O agronegócio terá contas a ajustar com o futuro

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Charge do Arionauro

 

Em comum, o desmatamento assustador e crescente além do aumento, sem precedentes, na liberalização de novos agrotóxicos é que ambos são decorrentes de um tipo de agronegócio predatório que, nos últimos anos, vem se expandindo sem controle, não respeitando vegetação nativa, rios, animais e o próprio homem, incluindo aí, também, as comunidades indígenas e nativas das regiões onde as monoculturas e a pecuária avançam.

Trata-se de uma triste realidade atual, erguida sobre a falácia de que nesse setor específico está centrada a redenção econômica e definitiva do país. Ocorre que nesse ritmo acelerado de desrespeito ao meio ambiente, com derrubada de matas nativas para formar pastos e áreas de plantio para grandes latifúndios de monocultura de milho, soja, algodão e outros produtos, associados a altíssimas aplicações de veneno contra pragas, o Brasil poderá, em pouco tempo, vir a se transformar num imenso deserto, árido e inóspito ao próprio homem.

Alerta nesse sentido vem sendo feito há anos por especialistas renomados, não apenas do Brasil, mas de todo o mundo. Ocorre que o poderoso lobby desse setor, tanto político como econômico, tem impedido que as discussões evoluam para o patamar da racionalidade e com vistas ao futuro das gerações vindouras. O fato é que, fossem colocados numa balança, a médio e longo prazos, benefícios e prejuízos decorrentes desse tipo específico de agroindústria, sem dúvida alguma, o passivo, representado pelo esgotamento e envenenamento do solo e de rios, associado ao desaparecimento de espécies de plantas e de vegetais, que sequer ainda conhecemos cientificamente, seria avassalador.

O problema é convencer as autoridades de uma realidade que ainda está, para muitos, num horizonte futuro, longe da situação atual de bonanças trazidas momentaneamente por esse setor. É preciso ainda notar que esse setor, altamente mecanizado, prescinde de mão-de-obra numerosa, sendo, portanto, realizado por poucos indivíduos e invariavelmente levam à riqueza apenas uma pequena elite, alheia e contrária a tudo o que diz respeito a ecologia, meio ambiente ou preservação da natureza, mudanças climáticas e outros assuntos do gênero.

De fato, os números atuais falam em favor desse tipo de agronegócio. Mais de 24% do Produto Interno Bruto (PIB) atual é gerado pelo agronegócio. Também a área cultivada ultrapassa, em grandeza, a de muitos países da Europa, isso com uma produção média de 3.500 quilo por hectare, o que faz do Brasil um gigante no setor agrícola. De um modo geral, todos os números gerados pelo agronegócio são superlativos, fato do ponto de vista meramente econômico, o que faz desse setor um setor vitorioso.

Poderia sê-lo muito mais se houvesse, por parte das pessoas que exploram essa atividade, uma consciência clara dos impactos ambientais gerados pela busca de lucro a qualquer preço. A Região Amazônica e o Cerrado têm sido, de longe, as áreas que mais têm perdido biodiversidade para o avanço irracional da agricultura e da pecuária. Para se ter uma ideia, entre 2018 e 2019, a Amazônia sofreu o maior percentual de desmatamento de toda a sua história. Nesse período, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), essa região vem perdendo uma média de 52 hectares por dia, isso num ritmo que vem se acentuando nas semanas, chegando a perder 19 hectares a cada hora.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Glifosato é veneno na sua comida, pesticida que acaba com a vida”.

Faixa no protesto do Porto, em Portugal

Foto: noticiasaominuto.com

 

 

Golpe

Cuidado com boletos que chegam por email. Quadrilha que rouba dados envia com o valor e dados corretos para cobrança. Meses depois o pagador descobre que o dinheiro enviado foi para outra conta, e continua devendo TV por assinatura ou boleto de escola. Se reclamar, ganha a causa. A responsabilidade de resguardar os próprios dados recai sobre a instituição da cobrança.

 

 

Rodas da Paz

Sempre que podemos defendemos os ciclistas da cidade. Os atletas, principalmente, que contam com a evolução educativa da sociedade em reconhecer que, no trânsito, o mais fraco deve ser protegido. Mas ver um ciclista na madrugada treinando na contramão da DF005 sem sinalização alguma, é total falta de bom senso.

Charge do Feliciano

 

 

Trânsito

Também as motos na cidade estão extrapolando as regras. Estão cada vez mais comuns as ultrapassagens pela direita. Situação de perigo constante!

 

 

Fração de segundos

Na W3 Norte, em vários pontos, funcionários atravessam a pista para almoçar. Perto do BRB, uma moça iniciou a travessia com um sorriso nos lábios, passou a primeira pista, parou e uma motocicleta a alcançou em cheio. Foi uma imagem horrenda.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

“A Imperial”, “Galo Vermelho”, “Casas Riachuelo”, “A Pioneira da Borracha” e “Casas de Pneus Itália”, são cinco casas importantes do comércio da Cidade Livre, que este mês se mudaram para o Plano Piloto. (Publicado em 21.11.1961)