Categoria: ÍNTEGRA
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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No levantamento elaborado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), em 2010, eram aproximadamente 200 mil pessoas idosas ou quase 8% da população total daquela época no DF. Em 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), esse número já era de 326 mil idosos ou 12,8% da população. De 2010 a 2022, a idade mediana da população brasileira – número que divide o país entre uma metade mais velha e outra mais nova – aumentou seis anos, passando de 29 em 2010 a 35. No mesmo período, a proporção de idosos para cada 100 crianças até 14 anos saiu de 30,7 para 55,2.
Dentro dos aspectos sociodemográficos do envelhecimento no DF, preparado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios MPDFT) e com a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), “As mulheres representam 57% da população idosa, chegando a 63% no grupo etário de 80 anos ou mais (IBGE, 2011), reforçando o perfil mundial de feminização da velhice, que é uma manifestação do processo de transição de gênero que acompanha o envelhecimento populacional em curso em todo o mundo. Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o número de mulheres já supera o de homens em todo o mundo.”
No Brasil, envelhecer significa também enfrentar novos desafios e novos riscos, principalmente devido aos problemas sociais presentes na nossa realidade diária, o que acarreta ainda mais desigualdades com relação a outros grupos etários, a outras realidades sociais, demográficas e epidemiológicas. Chama a atenção dos pesquisadores o fato de que, em todos os níveis de renda e de escolaridade dos idosos, têm se mostrado comuns os casos de violência contra esses indivíduos, com o agravante de que esses casos só têm crescido ao longo tempo. A medida em que a população idosa aumenta, aumentam também os casos de violência, numa correlação de fatos que tem assustado muito todos aqueles que conhecem de perto o assunto. “Em medida considerável, o tempo do idoso do DF tem sido preenchido por violência, uma violência tão cruel quanto endêmica, que deixa a céu aberto a debilidade de seus amores e os fins de vida mais funestos do que se poderia esperar”, diz o estudo intitulado Mapa da Violência Contra a Pessoa Idosa no DF, que reúne pesquisas realizadas ao longo de dez anos de existência da Central Judicial do Idoso (CJI), organizado pelo TJDFT, MPDFT e DPDF. Considerada um projeto pioneiro nessa área, a Central Judicial do Idoso (CJI) tem buscado acolher a pessoa idosa, em toda a sua complexidade, estimulando sua participação na defesa de seus próprios interesses.
De acordo com seus criadores, a CJI trabalha subsidiando as autoridades do sistema judiciário, orientando e prevenindo situações de violência e violação da pessoa idosa e promovendo a análise multidisciplinar das situações de negligência, abandono, exploração ou outros tipos de violência, buscando soluções de consenso para conflitos e encaminhando a demanda aos órgãos competentes. Para tanto, como ressaltam seus coordenadores, a CJI tem investido no fortalecimento dessa rede de proteção social, por meio da interlocução e integração entre as diversas instituições públicas.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência contra a pessoa idosa é caracterizada pelo “uso intencional da força ou do poder real, podendo resultar em lesão, morte ou dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”. O Estatuto do Idoso, instituído em 2003 (Lei 10741/03), define, em seu art. 19, parágrafo primeiro, a violência contra o idoso como qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. Segundo os dados do Disque 100 – Módulo Idoso, fornecidos pela Secretaria de Direitos Humanos, o DF que sempre havia figurado nas primeiras posições pelo número de registros de denúncias, apareceu, em 2016, na décima posição com 419,50 casos.
Em Abril deste ano, o Correio Braziliense trazia a manchete: “Violência contra idosos explode no DF, com mais de 3 mil casos em 2023” e citava que os dados constavam da quinta edição do Mapa da Violência contra a Pessoa Idosa no DF. Os episódios aumentaram muito no período da pandemia de Covid-19 e vêm crescendo de forma alarmante. A maioria das situações ocorre dentro de casa, pontuou a matéria do repórter Pablo Giovanni.
Trata-se de um problema de grandes proporções, se formos avaliar as verdadeiras condições oferecidas hoje pelo Estado às populações idosas e de baixa renda. A verdade é que, diferentemente do que ocorre no Distrito Federal, onde já existe uma superestrutura para, pelo menos, avaliar esse problema previamente, o atendimento adequado aos idosos no Brasil ainda tem muito o que progredir.
História de Brasília
O jornalzinho da Escola Classe 107 tem uma reportagem relatando o que aconteceu a um garotinho. Êle estava assistindo à festa da Merenda Escolar, sentiu fraqueza e desmaiou. Agora, entramos nós: e o que estavam fazendo os responsáveis pela escola? (Publicado em 08.04.1962)
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Não chega a ser exagero afirmar que o tempo, com todos os seus significados possíveis, corre acelerado contra o Brasil e contra o mundo. A razão é que os países, em sua grande maioria e de modo consensual, ainda não acertaram os ponteiros que marcam a hora e a data limite, na qual os fatores de poluição, provocados pela deletéria ação humana, terão que cessar de forma conjunta, ordeira e definitiva. Ou é isso, de imediato, ou será o caminho sem volta que custará a sobrevivência da própria espécie humana e de outros seres vivos, conforme a conhecemos hoje.
A fase de negar a existência do aquecimento global, culpar a ação dos conspiradores ou suas correlações com a ação humana, já deve, nessa altura dos acontecimentos, ter sido superada. As mudanças climáticas bruscas que aí estão e suas consequências danosas para todos demonstram, de forma severa, que se não forem tomadas medidas urgentes para deter o aumento do aquecimento global, as condições climáticas nesse pequeno e delicado planeta serão muito adversas e até hostis para o prolongamento da civilização humana sobre a Terra.
Sem dúvida alguma, esse parece ser o maior desafio de todos os tempos já apresentado para a nossa espécie, colocando, agora, quase oito bilhões de almas, diante do que parece ser a encruzilhada mais desafiadora e fatal de nossa existência. O pior é que, dada as condições aceleradas com que os fenômenos climáticos adversos vão se sucedendo, não há mais tempo para hesitações. Muitos países, principalmente aqueles que primeiro experimentaram as bonanças da revolução industrial, tornando-se prósperos e poderosos, foram também aqueles que primeiro chamaram a atenção para as questões das mudanças climáticas e para a necessidade de mudanças de rumos. Os países que chegaram atrasados ao processo de industrialização, e que na sua grande maioria compõem hoje a categoria de nações em desenvolvimento, obviamente, não aceitam essas mudanças de rumo nas indústrias, acusando os países do norte de terem provocado esse aquecimento global e, por isso mesmo, exigem contrapartidas que os países ricos ainda não estão plenamente dispostos a aceitar.
Para as nações situadas ao sul do Equador e que, de modo até irônico, sofrem os mais severos efeitos do aquecimento global, esses novos modelos de economia irão, não somente aumentar os índices de pobreza, como poderão ainda resultar em grandes ondas migratórias, complicando um problema que em si já é demasiado complexo e terminal.
Nesse contexto, o Brasil surge nesse novo cenário de forma ambígua, como é de sua característica própria. Lá fora, o nosso país é visto como uma esperança de que as mudanças de rumo, com produção e preservação do meio ambiente, são possíveis. Aqui dentro, todos sabemos que o respeito ao meio ambiente não é seguido à risca e nem consta de agenda alguma que trate o assunto com seriedade e emergência devida. Curioso destacar que os mesmos países ricos que clamam por um novo modelo de economia, que não destrua o meio ambiente, são os mesmos que continuam a explorar, de modo selvagem e predatório, os recursos naturais dos países em desenvolvimento.
Nosso país, a cada mudança de governo, ruma para um lado, ao mesmo tempo em que parece não estar do lado de ninguém. De maneira anacrônica, o atual governo não se avexa em prospectar mais jazidas de petróleo, o grande vilão desses tempos tumultuados. Agora mesmo e na proximidade da realização da Conferência das Partes sobre as Mudanças do Clima (COP), o nosso governo tem feito todos os esforços para abrir poços de extração de óleo na bacia da foz do Amazônia, que, segundo estimativas, possui 14 bilhões de barris do ouro negro.
Os ambientalistas sabem que essa exploração trará um desastre incomensurável para todo o ecossistema da região. Conhecendo a natureza pragmática e ambidestra de nossos governantes, é só uma questão de tempo para que as plataformas petroleiras fiquem em pé definitivamente na Amazônia, contra tudo e contra todos. Sobretudo, contra o bom senso e o tempo, que, como dizia o filósofo de Mondubim, não espera por ninguém.
A frase que foi pronunciada:
“No Brasil, continuamos totalmente engajados em nossos esforços para reduzir o desmatamento e as emissões causadas pelas mudanças no uso da terra. O Brasil está pronto para colaborar ativamente na construção de respostas inclusivas e equitativas para esse desafio coletivo e. incentiva outros a se unirem.”
Ex- ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira

Do cidadão pra o avô
Brasília tem dessas coisas. Depois de estudar linguagem formal e informal, a professora pediu aos alunos que fizessem uma carta ao Administrador do Lago Norte. Emmanuel entregou uma carta super carinhosa. Ao ser questionado pela professora, respondeu cheio de orgulho: “Meu avô foi administrador do Lago Norte. Escrevi para ele, professora.”

História de Brasília
O bloco I do IAPETC é a garagem permanente de um chapa branca do Senado. (Publicada em 08.04.1962)
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Crises existem justamente para testar a capacidade humana de superá-las. Sempre foi assim. Caso contrário, a própria espécie já estaria extinta. O importante é não subestimar nenhuma delas, aprendendo e retendo as lições que elas trazem. Essa receita vale tanto para as crises pessoais como para as crises de ordem política, social e econômica que atingem o Estado, o governo e a nação.
O que não se recomenda, de maneira alguma, é criar uma crise na tentativa de resolver outra. É o que está acontecendo agora com o deslocamento do ministro da Secretaria de Comunicação do governo para ser uma espécie de braço avançado do Planalto para resolver a crise climática que vitimou o Rio Grande do Sul. O que dizem é que esse ministro foi derrubado para o alto, no caso para o Sul, bem longe do palácio. Com isso, foi criada uma crise dentro de outra crise maior, que longe de resolver o sério problema experimentado pelos gaúchos, provocou uma espécie de intervenção branca naquele estado, atingiu a dignidade do governo local e, de resto, o governo federal mostrou a inaptidão do atual presidente em resolver uma crise que se mostra muito acima de sua capacidade de resolução.
A questão aqui é demasiadamente delicada e complexa para ser solucionada apenas com a movimentação das peças no tabuleiro do poder. O governo sabe muito bem que a crise econômica que já vem se desenhando no país em razão da aplicação de seu modelo de gestão estatista poderá ser elevada a alturas jamais vistas, em decorrência das inundações ocorridas no Rio Grande do Sul.
De certo modo, o governo sabe também que poderá, como é de seu próprio feitio, creditar a outrem, no caso às enchentes, o mal desempenho de sua gestão. Nesse caso, as inundações viriam para salvar a gestão petista na economia. De todo o modo, esse é mais um problema que vai se desenhando no horizonte, sem perspectivas de soluções.
Por outro lado, o governo pode muito bem atribuir, ao ministro da Secom, deslocado para o Sul, quaisquer possíveis fracassos não no projeto de recuperação daquele estado. Para o governador do Rio Grande do Sul, entregar o governo nas mãos do ministro Pimenta equivale a um reconhecimento de que as enchentes deixaram o estado sulista acéfalo, além de precipitar, no abismo, sua carreira política.
A situação que já é séria demais por suas dimensões catastróficas tende a piorar e ganhar contornos de uma crise política. O Rio Grande do Sul, por sua trajetória histórica e política mais recente, não está inclinadoà esquerda. Pelo contrário, desde os escândalos do mensalão e do petrolão, que a comunidade gaúcha desfez seus laços que mantinha com a esquerda. Na verdade, a exceção é Paulo Paim, o único petista do país que prega o diálogo e a conciliação pensando na população brasileira.
A frase que foi pronunciada:
”O livro Resistência e Afirmação tem o objetivo de explodir bolhas sociais que impedem muitos brasileiros de verem o óbvio.”
Paulo Paim

Boa pedida
Quem quiser relaxar, todo primeiro sábado do mês, a Roda de Choro é na Escola Brasileira de Choro, na área externa do Clube do Choro. Nos outros sábados, para se deleitar com a boa música, no estacionamento 10, a partir das 11h no Parque da Cidade, o grupo está reunido tocando Chorinho ao ar livre.
Calma
Pacientes com catarata horrorizados com a banalização da cirurgia. Vale a pena ir devagar, consultar mais de um médico e pesquisar riscos.

Sem elogios
Via crucis para quem quer tratar com as operadoras sobre telefonia fixa. Nem para se livrar da linha e nem para segurá-la. O pior é ser obrigado a pagar as contas que continuam chegando mesmo sem o número. Sem ter a quem recorrer, os consumidores sofrem com a falta de assistência.

História de Brasília
Governador Brizola, com a decisão da Comissão de Justiça da Câmara, está sem afeto o convite que o sr. Baeta Neves lhe fez para se candidatar por Brasília. (Publicada em 08.04.1962)
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O senso comum ensina que distúrbios mentais que atingem familiares próximos, causam mais doenças, em decorrência do excessivo stress nas pessoas ao redor, do que nos próprios pacientes. A dedicação intensa, ao longo de toda a sua vida, à psiquiatria, fez de Nise da Silvera uma das heroínas do Brasil, principalmente quando provou que o trabalho e a interação com as artes e com plantas e animais domésticos possuíam um valor terapêutico poderoso, até então desconhecido.
Mario Pedrosa, um dos mais importantes críticos de arte do país, sentenciou: “A atividade artística é uma coisa que não depende, pois, de leis estratificadas, frutos da experiência de apenas uma época na história da evolução da arte. Essa atividade se estende a todos os seres humanos, e não é mais ocupação exclusiva de uma confraria especializada que exige diploma para nela se ter acesso. A vontade de arte se manifesta em qualquer homem de nossa terra, independente do seu meridiano, seja ele papua ou cafuzo, brasileiro ou russo, negro ou amarelo, letrado ou iletrado, equilibrado ou desequilibrado.”
O texto acima foi escrito em 1947, por ocasião da primeira exposição de pintura dos pacientes do Hospital (manicômio) de Engenho de Dentro, trabalho então coordenado pela renomada médica e psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999), introdutora no Brasil da e um método revolucionário de tratamento humanizador para a esquizofrenia por meio da arte. Somente quem já conviveu ou ainda convive com pessoas com quadro dessa doença mental, sabe o que significa e qual a importância que tratamentos realizados sem agressividade, e não como eram feitos no passado com eletrochoques, insulinoterapia ou lobotomia
Em 1946, Nise fundou a Seção de Terapêutica Ocupacional (STOR), onde montou ateliês de pintura e modelagem com o objetivo de, por meio da expressão simbólica e da criatividade, os internos conseguissem, de alguma forma, reatar os laços com a realidade. A importância de seu trabalho foi reconhecida em todo mundo por especialistas nessa área, inclusive pelo próprio Carl G. Jung, com quem manteve um longo relacionamento, por cartas por mais de uma década.
No ateliê, conta um dos seus ex-alunos, Bernardo Horta, houve uma explosão de pinturas, desenhos e esculturas que Nise e sua equipe não esperavam. Nise, que já lia Jung, percebeu aquilo que o psicanalista afirmava: se para o neurótico – o que seria todos nós, segundo Freud – o tratamento é por meio da palavra, ou seja, a psicanálise, para o esquizofrênico, segundo Jung, a palavra não dá conta. Para esse paciente, o tratamento deveria ser pela imagem”. Ao divã e a palavra, preferidos por Freud, Nise optou pela expressão plástica como método terapêutico, conforme recomendava Jung, o que a levou a buscar um tratamento de fato para os pacientes e não simplesmente estudá-los.
Com isso, afirmam seus biógrafos, Nise aprofundou o trabalho e as ideias de Jung, levando esses novos conceitos de tratamento muito além. Não surpreende que um trabalho tão fecundo tenha, ainda hoje, desdobramentos e muito vigor. O Instituto Nise da Silveira convocou uma série de grafiteiros para decorar os muros da Instituição, transformando o local numa galeria à céu aberto, com dezenas de painéis retratando pessoas que deram contribuição a chamada arteterapia, de forma que o Hospital passe a ser visto como parte integrante da cidade.
Caso estivesse viva hoje, por certo a Drª Nise da Silveira, com a experiência que vivenciou durante a epidemia de gripe espanhola (1918-1920) e de posse de todo o conhecimento que acumulara, na área de psiquiatria, teria um imenso campo pela frente para trabalhar as neuroses que a atual geração vem experimentando. Em última análise, um problema do mundo atual, com toda a complexidade de nosso tempo, a mudança de costumes e de paradigmas em si, não são capazes de alterar, em profundidade, as características da mente humana. Os complexos e as neuroses humanas de ontem, são, no seu íntimo, as mesmas manifestadas hoje em dia.
Vários acontecimentos têm afetado a saúde mental de crianças e jovens, além dos adultos, afirmou Guilherme Polanczyk da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em matéria divulgada pela Agência Brasil. Segundo o psiquiatra, a situação de estresse nas crianças pode ser negligenciada, já que são menos infectadas e o sofrimento pode passar desapercebido.
A frase que foi pronunciada:
“Ser espontâneo apenas significa ser coerente consigo mesmo.”
Fayga Ostrower

História de Brasília
Começou o plantio de grama no IAPI 105. A paisagem vermelha e agressiva, começa a ceder ante a presença do verde. A irrigação está com muto atraso e pode prejudicar os planos de jardinagem. (Publicada em 08.04.1962)
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Caso o senador Sergio Moro venha a ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como deseja o governo e todos os partidos da situação, ficará difícil explicar, ao restante do país e mesmo ao mundo, que acompanha essa verdadeira caça aos operadores da lei no caso da Lava-Jato, que a decisão se deve a motivos pueris, como abuso do poder econômico.
Não que isso importe ao próprio governo e à sua base de sustentação ou tampouco ao TSE e àqueles ministros que poderão selar o destino político do senador paranaense. Impossível mesmo será explicar ou dar um motivo razoável à opinião pública que ao menos possa fazer sentido, que não aquele ligado a uma vendeta pessoal orquestrada pelo atual chefe do Executivo e que foi externada pelo próprio em recente entrevista.
Esconder os fatos como se isso fosse possível, a essa altura dos acontecimentos, pode ser também um exercício inútil, já que a história lida diretamente com acontecimentos, cuja estrutura se funda em verdades. Aqui, nesse caso emblemático, entra a tal da teoria da pós-verdade, principalmente para aquela parcela da população manipulada pela propaganda insistente do atual mandatário de que os julgamentos ocorridos na Operação Lava-Jato tiveram como objetivo a destruição da imagem das esquerdas no comando do país.
Essa pós-verdade, obviamente, encontra sua sustentação e razão prática em boa parte da mídia favorecida pelos recursos disponibilizados pelo governo. Há ainda tempo para que o TSE não repita as mesmas pantomimas jurídicas verificadas no julgamento sumário e veloz do ex-deputado Deltan Dallagnol, outro herói da população e daqueles que, um dia, acreditaram que este país acabaria com a corrupção que, há séculos, o vem dilapidando em benefício de uma casta de políticos e empresários intocáveis.
O consolo para esse e outros acontecimentos que agora vêm atropelando a lógica e mesmo os mais comezinhos conceitos de ética pública, se é que isso ainda é possível, é saber que esses que agora festejam vitórias momentâneas e sem lastro na verdade, um dia, serão citados nos rodapés dos livros de história como traidores do povo e responsáveis pela manutenção do país na rabeira do mundo civilizado.
Mais que um ex-juiz e, agora, senador, quem de fato estará sendo julgada e passível de uma possível cassação encomendada e precificada será a grande parcela da população brasileira, a mesma que vem demonstrando sua desconfiança e desapreço pelos caminhos tomados atualmente pela Justiça deste país. De modo sucinto, quem na verdade estará sentado no banco de réus será a própria Justiça e seus atuais operadores, sobretudo aqueles que substituíram as letras impressas na Constituição pelas garatujas da hermenêutica e gramática político-ideológica de ocasião. Como dizia o filósofo de Mondubim: “Vã é a vitória dos que pelejam contra a verdade”.
A frase que foi pronunciada:
“Não estamos falando de bandidos assumidos, transgressores vulgares. Estamos falando de gente que se considerava de bem e que, no entanto, fraudava, corrompia, achacava e lavava dinheiro como se fosse natural. E como achavam que a corrupção era a maneira natural de governar e fazer negócios não sentiam culpa, não tinham auto crítica.”
Ministro Barroso sobre a Lava Jato

Ari Cunha
Este espaço comemora, nesta semana, 64 anos de existência. É a coluna jornalística mais longeva do mundo. Veja, a seguir, a primeira publicação assinada por Ari Cunha no Correio Braziliense.

Pela população
Passageiros em todos os ônibus do DF sofrem com a ação dos gatunos. São centenas de celulares furtados por dia, dentro dos coletivos. No Piauí, uma operação da Polícia Civil, articulada com a inteligência da instituição, localizou pontos de recepção dos aparelhos furtados. Foi ao local e recuperou centenas de aparelhos celulares. Em uma solenidade, entregou cada celular aos que buscaram a delegacia para registrar a ocorrência do furto.

Brasil
Esquerda, centro ou direita, não interessa. Os bravos funcionários da Rádio MEC mantêm o nível musical da emissora mostrando ao Brasil o que se tem de música elaborada, estudada e trabalhada. Sucesso o concerto sob a regência do maestro Neil Thomson com a Filarmônica de Goiás em estreia nacional. Uma das obras apresentadas, Sinfonia nº 2, é do compositor português Joly Braga Santos; a outra, do compositor brasileiro João Guilherme Ripper: Sinfonia de Abril, peça comemorativa aos 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal.

História de Brasília
Seria um absurdo premiar os relapsos, os negligentes. E o que seria feito com os que pagaram em dia suas dívidas? Devolução? Outra injustiça. Devia aparecer um deputado amigo de Brasília, que queira valorizar a previdência social, e apresente um projeto cobrando juros sôbre os alugués atrasados. (Publicada em 8/4/1962)
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Nessa altura dos acontecimentos, depois de mais de oito meses dos ataques do grupo Hamas contra a população civil israelense, e mesmo sabendo que os conflitos entre judeus e palestinos já duram exatos 75 anos, ainda causa surpresa o fato de que, pela primeira vez, professores e alunos das maiores universidades americanas e algumas na Europa resolveram, de uma hora para outra, aderir a causa extremista do grupo terrorista islâmico.
Com isso, essas universidades, boa parte funcionando graças à ajuda financeira de muitos judeus milionários, chamaram para si os holofotes do mundo, mostrando que a comunidade acadêmica dessas prestigiosas instituições de ensino não apoia a resposta dada pelo Estado de Israel aos ataques de 7 de outubro último, como também se mostram claramente a favor das estratégias do grupo Hamas de destruir completamente o Estado e o povo Judeu.
Custa acreditar que universitários que cursam essas famosas universidades não tenham conhecimento completo do que ocorre de fato no Oriente Médio, bem como as causas e consequências desse prolongado conflito. Um atalho mais curto nessa discussão mostra, à primeira vista, que essas universidades já não são mais aquelas do passado, onde a pluralidade de pensamento e o livre pensar resultaram em avanços extraordinários para a humanidade.
À semelhança do que ocorre hoje também em diversas outras universidades, inclusive no Brasil, as pautas de ensino e discussões estão totalmente controladas pelas análises defendidas pelo pensamento monoglota das esquerdas. De fato, nesses estabelecimentos, outrora devotados ao saber, não há discussões ou debates dignos do nome, apenas um monólogo em que todo e qualquer discordante, quando não é ameaçado, é incluído na lista vermelha das faculdades, taxado de fascista e calado ou expulso da escola.
A tão pleiteada democracia nas universidades é hoje um arremedo composto por um grupo apenas, que dita as normas e condutas das academias. Como resultado dessas manifestações insanas, o antissemitismo, herança maldita vinda desde a Idade Média e que no Nazismo atingiu seu ponto extremo, voltou com força total em muitas dessas instituições de ensino, com ameaças a alunos e professores judeus.
É em brechas como essas, abertas no flanco da cultura Ocidental, que a propaganda islâmica radical vai penetrando nas universidades, primeiro insuflando cristãos contra judeus, depois se voltando contra seus antigos e agora descartáveis aliados. Há, nesses casos, toda uma ampla e falsa propaganda desses grupos radicais para culpar Israel por crimes que são os próprios terroristas que praticam, ao tornarem as populações palestinas reféns de suas estratégias terroristas de guerra. Agindo nos bastidores desses protestos dentro das universidades, estão os diversos grupos de esquerda, que sustentam o discurso contra Israel e a favor de grupos extremistas como o Hamas e o Hezbollah.
Trata-se de dar seguimento às ações preconizadas por Gramsci, teórico italiano das esquerdas que ensinava que a revolução do comunismo deveria se iniciar dentro das escolas e universidades e não nas fábricas, como propunham os marxistas clássicos. É isso que estamos assistindo agora dentro das universidades, sob o pano de fundo do conflito entre Israel e Árabes.
A frase que foi pronunciada:
“Se você diz que o terror em Londres não é justificado, mas que os homens-bomba em Israel são uma questão diferente, então você é parte do problema.”
David Cameron

ARI CUNHA
Hoje, esse espaço celebra 64 anos de existência. É a coluna jornalística mais longeva do mundo. Veja, a seguir, a primeira publicação assinada por ele no Correio Braziliense.

Garanhuns
Nomeado pelo Papa Francisco para assumir a Diocese de Garanhuns, o novo bispo Rev. Agnaldo Temóteo da Silveira deixa a Diocese de Sobral.

Brasil
Esquerda, centro ou direita, não interessa. Os bravos funcionários da Rádio MEC mantêm o nível musical da emissora mostrando ao Brasil o que se tem de música elaborada, estudada e trabalhada. Hoje será apresentado sob a regência do maestro Neil Thomson o concerto da Filarmônica de GO, com estreia nacional às 20h. Uma das obras é do compositor português Joly Braga Santos, “Sinfonia nº 2”, e a outra do compositor brasileiro João Guilherme Ripper, “Sinfonia de Abril”, peça comemorativa aos 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal.

Tensão
Na Inglaterra, em documentos judiciais, a AstraZeneca reconhece que há efeitos colaterais raros na vacina lançada contra o Covid. A admissão foi feita em resposta a uma ação coletiva lançada pelo escritório da Legh Day, Sarah Moore. Os requerentes afirmam que eles, ou seus entes queridos, sofreram Trombose Imune Induzida por Vacina com Trombocitopenia (VITT), que é uma forma de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS) como resultado direto da vacina AZUK. Esta é uma síndrome rara caracterizada por coagulação sanguínea e insuficiência de plaquetas.

História de Brasília
“Se você diz que o terror em Londres não é justificado, mas que os homens-bomba em Israel são uma questão diferente, então você é parte do problema.” (Publicada em 08.04.1962)
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Catástrofes ambientais ocorridas em todo o planeta em decorrência do previsto efeito estufa, vão deixando patente que o mundo, e sobretudo a espécie humana, protagonista desse processo, terão, doravante que começar a exercitar um novo modelo de exploração da terra, caso desejem ainda permanecer existindo. Essa é uma, entre milhares de outras constatações que podem ser incluídas no rol dos fatos incontestes. Ou é isso ou aquilo que vamos assistindo, com cada vez mais frequência.
Nesse planeta água, a terra entra em fusão sob nossos pés. O que os cientistas ligados às questões do meio ambiente têm afirmado, é que entramos num ponto de não retorno. O start ou o ponto de inflexão de todo esse novo momento que estamos assistindo foi dado em data incerta. O que parece certo é que esse século XXI, cuja inauguração se deu com a sinistra derrubada das Torres Gêmeas em Nova Iorque, será marcado por desafios que a humanidade jamais experimentou anteriormente, salvo aqueles mencionados na Bíblia, que relatam os acontecimentos durante o período do dilúvio.
Talvez o que menos importa nesse instante seja a busca por culpados por toda essa reviravolta que vai ocorrendo em nosso planeta. O que importa e de forma urgente é revisar alguns modelos de exploração dos recursos naturais do planeta e de nossa conduta coletiva que nos trouxeram até aqui.
Para um planeta que caminha para abrigar oito bilhões de habitantes, livrar com urgência dos sistemas de produção de alimentos e da exploração de outras riquezas, não será tarefa fácil. Talvez esse seja também um esforço que não caberá apenas aos governos, mas sim, a toda a coletividade humana.
Por todo o mundo, vai ficando cada vez mais claro que a força coletiva ou sociedade civil, tem sido muito mais eficaz na resolução de calamidades climáticas de grandes proporções do que aquelas mostradas pelo Estado. O caso do furacão Michel que assolou a Flórida em 2018, deixou antever ao mundo que a cooperação descentralizada da sociedade civil foi um fator, por excelência, para minorar as consequências advindas daquela tormenta que deixou mais de 80 mortos, com prejuízos de dezenas de bilhões de dólares.
O mesmo fator é agora reafirmado no caso das enchentes que destruíram boa parte do território gaúcho. Tolice o governo querer competir midiaticamente com as ações voluntárias, demonstradas pela sociedade civil local. As imagens e, mesmo o imaginário coletivo, provam a força dessas comunidades. Impressionante no caso do Rio Grande do Sul, é que essas populações que se desdobraram para salvar vidas, jamais, em tempo algum, tiveram quaisquer treinamentos prévios, agindo apenas com base na força da solidariedade e do destino comum.
Na realidade esse parece ser o mote atual que deve nos mover daqui para frente: destino comum. Seguramente, por habitarmos esse planeta ferido de morte por nossas ações temos que ter em mente que temos, ricos e pobres, um destino comum. A resposta do Estado, e sobretudo a resposta de um governo envolto com uma séria crise econômica, centralizada e burocrática não é páreo para o ultimato veloz do clima.
As críticas ajudam no aperfeiçoamento das ações, pois apontam falhas e, muitas vezes, mostram soluções adequadas. Antigamente se dizia que é quando a maré baixa que podemos constatar quem é que estava nu. No nosso caso particular, podemos confirmar que não era população flagelada. É certo também que não iremos minorar a dor dos nossos irmãos do Sul, com palavras ou outras condolências cerimoniais e formais. Mas ainda assim é por meio da palavra denunciada que iremos alertar que somente hoje em nosso país temos uma população de mais de meio milhão considerados fugitivos do clima.
Em todo o mundo, esse contingente alcança mais de um bilhão de pessoas. Para se ter uma ideia dessa situação fora da roda é preciso lembrar que em pouco mais de um ano o nosso país teve mais de 12 eventos climáticos extremos e, até hoje, não nos preparamos para as adversidades climáticas.
A frase que foi pronunciada:
“A crise climática não é uma questão política; é um desafio moral e espiritual para toda a humanidade. É também a nossa maior oportunidade de elevar a consciência global a um nível mais elevado.”
Al Gore

Foto: ©Ian Forsyth/Getty Images
Solidariedade
Várias instituições públicas unidas para prestar socorro ao Rio Grande do Sul. No Senado, Ilana Trombka, diretora da Casa, lançou a campanha de doação de cinco mil cobertores organizada pela Liga do Bem. Voluntários ajudam a separação das doações recebidas.
História de Brasília
O argumento de que Brasília é uma cidade em formação prevaleceu, e não teremos, assim, “forças terríveis” pressionando a administração. (Publicada em 08.04.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
instagram.com/vistolidoeouvido

Num futuro, não muito distante, as gerações que deverão ocupar o comando do país vão encontrar pela frente, desafios jamais imaginados, nem mesmo pelos mais inspirados contos de ficção científica. Serão problemas legados por nós, ou mais precisamente, por nossa incúria e desleixo com o trato do meio ambiente. O impacto humano causado por nossas atividades agrícolas intensivas, pela mineração sem controle, feita, na maioria das vezes por empresas estrangeiras que agem sem o menor sentido ético, as queimadas sem indiscriminadas, a derrubada das matas nativas, que continuam em ritmo acelerado, destruição contumaz de nascentes e rios, a poluição dos oceanos e uma série de outras atividades manifestadamente predatórias, visando o lucro acima de tudo e de todos, sempre cobra um preço.
Esse terá que ser pago pelas próximas gerações, sob pena de ter de abandonar o próprio planeta para sobreviver. Esse cenário catastrófico, produzido por nós agora, é agravado ainda pelas mudanças climáticas, que começam a tornar o planeta, um lugar, ainda mais inóspito para a vida humana.
A cada ano, os cientistas que se dedicam a pesquisar cenários futuros para nosso planeta, diante da intensa atividade humana no último século, vão apresentando estudos que alertam para a necessidade urgente de mudança de rumos, mudança de paradigmas, sem as quais, simplesmente não haverá futuro para ninguém.
Depois dos alertas feitos sobre as mudanças climáticas, mostrando um mundo revolto e cada vez mais avesso à vida humana, apresentado pelos painéis internacionais sobre o assunto e avalizado pelos maiores e mais respeitados cientistas atuais, chega a vez de um outro relatório também assustador que aponta para dias difíceis à frente para a humanidade, caso não se revertamos antigos procedimentos de exploração do planeta.
Há 5 anos, foi apresentado pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistema (IPBES) das Nações Unidas, relatório alertando para a extinção iminente de um milhão de espécies de animais e plantas em todo o mundo. O estudo, feito ao longo de mais de três anos e que contou com a participação de 145 cientistas de 50 países, mostrou que a natureza, como a conhecemos hoje, está encolhendo globalmente num ritmo rápido, sem precedentes na história da humanidade. Durante esse tempo, foram revisados mais de 15 mil pesquisas científicas e outras diversas informações governamentais que dão conta de que mais de 40% das espécies de anfíbios, quase 30% dos corais que formam recifes e mais de um terço de todos os mamíferos marinhos estão seriamente ameaçados de extinção nos próximos anos. Desde 1900, diz o relatório, 20% da diversidade de espécies nativas, nos principais habitats terrestres, vem diminuindo. Ao mesmo tempo houve um aumento de mais de 75% das áreas urbanas.
Com isso os recursos hídricos tem diminuído também de forma sensível, sendo que 75% da água doce hoje é consumida pela agropecuária e por outras indústrias. Todas essas perdas, apontam os cientistas, foram ocasionadas pela atividade humana e decorrem diretamente do modelo de desenvolvimento econômico que temos adotado desde a Revolução Industrial e torna-se agora uma séria ameaça ao bem-estar do próprio homem.
O mais preocupante é que, dos cinco fatores apontados pelos cientistas e que nos levaram à essa situação alarmante, quais sejam, mudanças na forma de uso da terra e do mar, exploração de fontes naturais, mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras, todas são praticadas e vistas por aqui, o que eleva , ao máximo, nossa responsabilidade nessa questão.
A frase que foi pronunciada:
“Tal como a poluição atmosférica, o risco de inundações é uma ameaça contra a qual o governo deveria proteger-nos.”
Barry Gardiner

Cuidados
Passou da hora de uma manutenção no Parque Olhos d’Água. Galhos caídos, focos de água, mato alto invadindo as pistas dos pedestres.
Até hoje
Por falar em parque, não há um parque público infantil bem montado no Lago Norte.

Muito triste
Com a aproximação do frio em Brasília, torna-se preocupante a situação dos moradores sem teto. Pouca ou nenhuma assistência. Crianças descalças, sacrifício para buscar água e barracos paupérrimos brotando por toda parte.
Solidariedade 1
Leonardo Silva, guia turístico em Gramado, no Rio Grande do Sul, que já atendeu centenas de visitantes de Brasília, posta no Instagram toda a ação que tem feito para socorrer as vítimas vizinhas. Veja mais no link Ajuda para as pessoas que perderam tudo nas chuvas do RS!. Toda a ação realizada, por meio das doações recebidas, será compartilhada, diariamente, nos histories do seu perfil oficial no Instagram e no da sua empresa.
Solidariedade 2
As fotos da Liga do Bem no Senado Federal são de impressionar. Todos ajudando a organizar toneladas de doações que serão enviadas para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Veja no link: Liga do Bem, do Senado, doa 5,5 mil cobertores a vítimas da chuva no RS
História de Brasília
Decidido na Câmara: não haverá eleições em Brasília. Medida honesta e de interesse público. Os candidatos (poucos e bons) já se atiravam sôbre os eleitores prejudicando a cidade, e deputados de outros Estados, com a mosca azul de Taguatinga viram seus castelos ruírem. (Publicada em 08.04.1962)
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Em tempos de mudanças radicais e aceleradas pela expansão das redes sociais, fica cada vez mais evidente que quem não seguir a corrente de ventos que sopra sobre a humanidade, corre o risco de ficar preso na calmaria aparente ou ser engolido. De outra forma, em sentido contrário, existem aqueles que buscam nas fontes do passado as âncoras necessárias para fundear suas naus novamente nas águas cristalinas da sensatez e seguir adiante.
Há sempre escolhas a serem feitas. Veja, por exemplo, o caso espetacular que ocorre neste momento no continente europeu, onde grandes levas de jovens e até de pessoas maduras estão retornando à Igreja Cristã, buscando mais do que abrigo para espíritos conturbados. Uma espécie de fortaleza, onde reunir forças para fazer frente à expansão ameaçadora do islamismo sobre a civilização do Velho Mundo.
O caso aqui é de busca de uma bandeira capaz não só de reacender a fé perdida, mas também reavivar o ânimo necessário e correto para dar uma resposta adequada a uma invasão que se mostrou não ser, nem de longe, pacífica e harmoniosa. Para aqueles que buscam agora a bandeira com a cruz cristã, fica claro que o imenso esforço feito no passado para salvar a cultura ocidental teve a igreja como seu ponto de partida.
Mas passados tantos séculos daquela epopeia, cheia de acertos e erros, é preciso notar que o mundo agora, superpopuloso e atormentado pelas revoluções atmosféricas, é outro, talvez até mais hostil e incerto do que no passado. A começar pelas incertezas que parecem dominar o futuro do próprio Cristianismo. Estaria hoje a Igreja Ocidental como um todo à altura dos urgentes desafios e prioridades atuais? Eis, aqui, uma questão preliminar e que poderá, ou não, reacender o ânimo dos cristãos para salvaguardar seus espaços e sua cultura ameaçados.
Se tomarmos a força atual da Igreja apenas pela excessiva exposição midiática dessa instituição, há essa sensação, um tanto falsa, de que ela ainda está no patamar da supremacia que importa ao Ocidente. Refazer a antiga fortaleza da fé e das espadas é necessário mais do que nunca. Mas isso não se dará por meio das mídias, que parecem contaminar com seus signos a verdadeira e original mensagem cristã. A excessiva exposição midiática é tudo o que a Igreja não necessita para voltar ao antigo protagonismo.
É no silêncio e no mistério que a igreja adquire seu poder espiritual e secular. O lema “ora e labora”, tão necessário e urgente no passado, parece ter sido substituído por uma espécie de “labora a mídia”. Também os maus ventos, vindos do mundo secular e material, introduzindo ideologias políticas e populistas na prática diária da igreja, prejudicam e ameaçam solapar o alicerce de Pedro.
Mais do que monumentos e oratórias, a Igreja precisa voltar a ser socialmente significante, abrindo suas portas aos necessitados, dando e recebendo afeição pela criação. Não existe Igreja alguma digna desse nome de portas fechadas e de costas para o mundo, seja durante epidemias, calamidades públicas, como as atuais enchentes no Sul do país, seja no que for. Muito menos podem existir igrejas permanentemente cercadas e gradeadas ou que funcionem apenas em obediência aos ritos do clericalismo.
Mesmo o papa, por diversas vezes, tendo afirmado que o clericalismo é uma perversão, sendo criado por uma elite de leigos na igreja. “Não é o pastor que deve dizer ao leigo o que ele deve fazer e dizer, ele o sabe tanto ou melhor do que nós”, disse o papa, para quem o clericalismo é um fenômeno que está apagando, pouco a pouco, o fogo profético de que toda a Igreja é chamada a dar testemunho.
Ditado antigo diz que o que mais afasta o fiel das igrejas é o convívio com padres e bispos alheios às aflições do mundo, incapazes de olhar e se colocar no lugar daquele que ali está na sua frente. É por aí que deve começar a mudança capaz de fazer reviver a Igreja como trincheira para salvar as almas e, sobretudo, a cultura ocidental onde ela se assenta.
Vejam que, no seu esforço diplomático em favor do fortalecimento do ecumenismo — um sonho que o Islã despreza —, o papa tem viajado por terras onde o Islamismo é a única crença aceita. No entanto, todo esse louvável empenho tem sido em vão, com os líderes religiosos mulçumanos criticando e mesmo zombando do chefe da Igreja Cristã. O ecumenismo encontrou na Jihad seu principal inimigo.
A guerra que Israel empreende para sobreviver ante os ataques terroristas parece ter jogado a última pá de cal no ecumenismo. O europeus, que a tudo assistem, entre aturdidos e temerosos, e veem seus territórios cercados pela intolerância dos imigrantes islâmicos, sabem que a saída para esse conflito anunciado reside numa espécie de ajuntamento em torno da Igreja Cristã, elevando essa fé à condição de estandarte e de trincheira contra a intolerância e o obscurantismo que ameaçam todo o Ocidente e tudo o que ele alberga de mais precioso que são a liberdade, a democracia e a fraternidade.
História de Brasília
O grande derrotado de hoje é o sr. Carlos Lacerda. Quando chegou dos Estados Unidos, procurou empanar a visita do presidente João Goulart, com a intervenção do TCB. A visita foi das mais proveitosas do mundo, e o governador da Guanabara passou, moralmente, na companhia do seu outrora aliado Jânio Quadros. (Publicada em 8/4/1962)
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Não será surpresa se, num futuro muito próximo, os governos no Brasil e de todo o mundo resolverem a criação de uma nova pasta ministerial, elevando, para o primeiro escalão da administração pública, o ministério da Defesa Pública e de Prevenção aos Efeitos do Aquecimento Global. O que a calamidade sem precedentes que ocorre agora no estado do Rio Grande do Sul pode nos ensinar e alertar é que é chegado, também ao nosso país, o tempo das imprevisibilidades e das turbulências atmosféricas.
O planeta parece ter acordado de seu sono secular e agora já não existe lugar seguro para quem quer que seja. Pior do que tudo é que, mais uma vez, ficou provado que não estamos nem um pouco preparados para catástrofes repentinas. A resposta oficial, em todos os níveis, ao que ainda vem ocorrendo naquele estado, serviu para aumentar a sensação de pânico coletivo, assegurando a todos que as instituições de defesa do Estado Brasileiro não estão à altura, em treinamento, pessoal e equipamentos, para enfrentar esses novos tempos que chegaram.
Fomos, de novo, apanhados de surpresa. Muitos apostaram na possibilidade de a frente fria seguir seu caminho natural, indo em direção ao Norte do país. O bolsão de ar quente, que cobria todo o centro do país e ali estava estacionado, impediu que as nuvens espetacularmente carregadas de água seguissem seu caminho. Com isso, o Rio Grande do Sul, uma das mais importantes locomotivas da economia nacional, conheceu, pela primeira vez, o significado da expressão bíblica diluvio.
De fato, o céu despencou sobre boa parte daquele estado, fazendo um número ainda não conhecido de vítimas fatais, enterrando, na lama vermelha, milhares de lares e outros estabelecimentos urbanos e rurais. O cenário, para quem viu de perto esse apocalipse, supera o de muitas cidades alvos de bombas e de guerra sangrenta. Não fosse a atuação, sempre heroica e historicamente destemida dos gaúchos, a situação poderia ser ainda mais desesperadora.
Mesmo com esse açoite vindo do alto, a população deu provas seguidas de que aquela gente não se rende assim tão facilmente. A tenacidade e o entusiasmo dos gaúchos mostraram, ao resto do país e ao mundo, que, em momentos de grande aflição como esse, o que vale é a solidariedade e a união fraterna de todos. As correntes humanas de civis, que se formaram por ar, por terra e sobre as águas mostraram que, ao contrário dos esforços oficiais, titubeantes e cheios de retórica política de significados nebulosos, o povo soube tomar para si as rédeas da situação.
Por todo canto, correntes humanas se formaram para acudir aqueles irmãos. Voluntários. Inclusive, os que perderam tudo. Obviamente que, nessa luta desigual entre o homem e a natureza, a colaboração profissional de bombeiros, defesa civil, médicos e outros patriotas foi inestimável.
Passados esses instantes de pesadelo, depois de enterradas cada uma das vítimas dessa tragédia nacional, chegará o momento em que será preciso tomar todas as medidas necessárias para seguir a rota das doações e dos bilhões de reais prometidos na hora da dor. Sem essa preocupação, toda essa dinheirama irá, novamente, ser soterrada pela lama do descaso e da corrupção.
A frase que foi pronunciada:
“Nas tragédias conhecemos todas as pessoas como elas realmente são.”
Gilberta Brenner
Prata da Casa
Aclamado pelo Conselho Universitário como professor emérito, o fagotista e lutier Hary Schweizer, que deu aula no departamento de Música da UnB, desde 1977. O documento registra que é “justo o reconhecimento ao professor que sempre conduziu as suas atividades com responsabilidade e engajamento exemplar.”
Insano
A empresa que valida o atestado médico de colaboradores da Plansul não aceita que alguém da família leve o atestado. Apenas o funcionário pode apresentar pessoalmente no Conic. O resultado é tosse, vômito, espirro e desmaio na sala de espera. Todos os doentes juntos.

Revolução
Simples assim. Você recebe um balde para depositar todo lixo orgânico da cozinha. Paga uma taxa e recebe terra forte para plantar o que quiser. Trata-se do projeto Compostar. Veja no link: Coleta e compostagem de resíduos orgânicos.

Expectativa
Faltam três comissões para a decisão do projeto que regulamenta a desaposentação no INSS.

Bem de todos
Viviane de Almeida, chefe do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do HBDF, trabalhou com diversas equipes da Instituição a importância da Comunicação entre os setores e o reflexo desse diálogo na vida do paciente. A iniciativa é fundamental e poderia ser aplicada em todos os órgãos do GDF.

História de Brasília
A situação do IAPC em Brasília é dramática, pelo abandono votado ao Distrito Federal pelo presidente do Conselho Administrativo. E justamente por causa do sr. Pery Rodrigues, os funcionários não terão apartamentos novos. (Publicado em 07.04.1962)



