Educação familiar feita em casa entra no debate

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: Lute
Charge: Lute

         Levantamento recente feito pelo Ministério da Educação (MEC) mostrou que apenas uma parcela mínima dos estudantes brasileiros, sobretudo os matriculados no ensino médio, detém conhecimento esperado para a série que estão cursando.

         Segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), no 3º ano do ensino médio, apenas 4% dominam os conteúdos adequados para essa etapa em Matemática. Em Português, esses números são ainda piores. Apenas 1,7% estão em nível adequado. O próprio ministro da Educação, Rossieli Soares, reconheceu que o ensino médio está no fundo do poço, considerando ainda como desastrosos os resultados das escolas públicas levantadas pelo MEC.

      Com isso, fica patente para todo mundo que a mais alta autoridade do Estado para assunto de Educação reconhece, abertamente, a falência do ensino público, que para ele é um grande produtor de desigualdades, engessado, inflexível e excludente. Diante de uma realidade dessas, que há muito é do conhecimento das famílias brasileiras de baixa e média renda, fica, para dizer o mínimo, complicado ao Estado e principalmente aos órgãos de justiça, obrigarem os pais a matricular seus filhos na rede de ensino.

          Outro aspecto que tem despertado a atenção e a ira de muitas famílias, levando inclusive a protestos calorosos, é com relação aos novos currículos escolares, mais precisamente no desenvolvimento atabalhoado e sem critérios de assuntos de natureza sexual e de gêneros. Neste tocante, a maioria dos próprios professores reconhece publicamente que não se sente devidamente habilitada para desenvolver, junto a crianças e adolescentes, assuntos dessa natureza e que não raro essas aulas acabam se transformando numa grande confusão e não rendem benefício algum do ponto de vista didático e pedagógico.

       Além desses problemas de ordem estrutural do ensino, outras questões seríssimas têm preocupado muitas famílias por todo o país, como é o caso da violência cotidiana envolvendo alunos contra alunos, alunos contra professores e pais contra professores. A cada dia, temas como esse e outros ligados ao consumo e venda de entorpecentes dentro das escolas ganham as mídias e assustam, cada vez mais as famílias.

         Diante da omissão e covardia histórica do Estado para tratar a questão com autoridade no setor da educação, muitos lares vêm adotando o chamando “Homeschooling” que é a instrução empreendida em casa pela própria família.

           O crescimento no número de famílias que têm adotado esse regime caseiro de ensino não para de crescer e por isso tem chamado a atenção das autoridades, com o envolvimento inclusive do Poder Judiciário nessa questão. O assunto por sua dimensão já chegou inclusive ao Supremo Tribunal Federal. Estava previsto para ontem, a discussão do assunto na Corte, na forma de Recurso Extraordinário (RE) nº 888815.

          Na oportunidade e sob a relatoria do ministro Roberto Barroso, o STF irá debater se pode ser considerado meio lícito de cumprimento, pela família, do dever de prover a educação dos seus filhos. A Procuradoria-Geral da República e a Advocacia-Geral da União já se posicionaram contra o homeschooling, considerando que nenhum núcleo familiar será capaz de propiciar à criança e ao adolescente o convívio com tamanha diversidade cultural presente nos ambientes escolares. Mesmo que hoje em dia isso não seja tão vantajoso assim.

         A questão de fundo irá colocar a atual realidade das escolas públicas, invadidas por ideologias de todo o tipo, estranhas ao meio. Com o sucateamento dessas instituições, milhares de famílias que passaram a ver, nesses locais, um ambiente desestruturado técnica e moralmente.

A frase que foi pronunciada:

“A pobreza não nasce da diminuição dos haveres, mas da multiplicação dos desejos.”

(Platão)

Alerta vermelho

Mais de 100 milhões de receitas para antidepressivos são prescritas todos os anos nos Estados Unidos. Aqui no Brasil ninguém se atreve a publicar as estatísticas. A Novartis já se pronunciou sobre o uso indiscriminado da Ritalina para crianças e adultos. “A Novartis repudia veementemente o uso indevido do cloridrato de metilfenidato e enfatiza que o medicamento deve ser usado somente conforme as indicações em bula e mediante a prescrição de um médico especializado”. Apesar do repúdio as consequências já começaram a aparecer. E assustar.

Tirinha: Alexandre Beck
Tirinha: Alexandre Beck

Privatizado

Câmara Legislativa, Senado Federal e Câmara dos Deputados já discutiram a carceragem no Brasil exaustivamente. Foram pontuadas as iniciativas para aperfeiçoar o sistema e declarada, como fundamental, a união de esforços para garantir a ressocialização dos internos. De prático, só o complexo em Ribeirão das Neves consegue ser case de sucesso.

Foto: hojeemdia.com.br
Foto: hojeemdia.com.br

Impressionante

Chegou às vias de fato. Na fila do BRB Convenience, no supermercado Gomes, do Paranoá, a moça chegou depois que as senhas foram distribuídas. Serpenteando entre a fila, conseguiu alcançar um guichê, onde foi atendida mesmo sem mostrar o cartãozinho de espera na fila. Quem deveria ter sido atendida não aguentou. Estourou um tapa de mão cheia no rosto da espertinha e a briga começou feia. Os seguranças apareceram e contornaram a situação. Ficou a impressão que esse tipo de agência deveria ficar dentro de delegacias e não de supermercados.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O manifesto dos oficiais de Fortaleza, que valeu a prisão de vários dos signatários, trouxe à baila o nome de um bairro da capital cearense: Jacarecanga. (Publicado em 28.10.1961)

ArenaPlex

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

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Foto: terracap.df.gov.br
Foto: terracap.df.gov.br

      Qualquer que seja o destino dado ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, uma coisa é certa: os contribuintes brasilienses permanecerão como os maiores prejudicados dessa aventura. Os prejuízos causados à população de Brasília na construção escandalosamente superfaturada desse Estádio, jamais serão devidamente reparados, assim como não haverá benefício algum para a sociedade de sua transferência, decidida agora de forma eleitoreira e rápida, para a iniciativa privada.

         De fato, o que resultou desses recursos aplicados de forma acintosa foi a edificação de um verdadeiro elefante branco, transformado à vista de todos, no mais acabado exemplo de gestão criminosa dos recursos públicos, de toda a história da capital. Como uma espécie de pau que nasce torto, o Estádio foi concebido com um propósito específico de carrear lucros escusos e vultosos para a mesma turma de políticos locais que há décadas vêm flagelando a cidade. Espantoso que esse portento ao nada, tenha seu destino acertado muito antes da justiça se pronunciar sobre as consequências penais que poderão advir sobre os responsáveis por essa obra.

         Em meio ao tumulto das eleições mais bizarras de todos os tempos, os deputados distritais foram atraídos de volta ao plenário da Câmara para votar a flexibilização da chamada ArenaPlex, pela primeira vez, desde o fim do recesso, graças a possibilidade aberta de mudanças de emendas parlamentares para destinação de recursos para outras áreas diferentes dos originais. Não fosse esse chamariz, seguramente não haveria quórum algum até finais de outubro.

         Com a aprovação legislativa da flexibilização da chamada ArenaPlex, que engloba, além do Estádio, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho, mais de 700 mil metros quadrados de área, valiosíssima e encravada bem no centro da capital, serão repassadas a agentes da iniciativa privada, que poderão empreender alterações no parcelamento desses terrenos, inclusive com aumento do potencial construtivo. Com isso, uma área que originalmente era destinada ao esporte e ao lazer público será modificada para receber um complexo de entretenimento, com restaurantes, lojas, cinema e academias, exploradas de forma privada, onde a população de baixa renda, certamente será excluída.

         Deputados do PT não perderam a oportunidade de condicionar a aprovação dessa flexibilização à concessão, não onerosa, do imenso estacionamento do local para servir de garagem para os ônibus interestaduais que ali aportam para descarregar manifestantes, os chamados mortadelas e outros mercenários e figurantes da pantomima política.

A frase que foi pronunciada:

“Se começássemos a dizer claramente que a democracia é uma piada, um engano, uma fachada, uma falácia e uma mentira, talvez pudéssemos nos entender melhor.” 

José Saramago

Instalações

Ainda sobre o trágico incêndio ocorrido no Museu Nacional do Rio, vale destacar as falas do ministro da cultura, Sá leitão, e de outras autoridades, buscando justificativas incidentais para o triste ocorrido. Na avaliação de suas Exmas., um curto circuito

Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Outros tempos

Incrivelmente, vale destacar que durante aproximadamente 100 anos esse edifício foi iluminado por velas, candeeiros, lamparinas e outros apetrechos que utilizavam diretamente o fogo como elemento para debelar a escuridão. Além disso, a cozinha e alguns aposentos também utilizavam diretamente o fogo, na elaboração de alimentos e no aquecimento dos ambientes.

Manutenção

Para um edifício dessa magnitude, construído basicamente com madeira de lei em 1803, é de se admirar que durante quase um século nenhum incêndio tenha ocorrido naquele prédio, provocado pela falta de manutenção.

Em comemoração aos 200 anos do Museu Nacional, em 6 de junho de 2018, o Bom Dia Brasil exibiu uma reportagem sobre uma vaquinha na internet para arrecadar fundos para a reforma do museu (g1.globo.com)
Em comemoração aos 200 anos do Museu Nacional do Rio, em 6 de junho de 2018, o Bom Dia Brasil exibiu reportagem sobre uma vaquinha na internet para arrecadar fundos para a reforma do museu (g1.globo.com)

Abandono

A energia elétrica e o uso de lâmpadas só apareceriam por essas bandas nos fins do século XIX. Esse pequeno detalhe demonstra, na prática, que o incêndio foi obra sobretudo da negligência.

Foto: facebook.com/marcelocrivella
Foto: facebook.com/marcelocrivella

No mínimo

Espanta que um museu com tamanho acervo não possuísse uma simples equipe treinada e permanentemente de plantão para combate a incêndios e outros acidentes. Fosse num país sério, todo o pessoal ligado direta ou indiretamente a esse museu deveria pedir demissão, incluindo o próprio ministro.

Charge: Nani
Charge: Nani

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O sr. Afrânio de Oliveira, falando na Câmara, em aparte, disse que o sr. Oscar Pedroso Horta foi o correio do sr. Jânio Quadros. (Publicado em 28.10.1961)

Descaso nosso de cada dia

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ARI CUNHA

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Foto: RICARDO MORAES/REUTERS (bbc.com)
Foto: RICARDO MORAES/REUTERS (bbc.com)

        Jornais de todo o mundo noticiam em suas primeiras páginas o trágico incêndio que consumiu por completo o Museu Nacional do Rio, transformando em cinzas, em pouco mais de seis horas, 200 anos da história do Brasil. O interesse demonstrado pela imprensa internacional sobre este triste fato se explica em razão da importância que a grande maioria desses países confere aos seus museus e a todas as instituições, privadas ou do Estado, que possuam a guarda de seu patrimônio histórico e cultural.

       A atenção e proteção que esses países dão às suas fontes históricas podem estar ligadas, em parte também, ao sucesso econômico, social, cultural e político desses povos. Somente nações que mantém presente seu passado, sabem, com certeza, o que querem para o futuro e não erram nas escolhas. É justamente esse falso entendimento que possuímos de que nosso passado é um caso encerrado e que deve ser esquecido em algum escaninho do arquivo morto que nos acorrenta aos erros e nos deixa às voltas, em círculos infinitos, sem sair do lugar.

        Somos o que somos pelo esquecimento fácil e cômodo do nosso passado. Nesse sentido, as perdas materiais com cerca de 20 milhões de peças históricas, fontes originais de pesquisa para estudantes e cientistas que deixaram de existir, são muito mais do que perdas materiais. São testemunhos vivos que autenticam nossa história, afastando dela tudo o que é fantasia e alucinação.

       Em mais esse triste episódio, há pouca serventia em buscar culpados diretos e indiretos. Se fosse esse o caso, e para ser rigoroso, acredito que todos temos nossa parcela de culpa. Obviamente que primeiro é preciso constatar que nenhuma autoridade do governo, principalmente seu ministro da cultura, se fez presente por ocasião das comemorações dos 200 anos do Museu Nacional, o que torna ainda mais sintomático esse descaso oficial.

        A questão aqui é porque não aprendemos com episódios semelhantes ocorridos recentemente e que feriram de morte parte de nossa cultura. Em dezembro de 2015 chamas gigantescas engoliriam também o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo. Em 2010 o fogo havia consumido o Instituto Butantã, também em São Paulo. Em 2007, 900 cédulas e moedas raras e outros itens históricos de grande valor foram furtados do Museu do Ipiranga, que permanece fechado desde 2013. Também o Liceu de Artes e ofício de São Paulo teve parte de seu acervo destruído em um incêndio em 2014. Outra tragédia foi a destruição, por incêndio também, do Teatro Cultura Artística em 2008. Em 2013, outro incêndio destruiu completamente o auditório Simón Bolívar no Memorial da América Latina, somente a reforma desse prédio custou R$ 41,5 milhões aos contribuintes. Aqui mesmo, na capital do país, o Teatro Nacional Cláudio Santoro e a sala Martins Penna, além do Museu de Arte Moderna, se encontram fechados há anos, aguardando por reformas que nunca iniciam.

         Para piorar uma situação que em si já é calamitosa, o candidato a presidente da República, Bolsonaro, anunciou agora em um comício sua intenção de acabar com o Ministério da Cultura. Dessa forma, vai se concretizando a previsão do antropólogo Claude Lévi-Strauss de que o Brasil passaria da barbárie à decadência, sem conhecer a civilização. O desaparecimento desses vestígios de nossa história, fruto do descaso de todos, prenuncia esse vaticínio.

A frase que foi pronunciada:

“Sem o mito do amanhã não existiríamos. Não fora o amanhã e secaríamos à beira dos caminhos, esboroaríamos como um cascalho no deserto. O amanhã é que fermenta o hoje, que fermenta o ontem.”

Affonso Romano de Sant’Anna

Dívidas & Dúvidas

Em parceria com o Itaú, Bradesco, Net/Claro, Losango, Tricard, Porto Seguro Cartões e Ipanema Credit Management, foi lançado um aplicativo Serasa Limpa Nome. Pode ser acessado pelo celular ou computador. Consultado o CPF, gera-se um boleto para pagamento à vista ou a prazo. O total de inadimplentes ou devedores no Brasil chega a 61,6 milhões. Lucas Lopes, gerente de produtos do Serasa Consumidor, diz que os perfis dos consumidores são constantemente acompanhados, principalmente quando o assunto é negociação de dívidas.

Charge: Lane
Charge: Lane

Tabagismo

A Secretaria de Saúde do DF oferece gratuitamente, já há algum tempo, à população encontros com profissionais capazes de apresentar métodos de comportamento e conscientização que auxiliam no corte à dependência do tabaco. Veja o link no blog do Ari Cunha.

Link para mais informações: www.saude.df.gov.br/tabagismo

Charge de André Dahmer na F. de S. Paulo (13.11.2012)
Charge de André Dahmer na F. de S. Paulo (13.11.2012)

Projeto

Com o aumento do número de idosos no país, regras começam a se adaptar à nova realidade. Um projeto analisado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado sugere que empresas reservem vagas para pessoas com mais 55 anos de idade de forma proporcional ao número de funcionários. A ideia é do senador Cidinho Santos que vê a necessidade de o mercado valorizar a experiência.

Imagem: portalterceiraidade.org.br
Imagem: portalterceiraidade.org.br

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Acobertar funcionários faltosos é tirar sua responsabilidade, jogando na administração central, é caso para o Conselho estudar, julgar e decidir. Mantenho tudo o que disse. (Publicado em 28.10.1961)

Independentes e harmônicos entre si?

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

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Chage: sponholz.arq.br
Chage: sponholz.arq.br

           Um fato evidente e perigoso vem ocupando, cada vez mais, a preocupação de muitos brasileiros nesses últimos tempos. Trata-se da constatação de que o Judiciário, mais precisamente a mais alta corte do país, tem se tornado, aos olhos de todos, a fonte primária e de geração de grande instabilidade jurídica.

        Quando um assunto tão delicado como esse acaba sendo reconhecido até por muitos membros internos do Poder Judiciário é que a situação e o ambiente de insegurança, provocada por decisões dessa instituição, já chegaram aos limites do razoável, ameaçando inclusive toda a estrutura do Estado e pondo em risco a própria democracia.

           É constrangedor ter que reconhecer que a mais alta corte abandonou seu papel de estabilizadora e pacificadora do país para se transformar em fator de crise institucional. Essa deformação recente que vem acometendo parte da alta magistratura, se deve, segundo o eminente jurista e professor universitário de renome internacional, Ives Gandra Martins, basicamente ao exacerbado protagonismo, de cunho individual, apresentado por alguns magistrados que, repetidamente, vêm tentando de impor suas opiniões pessoais sobre assuntos gravíssimos e de interesse direto de toda a nação.

           Para o jurista, essas demonstrações constantes de imposição de opinião pessoal, até como se legislador fossem, além de não se fazer justiça, provocam instabilidades às próprias instituições e ao país. Em sua avaliação, a contaminação de parte do judiciário e que pode ser denominada de neoconstitucionalismo, consequencialismo, judicialização da política ou politização do judiciário, pode ser resumida numa clara invasão de competência de outros poderes, principalmente quando esses demais poderes passam a ir contra certas convicções pessoais desses magistrados.

          Lembra o jurista Ives Gandra que o judiciário, contrariamente ao Legislativo, sempre foi o legislador negativo, com isso, diz “passou o judiciário a ser o legislador positivo, legislando no vácuo e nas discordâncias desse poder, bem como administrando ações do Executivo de acordo com suas preferências jurídicas e ideológicas.”

          Com uma postura dessas, ressalta, a Constituição é ferida seriamente. “Reza o artigo 103, § 2.º, da Lei Suprema que nem mesmo nas ações diretas de inconstitucionalidade por omissão pode o Supremo Tribunal Federal legislar em nome do Congresso, cabendo-lhe determinar ao Legislativo que produza a lei que por omissão inconstitucional não produziu, numa clara demonstração de que a função do Judiciário é apenas não dar curso a leis inconstitucionais, mas não legislar na omissão legislativa”, ensina o magistrado. A continuação desses casos de invasão de competência, pode, segundo o professor Ives Gandra, produzir episódios de desobediência do Legislativo com recurso, inclusive ao uso das Forças Armadas (artigo 142 da Constituição), o que pode levar o país à uma brutal insegurança jurídica. Mais sintomático é que todas essas consequências graves e negativas para o país são produzidas basicamente por apenas três personagens, isoladamente.

A frase que foi pronunciada:

“A causa que defendemos, não é só nossa, ela é igualmente a causa de todo o Brasil. Uma República Federal baseada em sólidos princípios de justiça e recíprocas conveniências uniria hoje todas as Províncias irmãs, tornando mais forte e respeitada a Nação Brasileira.”

Bento Gonçalves

Charge: Cazo
Charge: Cazo

Multa certeira

Engana-se quem pensa que os pardais, depois da saída da ponte JK, nos dois sentidos, estão programados para 80km/h. São arrecadadores contumazes. O motorista deve permanecer a 60km/h até que a placa indicativa com velocidade diversa apareça.

Charge: Julinho
Charge: Julinho

Feira do Paranoá

Todos os domingos, a feira do Paranoá estava cheia de promoções e legumes soltos à escolha do freguês. A maioria dos feirantes preferiu se igualar aos supermercados vendendo os produtos mais caros dentro de saquinhos. Uma pena.

Foto: radios.ebc.com.br
Foto: radios.ebc.com.br

TJDFT

São muitas as formas de interatividade do Tribunal de Justiça do DF com a comunidade. Uma delas é o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília, comandado pela juíza Dra. Camille Gonçcalves Javarine Ferreira. A meta é realizar as mediações e as conciliações relacionadas aos processos oriundos dos Juízos de Brasília, com processos das áreas cível, família, fazendária e previdenciária, tanto em 1º como em 2º graus de jurisdição. Leia a 6ª Edição do Manual de Mediação Judicial, no blog do Ari Cunha.

Link de acesso ao manual: Manual de Mediação Judicial – 6ª edição

Crianças

Outra publicação interessante no portal do TJDFT é a cartilha dedicada a crianças de pais separados. Sensibilidade produzir um material desses, justamente quando a instituição família passa por drástica transformação e os pequeninos sofrem. No blog do Ari Cunha, o link do material.

Link de acesso à cartilha: Cartilha do Divórcio para os Filhos Adolescentes

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Houve, sim, funcionários que foram ao Rio, passaram doze dias, e receberam os vencimentos integrais. Governo não pode dar informação capciosa. Errar e reconhecer é muito mais bonito, do que tentar iludir a opinião pública. (Publicado em 28.10.1961)

Pretérito imperfeito

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ARI CUNHA

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Charge: Jean Galvão
Charge: Jean Galvão

         Com os idealistas Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Anísio Teixeira, Paulo Freire e Darcy Ribeiro surgiram conceitos como a escola integral, as escolas-parques e outras experiências de grande efeito prático. Tivessem esses ideários, verdadeiramente patrióticos, mantido uma trajetória sem interrupções ao longo de todos esses anos, sem dúvida alguma, o Brasil estaria num outro patamar de desenvolvimento e certamente não chegaria sequer a experimentar os graves problemas de ordem social que vive hoje.

          A pergunta é: o que teria acontecido com as nossas escolas públicas que nos fez retroceder tanto em qualidade e inovação? Por outro lado, fica também a questão: se já possuíamos em mãos a fórmula exata para livrar o país do subdesenvolvimento através de um ensino público de qualidade, por que abandonamos tudo?

         O mais lamentável é constatar que essas fórmulas, mesmo analisadas sob a ótica atual, ainda guardam muitos elementos preciosos e essenciais a uma correta educação pública. Fatores como esses deixam patentes que as inúmeras reformas que foram implementadas, praticamente por cada governo que se seguiu, não resultaram em melhoria substancial para o ensino público.

         Em casos assim, quando o navegante se vê perdido no meio do caminho, sabendo que se prosseguir vai se ver mais desorientado ainda, o melhor é retornar ao ponto de partida, seguindo trilhas há muito traçadas por esses pioneiros, que são os verdadeiros e esquecidos heróis desse país.

         Precisamos, como se dizia antes, dar a mão à palmatória e reconhecer que as linhas mestras para a verdadeira melhoria do ensino público, estão descritas lá atrás, há quase um século.

A frase que foi pronunciada:

“Fale, e eu esquecerei; ensine-me, e eu poderei lembrar; envolva-me, e eu aprenderei.”

Benjamin Franklin

Charge: Amancio
Charge: Amancio

Aldeia SOS

Conhecida em Brasília como uma instituição sui generis, a Aldeia SOS Infantil não separa os irmãos sem lar. Em projetos arquitetônicos de casas, a aldeia contrata as mães que mantém a criançada em um ambiente familiar e não de creche. A instituição acolheu mais de 50 famílias venezuelanas. Pais e filhos. Doações são bem-vindas.

Foto: aldeiasinfantis.org.br
Foto: aldeiasinfantis.org.br

Pedagroeco

Com mais idosos e menos jovens na zona rural, segundo o Censo Agropecuário de 2017, novas políticas públicas devem ser implementadas. A dependência da chuva é substituída por tecnologia, a pobreza perdeu lugar para a agricultura familiar, que vende produtos orgânicos a bons preços, e a falta de perspectiva ficou para trás em tempos de globalização. É da Embrapa a iniciativa do projeto Pedagroeco – Metodologia de Produção Pedagógica de Materiais Multimídias com Enfoque Agroecológico para a Agricultura Familiar para estimular a juventude a optar pelo campo. Veja detalhes no blog do Ari Cunha.

Link para mais informações: Pedagroeco – Embrapa

Foto: Sérgio Cobel
Foto: Sérgio Cobel

Novidade

Torcida para que Conceição Evaristo seja nomeada na ABL pelo talento. Como escreveu Edma de Góis, “seria um passo para descolonizar o pensamento”.

Foto: revistaforum.com.br
Foto: revistaforum.com.br

Enap

Pregão e sistema de registro de preços. Veja no blog do Ari Cunha importantes esclarecimentos dados pelos professores Weberson Silva do Ministério Público e Evaldo Araujo Ramos, do Tribunal de Contas da União em entrevista na Enap.

Até isso

Carolina Lebbos, juíza federal, deu o parecer de que nada vale a procuração assinada pelo ex-presidente petista para passar poderes à senadora Gleisi Hoffmann e ao Sr. Emídio Pereira de Souza.

Foto: Reprodução de site do TRF-4
Foto: Reprodução de site do TRF-4

Cidadania

Os livros nas paradas de ônibus da Asa Norte não foram recolocados. Nada impede que você se disponha a renovar as prateleiras da sua biblioteca, dando oportunidade para outros desbravarem o mundo da literatura.

Foto: g1.globo.com
Foto: g1.globo.com

Ciclismo

João Vitor Fernandes de Oliveira, ciclista brasiliense, é o único brasileiro a participar de competição mundial na Itália. O percurso foi montado para ser o mais seletivo possível para uma prova de um dia, com três montanhas e alguns trechos de terra e paralelepípedos. “Estou numa fase muito boa e consegui seguir o plano de treinos de forma perfeita, sem contar o fato de que estou vindo de uma vitória na prova classificatória do México, o que me faz acreditar que eu esteja bem preparado para brigar pelo título”, afirma João Vitor.

Foto: viversports.com.br
Foto: viversports.com.br

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As casas de alvenaria da superquadra 304 não são ocupadas por funcionários. São, isto sim, ocupadas por estranhos aos quadros funcionais, porque os que trabalham no Iapfesp, com poucas exceções, moram em barracos de madeira. (Publicado em 28.10.1961)

O verbo no passado

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ARI CUNHA

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Charge: Jean Galvão
Charge: Jean Galvão
          Se considerarmos que a educação, em todas as vertentes do conhecimento, constitui a base mais importante do capital de um país, capaz de livrá-lo, de forma segura, das amarras do subdesenvolvimento, teremos que constatar, forçosamente, que o Brasil, pelas imensas precariedades presentes em todo o ensino público, tem pela frente um imenso e árduo caminho a percorrer.
          As disparidades na qualidade entre as escolas públicas brasileiras comparadas a de outros países, inclusive, boa parte das instaladas no continente, não param de crescer. Dessa forma, se o Brasil almeja realmente se libertar do passado de atraso e pobreza pela via da educação, como fizeram países, como a Coreia do Sul, China e outros, necessita pôr em prática, pelo menos nas próximas quatro ou cinco décadas, um intenso e sistemático processo de melhoria do ensino. Isso apenas para iniciar a arrancada que poderá elevar o país à condição de nação de primeiro mundo ainda neste século.
      Curiosamente, nosso país vivenciou, entre a primeira e a segunda metade do século passado, experiências exitosas com as reformas e propostas apresentadas por educadores do porte de Anísio Teixeira, com a Escola Nova, em que o ensino era encarado como necessidade básica de aperfeiçoamento de toda a sociedade.
     Em 1932, ou há quase nove décadas, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e o próprio Anísio Teixeira promulgaram o Manifesto dos Pioneiros, no qual apareciam traçadas as linhas do escolanovismo, no qual creditavam que, somente com uma profunda renovação do ensino no país, seria possível a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, em que as diversidades e a individualidades seriam plenamente respeitadas. Nesse sentido, a escola seria, não apenas uma preparação para a vida, mas a própria vida, com igualdade de direitos e oportunidades. Outros educadores revolucionários seguiram por esse mesmo caminho, como Paulo Freire e Darcy Ribeiro, todos conscientes de que só pela educação de qualidade seria possível pensar em desenvolvimento.
A frase que não foi pronunciada
“O analfabeto do século 21 não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender.”
Alvin Toffler, escritor
Charge: Galhardo
Charge: Galhardo
Exemplo
Seis anos atrás, a escola Maple Bear deu um exemplo de disciplina que, certamente, marcou a capital como uma iniciativa de grande valor. Durante um incêndio, diretores, professores, funcionários e alunos sabiam perfeitamente o que fazer. Nada de pânico, nenhum ferido. Hoje, brigadistas se revezam no estabelecimento como prevenção.
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
No mínimo
Por falar em escola, é uma vergonha que os estudantes não conheçam o Hino de Brasília, de Neusa França. Há certos rituais que despertam o carinho pela cidade e deveriam fazer parte da rotina educacional.
Imagem: virtualscores.com.br
Imagem: virtualscores.com.br
Ir e vir
Pelo interesse público, o DF recebeu 200 novas autorizações, para prestação de serviço de táxi adaptado. O carro onde cabe uma cadeira de rodas é mais caro. Mas a corrida continua com o mesmo valor.
Foto: taxinforme.com.br
Foto: taxinforme.com.br
Estilo
Hoje é dia de Agnaldo Timóteo, no Sesc Seresta, a partir das 19h30, no Pontão do Lago Sul, com a iluminação natural lunar e com entrada franca.
Cartaz: facebook.com/CANTOR.AGNALDOTIMOTEO
Cartaz: facebook.com/CANTOR.AGNALDOTIMOTEO
Outra dica
Começa hoje o evento Movida Literária. Trata-se de um encontro em sete bares: Beirute (Asa Sul e Asa Norte), Pardim, Sebinho, Ernesto, Objeto Encontrado e Martinica. Segundo Jéfferson Assumpção, um dos idealizadores do evento, a ideia é conviver em momentos prazerosos em ambiente de leitura e cultura, onde reúnam-se pessoas para as quais a leitura é interpretada como um exercício harmonioso de atividades. Segue até o próximo dia 7.
Foto: Movida Literária/Divulgação (g1.globo.com)
Foto: Movida Literária/Divulgação (g1.globo.com)
História de Brasília
Quando me perguntaram por que não publiquei a íntegra da carta recebida do dr. Aracaty, delegado do Iapfesp, respondi que é porque ela contém inverdades. Estou investigando nomes, para dar nomes aos bois, o que farei proximamente. (Publicado em 28/10/1961)

Democracia oficial

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ARI CUNHA

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Charge: claudiakfouriblog.blogspot.com
Charge: claudiakfouriblog.blogspot.com

   Com o aprofundamento da maior crise já experimentada pelo país em toda a sua história, pelo menos um dado positivo vai ficando evidente para todos os brasileiros: o da necessidade premente de se fazer uma reforma profunda em todo o arcabouço legal do Estado, a começar pela própria Constituição.

        Como primeiro passo, nessa longa jornada que se exige para a construção de um conjunto de leis verdadeiramente cidadãs e que coloque todos os brasileiros na mesma planície, acabando com privilégios de todo o tipo, é necessário por um fim definitivo no instituto da reeleição para todos os cargos públicos, bem como nos cargos vitalícios, na blindagem e proteção de autoridades, e em muitas outras regalias frontalmente contrárias ao espírito republicano.

         A utilização da máquina do Estado para promover atuais ocupantes de cargos tanto no Executivo, como no Legislativo, tem sido uma prática corrente, mesmo de modo enviesado, desde a fundação da República, vindo a se tornar uma verdadeira afronta à cidadania com a aprovação desse modelo há duas décadas. Essa norma tem feito com que, mesmo aqueles políticos impedidos de se candidatarem à reeleição, usassem a máquina do Estado para promover seus prepostos e assim dar continuidade a seus mandatos de forma oblíqua.

         Aqui mesmo na capital, desde a emancipação política, tem sido prática comum, com a proximidade das eleições, a realização de seguidas reuniões, após o fim do expediente, de todos os detentores de cargos de chefia, para traçar estratégias com vistas à campanha eleitoral do chefe do Executivo e de sua bancada de apoio. Nesses encontros, os ocupantes da máquina pública indicados pelo governante são instados a “colaborar” ao máximo com as campanhas, inclusive convocando subordinados seus para essas tarefas.

          Fatos desse tipo ocorrem com mais frequência ainda nas Administrações Regionais, onde os todos os ocupantes de cargos de confiança são obrigatoriamente recrutados para trabalhar “discretamente” nas campanhas de seus padrinhos. Com promessas de vir a continuar nesses postos, em caso de eleição de seus protetores, muitos desses servidores passam a trabalhar como cabos eleitorais, na esperança de permanecer na folha de pagamento do GDF. Chama atenção ainda, a tremenda distorção no ordenamento jurídico da Administração do estado, a exagerada influência exercida por políticos na máquina pública. Nesse sentido, o episódio flagrado e disponível nas redes sociais mostra um servidor público, usando um carro oficial, fazendo panfletagem em plena luz do dia, para o deputado do DEM, candidato ao Palácio do Buriti.

        Esse é apenas um pequeno flagrante capturado, por acaso, por um cidadão. Outros milhares ocorrem todos os dias, de forma discreta, contrariando mesmo os mais básicos sentidos de ética pública. É assim que caminha nossa democracia, feita ao arrepio das leis e contra a vontade dos homens de bem.

A frase que foi pronunciada:

“Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira. O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos. Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.”

Martin Luther King

Foto: brasil.elpais.com
Foto: brasil.elpais.com

Decreto

Uma campanha subliminar nos últimos meses. Basta acompanhar a iniciativa do governo em passar todo o trabalho pesado para as Forças Armadas. Desde a invasão dos Venezuelanos aos morros do Rio de Janeiro passando pela escolta dos combustíveis durante a greve dos caminhoneiros.

Foto: sicnoticias.sapo.pt
Foto: sicnoticias.sapo.pt

Vacina

Mesmo com a vacinação contra a poliomielite e sarampo terminando hoje, 12 estados não alcançaram a média. Mais de 3 milhões de crianças ainda não foram imunizadas. O DF ocupa o segundo lugar com o menor índice de cobertura. Na frente, o Rio de Janeiro e em terceiro lugar, Roraima.

Cartaz: diasdavila.ba.gov.br
Cartaz: diasdavila.ba.gov.br

Eleições

Mesários são convocados para as instruções durante o processo eleitoral. Se você já trabalhou em outros anos e não recebeu correspondência é bom procurar informações para evitar aborrecimentos futuros. E se quiser se inscrever como voluntário para trabalhar no processo eleitoral de outubro veja o link no blog do Ari Cunha.

Link: Mesário Voluntário 2018

Ilustração: tre-rj.jus.br
Ilustração: tre-rj.jus.br

Terceirizados

Depois que o STF decide que é constitucional emprego de terceirizados na atividade-fim das empresas, o comentário no cafezinho da Câmara era: “Culpa do eleitor que colocou no Congresso centenas de deputados e senadores empresários.” Mas houve quem apoiasse complementando com a necessidade de privatizações.

Charge: Tacho
Charge: Tacho

Correios

Acontece no museu é um projeto de ocupação cultural no espaço do auditório do Museu Correios em Brasília que, durante o ano de 2018 trará uma programação com shows musicais, peças de teatro, noites de autógrafo, cursos, palestras, debates, painéis e oficinas culturais. O objetivo deste projeto é trazer mais uma opção de entretenimento, capacitação e educação para a cultura com ações diferenciadas a preços populares, num espaço central de fácil acesso.

Cartaz: facebook.com/acontecenomuseu
Cartaz: facebook.com/acontecenomuseu
  • CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE SETEMBRO NO ACONTECE NO MUSEU:

DIA 15 DE SETEMBRO – SÁBADO ÀS 20 HORAS!
AS MELHORES CANÇÕES ROMÂNTICAS INTERNACIONAIS DE TODOS OS TEMPOS!
Setembro inicia a programação num clima romântico e adorável, com o Casal Yara Gambirasio (voz) e Alberto Gambirasio (guitarra) convidando o baterista André Braz! O trio traz um show diferente, numa roupagem cool jazz com as melhores músicas internacionais românticas que todos gostamos de cantar! Imperdível!!!! Um show para lavar a alma cantar junto e dançar!

DIA 15 DE SETEMBRO/20 HORAS
MEIA   ENTRADA: R$ 15,00 NA DOAÇÃO DE ALIMENTO
INTEIRA: R$ 30,00

DIA 17 DE SETEMBRO – SEGUNDA – DAS 19:30 ÀS 22 HORAS
CURSO MUSICALIZAR ADULTOS MÓDULO 01 COM FELIPE BARÃO.

Curso já com um grande sucesso, promovido no Brasil e em Portugal, Musicalizar Adultos promovido pelo multi-instrumentista, compositor e Maestro de Coral Felipe Barão traz para o Acontece no Museu, atendendo a pedidos, novamente o módulo 01 deste curso onde traz para as pessoas que querem entender um pouco mais do mundo da música, como se tornar um bom ouvinte, ou até mesmo para músicos em geral, uma maneira muito interessante de entrar no mundo da música numa forma descomplicada e divertida. O módulo 01 é a primeira aula deste curso, dividido em 03 aulas.

DIA 17 DE SETEMBRO/DAS 19:30 ÀS 22 HORAS
INVESTIMENTO: R$ 20,00 NA DOAÇÃO DE ALIMENTO
R$ 30,00 VALOR NORMAL DO CURSO SEM A DOAÇÃO

DIA 19/09 – QUARTA – DAS 19:30 ÀS 22 HORAS- CURSO MUSICALIZAR ADULTOS MÓDULO    02 – COM FELIPE BARÃO
Dando sequência às aulas deste curso pra lá de interessante, o Maestro Felipe Barão junta a turma do dia 17 de setembro, com as turmas antigas deste curso, para juntos seguirem o aprendizado que se faz de uma maneira dinâmica, prática, divertida e com muita informação de qualidade, trazendo você ouvinte, musico, e pessoas interessadas para dentro do maravilhoso mundo da música!

DIA 19/09 DAS 19:30 ÀS 22 HORAS
INVESTIMENTO: R$ 20,00 NA DOAÇÃO DE ALIMENTO
R$ 30,00 VALOR NORMAL DO CURSO SEM A DOAÇÃO

DIA 22/09 – COMO DIZER EU TE AMO? PEÇA TEATRAL E NOITE DE AUTÓGRAFOS COM A             JORNALISTA E ESCRITORA ADRIANA CAITANO.
Noite muito especial no Acontece no Museu, com a primeira apresentação teatral do projeto e primeira noite de autógrafos! A peça é uma adaptação do livro de mesmo nome da jornalista e escritora Adriana Caitano. O espetáculo traz a união entre música e texto para retratar a busca pelo amor, comum a gente de qualquer idade, orientação sexual e gênero. Totalmente imperdível!

DIA 22/09 – 20 HORAS
ENTRADA: R$15,00 MEIA ENTRADA NA DOAÇÃO DE ALIMENTO
INTEIRA: R$ 30,00

DIA 29/09 – DIREÇÃO ARTÍSTICA E TEATRAL – MÓDULO 01 – COM TUKA VILLA-LOBOS  COMO OBTER UMA MELHOR COMUNICAÇÃO EM PÚBLICO  OU DESENVOLVER SEU LADO ARTÍSTICO
Tuka é uma das idealizadoras do projeto Acontece no Museu e de muitos outros projetos de sucesso na área da música e do teatro e da comunicação.
A teatróloga com mais de 25 anos de experiência na área, intérprete e produtora cultural traz um curso com 03 módulos de duração, que oferece capacitação, técnicas teatrais e de direção artística para profissionais de todas as áreas da música e pessoas interessadas em desenvolver sua performance em palco, falar bem em público, entre outras características importantes para quem quer desenvolver uma melhor comunicação ou então seu lado artístico!

DIA 29/09 – SÁBADO – MÓDULO 01 – das 10:30 às 13:30
INVESTIMENTO: R$ 10,00 NA DOAÇÃO DE ALIMENTO

R$20,00 VALOR NORMAL DO CURSO

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SERVIÇO:
Acontece o Museu Shows, cursos, palestras e oficinas culturais no auditório do Museu Correios em Brasília.
Setor Comercial Sul Quadra 04 bloco A número 256

Sobre a campanha de meia entrada:

Todas as ações do projeto Acontece no Museu, tem a sua meia entrada liberada para quem fizer a doação de qualquer tipo de alimento não perecível e enlatados. Não há necessidade de comprar, traga o que tiver de novo e fechado em casa e que possa ser doado! Estes alimentos são destinados pelo projeto às famílias com crianças em situação de vulnerabilidade social que moram nas ruas.

Realização: Villa-Lobos produções e André Trindade Produções
Apoio: Museu Correios de Brasília, Agenda Cultural Brasília e Território Comunicação.

Maiores informações: acontecenomuseu@gmail.com ou (61) 9 82233452 – WhatsApp
Confira no Facebook: www.facebook.com/acontecenomuseu e no Instagram @acontecenomuseu

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quando me perguntaram porque não publiquei a íntegra da carta recebida do dr. Aracaty, delegado do Iapfesp, respondi que é porque ela contém inverdades. Estou investigando nomes, para dar nomes aos bois, o que farei proximamente. (Publicado em 28.10.1961)

Debates nas eleições

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

colunadoaricunha@gmail.com;

Charge: humorpolitico.com.br/amorim
Charge: humorpolitico.com.br/amorim

            Para melhor entender os debates eleitorais que passam a ocorrer em todo o país, inclusive os realizados aqui na capital, é preciso, antes de qualquer coisa, que o eleitor atento as essas discussões encare, de forma crítica, a grande massa de informações, vinda sobretudo das mídias sociais. É preciso concentrar a atenção basicamente naqueles informes que, ao seu ver, fazem uma análise isenta o objetiva sobre cada um desses personagens que ora passam a desfilar seus valores diante de todos.

         Na era da chamada pós-verdade, em que a indiferença acerca dos fatos reais passou a ser uma evidência corrente, capaz inclusive de não modificar a opinião de muitas pessoas, todo o cuidado é pouco. A confirmar esse momento histórico de relativização da verdade, estão os múltiplos exemplos de decepção colhida com a escolha de candidatos que, uma vez alçados ao poder, transformam-se naquilo que sempre foram, dão as costas aos seus eleitores e aos seus reclamos, passando a usufruir, sem remorsos, das possibilidades do cargo, apenas para proveito próprio.

           É sabido também que a arte da mentira, entre nós, sempre foi um meio muito empregado por políticos de todos os matizes ideológicos para sobreviver nesse ambiente e dele colher os melhores frutos. Não é por outra razão que, não só aqui, mas em muitas partes do planeta, verifica-se, por parte dos cidadãos, um forte desencanto com o atual modelo democrático de representação política. Essa situação ganha ainda mais gravidade quando se verifica que muitos candidatos estão envoltos em uma grossa embalagem construída pelo marketing, impossibilitando ao eleitor uma visualização real desse postulante.

         A pós-verdade veiculada até por robôs, acaba impondo, pela massificação de informações a favor de uns e contra outros, um oceano de dados desconexos que, mais do que esclarecer fatos, contribui para criar a confusão na cabeça do eleitor. Há pouco mais de um ano, a prestigiosa revista inglesa The Economist alertava para o que chamava de “fragmentação das fontes noticiosas” em que fofocas, mentiras e rumores, pela velocidade de propagação, acabam contaminando o ambiente e ganhando ares de verdade.

          Nesse sentido, o mais próximo que o cidadão pode chegar da verdade sobre os candidatos e suas propostas é quando acompanha de perto aos debates feitos ao vivo e em que todos estão presentes. Infelizmente nem todos foram convidados, estando atrelados à representatividade dos partidos. Justamente os que pregam mudanças, ou uma nova política.

           É nos debates, principalmente naqueles em que os ânimos estão acirrados e os dedos em riste, que a verdade se insinua. Discussões muito comportadas e demasiadamente respeitosas tendem a camuflar os fatos e iludir os eleitores.

           Sendo a verdade uma pérola rara, ela só pode aparecer no calor das discussões, quando os pretendentes estão quase partindo para as vias de fato. Quando o circo pega fogo, a pós-verdade é a primeira a desaparecer, restando apenas os fatos.

A frase que não foi pronunciada:

“Não trabalho com a miséria, mas com as pessoas mais pobres. Elas são muito ricas em dignidade e buscam, de forma criativa, uma vida melhor. Quero com isso provocar um debate. A nossa sociedade é muito mentirosa. Ela prega como sendo única a verdade de um pequeno grupo que detém o poder.” 

Fotógrafo Sebastião Salgado

Foto: revistaprosaversoearte.com
Foto: revistaprosaversoearte.com

Absurdo

Mortes em silos é uma tragédia facilmente resolvida pela arquitetura. É inaceitável que, com a tecnologia disponível, homens pereçam sufocados em grãos. Dados apresentados pela BBC indicam que os Estados que mais tiveram casos são os mesmos que lideram o ranking de produção de grãos: Mato Grosso (28), Paraná (20), Rio Grande do Sul (16) e Goiás (9). Em 2018, houve mortes em 13 Estados distintos, em todas as regiões do país.

Ilustração: VITOR FLYNN/BBC NEWS BRASIL
Ilustração: VITOR FLYNN/BBC NEWS BRASIL

Outra realidade

A Lei 13.714/2018 é uma ilusão completa. O atendimento pelo SUS é gratuito, qualquer pessoa tem acesso. Agora, criar uma lei onde indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco social tenham preferência no atendimento feito pelo SUS foge totalmente à realidade. Isso porque há atendimentos que demoram até 24h para acontecer. A gravidade dos casos dita a ordem do atendimento. Vai continuar assim dentro da precariedade habitual.

Charge: Ivan Cabral
Charge: Ivan Cabral

Reciclar

Depois de receber material eletrônico como descarte o projeto Programando o Futuro cataloga e separa, por fabricante, peso e modelo. A partir daí os aparelhos são consertados e doados para instituições de inclusão digital de todo o Brasil. O coordenador-geral do projeto Programando o Futuro, Vilmar Simion Nascimento, ressaltou que a parceria com o Sesc superou as expectativas.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quanto ao fato de Jânio voltar, a minha opinião é esta: se isto acontecer, ele terá escrito a comédia, dirigirá a cena, aplaudirá como plateia, e nós, povo, ficaremos no picadeiro, com a cara pintada, nariz suposto, avermelhado, boca alargada com alvaiade, colarinho frouxo e sapato grande demais. Papel de palhaço, finalmente, terá desempenhado o povo e o Congresso. (Publicado em 28.10.1961)

Reforma do sistema eleitoral por plebiscito faz-se urgente

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ARI CUNHA

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Charge: Ivan Cabral
Charge: Ivan Cabral

          Analistas, cientistas, até mesmo uma parcela da classe política e da própria população já firmaram a convicção de que as próximas eleições, pelo o que se tem visto dos candidatos e das vagas propostas apresentadas, não possuirão, nem de longe, o condão para modificar a situação de profunda crise experimentada pelo país desde 2013. Há ainda o risco que os eleitos para comandar o país a partir de 2019, além de não contribuírem para minorar o conjunto de problemas que foram se acumulando ao longo desse tempo, venha a agravar, ainda mais, essa situação, o que poderia facilmente empurrar o Brasil para o beco sem saída do caos generalizado e das aventuras irresponsáveis.

      O momento, todos concordam, é delicado e grave. A reforma política, que muito poderia contribuir para alavancar o país, foi reduzida em tamanho, importância e alcance, transmutando-se num conjunto de medidas canhestras, visando a atender apenas aos anseios da classe política, a manutenção e ampliação do status quo vigente. O mesmo fim foi dado às demais reformas necessárias e urgentes: todas foram abandonadas por terra e desidratadas até a morte. Com isso, problemas estruturais de um Estado que ameaça desabar foram empurrados com a barriga, na vã tentativa de deixar que o tempo encontrasse soluções naturais que os dirigentes não foram capazes de construir.

          Passamos assim do improviso à expectativa, aguardando a vinda do livrador. Obviamente que nessa altura dos acontecimentos, de nada adiantam reformas feitas em cima do laço. É preciso, no entanto, aplainar o terreno pelo menos para 2020 e mais adiante, quando se abrirão novas janelas de oportunidades eleitorais. Nesse sentido, a convocação de um oportuno plebiscito nacional sobre o sistema eleitoral, realizado simultaneamente com as eleições desse ano, abre uma boa perspectiva para a rearrumação política do Brasil.

          A proposta em análise, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, é de autoria do senador por Brasília, Antônio Reguffe e já conta com o apoio de 27 senadores. No questionário que será apresentado ao eleitor em outubro desse ano, caso a proposta seja aprovada, constarão quatro opções de respostas à seguinte questão: qual o melhor sistema eleitoral para o Brasil? Caberá ao cidadão escolher as respostas entre o atual sistema, o sistema distrital, o voto em lista fechada pré-definida pelos partidos ou o sistema misto (metade lista e metade distrital).

           Em sua justificativa, o senador Reguffe ressalta que “as pessoas, hoje, não acreditam mais em política. Para ele isso é culpa dos personagens por desvios éticos inaceitáveis, mas, sobretudo, do próprio sistema eleitoral, que coloca partidos e políticos em primeiro plano e não pensam, sequer, na sobrevivência do Brasil e dos brasileiros. Segundo o autor da proposta, o plebiscito é, nesse momento, a melhor solução, pela oportunidade e pelos custos zero ao contribuinte.

A frase que foi pronunciada:

“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la.

Cícero

Charge: sponholz.arq.br
Charge: sponholz.arq.br

País sério

O panorama do que serão as eleições 2018 é mais ou menos esse: uma presidente que recebeu impeachment está na frente na intenção de votos para Senadora por seu estado, segundo pesquisas, e um ex-presidente acompanha as notícias sobre sua candidatura detrás das grades.

Charge: Nani
Charge: Nani

Economia

Projeto do senador Lasier Martins, que chegou na Comissão de Assuntos Econômicos, altera a legislação para incentivar a economia de água tratada, inclusive pelos prestadores de serviços públicos de saneamento básico e de abastecimento de água.

Foto: senado.leg.br
Foto: senado.leg.br

Novidade

Outra ideia legislativa é transformar facções criminosas em organizações terroristas.

Bons negócios

Macau, cidade chinesa dominada pelos portugueses entre 1557 e 1999 passa por uma fase onde a língua portuguesa é tratada com todo o respeito, principalmente nas universidades chinesas. O ensino do português está se expandindo já como clara estratégia para difusão do português na China.

Foto: camarachinesa.com.br
Foto: camarachinesa.com.br

Só assim

Em país onde a cultura é última preocupação, os professores da Escola de Música cansaram de esperar por apoio do governo. Arregaçaram as mangas e usam o próprio talento para resolver os problemas de infraestrutura do prédio da escola. O projeto Conserta Brasília trata de apresentações de alunos e professores que cobrando preço simbólico de ingressos usam a verba para melhorar as condições físicas da instituição.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há, entretanto, um engano, quando diz que minha filha foi premiada com um cargo sem concurso. É que minha filha tem sete anos, e a mais nova, acaba de nascer. Não entendi aquele “Jânio Precisa Voltar”. (Publicado em 28.10.1961)

Instituições pouco públicas

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil;

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Quadrinho: Turma da Mônica
Quadrinho: Turma da Mônica

         Historicamente e por razões já delineadas no clássico “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, de 1936, o nosso arcabouço institucional, desde sempre, foi montado de forma a colocar, sempre em primeiríssimo plano, a figura do indivíduo e de seu entorno imediato, conferindo maior destaque e importância a estes, relegando à um plano secundário a própria instituição. Dessa forma nossas instituições e o próprio conceito de República acabaram perdidas num pano de fundo, exercendo um papel de coadjuvantes.

           Com uma estrutura assim, não surpreende que as seguidas crises políticas sejam motivadas, não por debilidade das instituições em si, mas por falhas provocadas pelos próprios sujeitos que estão à frente de cada um desses órgãos do Estado. Entram nessa confusão secular entre o público e o privado sentimentos e casos que são identificados como capazes de transformar as altas autoridades do país numa imensa e unida família, a quem os contribuintes são obrigados a ceder boa parte do que produzem ao longo do ano.

            Até em fatos comezinhos, como são os casos dos recorrentes processos de licitação para a aquisição de gêneros alimentícios finíssimos, elaborados por muitas instituições e que incluem vinhos famosos, lagostas e outros acepipes requintados, se confirmam essa dissintonia entre o brasileiro comum e as elites dirigentes do país. Exemplos desse comportamento atípico que configura mais um agrupamento familiar no poder do que um conjunto de profissionais e técnicos à serviço da nação, podem ser observados muito além do clássico nepotismo cruzado.

           Fatos dessa natureza são comuns em instituições que possuem por lei a capacidade de organizar livremente seu próprio orçamento. Nesses casos, as despesas são montadas não apenas com base nas necessidades do órgão, mas sobretudo em consonância com os interesses, muitas vezes pessoais de cada um de seus membros. Mais preocupante ainda é quando essas distorções passam a adquirir um amplo manto legal, dispostos em regimentos e outros ordenamentos legais, de forma a assegurar que possíveis contestações encontrem, nas barreiras da lei, qualquer impedimento para a perpetuação de regalias.

         Fossem contabilizados o valor de todas as mordomias cabidas por lei a cada um dos membros desse seleto grupo, o teto máximo do salário público atual facilmente seria multiplicado por dez.

       Esse familiarismo estendido aos altos escalões do serviço público e que perpassa praticamente todas as instituições do Estado e no qual as vontades particulares acabam sempre predominando sobre o coletivo, criando uma confusão propositada de interesses, necessitam urgentemente de um fim, sob pena de permanecermos atrelados ao mesmo ciclo de pensamento.

A frase que foi pronunciada:

“Quando nada é certo, tudo é possível.”

Margareth Drabble, escritora inglesa

Morango em cena

Brazlândia recebe a 23ª Festa do Morango- Um dos eventos mais tradicionais do setor rural está de volta: a 23ª Festa do Morango de Brasília acontece nos próximos dois fins de semana em Brazlândia. Degustação da fruta e derivados, mostra agrícola, concurso de receitas, oficinas, feira de floricultura e várias outras atrações vão mostrar ao público a força do agricultor e o potencial econômico da região. A festa começa na sexta-feira. Veja a programação completa no blog do Ari Cunha.

Link para mais informações: 23ª Festa do Morango de Brasília

Clipping

Campanha eleitoral do PT em foco no Der Spiegel. Também recebe destaque, na mídia alemã, a Operação Cronos de combate ao feminicídio e ao homicídio, que prendeu centenas de pessoas, na sexta-feira. SZ e TAZ analisam a crise de segurança no Brasil. TS e Deutschlandfunk Kultur noticiam a atribuição da Medalha Goethe à fotógrafa Claudia Andujar. HB relata a produção de caminhões elétricos no Brasil. FAZ repercute a proposta do líder do FDP, Christian Lindner, de uma mudança da política climática da Alemanha e da compra de terrenos de floresta tropical em vez da promoção de energias.

Viva!

Veja o link da estação tradicional Super Rádio FM Brasília,  no blog do Ari Cunha. A rádio permanece nos mesmos moldes pela Internet.

Link: Brasília Super Rádio FM

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um ofício do delegado do IAPFESP ao CORREIO BRAZILIENSE esclarece que foi a administração central, quem mandou construir casas de alvenaria dentro da superquadra. Esclarece, ainda, que a superquadra 304 “está toda asfaltada”, e que o gerador está sendo conservado para a construção dos 11 blocos restantes. (Publicado em 27.10.1961)