Êxodo sem aporte

Publicado em ÍNTEGRA

DESDE 1960 »

aricunha@dabr.com.br

com Circe Cunha e MAMFIL

Mais do que uma herança deixada pela irresponsabilidade dos governos de Lula e Dilma, a vinda de imigrantes, em condições precárias e desumanas do Haiti e, agora, da Venezuela, revela o verdadeiro lado oculto da política externa brasileira, em um tempo em que o Itamaraty foi usado como instrumento para a instalação do país como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, mas, sobretudo, para garantir a ascensão internacional do ex-presidente, abrindo-lhes as portas para o comando da Secretaria-Geral daquele organismo multilateral.

Os fatores que permitiram a vinda apressada e em grandes levas desses e de outros imigrantes obedeceram a lógica racional e estratégica que pouco tem haver com questões humanitárias, propriamente ditas Seguiram, isto sim, a lógica fria de momento, arquitetada para, entre outros motivos, difundir no continente e alhures a ideologia do bolivarianismo .

Feito sem planejamento e, por vezes, por meio dos chamados coyotes (traficantes de pessoas), o Brasil assistiu, nos últimos 10 anos, ao crescimento inédito no número de refugiados. Segundo a Polícia Federal, em pouco menos de uma década, houve um aumento de 160% de imigrantes. Somente no ano passado, mais de 120 mil estrangeiros entraram no país.

Se num primeiro momento foram essas as verdadeiras intenções do governo brasileiro, a crise econômica mundial, a falência política da Venezuela, terremotos, terrorismo e outras catástrofes aceleraram ainda mais a vinda de imigrantes e de refugiados de todas as partes do planeta, com consequências sérias, não somente para eles, mas para a população local.

A questão dos venezuelanos em Roraima é encarada como crise humanitária. O que parece estar ocorrendo naquele país, antigo aliado do governo petista, é um êxodo sem precedentes da população, provocado pela insanidade de um governo despótico e inoperante.

O Acre e Roraima vivem hoje estado de emergência, com milhares de imigrantes alojados em condições subumanas, com a aceleração nos preços dos alimentos, aumento da violência, da prostituição e sobrecarga nos serviços públicos de atendimento. Fossem seguidos, desde o primeiro momento, parâmetros puramente humanitários para o acolhimento dos imigrantes, a situação poderia ter sido precedida do devido planejamento e não ocorreriam situações críticas para estrangeiros e brasileiros. O Brasil tem espaço suficiente para abrigar todos aqueles que vierem por bem em busca de uma vida digna e para somar esforços em prol de um mundo mais justo, mas o planejamento é fundamental.

A frase que foi pronunciada

“Quando os homens testemunham de si mesmos, uma coisa é o que são, e outra coisa é o que dizem.”

Padre Vieira

Mais um!

Carlos Penna Brescianini chama a atenção para o abandono das estações prontas — como Estrada Parque, em Águas Claras — e das quase prontas — como 104Sul, 106 Sul, 110 Sul e Onoyama (Taguatinga). Cada governo que passa retira o dinheiro do metrô e usa para fazer viadutos e vias para BRTs.

Leitura

José Vitor Canabrava estava aprendendo a ler. Nenhuma placa da rua lhe escapava. Durante as férias com a tia, em Florianópolis, ele percebeu alguma coisa diferente e perguntou para a tia Simone: “Tia, por que aqui todo mundo vende ou aluga apito?” Depois de uma sonora gargalhada, veio a explicação: “É apartamento, meu querido”.

Vergonha

A Monsanto se vendeu para a Bayer. O mundo está desvendando o mal dos tóxicos transgênicos. Enquanto isso, abelhas robôs são criadas para polinizar o que os transgênicos não permitem. E o mel? O robozinho é capaz de produzir?

Mistérios

Essa foi da Luana, filha da Márcia Margareth Rosa. Todo mundo à beira do riacho, Luana pergunta para amiga da mãe que estava grávida: “Por que sua barriga é tão grande?” Veio a resposta: “Porque tem um bebezinho dentro dela”. “E como você engoliu?”, perguntou assustada, a pequena.

História de Brasília

Bem que poderiam encomendar uma boa escultura de uma pomba, e se fazer um monumento a essas pequenas aves, que não foram da paz no governo que se foi. (Publicado em 30/8/1961)

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