Do terceiro andar

Publicado em ÍNTEGRA

Personalismo, que o dicionário traduz como atitude de que tem a si próprio como ponto de referência de tudo o que ocorre à sua volta, adquiriu características muito próprias entre nós. Tomado fora do conceito de movimento ligado ao Humanismo de 1929, de Emmanuel Mounier, que busca conduzir o homem para a sua realização como pessoa, o que temos atualmente com o governo da presidente Dilma é desvirtuação completa do conceito original, utilizado mais no sentido de voluntarismo, no qual a pessoa acredita que possa modificar o curso dos acontecimentos apenas por vontade própria.

O problema com o sistema presidencialista, nos moldes como ele é concebido no Brasil, é que as variações de humor e personalidade dos chefes do Executivo possuem poder brutal de se irradiar para todo o governo, contaminado a máquina pública, que passa a operar segundo desejos e feelings do mandatário. Logicamente, isso não dá certo, ainda mais quando esse posto passa a ser ocupado por alguém de personalidade obtusa, incapaz de enxergar o mundo a sua volta.

Essa limitação, somada à falta de talento demonstrada por Dilma para comandar a administração, levou-nos até aqui em abaixo. Para piorar a situação, a presidente se encontra refém, por vontade própria, de seu criador e de seu partido, um agrupamento de gente primitiva e extremamente perniciosa aos interesses da nação.

Como não podia deixar de ser, nesse caso, Dilma transformou o Palácio do Planalto em bunker de sua trupe, de onde passa a fazer diariamente discursos inflamados e irresponsáveis, buscando desacreditar não só a Justiça, como o parlamento e todos os que dela discordam.

Fechada, cada vez mais em torno de um núcleo formado de áulicos oportunistas, e com um discurso que vai se assemelhando a grito de guerra, Dilma segue ao encontro do destino que traçou para si, arrastando todos, indistintamente, para seu ocaso. Na eminência da hecatombe, Dilma acaricia displicente as cordas de sua lira louca, enquanto assiste impassível, da janela no terceiro andar do seu Palácio, a um país que arde em chamas.

 

A frase que não foi pronunciada

“O caixa da Petrobras é nosso.”

Campanha flagrada

 

Rigor

É preciso que a Secretaria da Saúde exija dos profissionais que a lavagem das mãos seja rigorosamente técnica. Hospitais e postos de saúde, principalmente na vacinação, a equipe é completamente displicente na limpeza das mãos.

 

Buraqueira

Principalmente agora, durante cobrança do IPVA, seria bom que os responsáveis pelo pavimento das estradas fizessem uma vistoria mais apurada. O que os cidadãos não aguentam mais é pagarem impostos e não terem a contrapartida. Os buracos nas pistas, a cada chuva, acabam custando mais caro do que os impostos para a manutenção dos automóveis.

 

Desleixo

No Trecho 8 da SMLN, uma empresa a serviço da Caesb rasgou o asfalto para levar manilhas da RA do Paranoá até o Lago. Metade da pista, na entrada da quadra, era de asfalto, e hoje é de terra. E fica por isso mesmo. Os moradores que pagam o IPTU mais caro da cidade que aguentem.

 

Precificar

Ocupando o terreno desde a fundação da cidade, o Lions Club recebeu apoio de Agaciel Maia para que permaneça no local. A Terracap quer leiloar a área. Talvez o preço do terreno valha o trabalho social que o Lions Club tem feito para contrabalançar a omissão do Estado.

 

Atitude

Por falar em social, a Action Aid, com sede no Rio de Janeiro, é uma proposta interessante de caridade. A instituição tem o cadastro de crianças que precisam de socorro, cuidados alimentares, carinho e atenção. Com R$ 50 por mês, a instituição repassa o que recebe dos apoiadores para uma criança, em especial, que tem endereço e nome. Assim, você se comunica e pode até marcar um encontro. Nepal. Etiópia, Zâmbia e também crianças do Brasil são atendidas pela iniciativa. É só ligar para 08009404420.

 

História de Brasília

Não defendo o sr. Jango Goulart. Vemos, com tristeza, o tratamento que está sendo dado à Constituição, pela qual todos os deputados e senadores juraram. (Publicado em 2/9/1961)

 

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