Categoria: ÍNTEGRA
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Transformar a espada em arado “Vou /uma vez mais /correr atrás /de todo o meu tempo perdido/quem sabe, está guardado /num relógio escondido por quem /nem avalia o tempo que tem.” Chico Buarque e Sérgio Godinho Se formos avaliar na sua essência, o tempo é o bem mais precioso que qualquer ser humano pode possuir, efetivamente como um tesouro só seu , indivisível e limitado ao longo de toda sua vida. Na concepção popular é comum encontrar a noção de que rico é aquele indivíduo que tem o tempo ao seu dispor. Tomando como expectativa de tempo de vida médio do brasileiro a idade de 70 anos, temos que, ao final de sua existência, esse indivíduo terá vivido 604.800 horas. Esse número, de alguma forma, é o tesouro que lhe pertenceu de fato como seu quinhão. Em um texto do ministro do STF, Luiz Fux intitulado O tamanho dos nossos sonhos a Justiça é o “mais formoso sonho da humanidade” e tem a peculiaridade de possuir um tempo diferenciado do ser humano. Na verdade, no dizer do magistrado, “ a Justiça é prestada através do processo que, enquanto não termina, não se sabe quem tem razão.” Daí decorre, segundo Fux, a noção de morosidade da Justiça e de sua duração não razoável na maioria dos países do mundo. A discussão sobre o tempo da Justiça é tão velha como a própria Justiça. De acordo com o ministro, “O Constituinte brasileiro atento a esse direito fundamental do homem, qual o de obter uma prestação de Justiça célere, fez inserir na Carta Constitucional, como um dos ideários da nação , a duração razoável dos processos.” Mesmo diante dessa orientação maior da Carta de 88, Luiz Fux considera que num país como o nosso “no qual para cada 5 brasileiros, 1 litiga em juízo, torna-se uma utopia essa promessa constitucional.” Um processo que venha a perambular por 7 anos nos meandros dos tribunais, terá, ao final da linha, consumido 10% do tempo de vida de um brasileiro médio ou qualquer coisa como 60 mil horas do tempo humano. Atento a esta questão o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) através do Relatório “Justiça em Números” comprometeu-se a divulgar , a partir de 2016, o tempo médio de tramitação dos processos . O relator Rubens Curado destaca que a coleta e publicação de dados sobre a duração dos processos trará um avanço para a Justiça, porquanto “A inexistência de indicadores nacionais sobre o tempo médio de duração dos processos impossibilitava a mensuração do maior dos problemas do Judiciário: a morosidade processual.”. Além disso , diz, com o tempo médio desde o início até o encerramento definitivo do processo, será possível mensurar o tempo médio de manutenção do acervo, o tempo até a sentença e o tempo entre a sentença e a baixa do processo, o que facilitará a identificação de gargalos e a elaboração de políticas de gestão. Para Fux é preciso também que “ações idênticas que caminham paralelamente, desafiando a lógica da igualdade, devam receber o mesmo tratamento, descompromissando o magistrado das causas futuras de inusitadas criações, impondo-lhe a força do precedente.” Com a estrutura filosófica baseada no texto bíblico Isaías 2:4
E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear. a figura do Conciliador nasce como um partícipe direto da paz que encurtará o tempo da Justiça aproximando os homens. A frase que não foi pronunciada: “Um pouquinho de poder e o caráter aparece.” Ascensorista no serviço público, acostumado com o subir e descer de egos.
Viola de Ouro Uma bela apresentação. A música brasileira merecia um projeto desse porte. Bonito de se ver. Capacitação Seria nota 10 se o Centro Internacional de Convenções do Brasil tivesse gente mais capacitada trabalhando. Os funcionários eram muito educados, mas não receberam as orientações necessárias. Perigo Camarotes sem cadeiras(apesar do preço do ingresso) e portas de saída sem sinalização. Nem o sofrimento causado pelo acidente na boate Kiss despertou o interesse em dar segurança aos espectadores. Chamada Atenção colaboradores do governador Rollemberg, Defesa Civil e Bombeiros. Vale uma vistoria no Centro Internacional de Convenções do Brasil em dia de show. Antes, durante e depois. Assim que melhorar a situação de segurança no local, voltaremos a escrever sobre o assunto.
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Nós e eles Quem semeia a discórdia, colhe a solidão. O ditado antigo, repetido pelo filósofo de Mondubim foi seguidamente desconsiderado pelo ex-presidente Lula. De tanto instigar seus ouvintes a partir para o confronto contra todos aqueles que discordam de sua doutrinação maniqueísta, ergueu um verdadeiro muro de Berlin entre seu núcleo fiel e o restante dos brasileiros. Mesmo dentro de seu partido, aqueles militantes de outras tendências diferentes da ala Construindo um Novo Brasil (CNB) já se deram conta de que fora da “panelinha” do diretório não há salvação possível. Se esse isolamento acontece dentro da própria sigla que fundou e na qual age como dono e capataz, externamente, onde o mundo real pulsa, as coisas são ainda piores. Pesquisas de opinião pública apontam que a maioria significativa da população rejeita o atual governo e seu modus operandi. Para a presidente Dilma a situação de isolamento e rejeição é ainda mais intensa e vai ficando a cada dia mais perceptível. Desgastada pela avalanche de denúncias de corrupção e pelos índices medíocres da economia, Dilma e o próprio séquito fogem do contato direto e natural com a população. Nem mesmo antigos colaboradores escapam da fúria da população quando defrontados em espaços abertos. O mote “nós contra eles” vem se voltando contra o criador e suas crias com ferocidade maior ainda. Isolados e criticados onde quer que vão, Lula, Dilma e o PT se transformaram hoje no alvo principal da população e o problema, ao contrário do que costumam dizer, não foi criado pela chamada imprensa golpista. O descontentamento dos brasileiros, de um modo geral mostra apenas que a lição foi bem assimilada e o alvo agora são “eles” . Nós, a população, estamos do outro lado do muro e já nos posicionamos “contra tudo isso que esta aí”.
A frase que não foi pronunciada:
“Por trás de uma grande mulher, existe ela mesma!”
Senadora Simone Tebet pensando ao ouvir tantas guerreiras na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher.
Faixas Perigo constante no Paranoá. As faixas de pedestres estão completamente apagadas. Acostumados a atravessar no lugar correto, os transeuntes acreditam que todos os motoristas estão cientes dos locais corretos das faixas. E não estão.
Mudanças necessárias Taxistas em Brasília têm as melhores vagas nos estacionamentos do serviço público, shoppings, rodoviária, aeroporto. Cobram o preço que bem entendem, não oferecem o mínimo de segurança aos usuários. Apesar das chamadas aparecem quando querem tomando horas de quem está com pressa. Uber e transporte alternativo são as opções mais baratas. Não são concorrentes de taxis.
Resultado Quando o papa Francisco conclamou os jovens a subverter as pregações do consumismo deu certo. Outro dia no Conjunto Nacional a mãe insistia para que a garota de 14 anos levasse duas camisetas. A menina dizia: “Só preciso de uma!”.
Resoluta Mariana Sadeck é uma dessas jovens. Largou o conforto da família no Lago Norte e foi para a África em um projeto voluntário para cuidar de crianças autistas. É certo que ela poderia ir para o Piauí, ou Rio Grande do Sul, mas a troca de países é o que faz tudo ser mais difícil e certeiro de mais peso na bagagem da vida.
Ecumênico Por falar nisso, a música no Vaticano ganhou novo projeto. Coros de Igrejas diferentes da católica participam da cantoria tanto nas missas comuns quanto nas solenes. Como uma linguagem internacional, a música une a humanidade.
Morreu de velho Tem muita gente desconfiada dessa amizade da presidente Dilma com o Google. Depois das conversas de espionagem que adiaram a última visita aos EUA, na agenda está marcada na Costa Oeste uma visita a Universidade de Stanford, um centro de pesquisas da NASA e como não poderia deixar de ser, a sede do Google.
Alerta Cemitério de Brasília precisa receber monitoramento sobre a contaminação do solo. O cemitério municipal de Santa Cândida, em Curitiba, Bom Jardim e Fortaleza, Campo Santo em Salvador estão tendo esse tipo de atenção para proteger o lençol freático.
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA O sr. Antônio Apicio de Macedo, diretor do Serviço Meteorológico de Brasília respondeu indiretamente a uma notícia desta coluna, informando que quando o “Grupo de Trabalho de Brasília providenciar acomodações para mais oito técnicos, serão realizadas observações de superfície, de altas camadas com radar e com rádio-sondagens”. (Publicado em 17/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Para que ninguém fique jogando culpa nos outros, é preciso que fique claro: tudo depende agora do dr. Luiz Quentel, inclusive a previsão do tempo. (Publicado em 17/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Já inaugurados os postes para iluminação do pátio de manobras do aeroporto de Brasília. O trabalho de iluminação é da SIT, e cada poste pesa 30 toneladas. (Publicado em 18/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA O plano educacional de Brasília jamais havia previsto isto: a Escola Parque pede de cada aluno, a importância de 500 cruzeiros, para a compra de material; pede que cada aluno leve sua merenda, “enquanto não estiver organizada a merenda escolar”, e o Jardim da Infância recebe de cada aluno, 50 cruzeiros “para ajudar na compra do material”. (Publicado em 18/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA O ensino primário é obrigatório, mas não a este preço. Começando a ser desvirtuado o Plano Educacional, teremos bagunça, desordem e incompreensão, e não é isto o que queremos. (Publicado em 18/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA E atentem bem para a questão da merenda escolar: “enquanto não estiver organizada a merenda escolar”. Já estamos na segunda metade do ano e esse serviço ainda não está organizado. (Publicado em 18/08/1961)
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Um anjo chamado Marinalva Recebemos das mãos da doutora Maria Tereza Bezerra Mariz Tavares o livro A Dama da Liberdade do jornalista Klester Cavalcanti. Nele, os brasileiros poderão conhecer um pouco mais de perto o trabalho da auditora paraibana Marinalva Dantas, de 61 anos, frente ao Grupo Móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho, responsável direto pela libertação de 2.354 pessoas do trabalho escravo, nos mais recônditos lugares do Brasil. Por mais de dez anos essa servidora pública e sua equipe seguiram diuturnamente a trilha deixada pelos aliciadores de mão-de-obra escrava, na sua maioria gente humilde e sem instrução. Partiram para a perigosa missão de identificá-los, um a um, libertando os cativos e mandando para a cadeia, sob pesadas multas, fazendeiros e homens de posse de todas as regiões do país. Para se ter uma ideia do perigo que ronda esses profissionais do Ministério do Trabalho, basta lembrar que depois de 11 anos, ainda se arrasta nos meandros da justiça o caso dos 4 auditores fiscais mortos por pistoleiros em uma emboscada quando fiscalizavam a existência de trabalhadores de uma fazenda em Unaí cujos trabalhadores não tinham registro na carteira e recebiam salários inferiores ao mínimo. Segundo dados do governo desde 2014 mais de 50 mil pessoas foram resgatadas do regime forçado de trabalho. Para um trabalho dessa natureza, onde a morte é resposta para quem busca perguntas indiscretas, Marinalva pode verificar ainda, que bem mais perigoso do que pistoleiros e matadores de aluguel em seu encalce, é enfrentar a ira traiçoeira e blindada da justiça dos políticos, sobretudo daqueles que se valem do trabalho análogo ao escravo em suas propriedades. Estão neste rol desde deputados estaduais, federais, prefeitos e até um ex-vice presidente da República, todos ávidos por aumentar sua riqueza pessoal a qualquer custo. Todos fidalgos inalcançáveis de um Brasil que ainda vive o drama negreiro, noutro tempo, com outra gente, mas a mesma mentalidade. A frase que não foi pronunciada: “Nas voltas da vida, sua fé é o que finaliza com o laço!” Dona Dita embrulhando o presentinho da neta. Decifrações Na UnB, a Faculdade de Comunicação lança a exposição UnB-se: Decifrações. Os olhares de Anna Magalhães, Camila Castro, Gabriela Borges, João Saenger, Mayna Ruggiero, Matheus Carvalho, Rodrigo Eira, Rose May sobre o dia a dia na Universidade de Brasília podem ser visitados a partir de amanhã das 9h às 19h, na Ponto Galeria, subsolo do Café Cobocó, 704 Norte. As fotografias ficarão expostas até o início de julho. Estação 102 Sul Pessoal que participa hoje do Passeio Ciclístico terá acesso livre ao Metrô DF entre 7h e 13h. A iniciativa faz parte do Junho Verde, coordenado pelo GDF. A expectative é reunir 500 pessoas. O evento é organizado pelas secretarias de Meio Ambiente e de Mobilidade. A meta é chamar a atenção para um debate sobre a mobilidade urbana e políticas públicas que funcionem na prática para o uso da bicicleta. Há uma regra que precisa ser obedecida na Estação do Metrô para o passé livre. Apresentar a bicicleta ao agente de estação dizendo que irá ao Passeio Ciclístico pela Mobilidade Sustentável. De lupa Mais duas medidas provisórias chegam no Plenário do Senado. Uma que muda a Lei que instituiu o Regime Diferenciado de Contratações Públicas e outra que trata da iluminação dos Jogos Paralímpicos. Absurdo Usar a Internet para divulgar cenas do trabalho de tratar do corpo de um morto famoso é um crime abominável. Muito pouco demití-los e processá-los por vilipêndio a cadáver. Os sites que replicaram as imagens também devem responder criminalmente.

