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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Razões para a instalação da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) referente aos acontecimentos do dia 08 de Janeiro, existem de sobra: “Democracia não suportará política de apaziguamento”, “A defesa da democracia é inegociável”, “A democracia brasileira não será abalada e, muito menos, destruída por criminosos. A sua defesa e de suas instituições é inegociável”, “Houve conivência e omissão criminosa de autoridades nos atos golpistas”, pontuou o guardião da Constituição.
Por outro lado, as autoridades jurídicas do país ainda estão boquiabertas com a prisão dos “terroristas” sem direito à audiência de custódia, sem direito a advogados e outros direitos básicos, de centenas de pessoas, idosos, doentes, dependentes de medicações. Todas elas amontoadas num depósito insalubre da Polícia Federal, como entulhos a serem descartados, repetindo cenas que não se via desde que foram revelados os crimes nazistas depois da Segunda Grande Guerra.
Por si só, esse deveria ser o leit motif humanitário a ensejar não apenas uma CPI, mas para que sirva de lição a todos aqueles que urdiram toda essa página vergonhosa de nossa história recente.
Em 2005, ouvia-se da fala de um torneiro mecânico: “A desgraça da mentira é que você passa a vida inteira contando mentira para justificar a primeira que você contou.” Esse é, de fato, um episódio que, por suas consequências desumanas e ilegais que recaíram sobre os acampados em frente ao QG do Exército, deve ser esclarecido, ponto por ponto. O cipoal de mentiras que se seguiram a esses fatos precisa ser desmontado pelos parlamentares que representam a população do país.
Também a velocidade imposta àqueles acontecimentos, justamente de quem preza a venda nos olhos e a balança, atropelando todo o ritual processual básico, impediu e mesmo tornou obscuras que um mínimo de clareza e racionalidade jurídicas viessem a tona, submergindo todo aquele episódio numa narrativa unilateral, que, por suas consequências imediatas e até mediáticas, criaram o que se poderia ser definido como factóides a favor do novo mandatário que se instalava naquele momento. Com isso, seguiu-se, em cascata, uma série de medidas nitidamente repressivas vindas das autoridades para abafar quaisquer sinais e sobrevida surgidas da oposição.
Agora, como se não bastasse, pelos vídeos espalhados pelo mar da Internet, com toda aquela pantomima ardilosamente arquitetada contra os acampados, eis que se delineia no horizonte alguma luz passível de clarear aqueles episódios. Essa luz, obrigando a Justiça a reconhecer a arbitrariedade de centenas de prisões, torna-se ainda mais fulgurante quando se verifica o empenho nervoso com que a atual administração do Brasil volta-se contra a realização da CPI, numa atitude suspeita para abortar a tão temida Comissão.
A mentira, dessa vez, é que a CPI possa atrapalhar votações importantes para a atual gestão, como é o caso da revisão dos tributos, visando, como se sabe, um arrocho maior na carga tributária. Oferecimento de cargos no segundo escalão como o Banco do Nordeste, Codevasf e outros órgãos e mesmo a ameaça da não liberação de emendas parlamentares estão no cestão de ofertas para enterrar a CPI.
Estranhamente, tudo para impedir que a verdade se apresente como ela é, capaz de fazer ruir os castelos de areia da mentira, acabando de vez com essa fantasia do marketing canhoto, para quem toda luz jogada sobre o partido e os seus, é um golpe. Um golpe dos raios de luz.
Susto
Não são raros os aparelhos de celular que superaquecem. Não são raros os casos de tumores no coração, cérebro e glândulas adenais em ratos submetidos às mesmas frequências que celulares. Veja os estudos no link Radiação de radiofrequência de telefone celular.
Memória
Duas propagandas do Correio Braziliense marcaram muita gente. Uma, conhecida mas não divulgada, mostrava um jornaleiro andando pelas quadras com a bolsa cheia de jornais, num dia que estava amanhecendo, meio chuvoso, nublado, e uma flauta tocando as notas do canto então reconhecido: “Olha êeeeee o Correio!”. A outra se passava numa banca de jornais onde vários periódicos eram divididos em montes. A câmera focava o Correio Braziliense e o locutor dizia enquanto as pessoas pegavam o jornal: “A pilha que dura menos.”
Vivendo e aprendendo
Alguns parlamentares divulgaram, em suas bases, que coordenariam importantes comissões. Acontece que as negociações correm depois das sugestões e até dos convites. Uma surpresa ingrata para quem inicia os passos na política.
História de Brasília
As chuvas darão maior trabalho ao dr. Ataualpa e à equipe do DVO. No trevo de distribuição sul há dois buracos conjugados, em boa disposição para quebrar molas. (Publicada em 17.03.1962)