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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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É sabido, por aqueles que se dedicam ao estudo da história, que a condenação de atos do passado não possui a força necessária de fazer reverter o presente. Portanto, nada mais inócuo do que julgar fatos históricos. No entanto, ao analisar racionalmente o passado, com os olhos do presente, é possível empreender uma correção de rumos, capaz de mudar o que seria a história futura.
O problema com esse refazer de caminhos acontece quando não aprendemos com as antigas experiências, principalmente, aquelas que nos conduziram a perigosas encruzilhadas. Esse parece ser o caso do despertar do interesse nacional pelas áreas do interior do Brasil, fato esse catalisado pela transferência da capital para o Centro-Oeste nos anos 1960.
O que, a princípio, mostrou-se uma empreitada de absoluto sucesso estratégico, capaz de tornar realidade a posse efetiva do país pelos brasileiros, voltando os olhos da nação para as imensas riquezas e possibilidades do cerrado, parece que vai se transformando numa espécie de pesadelo a ameaçar a existência desse que ainda é o segundo maior bioma nacional. Depois da Amazônia, nada se compara ao cerrado em biodiversidade.
A questão central com o Cerrado é que nosso conhecimento sobre esse delicado e complexo bioma ainda é incipiente, o que é um perigo dadas as atuais extensões de áreas já efetivamente desmatadas para as atividades agrícolas e pecuárias, comandadas pelas forças pantagruélicas do agronegócio. Essa região, que abrange quase um quarto do território brasileiro, está, em sua maior parte, assentado sobre as maiores bacias hidrográficas do país, constituindo-se no principal responsável pelo abastecimento desses aquíferos. Em outras palavras, o que já se sabe é que, sem a cobertura preciosa da vegetação do Cerrado, toda uma imensa área de mais de 2. 036.448km2 pode virar deserto, afetando igualmente outras regiões do país.
Na realidade, o fenômeno da desertificação dessa área já é um fato e, pior, irreversível. Nos últimos 50 anos, coincidentemente depois da transferência da capital, 50% do Cerrado virou cinzas por conta da intensa produção de proteína animal para a exportação e de grãos, na maioria transgênicos, também destinado ao mercado externo. De fato, o Cerrado tem sido derrubado impiedosamente ao longo das últimas décadas, numa progressão criminosa e ignorante que segue ainda num crescendo alarmante, mesmo em decorrência das significativas alterações climáticas que vem se intensificando diante de todos. A cada ano, mais e mais riachos vão desaparecendo, deixando um rastro de areia e pedras no leito seco. Para se ter uma ideia, de agosto de 2019 a julho de 2020, o desmatamento desse bioma atingiu a marca de 7,3km2.
O agronegócio avança sobre essa vegetação em busca de lucros e, para isso, conta com o apoio incondicional do atual governo, numa situação que faz com que ambientalistas de dentro e de fora do Brasil considerem catastrófica, a ponto de comprometer o futuro dos brasileiros. Refém da bancada do agronegócio, o atual presidente tudo tem feito para desmontar os órgãos de fiscalização e para confeccionar legislações que abrandam as possíveis e raras punições.
Os conflitos sociais por disputas de terras e de água, antes inexistentes e inimagináveis, agora, são uma realidade. As commodities, vendidas em dólar e inacessíveis aos brasileiros comuns, ao mesmo tempo em que destroem a terra, assoreiam e envenenam os rios, vão deixando atrás de si uma região em franca evolução para um bioma do tipo caatinga, antes de se transformar, finalmente, num imenso e árido deserto.
Não aprender com erros de um passado recente parece ser o destino desse país, incapaz de evoluir do estágio colonial de cinco séculos, produtor de monocultura e mão de obra, ainda vivendo em condições análogas à escravidão.
A frase que foi pronunciada
“A força fez os primeiros escravos, a sua covardia perpetuou-os.”
Jean-Jacques Rousseau, filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata genebrino
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Ideia do ex-senador Cristovam Buarque de usar, no avanço da educação, verbas recuperadas pela Polícia Federal em operações contra a corrupção trouxe uma análise interessante. De um lado, o aluno recebe mais estímulo para se tornar um homem de bem e, de outro, o sistema educacional poderia ser dependente dessa verba, o que é uma incoerência.
Infeliz ano velho
Causa estranheza essa viagem do ex-presidente Lula à Cuba. O que deveria ser segredo, por uma postagem nas redes sociais, virou um escândalo. É acompanhar para ver onde isso vai parar.
História de Brasília
A operação-mudança está se fazendo sob o comando do sr. Hermes Lima e do sr. Felinto Epitácio Maia. O chefe da Casa Civil da Presidência da República está dando o máximo de importância ao assunto e o seu trabalho está sendo incessante para que venham novos Ministérios. (Publicado em 23/01/1962)
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Dos muitos legados nefastos deixados pela era petista, nenhum outro se mostrou tão danoso para o Brasil como o reconhecimento da China como economia de mercado, em 12 de novembro de 2004. Nestes 16 anos completados agora, o balanço geral para a indústria nacional é amplamente desfavorável ao Brasil, mormente se queira insistir que a China seja o maior parceiro comercial do nosso país.
Logo de início, é preciso lembrar que aquele acordo contrariou frontalmente o que dizia o própria Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), que definia, claramente, que um economia de mercado era aquela determinada preponderantemente e de maneira livre pelas forças de mercado, quais sejam: os níveis de produção, consumo, investimentos e poupança obtidos sem a intervenção direta ou indireta do governo.
Com isso, o acordo da ONU, da qual o Brasil é signatário, foi desrespeitado, em favor apenas de aspectos de ideologia política, desprezando também o que mandava nossa própria legislação quanto as condições para se avaliar que características devem ser obedecidas para que um parceiro comercial seja considerado uma economia de mercado.
Estudo elaborado por Abrão M. Árabe Neto e Fabrízio Sardelli Panzimi, intitulado “Consequências do reconhecimento da China como economia de mercado”, faz um histórico detalhado desses acordos e suas repercussões para a economia brasileira desde então. De acordo com esse estudo, nenhum dos quesitos tais como: grau de controle governamental sobre as empresas e sobre os meios de produção; nível de controle estatal sobre a alocação de recursos, preços e decisões de produção; legislação aplicável em matéria de propriedade, investimento, tributação e falência; grau em que os salários são livremente determinados por negociações entre empregados e empregadores; distorções herdadas do sistema de economia centralizada; níveis de interferência estatal sobre operações de câmbio, entre outros, foram obedecidos tanto pelo então presidente Lula da Silva, quanto por sua sucessora, Dilma Rousseff.
Com a pandemia mundial, esses tratados parecem ganhar, ainda mais, um significado sombrio, devido a quebradeira generalizada que se instalou nessa parte do planeta, sobretudo em decorrência do controle exercido pelo governo ditatorial chinês sobre os acontecimentos que evoluiriam para o alastramento, sem precedentes, dessa virose, cuja origem ainda é matéria controversa.
Somente motivos econômicos têm livrado o governo daquele país de ser colocado frente a um tribunal internacional por crimes de severos efeitos para a humanidade. Falar, pois, em balança comercial e outros tópicos econômicos diante de uma razia dessa natureza, que só no Brasil já ceifou mais de 160 mil vidas, na melhor das hipóteses, não soa racional e humano.
O agronegócio, aquele setor que não produz alimentos, mas sim lucros exorbitantes para seus proprietários, possui também parcela de culpa nessa história toda, desde o início, já que foi em nome e por pressão desse setor que toda essa história começou. Essa é a verdade dos fatos.
A frase que foi pronunciada:
“Embora o imperador seja rico, ele não pode comprar um ano a mais.”
Provérbio chinês
@amigoseboaaçao
Voluntariado começa a arregaçar as mangas para alegrar o natal de idosos e crianças. No dia 5 de dezembro, o grupo Amigos e boa ação levará as doações recebidas para uma creche na estrutural. O grupo está arrecadando alimentos não perecíveis e materiais de higiene pessoal e limpeza. Veja como ajudar no perfil do Instagram Amigos & boa ação.
Nova lei
Quando os pacientes tiverem do seu lado uma lei que lhes garanta indenização pelo atraso no atendimento em clínicas e hospitais, aí, possivelmente, o problema será resolvido. O que não justifica é marcar horário e atrasar mais de 40 minutos. Qualquer tempo é precioso. Tanto o do médico quanto o do paciente. O assunto merece discussão.
Defesa
Procon autua em vários postos da cidade por propaganda enganosa. Aplicativos e preços falsamente diferenciados ao consumidor renderam algumas dezenas de multas. Como defensor dos consumidores, seria natural que o Procon prevenisse os consumidores publicando a lista dos postos autuados.
Dívida
Hoje é dia de participar da 20ª Mesa de Debates sobre Direito Financeiro. O evento é organizado pelo IBDF. Maria Lucia Fattorelli discorrerá sobre o Sistema da Dívida Governando o Brasil. A reunião será via Youtube, a partir das 8h30. Veja no link IBDF – Mesa de Debates sobre Direito Financeiro.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Merecia policiamento, a Estrada Parque D. Bosco, para que isto não se repita. É lamentável, é triste, é humilhante a gente conviver com gente violenta. Na W-3 os estragos têm sido poucos, parecendo que o apadrinhamento das árvores tem surtido bom resultado. Mesmo assim, é melhor expor as árvores que colocá-las nos gradis que outras cidades usam. (Publicado em 18/01/1962)
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Para turbinar a escalada de preços, aumento de demanda mundial por alimentos, restrições de ofertas e outras incógnitas de difícil solução, o aquecimento global e as consequentes mudanças climáticas elevam às alturas tanto as incertezas sobre o futuro como os preços do pão de cada dia.
Além dessas variáveis de características globais, pode ser acrescentado ainda o aumento exponencial da população mundial, acima dos sete bilhões de habitantes. A maioria sem recursos e com fome, muita fome. O agronegócio envolve uma cadeia de produção, que pode ser dividido em três grandes atividades básicas. Num primeiro patamar estão os grandes produtores de insumos como sementes transgênicas ou híbridas), adubos químicos e agrotóxicos e as empresas que fabricam as máquinas agrícolas.
No segundo estágio estão os produtores propriamente ditos, que aram a terra, adubam, plantam, pulverizam as plantações e colhem as safras, e que dentro do mundo fabuloso do agronegócio, se assemelham aos antigos peões ou trabalhadores da roça e que, obviamente, ficam com a menor parte do lucro ou com os prejuízos.
Num terceiro estágio estão outras enormes atividades, responsáveis pela recepção da produção, armazenamento, distribuição dos produtos para o mercado interno e externo, além das indústrias de transformação dos alimentos para a produção de óleos, rações, combustíveis, etc. Existe ainda um outro setor ligado a esse estágio que é mercado financeiro, que transforma os alimentos em ações a serem vendidas nas bolsas, especulando e elevando os preços dos alimentos.
Quem controla a primeira etapa, dos insumos, são multinacionais gigantescas e oligopolistas como a Monsanto-Bayer; Dow-Dupont e a Syngenta-Chem China-Adama, além dos dois fabricantes de máquinas como a Jhon Deere e New Holland. No estágio final da distribuição logística está outro pequeno grupo de multinacionais como a ADM; Bunge; Cargil e Dreyfuss. Finalmente na etapa final ficam as indústrias de alimentos, também formada por um conjunto de multinacionais poderosas com a Nestlé, Kraft, Coca-Cola, Unilever, Pepsico e outras.
A parte verdadeiramente nacional dentro do vasto mundo do agronegócio é formada por empresas brasileiras e familiares que trabalham, como se diz, da porteira para dentro. Por fora agem as multinacionais que ficam com a maior parte dos lucros. O governo, que conduz uma economia com uma das maiores cargas tributárias do planeta, fica com a outra parte gorda. Também os bancos e financeiras cuidam de lucrarem especulando com alimentos. O que sobra mal dá para pagar os custos de produção.
Correndo por fora desse gigantesco mercado podem ser encontrados ainda outros que direta ou indiretamente acabam lucrando com o agronegócio. São especuladores de todo o tipo, políticos das bancadas ruralistas e lobistas prontas a colherem o que não plantaram. Para os produtores, que formam a parte verdadeiramente nacional do agronegócio e que realmente são os responsáveis por colocar diariamente alimentos no prato de milhões de brasileiros, há ainda um indicador preocupante que é a possibilidade de venda de extensas áreas agricultáveis à estrangeiros conforme prevê o projeto (PL 2963/2019).
Quando isso acontecer, todo o agronegócio vai estar nas mãos de estrangeiros, internacionalizando em 100% todo o setor. Nesse ponto o governo perderá totalmente a capacidade de regular e fiscalizar o setor. Nesse estágio da evolução acelerada do agronegócio os brasileiros perderão a posse da terra o que pode marcar o início de um outro país, um Brasil com Z.
A frase que foi pronunciada:
“A consciência fala, mas o interesse grita.”
Jules Petit-Senn, de Genebra. Poeta.
Regulado
Dado interessante divulgado pelo Ipea. Ipea: trabalho doméstico é exercido por mulheres mais velhas. Em 2018, 80% das domésticas no Brasil tinham entre 30 e 59 anos.
Aos poucos
É possível ver por Brasília diversos meios de transporte elétricos. Dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, do Observatório do Clima, apontam para 430 milhões de toneladas de resíduos no ar no ano passado. Desse total, 48% foram emitidos por transportes.
Consumidor
Foi uma catástrofe geral o trabalho de encomendas para o Natal na padaria Pães e Vinhos do Lago Norte. Uma fila enorme, pessoas alteradas com o atendimento sofrível e muitos produtos pagos com antecedência não estavam prontos na hora marcada.
SUS
Sem fonte de custeio, não foi possível aprovar o projeto do deputado Marconi Perillo que garantia a oferta de sangue, hemoderivados, medicamentos e demais recursos necessários para o diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças, a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Rush do Trânsito, contra o excesso de velocidade nas avenidas de Brasília. O dr. Valmores Barbosa voltou disposto dos Estados Unidos. (Publicado em 13/12/1961)
Desperdício de alimentos é recorde num país onde milhões passam fome
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Dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura de 2018 dão conta de que no Brasil a fome atinge mais de 5,2 milhões de pessoas, o que equivale quase a população total de um país como o Uruguai. Note que esse é um dado colhido de modo protocolar com base em números oficiais, sempre elásticos e, não raro, subestimados. De fato, esse quantitativo se aproxima da casa dos 20 milhões, contando aí aquelas pessoas que fazem apenas uma refeição por dia, sem grande potencial nutritivo. Para um país com 14 milhões de desempregados, segundo também dados oficiais, essa é uma realidade até esperada. Por situações como essas, o Brasil segue em 75º lugar entre os países com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Diante de um quadro desolador como esse, não será exagero se o Brasil vier a integrar o Mapa da ONU, referente a países onde se verificam o fenômeno da fome, já que os indicadores relativos tanto de pobreza, como de desemprego, vêm aumentado de modo contínuo nesses últimos anos.
Essa realidade torna-se ainda mais paradoxal quando se sabe que o Brasil é um dos grandes celeiros de alimentos do mundo, fornecendo grãos e proteínas para diversos países, graças ao chamado agronegócio, gerador de divisas e um dos setores que tem passado ao largo dessas crises. Ocorre que esse é um setor, por excelência, concentrador de renda, beneficiando de imediato apenas uma pequena parcela da população.
A agricultura familiar, que poderia resolver boa parte do problema da fome dos brasileiros, infelizmente não recebe, nem de longe, os mesmos incentivos concedidos aos grandes produtores. Guilherme Scartezini, especialista em negociação durante processos de licenciamento ambiental e projetos de responsabilidade social, é uma excelente fonte sobre o assunto.
Para complicar uma situação que em si própria já é difícil, o Brasil ainda é um dos grandes recordistas em desperdício de muitos produtos, sobretudo de alimentos. O mais incrível é que por detrás dessa situação existe um fator que acaba por impulsionar o desperdício de alimentos e que eles identificam como sendo a “cultura da fartura” que faz com que cada brasileiro chegue a descartar até 40 quilos diretamente no lixo a cada ano. De acordo com esses especialistas no assunto, esse desperdício seria suficiente para alimentar 13 milhões de pessoas.
Pesquisa realizada no início desse ano pela Embrapa e com apoio da Fundação Getúlio Vargas indicou que o lema popular do “melhor sobrar do que faltar” está presente desde a ida ao supermercado até ao preparo dos alimentos, onde tudo é exagerado. Com isso, os alimentos são estocados, preparados em grandes porções e não são reaproveitados com eficiência, indo parar na geladeira para depois serem jogados no lixo.
Essa situação ocorre tanto entre as classes mais abastadas, como entre as famílias de baixa renda. Esse desperdício irracional tem reflexos não apenas nas finanças das famílias, como impactam também o meio ambiente na forma de desperdício de água para produzi-los, adubos, defensivos, alargamentos das fronteiras agrícolas e outros esforços que também são desprezados, gerando prejuízos para todos.
Segundo a FAO, o desperdício de alimentos no mundo tem impacto grave de cerca de 8% na emissão de gases de efeito estufa no planeta. Fossem direcionados de forma sistêmica para as famílias que necessitam de alimentos, não haveria fome no planeta e principalmente no Brasil onde 8,7 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados a cada ano, sendo que esse descarte chega a ser de 353 gramas por domicílio a cada dia.
A frase que foi pronunciada:
“No Brasil, o elevado desperdício de alimentos convive com a insegurança alimentar, uma combinação infeliz para um país onde 22,6% da população enfrenta algum nível de insegurança alimentar e com 54,8 milhões de pessoas vivendo com até US$ 5,5 por dia, linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial”.
Gustavo Porpino, analista da Embrapa e líder da pesquisa sobre desperdício, realizada no âmbito dos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil.
Cilada
Último amigo que chegou confirma que no Aeroporto de Brasília não há mais o quiosque que vende revistas. Cuidado! De posse dos seus dados oferecem revistas. Poucos dias depois começam a debitar contas no seu cartão de crédito. Para desfazer a operação é um Deus nos acuda. O banco diz que a responsabilidade é do cartão, a bandeira do cartão afirma não poder fazer nada e a editora da revista desconhece o contrato.
Dica
Depois de tantos protestos de motoristas com a insegurança pela qual passam os ciclistas, veio de Celina Mariano a ideia: liberar o autódromo para treino dos ciclistas. Assim, ficariam livres de qualquer perigo e, com certeza, alcançariam performances fenomenais.
Não percam!
Atenção, ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e Vanessa Chaves de Mendonça, Secretária de Estado de Turismo do Distrito Federal. Hoje é dia de Poeira e Batom no Cine Brasília, às 20h. História da cidade pela vivência das mulheres que todos merecem conhecer. Contato com Tânia Fontenele.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Depois de construir toda Brasília, o sr. Israel Pinheiro está enfrentando, agora, uma situação das piores perante sua obra. É que está organizando uma firma particular, e não encontra um lugar para se instalar, reclamando a todos os seus amigos, os altos preços dos imóveis no Distrito Federal. (Publicado em 21.11.1961)
Quando o homem se afasta da natureza chega mais perto da morte
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Destruir 19 hectares a cada hora é um dado alarmante e expõe o Brasil à crítica unânime internacional, colocado como um país que, em pleno período de grandes mudanças climáticas, faz vista grossa e orelhas moucas aos alertas mundiais sobre a destruição do planeta.
O pior é que o número de multas por esses crimes ambientais vem caindo sensivelmente no mesmo período, o que reforça as suspeitas do poder de lobby desse setor que, aliado à extração ilegal de madeiras, está abrindo chagas imensas e definitivas na floresta. O problema também é que o atual presidente da República parece reforçar a tese daqueles que fazem pouco caso da preservação ambiental. Em entrevistas onde tem falado sobre o assunto, o presidente tem criticado, insistentemente, o que chama de “indústria das multas”, além de promover um amplo desmonte nos órgãos que combatem e controlam o desmatamento, como é o caso do fechamento do Departamento de Florestas e Combate ao Desmatamento que atuava no Ministério do Meio Ambiente, além de desprestigiar o trabalho do ICMBio e das unidades de conservação por todo o país.
Ao lado desse descaso com a biodiversidade do país, encarada como empecilho ao livre desenvolvimento do agronegócio, paralelamente, o que se tem verificado também é a liberação recorde e sem precedentes de novos agrotóxicos para esse setor, muitos dos quais, definitivamente, banidos da União Europeia e dos Estados Unidos.
O próprio Ministério da Agricultura informa que, num espaço de poucos meses, 197 novos registros de agrotóxicos foram liberados para uso no campo. Desses, mais de um quarto são proibidos nos países desenvolvidos e com legislações mais rigorosas. Para o governo, esse número maior se explica pelo fato de essa nova gestão estar priorizando aspectos mais racionais no trâmite desses produtos, como, por exemplo, o aumento da concorrência desses produtos no mercado e uma queda em seus preços para o consumidor.
Sobre esse ponto, algumas análises feitas nos itens dessa agroindústria do país têm revelado que nossa agricultura e pecuária estão hoje entre os produtos mais contaminados do planeta. Não é por outro motivo que carnes e grãos são, volta e meia, rejeitados pelo teor de veneno que apresentam. Os longos trâmites para a liberação desses venenos foram também encurtados de forma radical, o que não tem impedido que combinação de venenos, alguns, inclusive, de efeitos desconhecidos para o homem, passem a ser apresentados nas prateleiras dos mercados para os agricultores.
Ignorância e ganância. Desse binômio tem surgido, e em tempo célere, um tipo de agronegócio que não se intimida em jogar com a vida e com o futuro do país. Um exemplo claro dessa irresponsabilidade na liberação desses venenos é o glifosato. Considerado pela Organização Mundial de Saúde com um produto altamente cancerígeno, como ficou provado nos casos de Linfona Não-Hodgkin, e que é proibido na União Europeia e nos Estados Unidos, vem sendo largamente utilizado no Brasil, sob o consentimento da Agência de Vigilância Sanitária e outros órgãos do atual governo. Como resultado dessa incúria com relação a esses agrotóxicos, vem aumentando em todo o país os casos de intoxicação e de envenenamento.
De 2009 para cá, segundo o Ministério das Saúde, os casos de intoxicação passaram de 7. 000 para 14.664, ou mais do que o dobro, embora as autoridades estimem que esses casos sejam ainda maiores, já que muitos centros de saúde ou não reconhecem esses efeitos ou não notificam corretamente as autoridades. A situação tem chegado a tal ponto que, em comunicado assinado há pouco por todos os ex-ministros do meio ambiente do país, desde a criação da pasta em 1992, alertam para a política sistemática de desconstrução que vem sendo empreendida pelo atual governo com relação ao meio ambiente, com o desmantelamento dos principais organismos de proteção e fiscalização da nossa biodiversidade.
Para esses ministros, que trabalharam na área e conhecem a fundo a questão, o atual governo não possui, nem de longe, uma agenda ambiental minimamente séria e comprometida com as novas gerações de brasileiros. Essa preocupação também já chegou aos mercados internacionais, principalmente da União Europeia, que já estuda proibir produtos do agronegócio brasileiro que não possuam certificado reconhecido de produto que não afeta o meio ambiente. Medidas como essas poderão, no futuro, prejudicar os produtores nacionais e, quem sabe, obrigarem eles a refazerem seus modos de produção, de olho não apenas no lucro imediato, mas com vistas no amanhã.
A frase que foi pronunciada:
“Glifosato à sorte é perigo de morte”
Faixa no protesto do Porto, em Portugal
Espalhe
Sabe aquela pessoa que fica na frente do banco, no estacionamento do seu trabalho ou no sinal, pedindo dinheiro, comida ou que você compre algo dela? Ela também merece atenção e dignidade. Nesse domingo, a loja de rua será dedicada a ela e outras pessoas que estejam passando por dificuldades. Trata-se de uma loja de rua, montada entre o Planetário e o Clube do Choro, que vai funcionar entre 9h e 13h. Quem nunca teve oportunidade de escolher roupas, sapatos, acessórios, brinquedos, por não ter dinheiro, terá no domingo a oportunidade de escolher o que quer. Quem você indicar também receberá alimento, terá o cabelo cortado. O ambiente é do bem.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Com a Câmara em recesso, não houve, ontem, o movimento de segunda-feira no aeroporto. As companhias fizeram voos nem sempre lotados, e o movimento na estação de passageiros era dos menores. (Publicado em 21.11.1961)