ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Vai ficando cada vez mais difícil, para as autoridades do país, esconder da opinião pública que o crime organizado já adquiriu status de real ameaça à segurança nacional, não podendo mais ser tratado como simples ações dispersas de bandos criminosos, mas como verdadeiros grupos guerrilheiros, que, a partir das extensas fronteiras internacionais, já possuem, de fato, o controle de muitas áreas dentro do país.
Especialistas no assunto admitem que o Brasil se transformou, nas últimas duas décadas, em o principal corredor do tráfico internacional de drogas, figurando já como o segundo maior consumidor do planeta de cocaína e seus derivados, sendo ainda o paraíso para a lavagem de dinheiro de origem criminosa, tráfico de armas e outros ilícitos extremamente lucrativos.
A facilidade com que essas organizações vêm agindo dentro do país é assegurada pela montanha de recursos que esses grupos têm à disposição para arregimentar pessoas e subornar autoridades em todos os níveis do Estado. Surpreende que esses grupos, mesmo com a intervenção militar na área de segurança do Rio de Janeiro, não tenham diminuído suas ações naquele estado e nem no restante do país. Pelo contrário. Quem acompanha o noticiário tem se surpreendido com as últimas ações desses grupos bem ao modo das guerrilhas. O assalto ao carro-forte na BR 040, com armamento de guerra, seguido do roubo cinematográfico no aeroporto de Viracopos em São Paulo, uma área que deveria ser de segurança máxima, demonstra que essas ações criminosas, há muito, ultrapassaram o poder das polícias militar e civil, se constituindo agora em ameaças que somente as Forças Armadas, com suporte da inteligência do Estado, podem deter.
O monstro cresceu, ganhou rabo e presas envenenadas, exigindo agora a atuação de uma força maior, com maior poder de fogo e preparo. De fato, enquanto o Estado era corroído por dentro por uma série de casos de corrupção, com as principais lideranças do país envolvidas nos mais escandalosos flagrantes de desvio de dinheiro público, o crime organizado ia encontrando brechas para crescer e se prosperar. Há inclusive aqueles que enxergam conexões entre esses grupos e membros destacados de diversos governos, à exemplo do acontecia na Colômbia e Peru. O próprio ministro da justiça, em recente entrevista, admitiu essa hipótese e apontou que o elo entre o Estado e o crime é estabelecido não só pela banda pobre que comanda as polícias no Rio de Janeiro, mas conta ainda com o apoio de muitos deputados estaduais e outras autoridades locais. Atentos às infinitas possibilidades desse elo entre o crime e o Estado, grupos criminosos não escondem a intenção de apoiar eleitoralmente muitos candidatos ao pleito de 2018, para adentrar o Estado pela porta larga das eleições.
Dinheiro e expertise eles possuem de sobra. Infelizmente, para qualquer direção que a população olhe, as possibilidades para que esses grupos de guerrilha urbana se expandam ainda mais, em conluio com políticos e outras autoridades inescrupulosas, são crescentes, reais e iminentes.
A frase que foi pronunciada:
“É necessário que todo guerrilheiro urbano mantenha em mente que só poderá sobreviver se estiver disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão. E se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, os latifundiários e os imperialistas.”
Carlos Marighella
Comitiva
Thiago Jarjour, Secretário Adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação, embarca rumo aos Estados Unidos neste sábado, acompanhado do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Valdir Oliveira, e de Jamal Bittar, presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), que financia a missão. Entre os pontos altos da viagem estão as visitas aos parques tecnológicos e às renomadas universidades norte americanas de Stanford e Cornell Tech. O objetivo é firmar parceria com o Biotic Brasília. Thiago retoma seus compromissos na capital dia 19/03.
Biotic
Biotic é um projeto que toma novo impulso em três pilares: learn (aprender), attend (comparecer) e business (negócios). É um espaço destinado a startups baseado em coworking, modelo de trabalho que favorece troca de ideias e colaboração entre diferentes profissionais com o apoio do Sebrae. Tantas palavras em inglês nos releases são perfeitamente justificáveis no mundo tecnológico globalizado.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Levando-se em conta, que, as obras do Iapfesp estão paradas há mais de um ano, dá para se ver que há o propósito deliberado de infringir, de contrariar ordens, de enganar. (Publicado em 17.10.1961)