosos dos problemas inerentes à desigualdade, muitos deles professores oriundos da faculdade de sociologia da Universidade de São Paulo. “Combater a pobreza não é transformar pessoas e comunidades em beneficiários passivos de programas sociais. Toda pessoa tem habilidades e dons. Toda comunidade tem recursos e ativos. Combater a pobreza é fortalecer capacidades e potencializar recursos,” defendia Ruth Cardoso.

         Havia, naqueles anos, um real interesse no problema da exclusão social e um total desinteresse político ou partidário na implementação desse programa. Daí o seu êxito. Não surpreende que o Comunidade Solidária tenha rendido tantos frutos de qualidade, como o Bolsa Escola, o Cartão do Cidadão e outros, todos eles voltados para os aspectos da cidadania plena e longe dos antigos programas clientelistas, doados pelos políticos com uma mão e arrancados pela outra.

A frase que foi pronunciada:

“Acredito que o melhor programa social seja um emprego.”

Ronald Reagan

Ronald Reagan. Retrato Oficial

 

Empreendedorismo

Antonio Filho, que começou os negócios do zero nessa cidade, precisa verificar a unidade do Lago Norte. O princípio do empresário é que cada empregado haja como se fosse o dono do empreendimento. Leitor reclama de ter encomendado a entrega de leite em pó para a filhinha às 17h e, às 20h, nada havia sido entregue ainda. Quando alguém foi ao local buscar o leite, ninguém sabia da encomenda. Uma lástima!

Reprodução do Google Maps

 

Lé com Lé

Depois do caso da UnB, onde uma jovem foi fotografada dentro do box do banheiro por um estranho, seria bom que os deputados distritais discutissem a permissão de banheiros comuns para homens e mulheres.

Foto: reprodução

 

Ideia genial

A Agência Câmara noticiou que, com a relatoria do deputado federal Chistino Aureo, a Comissão de Agricultura da Câmara aprovou um projeto que prevê o destino de área para hortas comunitárias em programas habitacionais financiados pela União. Há uma emenda no projeto determinando que um agrônomo ateste a viabilidade da reserva. Na Asa Norte, foi uma luta do Dib Franciss para que o síndico admitisse uma horta comunitária.

 

Segredo

Pré-estreia do filme Amigo Secreto, de Maria Augusta Ramos, na próxima quarta-feira, no Cine Brasília.

 

Em julho

Uma novidade no evento Capital Moto Week, que acontecerá no mês que vem, na Granja do Torto. Os organizadores vão trabalhar em conjunto com a ONG Neutralize Carbono em busca do selo Lixo Zero, encaminhando corretamente os resíduos para o destino certo.

Foto: divulgação

 

História de Brasília

Com o Carnaval, muita gente está saindo de Brasília. Passeio à custa dos ministérios, que estão dando passagens pagas pelo gôverno a torto e a direito. Se o dr. Hermes Lima quiser saber, mande fazer um levantamento das contas correntes dos ministérios junto às empresas de aviação. (Publicada em 01.03.1962)

Bolsa liberdade

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Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

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Foto: agenciabrasil.ebc.com

 

Há muito já se sabe que o melhor programa social que qualquer governo pode implementar em busca da prosperidade nacional e do fim das desigualdades econômicas está na criação de empregos, de preferência com carteira assinada e com as garantias mínimas de seguridade trabalhista. Todas e quaisquer outras medidas que não estejam apoiadas no pilar do emprego e que não vise a liberdade econômica do cidadão, se insere dentro daquelas políticas chamadas de populistas, e objetivam unicamente o aumento na popularidade de políticos espertalhões, representado pelo aumento no número de votos dele e de seus correligionários.

Programas como o Bolsa Família servem apenas para questões emergenciais e muito específicas e não devem ser usados, de forma nenhuma, para a fabricação de votos, com a criação de currais eleitorais e para a formação dos novos coronéis pelo interior do Brasil.

Programa social que não obedeça a um rígido e bem elaborado plano estratégico, para atacar situações pontuais de pobreza e que não possua tempo para seu início e seu término, tende a se estender no tempo e com isso perder o seu foco e seu objetivo, passando a servir não a uma emergência, mas a um grupo de oportunistas. Pior do que isso, esses programas, por sua importância humanista, deixam de atender de forma direta uma determinada população, envolta num problema de carência extrema e passa a atender a clientelas, todas elas atreladas a grupos políticos partidários.

Mais precisamente, os contribuintes passam da situação de cidadãos à de financiadores inconscientes de projetos populistas, sem consistência e com finalidades escusas. São esses mesmos financiadores, escorchados pelos impostos, tributos e taxas, aqueles que irão ser atacados pelos chamados “patronos” dessas bolsas, acusados de pertencer a uma elite insensível e egoísta, que tudo quer para si.

Com esse mecanismo, o cidadão contribuinte acaba repassando preciosos recursos para aqueles espertalhões que, do alto dos palanques e das tribunas, desferem impropérios aos verdadeiros financiadores dessa festança, em que até mulheres de prefeitos, funcionários públicos e outros falsos necessitados são beneficiários de um programa sem fiscalização, sem objetivos claros e sem tempo para encerrar.

É nesse ciclo vicioso que se insere também a perpetuação da miséria, defendida justamente por aqueles partidos que exploram essa e outras situações que atraem populações e gerações inteiras a uma espécie de labirinto cuja a única saída passa necessariamente pela porta estreita da submissão a esses políticos e às suas práticas oportunistas. Entenda-se que não se trata de retirar o valor importantíssimo de programas como o Bolsa Família, mas de conferir a ele uma série de requisitos estratégicos que visem, além da valorização da dignidade humana e cristã, um objetivo didático que vise instrumentalizar essas populações para que mais e mais ganhem liberdade própria, desenvolvendo e aprimorando sua fonte de renda, tornando-as libertas de governos, de ideologias e de todos que sempre exploraram a miséria como forma de obtenção de vantagens.

Espera-se que indivíduos e famílias, ao fim desse programa de incentivo estatal, possam também alcançar o mais importante programa social, o Bolsa Liberdade, que é a verdadeira cidadania.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A barulhenta disputa sobre o significado do populismo é mais do que apenas uma disputa acadêmica – é um argumento crucial sobre o que esperamos da democracia.”

Peter C Baker, jornalista de Chicago

 

Urbanidade

Com estacionamentos cheios em data que antecede o Natal, torna-se mais comum pessoas apressadas ocuparem vagas de idosos ou deficientes sem autorização. Ou mesmo aquelas que esquecem de identificar o direito de estacionar em vaga especial colocando a autorização em local visível. Veja a seguir o carro que ocupava uma vaga especial no Brasília Shopping sem que a autorização estivesse à vista.

 

 

Alegria ma non tropo

Carregados de emoção, a mesma de quando se volta para a casa, os músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro passaram a ensaiar na sala Villa Lobos. Um pouco inseguros quanto à segurança do local e sem garantia de que está tudo certo.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

 

Só para lembrar

Um dos argumentos usados por Neil Armstrong para ser escolhido como astronauta civil foi muito interessante. Disse que o fato de ver o planeta por outro ângulo, numa posição onde a Terra nunca foi vista, poderia gerar grandes mudanças no ser humano, no modo como veria o futuro.

Imagem: Getty

 

 

Armadilha

Em nome da economia, uma lâmpada que custava R$3 agora custa R$12.

Charge do Rice

 

 

Agenda positiva

Vale a pena visitar a exposição “Itália sempre viva”, no Tribunal Superior do Trabalho. Inaugurada pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Brito Pereira, que convida a comunidade: “O ordenamento jurídico brasileiro possui forte influência do Direito romano. Além disso, tudo que é da Itália envolve conhecimento e cultura. É uma exposição modesta, mas que busca retratar a grandeza da história italiana”.

 

 

Herança

Ainda sobre a exposição no TST, em seu discurso, o presidente da Comissão de Documentação e Memória do TST, ministro Ives Gandra, lembrou que a Itália é responsável por três grandes pilares da civilização ocidental: a religião cristã, com seus valores; o Direito romano, com sua organização; e a filosofia greco-romana, com o seu modo de pensar. Até sexta-feira de 7h às 19h.

Foto: Tribunal Superior do Trabalho

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os moradores dos JK estão pedindo policiamento para a sua superquadra. Vêm–se sucedendo, os arrombamentos e roubos. Aliás, nesta questão de roubo, não adianta nada comunicar ao terceiro Distrito. O livro de ocorrência está cheio, e há casos que não são sequer comunicados aos investigadores. (Publicado em 06/12/1961)