Trincheira avançada

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: ©Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

         Não fosse a escalada das tensões diplomáticas entre o governo brasileiro e o de Israel, todas elas provocadas gratuitamente por declarações e falas despropositadas desferidas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, o conflito entre o Estado Judeu e os grupos terroristas, que infelicitam aquela nação, poderia servir, ao menos, para que oficiais das nossas Forças Armadas acompanhassem, de perto para aprender, o que é de fato uma guerra moderna, com tecnologia e outros avanços e táticas bélicas.

         Deixar de apoiar uma democracia, que possui o direito legítimo de se defender de sicários radicais para, veladamente, colocar-se ao lado de grupos terroristas, além de um opróbrio sem precedente, deveria receber, por parte dos Poderes Constituintes, severa e clara reprimenda. Como pode uma ideologia política, também ela radical em suas posições, falar em nome do Brasil? Essa, inclusive, é também uma discussão antiga, mas que é sempre atual em seus motivos. Afinal, quem tem a permissão e a legitimidade em nosso país, para falar em nome do povo brasileiro? Ainda mais quando se verifica que posições políticas extremadas não representam, nem de longe, o pensamento médio da população do Brasil. Houvesse a realização de uma consulta popular, com voto impresso, para saber em que lado do conflito entre Israel e Hamas se posiciona a população brasileira, sem dúvida a maioria ficaria em favor do povo de Israel. O atual governo, ao conferir apoio a grupos terroristas, deixa patente, a esses movimentos armados de fuzis e ódio, que o Brasil oficial se solidariza com o terror e tem, por parte de nossos dirigentes, plena acolhida a esses indivíduos.

         O assunto não é tão distante de nossa realidade, quando se verifica a ocorrência, cada vez maior, de grupos e pessoas ligadas ao terror islâmico, identificados aqui dentro do nosso território. Também, esse mesmo governo, apresenta evidências passadas de acolhimento e refúgio de terroristas, como foi o caso de Cesare Battisti e dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, para ficar apenas nesses casos mais rumorosos.

         A propensão, quase patológica, com que os governos de esquerdas se mostram no apoio a ditaduras e a grupos terroristas, deixa transparecer mais do que um ódio às democracias, o que acaba ficando evidente nesses casos e em muitos outros, é que o atual governo é avesso aos ritos democráticos, como ficou evidente em fala recente do atual governante, quando confessou que sabia que jamais chegaria ao poder por meio do voto democrático e livre. Que, ao menos, fique firmado, aqui nesse espaço, que as posições do atual governo, em favor de grupos terroristas e contra Israel, não representam, absolutamente, o pensamento desta coluna.

         Também as manifestações vergonhosas, feitas dentro do Congresso, por parte de políticos de esquerda em favor do Hamas, passam muito longe do que pensam os leitores desse pequeno espaço e, com certeza, vão contra o que quer e desejam os homens de bem deste país.

         Em momentos como esse, em que o errado se fantasia de certo, para confundir os desatentos, é preciso ficar de olhos bem abertos não só no que ocorre nos bastidores da insípida política em Brasília, mas atento também as movimentações que vêm ocorrendo, silenciosamente, na chamada tríplice fronteira, ainda mais quando se verifica a boa vontade com que o governo atual trata esses radicais.

         O que essa gente jamais irá entender é que Israel é, para o mundo e para o Ocidente, uma espécie de trincheira avançada, contra o avanço do radicalismo insano e suicida de grupos terroristas islâmicos, todos eles empenhados, fervorosamente, em destruir a nossa cultura, formada por um conjunto sem igual, que mistura a Filosofia Grega, o Direito Romano e as tradições Judaico Cristãs. É justamente essa cultura que as esquerdas, de mãos dadas agora com os movimentos radicais do islamismo, buscam lançar, por terra, em favor de um mundo distópico e já visto em lugares como Coreia do Norte e outros purgatórios terrenos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é possível, então se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra. As pessoas querem incentivar o ódio, as pessoas querem estimular o ódio. E eu não vejo assim.”

Lula

SOPA Images/Getty Images

 

Desculpe, foi engano

O cardeal Dom Paulo Cezar abriu as portas da Catedral de Brasília para a Orquestra Mundana Refugi, com participação especial de Toninho Ferragutti, porque foi informado que se tratava de uma apresentação de coro e orquestra. Mas o orquestrado era um a manifestação mundana no Altar, o que deixou os fiéis católicos prontos para agir.

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

Reforma em favor da harmonia entre os poderes

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Charge do Machado

 

 

Fala-se muito em reformas tributárias, administrativas e políticas, mas pouco se ouve sobre reforma do Poder Judiciário. O tema parece ter virado uma espécie de tabu. O assunto, embora não seja novo, tem reascendido debates, justamente, em decorrência da crise de credibilidade instalada no sistema judicial brasileiro, sobretudo, em consequência da rotineira extrapolação de competências e de prerrogativas do Supremo Tribunal Federal.

Para os ministros, instalados confortavelmente nesse alto Poder, o tema é incômodo e necessita ser pensado em termos globais, já que, para eles, existe uma lista de reformas prévias mais relevantes e que precisam ser levadas adiante, antes de se falar em mudanças no Judiciário. Fica claro que esse tema virou um vespeiro a incomodar suas excelências, detentoras de um poderio institucional e de um mando exacerbado, jamais vistos em tempo, leis e lugar algum.

As raízes dessa extrapolação de competência tiveram início, justamente, no parlamento, com os partidos nanicos judicializando a política, por meio de ações junto ao Supremo para questionar decisões adotadas pelo Legislativo. De lá para cá, o Supremo e, principalmente, alguns ministros mais ativistas gostaram da mecânica que era inaugurada e passaram, eles mesmos, a inverter o sentido de ações, politizando a justiça e assumindo responsabilidades que antes eram circunscritas apenas ao Legislativo e ao Executivo.

Hoje essa situação, de clara inconstitucionalidade, segue em ritmo crescente, o que, para muitos cientistas políticos, poderá resultar, em curto espaço de tempo, num impasse institucional e numa crise incontornável e de grandes proporções.

Outro fato a pesar sobre essa crise anunciada é dado pela própria composição dos membros do STF e do STJ, na sua grande maioria indicada pelo partido de esquerda no Poder. Por mais que se fale em independência dos ministros, a população, nessa altura dos acontecimentos, já pode perceber que essas indicações falam muito sobre o que é decidido internamente nessas altas cortes.

É impossível tratar da crise de credibilidade deixando de fora o rito e a origem das indicações feitas. A questão também não pode ser posta, como acredita o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, limitando o acesso ao STF, para que se evite ponto de contato constante com a sociedade. Existem, e não é de hoje, propostas tendentes a mudar as regras de indicação de ministros para as altas cortes, reformando seu funcionamento, reduzindo e fixando mandatos e, com isso, pondo fim ao cargo vitalício.

Também, na Câmara, dormitam propostas para limitar atos dos magistrados, dando ao Legislativo prerrogativas para derrubar decisões do Supremo que invadam competência de outros poderes. Os ministros não querem nem ouvir falar nessas propostas, porque, segundo dizem, todas elas trazem aspectos pouco democráticos.

Mesmo a afirmativa feita por figuras dessas altas cortes, de que o Judiciário desempenhou papel ativo em defesa da democracia e contra ações e ameaças que visavam golpeá-la, não se sustenta de pé, necessitando de certo distanciamento no tempo, para ser analisada com mais objetividade, razão e verdade. Falta, dos dois lados desse debate, tanto do Judiciário como do Legislativo, vontade real de levar essa questão à frente, em benefício do país.

Ao Judiciário, faltam humildade e desapego. Ao Legislativo, coragem de defender a sociedade e de lutar por seu espaço político. O que os próceres desses dois Poderes não sabem ou fingem não saber é que o que está em jogo é a democracia, uma criação do gênio humano, que só funciona com certa perfeição quando há harmonia e equilíbrio entre os Poderes. A hipertrofia de qualquer um dos três Poderes aponta para um Estado do tipo ditatorial e deve ser evitada, custe o que custar.

Outro ponto passível de discussão e que, pelo conteúdo, deve ser remetido ao futuro para análises mais isentas, diz respeito à fala de um dos ministros do STF, que em solenidade recente, ousou afirmar que: “Se a política voltou a ter autonomia, foi graças ao Supremo Tribunal Federal. Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deve a uma decisão do Supremo”. Trata-se aqui de uma espécie de sinceridade suicida, que merece ser analisada adiante, quando todo esse período de crise e de polarização ficar para trás. Outra frase do mesmo autor, cujo nome não vale ser citado aqui, é que coube ao Supremo impedir que a política continuasse a ser criminalizada, quando aquela alta Corte passou a impor derrotas à Operação Lava Jato.

Nada mais vergonhoso do que essa manobra e essa chicana que impediram a continuação do combate à corrupção, levando o país a um retrocesso e a dívidas contraídas por falta de gestão, planejamento e competência técnica.

É preciso destacar ainda que, são lavras do Supremo, decisões que afrontam diretamente a sociedade brasileira, como é o caso da legalização do aborto, da descriminalização das drogas, do retorno do imposto sindical, do fim do Marco Temporal, entre outras estranhas iniciativas que batem na moral, nos costumes e nas crenças religiosas.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se é para fazer reforma, vamos fazer de verdade, e extinguir tudo o que não é necessário. Alguns órgãos com 15, 18 ministros, julgam, num ano, não mais do que uns 500 processos. Evidente que isso não é bom para a economia. São recursos que se poderia levar para a área social.”

Senador Antônio Carlos Magalhães sobre a reforma do Judiciário, em 1999. (Publicado pela Agencia Senado)

Antônio Carlos Magalhães. Foto: Agência Senado

 

História de Brasília

O banquete oferecido ao príncipe Philip em Brasília atestou o pouco aprêço que o Itamaraty tem pela Nova Capital. Tanto assim que o sr. José Fernandes (fracasso do “Candango’s”) teve que trazer todo o banquete do Rio de Janeiro, inclusive os frangos, de avião. (Publicada em 27.03.1962)

“Insanidade das guerras”

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SOPA Images/Getty Images

 

          Em todo o tempo e lugar, ao longo da história da humanidade, temos assistido a repetição de táticas promovidas por Estados colapsados por governos ineptos, que, em lugar de buscarem a correção de rumos internos, optam por comprar brigas além de fronteiras, acreditando que, com isto, não só desviarão a atenção da população para as crises locais como conseguirão obter apoio de seus cidadãos para um guerra despropositada.

         Esse foi o caso da ditadura argentina, que, para esconder o fracasso de décadas de regime autoritário, comprou uma briga desnecessária com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas, em 1982. A Argentina massacrada e o governo militar encerrou seu ciclo.

         O mesmo se sucede agora com a Venezuela, um país arrasado pelo socialismo do século XXI e governado por uma ditadura ligada ao narcotráfico internacional. Maduro, como todo ditador maluco, resolveu, com seus generais, todos eles listados por crimes diversos pela Interpol, invadir Essequibo, na Guiana. Os motivos reais são os mesmos, ou seja, desviar a atenção daquela parte da população que ainda não fugiu do país, em razão do inferno interno criado por essa quadrilha no poder.

         Caso essa invasão venha a ocorrer de fato, o que já era ruim para os tiranos da Venezuela, pode render um conflito generalizado naquela região, com repercussões sobre o Brasil e outros vizinhos e até um apoio velado do Palácio do Planalto nessa questão, sendo que o conflito possa atrair a atenção e intervenção dos Estados Unidos, pondo fim ao governo autoritário de Maduro e de seus comparsas.

          Lembrando ainda que, além de armamentos comprados da Rússia, também a Venezuela é assessorada por militares russos e cubanos, doidos por um conflito naquela parte da América. De certo modo, a mesma tática de comprar briga além da fronteira ocorreu no caso envolvendo o Hamas e Israel. A falência generalizada de Gaza, promovida única e exclusivamente pelo controle exercido pelo Hamas contra a população palestina, levou esse grupo a comprar mais uma briga com as forças de defesa de Israel, não só para desviar a atenção interna da crise humanitária que impôs àquele povo, como de quebra buscou obter apoio da população para esse conflito, confiando também que a guerra ganharia em escala e envolveria muitos países daquela região.

         Não conseguiu, até agora, envolver diretamente outros países no conflito, além de ter provocado a destruição quase completa de toda a parte central de Gaza, com milhares de mortos e prejuízos incontáveis. O conflito armado por esse grupo terrorista contra Israel pode também, nesse caso, resultar no fim do controle do Hamas em todo o território de Gaza. O que seria uma boa solução tanto para palestinos como para judeus. O que poderia ser aprendido em todas essas histórias, daqui e de além mar, é que o governo militar, e não argentinos, queriam guerra com a Inglaterra, pois sabiam das consequências. O governo e não os venezuelanos querem invadir Essequibo, pois já vivem no inferno e não querem mais sofrer. Do mesmo modo, os terroristas do Hamas, e não os palestinos, queriam mais guerra contra Israel, pois já conheciam os resultados que viriam.

         Nenhum povo, de posse de sua sanidade, deseja brigar com vizinhos, pois sabem que, nesses casos, onde a briga é sempre arranjada por governos tirânicos, quem irá morrer no campo de batalha é sempre o mesmo e pobre indivíduo que já sofria antes.

A frase que foi pronunciada:

“Em cada guerra há a destruição do espírito humano.”

Henry Muller

Henry Muller. © Henri Martinie / Roger-Viollet

 

Humanizado

Importante trabalho do GDF chega em Planaltina. Sem cobrar dos interessados, uma unidade móvel do projeto Castra DF tem mil vagas disponíveis para gatos e cachorros. Bem melhor que legalizar o aborto para animais. Só para os racionais.

 

Leitura

Com uma leitura fluida, o Cordel chega nas escolas de Taguatinga. Bonito ver a criançada consumindo a cultura brasileira.

Foto: radardigitalbrasilia.com

 

Cerrado

Estranha a construção daquela praça perto do Iate Clube. No meio do nada, com coisa nenhuma, em um lugar com transporte público precário.

Captura de imagem em junho de 2023, no Google Street View.

História de Brasília

Diversos bueiros da avenida W-3 estão sem tampão, o mesmo acontecendo no Eixo Rodoviário. Próximo ao IAPFESP, há um bueiro no ponto de ônibus, e os veículos fazem ginástica para não caírem nele, ou impedem a pista da direita, enquanto recebem passageiros. (Publicada em 24.03.1962)

Cancelados

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Charge do Duke

 

Não são poucas as pessoas que reconhecem, hoje, que o chamado quarto poder passou da imprensa para as mídias sociais, propagadas pelas diversas plataformas que desfilam no mundo digital. Daí porque não são poucas também aquelas elites no poder que anseiam por uma severa regulação nessas mídias digitais. Nos países onde a democracia é uma miragem e mesmo naqueles Estados em que a liberdade de expressão é uma farsa bem montada, as mídias sociais são vigiadas de perto e, não raro, alguns desses programas exibidos por críticos ao governo são postos fora do ar e desmonetizados entre outras ameaças veladas.

Com isso, quer queiram ou não, aqueles que se abrigam à sombra do sistema e do Estado “mídias sociais deram voz aos imbecis”, no dizer zombeteiro de um alto membro do Judiciário. Nesse caso, os imbecis citados formam uma espécie de sans culottes modernos. São os manés que deram certo ou os matutos que não se deixam levar pelas canções de ninar dos demagogos.

Talvez seja essa a causa por trás a explicar porque tantos artistas brasileiros de grande projeção e sucesso no passado recente, hoje, amargam o descaso e mesmo o desprezo por parte do grande público. Trata-se de um fenômeno novo no cenário nacional e de grande abrangência e adesão popular. Produções e shows caríssimos, protagonizados por esses personagens, são abertamente boicotados pelo público, que virou as costas para esses ídolos de pés de barro.

Aqueles que pensaram que os antagonismos políticos e ideológicos fossem ficar apenas no mundo desalmado da política erraram feio. A polarização política, como todo veneno de frasco pequeno, contaminou, com seu conteúdo deletério, famílias, amigos, grupos sociais, chegando até a classe artística.

Tem-se aqui também um fenômeno novo a mostrar um país cingido, desde que alguém, que todos conhecemos, lançou, sobre todos, a maldição do “nós contra eles”. De lá para cá, muita coisa mudou na vida e no cotidiano do país, inclusive a reversão dessa praga política, que, hoje, pode ser dita como “eles contra nós no poder”.

Essa história de que o rei nunca perde a majestade tornou-se falsa no Brasil e aqueles que se consideravam ungidos por uma espécie de coroa eterna, hoje, veem-se despossuídos não só de realeza, como também foram postos na condição de párias.

Aqueles “imbecis”, que ganharam voz por meio das mídias sociais e que nada mais são do que autênticos cidadãos  brasileiros, uniram suas vontades e, simplesmente, passaram a deletar ou cancelar toda uma gama de artistas e atores, cozinheiros, empresas, lojas de departamento, supermercados, produtos que perderam o brilho ou aquilo que de mais precioso tem uma marca, que é a estrela do carisma. Sem essa estrela, que ilumina o mundo do faz de conta, pouca ou nenhuma luz resta no mundo real. O grande público não aceita ser enganado.

 

61992228720

Esse é um dos números de uma organização que usa o telefone para passar golpes. Dizem que seu cartão foi usado, que a ligação está sendo gravada. Dizem que vão pedir uma confirmação para a contestação de cancelamento da compra feita sem sua autorização. Falam por script, enganando quase que perfeitamente. Pedem informações sobre o limite da conta e do cartão. O mais impressionante é que a ANATEL, agência reguladora, não apresenta uma solução para esses golpes.

Foto: Reprodução

 

Mudou

Brasília sofre com a falta de educação no trânsito. Aquela cidade onde buzinar era um absurdo já começa a dar sinais de mudança. Principalmente os motociclistas, que carecem de uma boa aula antes de terem a autorização para fazer parte do trânsito da capital. São uns irresponsáveis. Ultrapassam pela direita, nas comerciais jamais usam as tesourinhas, fazendo a volta no meio da rua, andam pelas calçadas nas quadras. Alguma atitude precisa ser tomada para cortar o mal pela raiz.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

Dificuldades

Daniel Donizete é o deputado distrital que se elegeu para proteger os animais. Depois disso, quem puxa o carro com os descartáveis é o ser humano, um animal também, mas racional.

Daniel Donizet. Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press

 

Chamados

Em Portugal, acontece o seguinte. Todas as chamadas feitas pela população aos Bombeiros, tão logo são atendidas, são seguidas pela polícia. Dados detalhados são cadastrados para as providências às reincidências e investigações.

Foto: observador.pt

 

História de Brasília

Alguém sem escrúpulos salvo justificação em contrário, construiu uma tôrre metálica sôbre a cruz onde foi celebrada a Primeira Missa de Brasília. O monumento está coberto por armações de aço, num visível desrespeito a um dos lugares sagrados da cidade. (Publicada em 09.03.1962)

O ovo da serpente

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Foto: AFP

 

          Observadores da cena internacional têm chamado a atenção para um fato curioso e revelador da personalidade camuflada e peçonhenta dos chamados progressistas, aqueles que se dizem simpatizantes das esquerdas mundo afora. Bastou a eclosão do conflito no Oriente Médio, envolvendo o Estado Israelense e grupos sanguinários terroristas, para que caíssem, por terra, as máscaras que escondiam a carantonha feia das esquerdas.

          Nem bem Israel começou a dar corretamente o troco aos terroristas, bombardeando seus covis subterrâneos em Gaza, no Líbano e na Cisjordânia, para que as esquerdas, juntamente com grupos mulçumanos radicais, saíssem as ruas de mãos dadas em enormes passeatas, clamando não só pela destruição do Estado Judeu, como torcendo fervorosamente pela vitória dos terroristas.

         Aqui no Brasil, as esquerdas mostraram também a cara e a alma suja que envergam condenando Israel e debitando apoio aos grupos terroristas, mesmo depois que as imagens horrendas mostraram o banho de sangue e sadismo promovido por esses facínoras em 7 de outubro contra populações civis indefesas. Ficou patente, aqui e em todo o mundo Ocidental, o cinismo macabro dos progressistas, quando alardeiam, aos quatro ventos, seu empenho e apoio às minorias discriminadas em razão de raça, cor, credo, sexo e tudo mais.

         Como é possível esses diversificados e ruidosos movimentos sociais, que defendem desde o ovinho da saracura até aqueles que se auto declaram alienígenas, virem a público apoiar abertamente terroristas e outros assassinos patológicos? Não custa lembrar que o povo Judeu é uma minoria no mundo de, aproximadamente, 15 milhões de almas e que, por séculos, vêm sendo perseguidos e massacrados em diversas regiões do planeta.

         Bastou a contraofensiva das forças de defesa de Israel, composta, na sua maioria, por pessoas comuns da comunidade, homens e mulheres, ir atrás dos terroristas para as esquerdas confessarem, publicamente, todo o seu antijudaísmo ou antissemitismo contra Israel, a favor dos grupos de extermínio.

         Mesmo a mídia tradicional encontrou seu jeito de apoiar as forças extremadas da morte, calando-se sobre os episódios ou tratando de assuntos distantes. Para aqueles que usam da força da razão, calcada no coração do humanismo, basta observar, no mapa da região, a pequenez do Estado de Israel em comparação com a enormidade territorial ocupada atualmente pelos países de credo mulçumano, que cercam todo o Estado Judeu. O que são 15 milhões de Judeus contra 1,8 bilhão de mulçumanos.

         O que as esquerdas do Ocidente não sabem, ou fingem não saber, é que essas minorias que hoje elas defendem serão, em caso de uma possível dominação mulçumana, os primeiros a conhecerem, na carne, a ira de Alá. Primeiro, essas minorias, depois os próprios líderes dessas esquerdas e desses movimentos sociais, todos eles considerados infiéis e inimigos do Islã. Não tarda para que esse ovo da serpente, chocado pacientemente pelas esquerdas aqui e em outras partes do mundo, venha à luz e mostre finalmente a que veio.

A frase que foi pronunciada:

“Allah não prejudica o povo de forma alguma, mas são as pessoas que estão prejudicando a si mesmas.”

Alcorão 10:44

Foto: islambr.com

 

Sem reclamar?

Com um espírito calmo e compassivo, o consumidor de Brasília aceita, sem reclamar, comprar uma bandeja de morango sempre com a metade podre. Até nos melhores supermercados.

Foto: joagro.com

 

Passivos

Outro roubo mais caro tem sido o da fiação de postes e fiações, inclusive, do metrô. Os casos têm aumentado sem muita reação que corte a ação pela raiz.

Foto: agenciabrasilia.df.com

 

Revisão

Um curta metragem estudantil, independente, cujo tema é suspense LGBT, traz, na chamada, o seguinte texto: “Procura-se 2 atores homens”(sic).

Foto: freepik.com

 

Nova lei

Se o trabalhador passa 8 horas do dia ocupado na labuta, não tem condições de acompanhamento médico para a pressão arterial ou diabetes. Esse é um bom tema para uma lei que obrigue esse tipo de atendimento contínuo em empresas e no funcionalismo público.

Ilustração: universo.uniateneu.edu

 

Insegurança

Por falar em lei, os bancos não deveriam, em absoluto, ter o direito de limitar o uso do dinheiro na conta do cliente, pelo próprio cliente. Se um PIX à meia noite for feito e tiver dinheiro na conta, como é possível que o banco impeça a transação por causa do horário? Segurança do cliente? Essa decisão é do cliente, não do banco.

 

História de Brasília

Agora, como se não bastassem os serviços do DCT, os deputados investem, também, contra as empresas de aviação, utilizando seus serviços de rádio. Outro dia, uma empresa não sabia o horário de um avião, porque o tráfego estava congestionado, em virtude do grande número de mensagens de deputados. (Publicada em 02.03.1962)

Enem ideológico

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Imagem: brasilparalelo.com

 

           Não é a primeira vez e, por certo, não será a última que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no último domingo (05), tem sido motivo de polêmica e alvo de denúncia de vazamento do conteúdo da prova antes do fim da aplicação. Desta vez, até a poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária, pejorativamente chamada de bancada do boi, e que reúne um número grande de políticos com assento no Congresso, entrou em cena para denunciar que, na prova, havia algumas questões de cunho nitidamente ideológico e contrário ao agronegócio.

          Para essa bancada, é preciso que o governo adote meios de anular essas questões imediatamente. Inclusive, o ministro da Educação, Camilo Santana, poderá ser chamado ao Congresso para dar explicações sobre o ocorrido. Justamente agora, que o governo vem fazendo esforços para obtenção de maioria na aprovação das reformas tributárias, não pode descuidar de melindrar uma bancada que pode ter um peso decisivo nessa e em outras votações.

         É sabido que o atual e o agronegócio vivem uma crise de relacionamento desde que o presidente da República acusou esse setor da economia de possuir um caráter fascista e um forte viés de direita ideológica. O que não é verdade. Na realidade, o governo e seu braço no campo, representado pelo Movimento Sem Terra (MST), estão numa espécie de pé de guerra com o agronegócio, reforçado com as invasões de terras promovidas por esse movimento e também pela aprovação do Marco Temporal, que ameaça muitas propriedades rurais, retirando-lhes a posse da terra em favor dos índios.

         Essas situações, poucos amistosas, há meses deixaram os bastidores da política e ganharam uma visibilidade pública. Visibilidade essa que ameaça não apenas esse setor, que é o principal responsável pelo superávit na balança comercial, como, de quebra, pode prejudicar, e muito, o próprio governo, caso ele não consiga esconder o que muitos chamam de inveja e despeito pela posição econômica ocupada pelos produtores rurais.

          Agora, usar questões do Enem para atacar o agronegócio, acusando-o de descaso com a saúde dos seres humanos, de violência no campo, de impedir que os camponeses sejam camponeses, é , além de propaganda enganosa e cheia de ranço odioso à agroindústria, uma tentativa de induzir, erroneamente, os jovens contra esse setor e a favor das teses da esquerda, para quem produtor bom é aquele que come na mão do governo e vive às custas das benesses do Estado.

          O conteúdo das provas, confeccionado, segundo o governo, por professores independentes, revela, de saída, que essa independência é, no mínimo, falsa e camuflada, sendo que esses professores rezam pela mesma cartilha de uma pedagogia esquerdista, que subverte as ordens das coisas e coloca sempre nosso país na rabeira dos certames internacionais de educação.

         Mesmo que se reconheça que ainda há muito a ser acertado e equilibrado entre o agronegócio, o meio ambiente e a força humana no campo, é preciso que o governo entre nessa questão para estabelecer um ponto de harmonia nessas relações, regulando e permitindo o que é ético e vantajoso para todos.

         Querer, como parece querer o governo, colocar fogo no palheiro do agronegócio, não irá trazer benefício a ninguém, além de prejudicar o país e uma produção de alimentos que, hoje, nutre boa parte da humanidade.

A frase que foi pronunciada:

“O vício inerente do capitalismo é a distribuição desigual de bençãos; a virtude inerente do socialismo, a distribuição das misérias.”

Churchill

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

 

Solidariedade

Estoque no Hemocentro é o menor registrado nos últimos cinco anos. A necessidade de doação mais urgente é para grupos O+, O- e A+. Quem quiser doar sangue pode agendar pelo portal do hemocentro ou ligar para 160, opção 2.

Publicação na página oficial do Hemocentro de Brasília no Instagram

Sin City

Aos poucos, o jogo de azar vai ocupando espaço na pauta do Legislativo. Chega à sorrelfa com títulos inocentes para depois se transformar em lavanderia de dinheiro mal lavado.

Foto: Coletivo Pandilla

 

Pupilos

Cheio de orgulho, o professor de canto de Brasília Rodrigo Soalheiro vê seu brilhante aluno Benét Monteiro cantando em alemão, Disneys Hercules. Um tenor que já ocupa um importante espaço no mundo da música.

 

Tempos

A situação dos tucanos está interessante. Depois de assumirem outros ninhos, estão prestes a perder a sala da liderança no Senado e dois senadores estão aquecendo as asas para novos voos.

Foto: republicanos10

 

História de Brasília

O hábito de servir café já adocicado em Brasília está se generalizando injustamente. Reclame, quando lhe negarem o direito de escolher a quantidade de açúcar para a sua xícara. (Publicada em 08.03.1962)

                                      O Leão e o Urso

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com Circe Cunha e Mamfil   

         Uma das questões postas ao se criar o Ministério da Micro e Pequenas Empresas é saber até que ponto essa trigésima oitava pasta da burocracia estatal vai de encontro ao que almejam e necessitam de fato esses empreendedores e ao que atende a agenda e estratégia política própria do atual governo de ampliação de uma base sólida dentro do Congresso. Difícil é acreditar que as duas pretensões irão caminhar no mesmo sentido, atendendo, ao mesmo tempo os infinitos desejos do Centrão por cargos e prebendas e ao mesmo tempo facilitar a vida do trabalhador informal.

         Para os que buscam distância da burocracia estatal, num período em que é sabido o desejo do atual governo de banir para longe o livre empreendedorismo, tornando cada brasileiro dependente do Estado e de suas benesses , a nova pasta não traz nada de novo ou acrescenta vantagens  para esse setor paralelo  da economia. Primeiro não se tem uma pesquisa balizada levantando minunciosamente as necessidades e precariedades do setor. Depois é sabido que aqueles que optam pela livre iniciativa, o fazem por desejo de manter seus negócios longe dos olhos cobiçosos do governo e sobretudo do abraço de urso dos mais de onze mil sindicatos, todos eles sedentos por contribuições do tipo compulsórias para sustentar uma máquina burocrática gigantesca ligada, em grande parte aos partidos   lotados agora na máquina do Estado.

         Não há almoço grátis, sobretudo quando oferecido pelo governo com o dinheiro do pagador de impostos. Em criações como essa, saída da área de marketing e estratégia política do governo, não se fala nem em custo para o contribuinte ou em outras desvantagens como a aproximação vigilância ameaçadora   do leão da Receita sobre os pequenos empreendedores e seus negócios.

         Nos Estados Unidos, o pequeno e médio empreendedorismo vivem distante do governo, mesmo pagando impostos e outra taxas justas para o Estado. Há muito se sabe que a burocracia e a ingerência de governos sobre a livre iniciativa trazem muito mais desvantagens do que oportunidades para as pequenas e micro empresas. Colocar-se sob a vigilância tributária do governo é sempre um mal negócio, quando o que se busca é a independência econômica.

          O que é certo é que o cercamento do governo aos livre empreendedores, os colocará também sujeitos aos ciclos de crises, de inflação, de recessão e de esfriamento da economia, obrigando-os a socializarem as perdas, através do aumento de contribuições. Pensar que todo esse esforço para assentar mais uma parcela de políticos afoitos por cargos e lucros poderia ser muito bem realizado pelo Sistema “S”, bastando para isso racionalizar toda uma enorme máquina burocrática, que os contribuintes não sabem ainda à que vieram.

         Só com menos ministérios e mais eficiência e racionalismo é que o Brasil pode almejar seu lugar no primeiro mundo. Qualquer outra estratégia que coloque o Estado como mediador é uma aposta num passado de atraso e de demagogia política sem lastro na realidade.

A frase que foi pronunciada:

“É pela automaticidade do castigo, e não por inspiração divina, que os empresários privados não param de pensar em custos.”

Roberto Campos

Atividades

Sempre foi grande a demanda da população na conservação dos equipamentos esportivos e dos parquinhos infantis. O GDF começou as reformas e novas construções de parquinhos em todas as regiões administrativas. O esporte e a música são duas portas para salvar as crianças em situação de vulnerabilidade.

Tchau

Quem mora no ParkWay e optou por telefone fixo da Oi está passando apuros. A linha não funciona, as reclamações são recebidas, mas o problema não é resolvido.

Ronda

Por falar em ParkWay aquela região precisa de um policiamento mais ostensivo. O índice de assaltos e agora estupros, têm alarmado os moradores.

Neoenergia

Depois de tantas reclamações sobre a falta de energia não se vê mais nas contas de luz o DIP FIC que acusavam o tempo de escuridão.

História de Brasília

Com esta medida, a Justiça recebe o apoio de tôda a cidade, e, particularmente, do comércio de Brasília. A valorização do uso de cheque tem que ser defendida, e a sua moralização é necessária. (Publicada em 24.03.1962)

  No apagar das luzes

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Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

 

Dizem que o filósofo iluminista francês Voltaire (1694-1778) costumava afirmar que se você deseja saber quem controla você, é só saber quem você não pode criticar. Em outras palavras, isso se dá porque aqueles que impõem a censura, desejam camuflar a realidade, escondendo não a mentira, que é o ardil que utilizam com frequência, mas a verdade como ela muitas vezes é, suja e mal cheirosa.

Índice sobre Censura realizado há pouco pela Universidade de Liverpool para avaliar a liberdade de expressão em vários países e que usa como método a variação numérica de 1 a 10, sendo o 1 o país com maior índice de liberdade e 10 o país sem quaisquer liberdades de manifestação e pensamento, classificou o Brasil na posição 6 (seis), o que indica que o nosso país atravessa um período de liberdade de expressão identificado como “limitado”. Para os analistas a classificação indica que o Brasil caminha, por etapas, que o levará, caso nada for feito a tempo, para uma ditadura.

De acordo com o Index Censorship nosso país está enfrentando sérias restrições à liberdade de expressão. Não é por outra razão que pesquisa feita recentemente em várias capitais brasileiras, mostrou que 44% dos cidadãos temem ser perseguidos por suas opiniões ou críticas aos Poderes do Estado e particularmente ao atual governo. É um número alto, que revela o retrocesso nas liberdade públicas  que a nação vai experimentando  nesses últimos meses. Em todos os pontos analisados pela pesquisa da Universidade de Liverpool, quais sejam: liberdade acadêmica; liberdade de expressão na Internet e liberdade de imprensa na mídia, as classificações ficaram, respectivamente com as notas 6 ou limitada; 4 ou parcialmente limitada e 7 ou parcialmente restritas.

Para os profissionais da impressa, que todos os dias se vêem envolvidos no dilema entre ter que noticiar do ponto de vista crítico e sem viés ideológicos  as ações do governo ou ter que manter aquela isenção pasteurizada e sempre otimista, esses são verdadeiramente tempos delicados. Não são poucas as emissoras de rádio, os programas de entrevistas e os blogs que foram fechados ou simplesmente desmonetizados, com suas contas bloqueadas por ordem judicial.

Nem precisamos mencionar aqui que quanto mais a liberdade de expressão encolhe, mais e mais a corrupção cresce e os desmandos do governo avançam. Com a diminuição da liberdade, principalmente aquela que passa a atingir a impressa, aumentam as chances de o país vir a caminhar para o beco sem saída das ditaduras. Não são poucos os cientistas políticos e mesmo os políticos de oposição que alertam para o perigo do Brasil retroceder aos anos inicias da década de sessenta.

Outro fator a acompanhar sempre a pouca liberdade de expressão é justamente aquele que diz respeito as condições econômicas. Com números da economia sob censura, não tarda para que o país vá de encontro a períodos de recessão ou mesmo de depressão econômica. Com isso fica claro que nada de bom para a sociedade pode derivar da censura. A não ser para aquela minoria que passa a lucrar com o apagar das luzes.

A frase que foi pronunciada:

“Grande parte da inflação é autoconstruída, está na cabeça da gente.”

Presidente da Argentina, Alberto Fernandez

Data Vênia

Carioca de Vassouras, o ministro Barroso cometeu uma gafe musical que deixou os coralistas com um sorriso de soslaio. Corrigiu o maestro Eldom Soares dizendo que o nome da música de Ary Barroso (mesmo sobrenome do meritíssimo!) é Aquarela Brasileira e não Aquarela do Brasil. Chegado ao samba, o ministro confundiu a música executada pelo Coral do STF com a composição de Silas de Oliveira, interpretada por Martinho da Vila.

 

Atividades

Sempre foi grande a demanda da população na conservação dos equipamentos esportivos e dos parquinhos infantis. O GDF começou as reformas e novas construções de parquinhos em todas as regiões administrativas. O esporte e a música são duas portas para salvar as crianças em situação de vulnerabilidade.’’’’

Tchau

Quem mora no ParkWay e optou por telefone fixo da Oi está passando apuros. A linha não funciona, as reclamações são recebidas, mas o problema não é resolvido.

 

Ronda

Por falar em ParkWay aquela região precisa de um policiamento mais ostensivo. O índice de assaltos e agora estupros, têm alarmado os moradores.

História de Brasília

Diversos bueiros da avenida W-3 estão sem tampão, o mesmo acontecendo no Eixo Rodoviário. Próximo ao IAPFESP, há um bueiro no ponto de ônibus, e os veículos fazem ginástica para não cairem nele, ou impedem a pista da direita, enquanto recebem passageiros. (Publicada em 24.03.1962)

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      A galinha dos ovos de ouro negro

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Criada por Ari Cunha desde 1960

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com Circe Cunha e Mamfil   

         Por detrás do desejo do governo de proteger a estatal Petrobras se escondem intenções pouco santas e que não são capazes de esconder o verdadeiro propósito, isso apesar de tudo o que aconteceu no passado recente. O fato que essa empresa continua na atual gestão a ser tratada apenas como uma espécie de galinha dos ovos de ouro do Executivo. Não é à toa que muitos acionistas, desconfiados das recentes ações do governo nessa companhia, já enxergam a possibilidade de, num futuro próximo, a estatal venha a sofrer, mais uma vez, prejuízos de grande monta.

           Os sinais de que esse velho filme venha a ser novamente exibido estão por todos os lados e têm sido denunciados tanto pela oposição como por gente de dentro da estatal, obrigada a assistir o replay desse desastre anunciado. Para ficar apenas nas consequências desses velhos descaminhos impostos pelo governo a estatal, nos últimos dias as ações da Petrobras derreteram no pregão do Bolsa, cerca de 6,61%, o que equivale em dinheiro a uma perda de mais de R$ 32,3 bilhões em valor de mercado. Tudo isso no intervalo de menos de 24 horas.

         Muitos poderiam argumentar que essa queda se deve a baixa no valor do petróleo no mercado mundial. Mas por detrás dessa flutuação, normal, num mercado onde os preços são pressionados por infinitos fatores, que vão desde o mau humor de um Sheik, até por razões reais como guerras ou recessão, se esconde a própria governança da empresa, sujeita a pressões políticas por loteamento.

         Ocorre que antecedendo à essa queda nas ações, a empresa, por ordem de seu conselho, alterou o estatuto interno, que vetava indicações políticas na alta administração da estatal. Já anteriormente o próprio governo cuidou de alterar a Lei das Estatais para indicar gente do partido para a direção de muitas empresas públicas. Dali para alterar o Estatuto de Petrobras foi um pulo.

         A proteção dada da empresa pelo Estatuto, contra interferências político partidária foi quebrada ao meio. Com essa manobra, três novos nomes indicados pelo governo, assumiram a administração de setores internos da petrolífera. Outra providência desastrosa foi a criação de mecanismos para dificultar a distribuição de dividendos aos acionistas, projeto também de interesse do atual governo.

         O mercado sentiu os sinais de maus augúrios dessas decisões e logo a logo a notícia ruim se espalhou pelo mercado. Mesmo o setor bancário acendeu os sinais de alerta sobre possibilidade de volta a um passado desagradável. Não bastassem esses movimentos desastrosos ao futuro da estatal, notícias que correm no mercado dão conta de que o governo estaria articulando tratativas com a própria empresa de modo a empresa pague parte do passivo de processos que possui no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), no valor de R$ 30 bilhões. Com isso o atual governo encontraria um jeitinho para tampar o rombo fiscal desse ano, mesmo sacrificando, mais uma vez a sua galinha dos ovos de ouro.

A frase que foi pronunciada:

“A Petrobras não é apenas uma empresa. Ela é uma Nação. Um conceito.

Uma bandeira. E por isso, seu valor é tão grande, incomensurável, insubstituível. Esta é a crença que impulsiona os que a defendem.”

Mauro Santayana

Homenagem

Está prestes a ser inaugurado o Espaço Cultural Professora Neusa França. Neusa é a autora do Hino à Brasília. A iniciativa é da Secretária de Educação do DF, Professora Hélvia Paranaguá Fraga. Dia 27, às 19h no Shopping ID, 1º subsolo. Falta só um piano no local. À boca miúda corre o comentário que Paulo Otávio, o aluno mais ilustre de Neusa, poderia doar o instrumento.

Levantada

Com o raciocínio rápido de uma jogadora de Vôlei, a senadora Leila Barros mal esperou o senador Fabiano Contarato entrar na Comissão, pediu para que ele desse uma respirada e começasse a leitura do relatório que dispunha sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária.

Na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania corria a apreciação do Senado Federal, para o nome de José Afrânio Vilela, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, para exercer o cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, na vaga do falecido Ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. Se era uma brincadeira politicamente correta ou não, ninguém deu importância. A verdade é que quando o senador Jorge Seif perguntou se o Dr. José Afrânio, veio da cota dos brancos, todos levaram na brincadeira.

coisas que a mulher precisa ainda conquistar na nossa sociedade.

Novidade

Senador Jorge Kajuru, senadora Tereza Cristina e o Eduardo Gomes voltaram de uma audiência com  a ministra Margareth Menezes com a novidade de que o músico Ivan Lins, Sá e Guarabyra, Chico Buarque e tantos outros nomes da música popular brasileira vão representar o Brasil em um festival mundial de música com 30 países já no ano que vem. Na verdade essa história começou num jantar onde estavam presentes o senador Eduardo Gomes, a senadora Leila, Kajuru e Ivan Lins.

História de Brasília

Com esta medida, a Justiça recebe o apoio de tôda a cidade, e, particularmente, do comércio de Brasília. A valorização do uso de cheque tem que ser defendida, e a sua moralização é necessária. (Publicada em 24.03.1962)

                       Bem-vindo a selva

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jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil   

         Não tem saída: enquanto perdurarem os aumentos seguidos nos preços dos combustíveis, sobretudo do diesel, que alimenta as frotas de caminhões nas estradas, os preços dos alimentos nas gôndolas dos supermercados continuarão em ascensão acelerada.

         Se formos somar a esse fenômeno perverso os constantes aumentos de impostos ordenados por um governo, que parece ter perdido completamente as rédeas da economia, aí sim é que a elevação dos preços ao consumidor vai seguir em direção ao céu. Neste momento, que parece anteceder a mais um ciclo inflacionário de longa duração, os economistas, de modo geral, começam a suspeitar também dos números oficiais apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –IBGE, o que pode significar um motivo a mais de preocupação para a população.         Sem referências corretas e sem dados confiáveis, resta aos brasileiros reativar o Data dona-de-casa, que em outros momentos de inflação serviu, muito bem, para que a população se mantivesse em estado de alerta permanente, pesquisando preços, optando por atacadistas, substituindo produtos por outros similares e adotando toda uma estratégia para defender suas finanças.

         Da porta de casa para fora, os brasileiros sabem que só podem contar com pouquíssimas pessoas, assim mesmo não de modo total. Em períodos de crise econômica que se avizinham, a melhor tática é desconfiar de todos, sobretudo do governo e de seus agentes e de suas políticas ilusórias. Em tempos assim, muitos chegam a fazer o oposto do que recomendam as autoridades, estocando alimentos, poupando em dólar ou o que for, desde que não fiquem amarradas as condições impostas pelos governantes.

         Não existe, até hoje, instituto de pesquisa ou de estatística mais fiel do que observar in loco os preços dos produtos, sejam em supermercados, feiras, depósitos ou outros onde os produtos ficam ao alcance da vista dos consumidores. Os empresários também conhecem na pele os efeitos provocados por um governo sedento de impostos e taxações. Contra isso também fazem o que podem para não verem reduzidos suas margens de lucro.

         Não são poucas as empresas que desde o início desse ano fecharam as portas devido as condições impostas pela política econômica do governo. Os que permanecem fazem o que podem para não sucumbir, aumentando os preços ou mesmo reduzindo o volume dos produtos ou simplificando as formas de apresentação do mesmo. Tudo vale a pena se a política econômica é pequena.

          A situação parece ter entrado num ciclo tão melindroso que para a acompanhar a atual realidade foi criado um neologismo, o reduflação. Trata-se de um fenômeno em que os produtos e mercadorias expostos aos consumidores nas gôndolas no comércio, mantém seus preços ou sofrem uma variação para cima, sendo que o volume desses mesmos s produtos ofertados diminuem ou encolhem de tamanho.

         A continuar nessa toada chegará o dia em que um pacote de biscoitos conterá apenas uma ou duas unidades por embalagem, mesmo assim ao preço de um pacote grande. Como disse certa vez um jornalista estrangeiro em visita de trabalho ao Brasil: Bem-vindo à selva.

A frase que foi pronunciada:

“Grande parte da inflação é autoconstruída, está na cabeça da gente.”

Presidente da Argentina, Alberto Fernandez

Atividades

Sempre foi grande a demanda da população na conservação dos equipamentos esportivos e dos parquinhos infantis. O GDF começou as reformas e novas construções de parquinhos em todas as regiões administrativas. O esporte e a música são duas portas para salvar as crianças em situação de vulnerabilidade.

Tchau

Quem mora no ParkWay e optou por telefone fixo da Oi está passando apuros. A linha não funciona, as reclamações são recebidas mas o problema não é resolvido.

Ronda

Por falar em ParkWay aquela região precisa de um policiamento mais ostensivo. O índice de assaltos e agora estupros, têm alarmado os moradores.

História de Brasília

Com esta medida, a Justiça recebe o apoio de tôda a cidade, e, particularmente, do comércio de Brasília. A valorização do uso de cheque tem que ser defendida, e a sua moralização é necessária. (Publicada em 24.03.1962)