Educação na rabeira

Publicado em ÍNTEGRA

ARI CUNHA
DESDE 1960

aricunha@dabr.com.br

com Circe Cunha e MAMFIL

Com a divulgação dos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), mais uma vez o Brasil aparece na rabeira entre os 70 países pesquisados. Pela pontuação alcançada em cada uma das áreas pesquisadas, fica demonstrado, na prática, que o desempenho de nossos alunos no âmbito dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) permanece ainda muito abaixo de outras nações, mesmo aquelas em que o PIB é bem menor do que o do Brasil.

No fim da lista, o Brasil ficou com 401 pontos comparados à média de 493 pontos alcançados por outros países. Em leitura estamos na 59ª posição, em ciências descemos para 63ª posição e em matemática despencamos para 66ª colocação. Um vexame internacional.

Realizada a cada 3 anos, a pesquisa traça, além de um diagnóstico básico de habilidades e conhecimentos específicos, uma radiografia sobre as variáveis demográficas e sociais de cada um dos países da OCDE, que possibilita ainda aferição confiável dos sistemas de ensino da cada país ao longo do tempo. No Brasil, a avaliação do Pisa é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que para essa pesquisa selecionou 33 mil estudantes nascidos em 1999, em todos os estados, e matriculados na 7ª série do ensino fundamental.

De acordo com o último Pisa, soubemos que, desde 2006, o Brasil se mantém estável nas áreas de ciências. No quesito leitura, continuamos praticamente no mesmo patamar de 2000. Com os resultados dessa última pesquisa, podemos avaliar que o montante investido por aluno entre 6 e 15 anos ficou em US$ 38.190, contra US$ 90.294 dos países da OCDE, o que corresponde a 42% da média dos gastos por aluno nos demais países.

Persistem enormed desigualdades não só na estrutura física das escolas públicas, como também na formação e valorização dos profissionais em educação. O Sul e o Sudeste continuam na dianteira em relação ao Norte e ao Nordeste. Em ciências, a melhor pontuação ficou com o Espírito Santo, com 435 pontos, contra Alagoas, que marcou 360 pontos, o pior desempenho de todos.

Na avaliação do Inep, o baixo desempenho dos estudantes brasileiros está ligado ao alto índice de repetências, que acaba por desestimular os alunos. Para a secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães, “o Brasil não melhorou a qualidade nem a equidade nos últimos 13 anos, principalmente. A única melhora do país foi no fluxo. É importante registrar que 77% dos estudantes que fizeram o Pisa estão no ensino médio.”

A frase que não foi pronunciada

“ Não à toa que no Brasil só se vota na zona eleitoral!”

Carioca, ao se reatar com o bom humor

Denúncia

» Entre os trechos 8 e 9 do Setor de Mansões do Lago Norte, uma cerca limita o espaço público, tomando, inclusive, parte da mata ciliar. É tão discreto o arame farpado que está avançando, enquanto escapa da fiscalização da Agefiz.

BB

» Se alguém conseguir ligar para uma agência do Banco do Brasil, por favor, nos envie o número.

Harmonia

» Senado Verde e Coral do Senado trabalharam em sintonia neste ano. Todo o cenário da ópera Carmen foi de material reciclado. O viveiro do Senado produz a própria energia, além de armazenar a água da chuva, reaproveitada nos jardins.

Clareza

» Comentário no cafezinho do Senado é que o presidente Temer precisa criar um canal de comunicação franco e intenso com a população. Até agora, a população não teve do governo nenhuma informação sobre a reforma da Previdência. O assunto precisa ser colocado honestamente e rápido.

Oportunidade

» Shakira tem dois fãs-clubes no Brasil. Um que adora suas músicas e performances artísticas e outro que a admira por ter investido na criação de uma escola para crianças de baixa renda, que se transformou em destaque na Colômbia. Aplicar a verba obtida pelo próprio sucesso, acreditando no sucesso de outros, é uma ação para poucos.

História de Brasília

Atualmente, em Brasília, há quatro pretendentes para cada cargo. Um do Juscelino, que quer voltar; um do Jânio, que quer ficar; um do sr. Tancredo Neves, e outro do sr. João Goulart. (Publicado em 19/9/1961)

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