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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Num país em que o analfabetismo, segundo estimativas otimistas divulgadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação, atinge cerca de 11 milhões de brasileiros, não fica difícil estimar a possibilidade da existência de um significativo número de dirigentes ou de pessoas, com cargos ou funções administrativas de relevância, com algo próximo a essa realidade preocupante.
Se formos analisar, ainda, a questão do chamado analfabetismo funcional, que atinge mais de 29% da nossa população e no qual se observa que o indivíduo, mesmo reconhecendo as letras e os números e outros dados em uma leitura, não consegue captar a ideia central e o conteúdo do que está expresso no texto, aí a questão adquire uma amplitude deveras preocupante. Mesmos os eleitores, já em diversas ocasiões, puderam verificar que muitos daqueles candidatos políticos ou mesmo ocupantes de cargos de relevância na administração do país podem ser enquadrados como analfabetos funcionais, guindados a esses postos por obra de acontecimentos fortuitos como o destino, à sorte, ou outra explicação de natureza, digamos, cordial.
Não seria o caso aqui de propor um movimento de discriminação de ordem cultural, perseguindo aqueles indivíduos com pouca escolaridade e que ocupam cargos de importância para a vida da nação, mas tão somente dar, àqueles que possuem o devido estofo intelectual e técnico, a oportunidade de ocuparem essas funções tão vitais ao país. Dito dessa forma, torna claro e sem sentimentalismos que o cargo e a função cabem apenas àqueles que para eles estão à altura e preparados. É assim em todo o país desenvolvido e tem funcionado muito bem até aqui.
A vanglória do analfabetismo e o combate à cultura, de um modo geral, como temos assistido até aqui, por lideranças, inclusive, por presidentes da República, que se gabam de não a possuir e até zombam daqueles que possuem, é um sinal bem claro de que já passamos da hora de interromper esse disparate.
Não se pode admitir que até em concurso para vaga de gari ou como dizem, “agente de limpeza pública”, exija-se currículo e formação em segundo grau, seguido de atestado de bons antecedentes e, para outras funções de maior relevância, algumas delas que dizem respeito à segurança do país, esses quesitos sejam simplesmente ignorados.
Temos visto e nos surpreendido com nomeações feitas, pelo Poder Executivo, de ministros para vagas nas altas cortes, de pessoas que, sabidamente, nunca exerceram a magistratura ou sequer envergaram a toga de juiz, numa afronta, inexplicável, aos princípios mais básicos e salutares para toda e qualquer democracia, e que, não raro, diminuem a qualidade dessas funções, transformando-as em instâncias para atendimentos de natureza pessoal, longe de seu objetivo primordial.
No mesmo sentido, vemos o loteamento de cargos vitais à economia, entregues nas mãos de indivíduos pouco ou nada qualificados para a função. O mais surpreendente, se é que ainda possuímos a capacidade de tal indignação, é ver, com assento no parlamento, um conjunto significativo de pessoas que, por seu passado e por suas vidas pretéritas, repletas de mal feitos e de ações na justiça, jamais deveriam estar naquela posição, exercendo funções que dizem respeito à vida e ao futuro da comunidade.
Talvez, o que falte neste país seja o estabelecimento de um movimento sério de sabatina, como feito nos Estados Unidos, para cargos como os da Suprema Corte, em que os indicados são submetidos a uma intensa e esmiuçada investigação, que levanta toda a existência do candidato desde o berço e que, em alguns casos, duram dias e dias de intensos debates e perguntas. Uma simples e escrupulosa sabatina em nossas elites dirigentes faria com que, ao menos, metade delas desistissem de suas pretensões. Fossem realizadas então para o cargo de presidente da República, pouquíssimos seriam aqueles habilitados para tal função.
A frase que não foi pronunciada:
“Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender”
Alvin Toffler
Má vontade
Alguns postos de saúde da cidade anunciam a vacinação até 17 h e não recebem pacientes às 16 h 27 min.
Bombeiros
Homenagem a Sd Marizelli Armelinda Dias, que faleceu em serviço. Mário Sales, criou no Instagram @vidaspoliciaisimportam, onde lembrou de Marizeli, registrando todo o amor que ela tinha pela profissão. Veja a seguir no link Marizelli nos doou a vida em 15/09/2019.
História de Brasília
Já que o assunto é Minas e Energia o Dr. Gabriel Passos ainda não conseguiu a publicação do decreto de nomeação do sr. Eduardo Sobral para o cargo de diretor da Petrobras. Em casos políticos , deveria haver uma definição de não nomear por isto. (Publicada em 04.02.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Na grande maioria das cartilhas que versam sobre a ciência da administração, consta, de forma muito clara, a recomendação de que o bom gestor, seja ele da área pública ou privada, deve possuir a capacidade de delegar poderes aos seus auxiliares por ele escolhidos, de forma a ter tempo para refletir e decidir sobre questões centrais que requerem bom senso e racionalidade.
Todos aqueles administradores que, por algum motivo, tentaram passar ao largo dessa lição, concentrando todo o poder e as decisões em suas mãos, acabaram enredados numa espécie de labirinto erguido por ele próprio, tornando-se prisioneiro de suas ações. Com isso, quem perde, além dele próprio, são todos aqueles que têm suas vidas dependentes dessas decisões. Outra recomendação passada por essas cartilhas diz respeito ao debate ou brainstorm exaustivo que essas decisões devem sofrer entre o líder e sua equipe, para que desse processo resulte soluções coerentes e exequíveis. Não é por outra razão que ditadores e outros indivíduos com propensões centralizadoras acabam sempre atropelando a mecânica da boa administração, não confiando em ninguém, ou pior, confiando nas pessoas erradas que os induzem a adotar medidas desastrosas.
Num país como o nosso, onde o presidencialismo adquire uma característica quase monárquica e, portanto, centralizadora, onde, ao mesmo tempo, a governabilidade só se efetiva por meio de um presidencialismo de coalizão, do tipo toma-lá-dá-cá, essas contradições e anteposições de vontades ficam realçadas a cada instante e, não raro, geram crises sistêmicas.
Numa situação delicada e instável como essa, diria até radioativa, qualquer colocação fora da balança resulta num abalo da paz entre as instituições. Assim, de susto em susto, avançamos a passos trôpegos. Com um quadro institucional montado precariamente dessa maneira, o pior pode acontecer quando o comando do Executivo passa a ser ocupado por alguém que fala antes de refletir e, pior, dirige suas diatribes a qualquer um que ouse discordar de sua onisciência.
O centralizador é, antes de tudo, um desconfiado. Desconfia da própria sombra. Em alguns casos, chega a ficar paranoico, vendo fantasmas e traidores por detrás de todas as portas. Depois de uma facada e várias cirurgias é até compreensível. Mas essa situação pode ainda ser mais agravada, quando o pequeno núcleo que orbita próximo do centralizador alimenta e envenena sua percepção sobre todo seu entorno. Nesse caso, o que seria um problema de ordem contida apenas na ciência da administração, ultrapassa essa matéria e vai ter na esfera da psicanálise, onde o problema toma uma feição mais próxima de uma patologia de personalidade.
A história está repleta de exemplos em todo o tempo e lugar de situações anormais como essas. A questão aqui é que nenhuma dessas experiências vindas do passado resultaram em algo positivo. Pelo contrário.
A frase que foi pronunciada:
“A paranoia é a consciência aguda da fragilidade da vida.”
Luiz Felipe Pondé, doutor em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Auditoria cidadã
Defensora ferrenha da clarificação das iniciativas que tratam da vida do povo brasileiro, Maria Lucia Fattorelli protesta: É imprescindível a rejeição da PEC 438/2017 e do PLP 459/2017, ou, no mínimo, a revogação do infame caráter especial dessa PEC e de urgência desse PLP, para que a complexa e danosa operação de que trata da chamada “Securitização de Créditos Públicos” seja completamente conhecida por todos os parlamentares que terão a responsabilidade de votar tais projetos.
Continua
A leitora, alerta: “A PEC 438/2018 escancara o privilégio da dívida pública, relaxa a “Regra de Ouro” da Constituição Federal, inclui o esquema da “securitização de créditos públicos” no texto constitucional e prevê até demissão de servidores públicos, entre outros absurdos. Veja o material completo no link: PEC 438/2018 – PAGAMENTO POR FORA DOS CONTROLES ORÇAMENTÁRIOS, MEDIANTE DESVIO DE ARRECADAÇÃO DURANTE O PERCURSO PELA REDE BANCÁRIA, ALÉM DE GERAÇÃO ILEGAL DE DÍVIDA ONEROSÍSSIMA!.
Estiagem
Aparelhos que medem a umidade do ar chegam em até 5% em certas horas do dia e em certos locais da cidade. A situação está perigosa, principalmente para os idosos e crianças. Ari Cunha previa a chuva com sabiás e cigarras, mas nem isso estamos ouvindo e estamos quase na metade de setembro.
Importante
Dia 6 de outubro é dia de votar no Conselheiro Tutelar da sua região. Depois de uma prova, a documentação é analisada para então o candidato concorrer à eleição. São pessoas que devem ter pelo menos 3 anos de experiência com trabalho diretamente ligado a crianças e adolescentes.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A cidade está mudando agora. Estão plantando árvores em todas as quadras, e o verde já dá aspecto melhor à criançada brincando. (Publicado em 30/11/1961)