Categoria: ÍNTEGRA
VISTO, LIDO E OUVIDO
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Ao tomar posse nessa terça-feira, no primeiro dia de janeiro, o novo presidente da Ordem dos Advogados Seccional do Distrito Federal, Délio Lins e Silva Júnior, prometeu, entre outras realizações futuras, trabalhar em um portal de transparência nessa instituição. Não se sabe exatamente a que se referia o novo presidente da OAB-DF, mas, se conseguir cumprir apenas essa promessa de modo eficiente e completo, já terá pela frente enorme trabalho que poderá ocupar todo o tempo de sua gestão.
Para qualquer leigo, transparência é um requisito fundamental a toda e qualquer instituição ou empresa desse país, sobretudo àquelas que cuidam da boa aplicação das leis e que reúnem em seus quadros os profissionais gabaritados para dar andamento à justiça. Nunca é demais lembrar aqui que os advogados formam um dos principais pilares da justiça, sendo suas atuações fundamentais ao processo jurisdicional e a garantia da plena justiça. Ocorre, no entanto que, nessas duas últimas décadas, o papel desses profissionais, principalmente aqueles ligados aos grandes escritórios de advocacia, começou a chamar a atenção da sociedade e da imprensa, não propriamente por suas atuações ou performances, mas sobretudo pelos clientes que passaram a defender, todos, invariavelmente, envolvidos com casos bilionários de corrupção praticados contra os cofres públicos.
O desfile cotidiano desses poderosos clientes, ladeados pelos mais caros advogados desse país, nas televisões e nos jornais, acabou por despertar na população um misto de desconfiança e desaprovação sobre essa associação, até então inédita. Mais intrigante ainda, para os brasileiros, era verificar que a maioria desses envolvidos em escandalosos casos de desvio de dinheiro público eram defendidos pelos mesmos escritórios ou por outros de igual importância e preço.
De saída, essa associação entre renomados advogados e seus clientes poderosos levantou a suspeita sobre a origem desses milionários honorários recebidos. Para muitos, os recursos usados para pagar a esses caros profissionais provinham, em sua grande maioria, de fontes já contaminadas. Para o cidadão médio, essa relação, por seus procedimentos obscuros, já configurava algo muito distante não só das leis, mas do próprio Código de Ética desses profissionais.
Utilizar dinheiro oriundo da corrupção para se defender de acusações de corrupção tornara-se um contrassenso e um afronta à população, que nesses casos passou a associar esses escritórios à prática de lavandeira de dinheiro ilícito.
Obviamente, até que se prove o contrário, não há como levar essas suspeitas a diante. Em todo o caso, o melhor método para clarificar essas relações será por meio da transparência total e da adoção de aperfeiçoamentos da Lei 9.613/98, tornando mais rigorosos o cerco a lavagem e ocultação de dinheiro.
Vale destacar que, nos Estados Unidos, os advogados são passíveis de condenação por lavagem de dinheiro, por receptação e por associação criminosa caso se comprove que a origem de seus honorários deriva de atos ilícitos. Mais do que necessário, um esclarecimento sobre essas suspeitas precisa vir a público com urgência e o melhor jeito é por meio da transparência total, que obrigue não só os advogados a prestar todas as informações às autoridades, mas, e principalmente, a OAB com relação às suas contas e gastos ao Tribunal de Contas da União.
A frase que foi pronunciada:
“Quando você está numa campanha, no palanque, você só fala de pobre, de miséria, de mulher, de negro, de favelado. Mas quando você ganha, quem tem acesso a você é o banqueiro, o empresário, o agiota, o FMI, os deputados. E essa gente é que determina sua cabeça.”
Ex-presidente Lula em entrevista ao PASQUIM21, em 26 fevereiro de 2002, mostrando a fraqueza de caráter.
Pacto
Estados e municípios estão com esperança de um tratamento com mais atenção ao Pacto Federativo. O presidente Bolsonaro garantiu essa aproximação. Inclusive sobre a partilha dos royalties. Esse assunto volta à baila após quase uma década.
Crescimento
Por falar em municípios, as parcerias público-privadas e projetos de concessões cresceram pelo segundo ano. Segundo a consultoria Radar, PPP continuam os entraves técnicos que ainda atrapalham as propostas.
Marcos Pontes
Uma grande mesa no Mangai ocupada por várias pessoas enquanto alguém da cabeceira tentava tirar um self. Vendo o enquadramento impossível, me ofereci para ajudar. Não foi necessário. Era um astronauta que registraria o momento.
Corpo fala
O andar mais comedido, expressões faciais, o cair dos ombros e os joelhos flexionados em alguns momentos na posse foram claros para mostrar que o presidente Bolsonaro, apesar da alegria do momento, queria seu chinelo e sua confortável poltrona em casa. Talvez sentisse alguma dor.
Nova era
Na posse, profissionais da comunicação queria o mesmo tratamento dado ao vestido da primeira dama. Mas uma autoridade, eleita pela população, foi esfaqueada quando estava em campanha. A segurança não foi exagerada e deve ser a mesma por todos os anos de governo. A descortesia deve ser repensada. Nenhum conteúdo foi monitorado. Isso é ótimo.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Há, de parte dos pais, reclamações contra a indisciplina dos alunos, inclusive durante as aulas. Quem conhece o sistema educacional de Brasília achará, efetivamente, ideal, mas as exceções criminosas devem ser aparadas a tempo. Uma ovelha má põe o rebanho a perder. (Publicado em 08.11.1961)
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Richard Davidson, PHD em neuropsicologia e pesquisador na área de neurociência afetiva, vem chamando a atenção de estudiosos e professores de todo o mundo com sua teoria de que a base de cérebro saudável é a bondade. Ideias desse tipo, que fogem ao padrão exigido pela racionalidade das pesquisas, desde sempre foram vistas pela ciência com certa desconfiança e não raro, viraram alvo de zombaria, colocando seus defensores em posição ridícula.
Com a popularização das noções de inteligência emocional e sua importância para o desenvolvimento integral do indivíduo, conceitos como bondade, empatia, gentileza, compaixão, ternura e mesmo amor e outros do gênero, que antes ficavam restritos ao mundo da poesia e da ficção romântica, vêm ganhando adeptos em todo o planeta, não apenas entre as pessoas comuns, mas sobretudo entre aqueles que se dedicam aos estudos da neurociência.
Na área de educação esses conceitos também têm despertado interesses e não seria exagero afirmar que, num futuro próximo, tais concepções poderão estar no núcleo de formação de muitas universidades. Foi seguindo um conselho dado, não por outro pesquisador, mas pelo próprio Dalai Lama, líder espiritual do Tibet, que Richard Davidson direcionou suas pesquisas em neurociências para os aspectos da gentileza, da ternura e da compaixão.
Umas das coisas mais importantes que descobri sobre a gentileza e a ternura, diz o pesquisador, é que se pode treiná-los em qualquer idade. Os estudos nos dizem que estimular a ternura em crianças e adolescentes melhora os resultados acadêmicos, o bem-estar emocional e a saúde deles. Com isso é possível não apenas reduzir sensivelmente os casos de bullying nas escolas, mas preparar o indivíduo para no sentido de torná-los mais solidários, compassivos, características fundamentais para as sociedades de um mundo superpopuloso e em vias de esgotamento de seus recursos naturais.
Ideias como essa encontram amparo também em muitas teses atuais de pedagogos de que já alertaram para o perigo da precariedade da educação atual. Sem educação, dizem os atuais pedagogos, os homens matarão uns aos outros. Estudos atuais sobre o comportamento comprovam que a inteligência sem a bondade é cega e desajeitada.
Para alguns cientistas mais radicais, a bondade é a forma mais aprimorada de inteligência, pois conduz o indivíduo à empatia com o mundo, com as pessoas e com os problemas que a cercam. Da mesma forma, alguns cientistas enxergam a indiferença para o mundo ao redor, como uma comprovação da falta de inteligência.
Nesse sentido, não pode haver inteligência, da forma que se entende hoje, onde faltam bondade e compaixão. Conceitos dessa natureza são cada vez mais perseguidos pelas mais modernas escolas do mundo, pois essa é a principal tarefa de toda a boa escola.
Educadores estão convencidos hoje de que a educação, concebida lá atrás e que visava a preparação de pessoas como força de trabalho, obedientes e mecanizadas, não mais tem lugar na atualidade e que educação como forma de seleção empresarial está com os dias contados, pelo menos nos países que já compreenderam a importância de trazer ao conhecimento aspectos essenciais a todos os seres humanos como é o caso da compaixão e da bondade.
Para o educador Cláudio Naranjo, “quando há amor na forma de ensinar, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo”. Obviamente que no caso brasileiro, onde a educação vive ainda com carências básicas, como teto para cobrir escolas, carteiras para os alunos sentarem, banheiros e outras necessidades primárias, conceitos como esse soam tão estranho e bizarro como outros que pregam a escola sem partido e outros temas. Pesquisas atuais nas bases neurais da emoção que têm como centro novos modelos para o florescimento humano, são o que existe de mais promissor nas áreas de educação em alguns lugares do mundo e anunciam uma nova revolução nos métodos de ensino. Esse tema é, para muitos, o caminho mais prático e seguro para mudar o mundo futuro, livrando os seres humanos da escravidão política, militar, religiosa, libertando os espíritos do fanatismo, do materialismo, revivendo o humano adormecido em cada um. Trata-se de uma tarefa e tanto.
A frase que foi pronunciada:
“A função da educação é ensinar a pessoa a pensar intensamente e a pensar criticamente. Inteligência mais caráter – esse é o objetivo da verdadeira educação.”
Martin Luther King
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Ontem, ouvi a pior. Uma ameaça de curra contra meninas de 12 e 13 anos. É melhor evitar quanto antes um novo caso como o de Aida Cury, de triste lembrança para a sociedade de todo o país. (Publicado em 08.11.1961)
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Não falar ou discutir determinados assuntos, por qualquer razão, longe de ser uma solução racional, resolve apenas o problema daqueles que acreditam que o que não é exposto e mantido longe da luz simplesmente passa a inexistir. Durante muito tempo essa foi a estratégia utilizada para manter certos temas na caverna escura dos tabus, longe do olhar inquisidor da multidão.
Com o advento do liberalismo e principalmente de sua filha dileta, a liberdade de expressão, aos poucos, as caixas-fortes que mantinham certos assuntos segregados no porão foram sendo arrombadas uma a uma. No entanto, o que foi revelado em seu interior, muito mais do os segredos inomináveis, eram apenas as idiossincrasias humanas, tão cheias de contradições, compostas por luz e sombra, amor e ódio.
Na verdade, o maior dos tabus é justamente o segredo em torno dos tabus. Exemplos desse comportamento típico de nossa espécie, em exibir o que nos orgulha e ocultar o que nos constrange, estão por toda parte e revela nosso modo dúbio de ser e agir. Durante muito tempo, as famílias que tinham entre seus membros indivíduos com problemas mentais escondiam como podiam esse fato da sociedade, mantendo o doente preso e acorrentado, num quarto bem fechado, ou mandando-o para longe, onde seriam internados, como um condenado, numa espécie de hospício, prisão ou outra instituição do gênero.
Com isso, colocavam sobre o episódio uma lápide pesada e o assunto era sepultado para todo o sempre, deixando de existir. Do mesmo modo eram tirados de circulação os leprosos, os homossexuais, os hereges, os revolucionários e todos os diferentes. Incluíam-se nesse imenso rol de degredados do paraíso, todos os que, seja por questão racial, de cultura, de crenças religiosas ou políticas, isso sem falar naqueles que foram condenados pela justiça, cumpriram suas penas, mas, jamais, conseguiram se reintegrar aos demais.
Párias de uma sociedade, que se quer homogênea e em busca da eterna perfeição, esses excluídos, pela quantidade, dariam para povoar todo um novo planeta. Surpreende que, em pleno século XXI, às vésperas do desembarque humano em Marte, a humanidade ainda não tenha superado esses traços selvagens que ainda nos ligam aos nossos primos símios.
O ódio parece ser a marca desse século, desde o seu rompimento. A derrubada das torres gêmeas em Nova Iorque marcou a entrada da humanidade numa nova era, marcada pelos atentados terroristas, pelos massacres de inocentes, pela intolerância a tudo e a todos.
A misandria, que é o ódio ao homem machista, veio se compor com a misoginia que é seu oposto, mas que, ao fim, ao cabo, são as duas faces de uma mesma patologia que renega o diferente. Na religião, na política, no futebol e em quaisquer outras atividades, edificadas para o entendimento e regalo humano, o que parece prevalecer também, e cada vez mais, é a violência passional, fútil e despropositada. Com isso, o melhor lugar do mundo, o menos hostil e relativamente mais seguro, passa a ser a nossa própria casa, onde nos fechamos, como uma tartaruga dentro do próprio casco, alheios a tudo.
Mesmo a liberdade de expressão, tão cara aos liberais de todo o planeta, sofre os ataques das notícias falsas, implantadas para disseminar o ódio e desconfiança. A imprensa mente, os governos mentem, os pastores mentem, os pais de família mentem, os professores mentem, e assim vamos criando novos tabus, aprisionando-os em quartos seguros, protegidos pela escuridão.
O mundo repetia o filósofo de Mondubim, é a expressão do que somos, e o que somos e demonstramos na atualidade não é grande coisa.
A frase que foi pronunciada:
“Perseverança é o trabalho árduo que você faz depois de se cansar de fazer o trabalho duro que já fez.”
Newt Gingrich, hoje analista político.
Conservação
Chegou o momento de destacar equipe para conservar as passagens dos viadutos entre quadras da cidade tanto da Asa Norte como da Asa Sul. Estão com buracos, ferros expostos, paredes sem acabamentos, tetos arranhados por caminhões, lama. Sabe-se lá como anda a infraestrutura.
Transporte
Voltam os piratas com toda a força. Transportes ilegais param nos pontos de ônibus da capital com total liberdade. Passageiros prejudicados pela demora do transporte público escolhem colocar a segurança em risco.
Versão
Turistas não escondem, à primeira vista, a decepção com a iluminação natalina da cidade. Mas ao ouvirem o argumento de que isso não é prioridade em momento de crise, onde a economia nacional foi estraçalhada pela corrupção, acabam elogiando o esforço.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Para a diretoria da CASEB: muita gente, muita mesmo, tem reclamado contra os transviados alunos daquele estabelecimento, em número reduzido, mas perigoso. (Publicado em 08.11.1961)
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James Heckman, professor da Universidade de Chicago e Prêmio Nobel de Economia no ano 2000, vem defendendo o incremento de estímulos a crianças na primeira infância desde cedo. Quanto mais cedo melhor, inclusive quando o bebê ainda está na barriga da mãe. Embora essa seja uma evidência que vem se provando cada vez mais ao longo dos últimos anos, essa é ainda uma fase negligenciada por muitos governos, principalmente nos países pobres, onde inexistem boas creches e pré-escolas adequadas a esse trabalho.
De acordo com as pesquisas que o cientista vem empreendendo, está comprovado que deixar de lado esse período particular na vida das crianças, sem fazer investimentos adequados na primeira infância, traz prejuízos altíssimos para todo mundo. “Países que não investem na primeira infância apresentam índices de criminalidade mais elevados, maiores taxas de gravidez na adolescência e de evasão no ensino médio e níveis menores de produtividade no mercado de trabalho”, afirma o Nobel de economia, para quem a cada real gasto na primeira infância, trará um retorno para a sociedade de aproximadamente R$ 0,15 centavos durante toda a vida dessa pessoa, o que, na sua avaliação, é o melhor e mais seguro dos investimentos.
James Heckman lamenta, contudo, que ainda exista uma total ignorância sobre esse assunto na maior parte do planeta, e o Brasil, onde vem frequentemente, a coisa não é diferente. Nesse sentido, o cientista faz um alerta para os novos governantes, ressaltando que não investir nesses primeiros anos de vida dos cidadãos, além de uma decisão pouco inteligente, trará consequências seríssimas e negativas não só no plano social, mas terá repercussões na própria economia do país.
Um exemplo claro desses efeitos pode ser visto na questão da segurança pública. Diz o cientista: “Existem dois caminhos para resolver a questão da segurança pública. Um é contratar bons policiais para zelar pelo cumprimento das leis. O outro é investir, desde cedo, nas crianças, para que adquiram habilidades, como um bom poder de julgamento e autocontrole, que as ajudarão a integrar-se à sociedade, mantendo-as longe da violência e das drogas. A opção pela primeira infância custa até um décimo da opção por mais policiais”.
A frase que foi pronunciada:
“Uma mente bem educada terá sempre mais perguntas que respostas.”
Helen Keller
Manejo do lixo
Importante trabalho desenvolvido por Izabel Cristina Bruno Bacellar Zaneti intitulado “Concepção de gestão dos resíduos sólidos domiciliares e na preservação do meio ambiente” poderia transformar Brasília em exemplo a outros estados no manejo do lixo.
Limongi
Coisa boa são os amigos que nos advertem nos erros. Cometemos dois. 1) Lei Rouanet é do governo Collor; 2) “A matemática do comércio…” deveria ser “A aritmética do comércio.” Obrigada amigo, um 2019 cheio de sabedoria!
Lei
Depois da CPI das próteses, o senador Humberto Costa foi o relator de uma lei sobre o assunto. No artigo das vedações, sanções e penalidades, o Art. 11 rege sobre obter ou receber vantagem de qualquer espécie em razão da compra, utilização, emprego, indicação ou prescrição de dispositivos médicos. Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Aviso
Para aqueles que vieram para essa capital, não em busca de lugar para si a para sua família, mas para fazer fortuna fácil e rápida, respeitar o planejamento urbano da cidade deve ser prioridade.
Meta
Assim como uma empresa, os partidos políticos devem aprender que na atual conjuntura, com a série de denúncias que tem pesado sobre as legendas e seus membros na malversação do dinheiro público, a valorização da marca, simbolizada pela sigla partidária, deve ser a primeira e mais importante preocupação para seguir rumo ao futuro.
Sem parar
Aviso da Caesb. Dia 31 de dezembro, as Agências de Atendimento da CEB Distribuição funcionarão pela manhã, das 8h às 14h. A central de teleatendimento (116) e os serviços de emergência funcionarão normalmente, 24h.
Novidade
Duas terapias para o tratamento das mucopolissacaridoses do tipo IV A e VI foram incorporados pela CONITEC e passarão a ser ofertados no Sistema Único de Saúde. Esse avanço representa uma vitória para milhares de pacientes com a doença rara que não mais precisarão entrar com o processo de judicialização e estarão menos suscetíveis a sofrer com a falta de medicamento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Em caso de superstição, tome a coisa pelo lado otimista, porque desde janeiro, Brasília não tem sofrido outra coisa, senão campanha contra a mudança. (Publicado em 08.11.1961)
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Uma observação nos 22 ministérios que darão assessoria ao próximo presidente mostra que, nessa relação, pelo menos por enquanto, não existe uma pasta com esse status para cuidar do problema mais fundamental do país, um possível ministério da primeira infância. Não que a constituição de uma pasta com essa missão específica vá, por si só, resolver, como um passe de mágica, essa que é a mais urgente e delicada questão do Brasil atual.
Nos países desenvolvidos, onde a educação é prioridade máxima, acima de qualquer outro assunto, há tempos seus governos despertaram para a importância da máquina do Estado dedicar todos os esforços e atenções sobre os jovens cidadãos, sobretudo na fase da primeira infância. É nesse período curto da vida humana que as janelas de oportunidade estão escancaradas para a apreensão do mundo. O assunto não tem nada de romântico ou idealista. Renomados estudiosos não só da área da educação, mas de diversos ramos da ciência em todo o mundo, vêm dedicando suas pesquisas sobre a importância e os efeitos de se investir pesado na aprendizagem durante a primeira infância.
Esse é o caso de James Heckman, professor da Universidade de Chicago e Prêmio Nobel de Economia no ano 2000. Para esse pesquisador e criador de métodos científicos que avaliam a eficácia de programas sociais, principalmente voltados para a primeira infância, é na fase que vai de zero a seis anos, período em que o cérebro se desenvolve de forma rápida, que há um enorme poder de absorção e de aprendizado da vida. É nesse período particular que estão concentrados, segundo Heckman, todas as possibilidades de captação do conhecimento e das emoções, que irão preparar o terreno futuro e farão toda a diferença para o resto da vida de um indivíduo. É nessa fase que estão reunidas as grandes chances de sucesso de uma pessoa.
A frase que foi pronunciada:
“A vida é um eco! Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo…”
Fernanda Braga, no Pensador
Só ele
Desastre quase total em uma visita na Boulangerie, da 306 Sul. A atendente não presta atenção no pedido fazendo com que preparem errado e levem o que não era o desejado. Mais espera para a correção. Quando chove, a parte de trás do puxadinho, em área imprópria, exala um cheiro insuportável de esgoto misturado com chorume. Na hora da conta, mais surpresas. Todos os itens não foram consumidos. Conta da mesa errada. O padeiro está de parabéns.
No limite
É preciso uma vistoria séria nos comércios da cidade. Pessoas com dificuldades de mobilidade estão privadas de andar pelo DF por causa das calçadas em diversos níveis, buracos no meio do caminho, postes mal localizados, marquises em franco perigo.
Lembrete
Já é possível deduzir do Imposto de Renda gastos com cuidadores, casas de repouso, aparelhos auditivos, remédios, óculos e próteses auditivas.
Céu, terra e lago
Essa será a primeira vez no Brasil em que a posse do presidente terá vigilância constante pela terra, lago e pelo ar. A FAB está autorizada a abater aviões depois que a Inteligência apontou alguns movimentos suspeitos, ainda não descritos pelo Comandante de Operações Aeroespaciais da Aeronáutica, o major-brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich. Drones também serão abatidos. Além disso, movimento de barcos no lago também será restrito pela Marinha durante a posse.
Terrível
Dificuldades para troca dos presentes. Na Sapato da Corte, por exemplo, mesmo tendo diversas lojas na cidade, se houver diferença do preço no produto não devolvem o dinheiro, nem trabalham com crédito. O comércio não tem o menor interesse em ver o cliente satisfeito com a troca. Dificulta de todas as maneiras possíveis sempre deixando parecer que qualquer solução deve ser absorvida pelo cliente como um grande favor. A experiência nos foi passada por uma leitora.
Viagem
Em fevereiro de 2019, a nova Constituição cubana será referendada mantendo o desejo registrado na opinião unânime dos deputados na sessão ordinária da IX Assembleia Nacional do Poder Popular pela continuidade do socialismo. Socialistas brasileiros serão bem-vindos por lá.
Urbanidade
Condomínios prediais têm enfrentado problemas com moradores que não respeitam as vagas dos vizinhos demarcadas na garagem. Há cláusulas previstas nos contratos condominiais prevendo punição para esse tipo de comportamento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O sr. Sette Câmara, sétimo prefeito de Brasília (inclusive os interinos) tomou posse ontem, dia sete, trazendo grandes esperanças para a cidade. (Publicado em 08.11.1961)
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Uma checagem na lista dos maiores incentivadores (pessoa jurídica) dá conta de que a Lei Rouanet tem por detrás empresas públicas como BNDES, Banco do Brasil, Correios, Petrobrás e outras grandes estatais que se utilizam do dinheiro público para incentivar núcleos privilegiados e, em muitos casos, de renome nacional.
O mesmo se sucede com a distribuição desigual desses recursos, contados aos bilhões de reais, por regiões. Em 2015 os recursos aprovados em mecenato por região mostram o Sudeste com o quádruplo desses financiamentos em relação ao restante do país. Essa concentração regional é alvo de muitas críticas e de discussões entre os próprios artistas que criticam o apoio da Lei a projetos meramente lucrativos e a artistas de renome.
Muitos entendidos no assunto costumam afirmar que, pelo formato atual da Lei Rouanet, em que é estabelecida uma parceria público-privada, o dinheiro é público, mas a decisão em apoiar e selecionar os projetos ficam no âmbito particular, ao alvitre das empresas dentro de uma estratégia de lucro imediato. Diante dessa degeneração da Lei, sobretudo durante os governos petistas, a Lei Rouanet perdeu seu espírito original, transmutando-se numa porta escancarada para desvios e para a corrupção.
A frase que foi pronunciada:
“O planejamento é essencial, mas o plano é inútil.”
Einsehower
Mãos à obra
Se 3,3 milhões de pessoas morrem todos os anos por consequência do uso do álcool no mundo, como averiguou a OMS, está na hora de o Brasil tomar medidas similares ao tabaco como forma de proteger principalmente os jovens. Por aqui, o consumo do álcool por pessoa em 2016 foi de 8,9 litros, maior do que a média internacional, que chegou a 6,4 litros.
Mudanças
Não é só a imprensa que passa por uma transformação depois do advento da Internet. As próprias notícias postadas na Internet sofrem modificações de acordo com interesses, de forma parcial e irresponsável.
Imbróglio da intolerância
O recente caso do Fernando Silva Bispo, mais conhecido como Fernando Holiday, é um exemplo. Para quem não o conhece, trata-se de um político brasileiro, novo, filiado ao Democratas e vereador da cidade de São Paulo. Foi eleito com 48.055 votos nas eleições de 2016, sendo o primeiro homossexual assumido a ocupar tal cargo.
Tristeza
Holiday é bem incisivo em seus discursos e incomoda bastante os partidos de “esquerda”. Onde há incoerências do PT, Holiday as aponta tirando todas as máscaras, mostrando que aqueles rostos nunca ficam vermelhos.
Movimentos
Na última audiência pública na Câmara de Vereadores de SP para tratar da reforma da Previdência, depois de uma reunião conturbada, com muita briga, empurrões, discussões acirradas, o pior aconteceu. Dia 26, no encerramento das atividades, manifestantes petistas tentaram derrubar o portão para invadir a câmara municipal. Foi preciso a polícia dispersar os manifestantes com água e bala de borracha.
Atentado
Acabada a votação da Reforma da Presidência, o relator Holiday apareceu na janela para ver os manifestantes, que o reconheceram de imediato, e gritavam palavras de baixo calão. Logo depois, um projétil atingiu a janela do gabinete. Feito o boletim de ocorrência, baseado no perigo de vida experimentado pelo parlamentar paulista e pela característica da perfuração feito por arma de fogo.
Troca
Interessante o aplicativo que une duas realidades. Dos mais abastados em doar e dos mais necessitados em receber. Trata-se do Cataki. Depois de fazer um breve cadastro há possibilidade de chamar uma equipe para recolher as doações que podem ser vidros, plásticos, eletrônicos, entulhos, móveis, baterias, óleos entre outros. O que está em desuso pode ser muito importante para alguém.
Curiosidade
Uma pesquisa interessante feita por curiosidade mostrou que nenhuma escola de inglês em Brasília tem uma telefonista que atenda o telefone e seja capaz de compreender o interlocutor norte-americano. Em compensação, todas tinham alguém por perto para socorrer a funcionária.
Necessidade
Antenado nas mídias sociais, o GDF de Rollemberg tem vários canais para manter contato com a população. Resta saber se o novo governador tem uma equipe para cuidar do assunto, que é fundamental se tiver interesse em interagir com os brasilienses.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Este, doutor Sette, é um pequeno balanço. Não mostro o mapa da mina, como fez o senhor, porque não sei onde ele está. (Publicado em 07.11.1961)
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Criada em 1991, dentro do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), a Lei 8.313/91, mais conhecida pelo nome de seu idealizador, o diplomata, filósofo e ensaísta Sérgio Paulo Rouanet, é, de todos os instrumentos legais pensados para o incentivo à cultura, aquele que parece ter sido desenhado com o verdadeiro intuito de promover as manifestações artísticas brasileiras por meio de uma parceria público – privada.
Prestes a completar três décadas de existência, a Lei Rouanet necessita, como tudo que é público nesse país, de uma profunda revisão, capaz de reinseri-la novamente dentro de sua proposta originária, afastando, para bem longe, as nefastas influências políticas, sobretudo aquelas que condicionavam suas exequibilidades às simpatias ideológicas aos últimos governos de plantão. Foi justamente a intenção de libertar das amarras do governo, tanto financeiras como ideológicas, que levou seu criador a optar pelo modelo inovador que transformava parte da sociedade civil em apoiadores formais da produção cultural nacional, concedendo, a todo aquele que investisse em projetos culturais, incentivos de tributos. Dessa forma, era concebida uma lei ideal que incentivava no meio social o renascimento do espírito do mecenato, chamando aqueles que possuíam recursos para contribuir efetivamente com a cultura nacional.
Nessas quase três décadas de existência, a Lei Rouanet passou de salvação para o setor cultural do país a alvo de suspeitas de toda a ordem, inclusive se transformando em alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que passou a investigar inúmeras denúncias de malversação desses incentivos, inclusive sua concessão a pessoas e grupos que, na realidade, não necessitavam desses recursos e que acabavam obtendo-os graças às ligações providenciais com a cúpula política do governo. Particularmente, nos últimos dez anos, a Lei Rouanet passou de instrumento ao incentivo à cultura em instrumento de ação política, sendo utilizado largamente e preferencialmente para projetos que, de alguma forma iam ao encontro do desejo de marketing do governo ou que eram confeccionados por pessoas com alguma ligação ideológica com o governo.
Com isso, perdeu-se o foco da Lei e os escândalos, tão abundantes nesse período, fizeram a sociedade perder o interesse pelo projeto. Uma simples conferência na relação dos maiores captadores de verba, em qualquer ano, é o suficiente para entender que a Lei 8.313/91 perdeu seu alcance popular, se transformando num projeto mais elitista, longe do alcance do grande público, principalmente aqueles de baixa renda.
A frase que foi pronunciada:
“Os países da América Latina não precisam criar uma civilização. Ela já foi criada pela Europa nos últimos quatro séculos. Cabe-nos assimilar essa civilização.”
Eugenio Gudin
Turismo
Essa matemática do comércio de Brasília é espantosa. Triplicar os preços da hospedagem em hotéis para a posse do novo presidente parece uma medida desesperada de quem passa o ano entregue às moscas, o que não é verdade. Mas os portais de aluguéis por temporada estão realmente derrubando esse tipo de negociação frente à demanda por estadia.
Acomodações
Segue a dica de diferentes portais, além do famoso Airbnb, para quem quiser tratamento vip, respeito nos preços e lugares bem aconchegantes. É só buscar na Internet. São eles: AlugueTemporada, Onefinestay, Oasis, Tripping, GuestToGuest, TrocaCasa, Misterb&b (especializado em casal gay) e Wimdu.
Passo a passo
Cauteloso, o presidente Bolsonaro ponderou sobre o novo pacote de medidas: “Não vamos apresentar nada sem conversar com os parlamentares. Para ter certeza que essas reformas serão aprovadas de forma racional pelo Parlamento.” Isso faz lembrar JK, quando conseguiu convencer o Congresso pela transferência da capital do país. Foi uma estratégia espetacular.
Inoperância
Continua insustentável a proliferação de carrapatos na orla do lago, oferecendo sérios riscos à saúde da população. Falta aos órgãos do governo agir como administradores da crise e não como coadjuvantes. A nota da Secretaria da Saúde sobre o assunto é uma afronta aos moradores da capital. Emitir diagnóstico e expedir recomendação não significa acabar com o problema, que é a função da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival).
Afrouxaram
Por falar em aprovações de leis, o deputado Expedito Neto não teve força para impedir a aprovação da Lei 2960/15. Até o Ministério Público deu o seguinte parecer sobre a blindagem aos sonegadores: “A proposta vai na contramão dos anseios da sociedade e das medidas contra a corrupção e prevê uma janela de impunidade que poderá ser uma verdadeira blindagem a favor dos criminosos e investigados nas grandes operações contra a corrupção em andamento no Brasil”. A Lei foi aprovada e a pergunta sem resposta do deputado foi: “O Executivo planeja regularizar os recursos enviados por brasileiros ao exterior. Agora me diga, você cidadão de bem, se atrasar ou sonegar imposto, terá o perdão do governo?
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
As superquadras não construídas estão sendo invadidas por uma nuvem de barracos que numa noite apenas, pousa secretamente numa área, que amanhece invadida. (Publicado em 07.11.1961)
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Tivesse que escolher que obstáculos remover primeiro para livrar o país das correntes do atraso e do subdesenvolvimento e, entre esses entraves, as opções fossem a corrupção endêmica ou a burocracia kafkiana, com certeza o próximo presidente da República se veria diante de uma dúvida sobre humana. A multiplicidade de males gerados por essas duas anomalias da vida nacional é incontável e seu prejuízo vai de uma geração a outra, comprometendo o futuro do país e dos cidadãos, desde que os portugueses tropeçaram no Brasil em 1500.
Entre nós, a convivência entre a burocracia e corrupção, num mesmo espaço e por tanto tempo, provocou, nesses dois vícios de nosso dia a dia, uma certa interpenetração de objetivos e propósitos a tal ponto que dificilmente sabemos ao certo onde começa um e acaba o outro. Na verdade, corrupção e burocracia, por seus efeitos deletérios e tóxicos, deveriam ser enquadrados na mesma alínea penal, como crimes de lesa-pátria.
A cada instante o que se vê, são milhares de brasileiros atingidos em sua dignidade e cidadania pelas repercussões nefastas dessas velhas pragas nacionais. Há inclusive quem aponte corrupção e burocracia como sendo dois males originados de uma mesma fonte, localizada bem no coração do Estado, cujo o objetivo é a manutenção do status quo por meio de uma intrincada rede operada pelas elites dirigentes.
Para alguns, inclusive, tanto a corrupção como a burocracia são fenômenos que, de certa forma, vivem em simbiose, alimentando um ao outro. Para transformar o cidadão comum em elemento suspeito e até de certa periculosidade, o Estado usa dos labirintos da burocracia para exaurir qualquer tentativa ou esforço individual, fazendo do empreendedor e do empresário um elemento a ser posto sob vigilância. Mesmo para aqueles brasileiros, conformados com o tratamento surreal oferecido pelo Estado, a burocracia cuida de minar as forças, extraindo, de forma direta ou indireta, até o último centavo. Fato que atesta essa irmandade entre burocracia e corrupção é que para aqueles que sentam confortavelmente no topo da pirâmide, os efeitos da burocracia praticamente inexistem.
Nos últimos anos, toda a população tem assistido as denúncias dando conta de centenas de milhões de reais que voam de um lado para outro, abastecendo negociatas de todo o tipo, sem qualquer embaraço e com as facilidades de praxe. Para esses, os trâmites lentos da burocracia não operam seus efeitos ou são neutralizados pela mecânica vil e ágil da corrupção, disfarçada de “jeitinho”. Cada um desse males tem propósitos muito específicos embora concorram para um mesmo fim.
Enquanto a burocracia trata de encostar o cidadão contra a parede, exigindo dele provas incontestes de suas boas intenções, fazendo-lhe ver o quanto pode um Estado onipotente, a corrupção se ocupa em produzir facilidades e vantagens de toda a ordem, justamente para conferir sempre mais poderes a esses operadores do Estado para que tudo continue como sempre foi, na paz profunda e eterna dos cemitérios.
A frase que foi pronunciada:
“Se eu fosse prefeito/ Ficarias satisfeito/ Se o povo errasse a grafia/ Me tratando por perfeito.”
Do livro de Sonilton Campos, 100 Trovas
IPB
Bons tempos para passear pelo portal institutopianobrasileiro.com.br. Quem se sensibilizou com o trabalho hercúleo de Alexandre Dias em resgatar músicas brasileiras perdidas no tempo foi Nelson Freire. Em janeiro, certamente haverá o encontro dos dois talentos, quando Freire fará única apresentação na cidade.
Gigante
Sem dar a devida importância aos meios, os descontos incríveis dos fins são suficientes para animar o mercado. A China anuncia tarifas reduzidas, onde será impossível competir. Assim, os tentáculos do gigante alcançam mais espaço pelo mundo tirando qualquer possibilidade de competição.
40%
Corre a notícia de que há possibilidade de reaver todo centavo cobrado a mais nas contas de luz. Barganhas feitas naquele tempo levaram os consumidores a economizar e, no final das contas, o valor sempre era maior.
Domésticos
Pelo menos um em quatro brasilienses tem um cachorro ou gato. Os dados são do IBGE. No DF, são pelo menos 507.170 cães e 122.097 gatos. Outro dado importante mostrado pela pesquisa, feita em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação, é que o Brasil tem a segunda maior população de pets do mundo.
Punidas
Antes de deixar o governo, a equipe de Rollemberg puniu a CMT e Tiisa, integrantes do consórcio que foram multadas por não cumprirem o contrato durante a construção da papuda. Além da multa, um ano sem contratos no DF.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O plano de Brasília está sendo burlado, e burlado por uma repartição pública. O IAPFESP está construindo casas de alvenaria no meio da superquadra, o que representa um desrespeito, um desaforo, e um atrevimento. (Publicado em 07.11.1961)
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Parentes e política costumam resultar num amálgama, que, na melhor das hipóteses, arruína carreiras, quando não, leva à uma série crise, capaz de pôr a termo qualquer carreira pública, por mais promissora que pareça e isso quando não terminam todos juntos numa delegacia, prestando depoimento. O homem cordial brasileiro, tão bem assinalado pelo intelectual e historiador, Sérgio Buarque de Holanda, na obra Raízes do Brasil de 1936, não consegue visualizar uma fronteira nítida entre a vida privada e a pública, fazendo da segunda uma extensão natural da primeira.
Situações assim são comuns ao longo de toda a nossa história e, não raro, terminam em escândalos de todo o tipo e na lavação de roupa suja em público, com raríssimas exceções. Tem sido comum, entre nós, assistir a ascensão política de um determinado personagem, e logo em seguida observar esse mesmo indivíduo arrastando para o palco e para os holofotes da fama e do sucesso financeiro, pessoas próximas dos mais diversos graus de parentesco, ávidos também por desfrutar das infinitas benesses propiciadas pelo dinheiro generoso dos contribuintes.
Quando passam a se auto intitular pai ou mãe dos pobres é que a coisa desanda no mais deslavado nepotismo, assegurado agora pela falsa condição de paternidade de toda uma nação. Nessa lista imensa de consanguíneos, alçados à condição de nobres e, portanto, incluídos na corte, até mesmo as amantes encontram abrigo na frondosa árvore da República.
A grande família acolhida pelo Estado tudo pode, inclusive enriquecer-se pelos atalhos que levam a prosperidade repentina, sem explicações contábeis ou mesmo éticas. Chama a atenção nesse ponto, guardadas as devidas proporções, as peripécias dos filhos do ex-presidente Lula e as relativas aos filhos do presidente eleito Jair Bolsonaro. No caso do primeiro, vai ficando cada vez mais difícil explicar não só o enriquecimento de Fábio Luís, o lulinha, à frente da empresa Play TV, mas até da ex-primeira-dama, Marisa Letícia, que deixou, sem nunca ter exercido uma profissão de importância, um patrimônio declarado de R$ 11,7 milhões e uma aposentadoria mensal superior a R$ 20 mil.
De Fábio Luiz, o que se sabe agora, vem descrito em detalhes no livro, “Sócio do Filho: As verdades sobre os negócios milionários do filho do ex-presidente Lula”. Escrito por Marco Vitale, a obra narra os bastidores da sociedade entre Vitale e Lulinha e como milhões de reais da empresa de telefonia OI foram parar na conta da Play TV.
O livro, com vendagens acima do normal, explica parte da fortuna acumulada pelo filho do ex-presidente, mostrando a performance do “Ronaldinho” empreendedor. Como no Brasil nada se cria, tudo se copia, eis que chega agora ao grande público denúncias dando conta de que o filho de Bolsonaro, Flávio, teria organizado uma espécie de caixinha na Assembleia legislativa do Rio de Janeiro, prática comum naquelas e outras Assembleias, mas que a justiça promete apurar.
Parte da decolagem de Bolsonaro como presidente dependerá das apurações que serão feitas nesse caso. No rolo aparecem também versões de que parte desse dinheiro arrecadado por um ex-chefe de gabinete de Flávio serviu para quitar uma dívida da futura primeira-dama. Imbróglio dessa natureza surge a cada dia com declarações desencontradas dos filhos do Bolsonaro e que lançam constantemente bola nas costas do capitão.
Para Bolsonaro, a situação, embora menos complicada do que o do ex-presidente Lula, terá que ser suportada pelos próximos quatro anos, quando seus filhos, eleitos, continuarão a falar pelos cotovelos.
A frase que não foi pronunciada:
“Trabalho em equipe – alguns flocos inofensivos trabalhando juntos podem desencadear uma avalanche de destruição.”
Larry Kersten
Sem prevenção
Novamente um caminhão emperra debaixo do viaduto da 111/112 Sul indo para a 211/212 Sul. O perigo de abalar as estruturas da construção poderia ser facilmente evitável com a criatividade do setor responsável no departamento de trânsito.
Legislação
Por falar nisso, há na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei, do deputado carioca Zoinho, que determina a instalação de sinais de advertência e de regulamentação em locais próximos a passarelas, viadutos, pontes, túneis ou em quaisquer obstáculos que limitem a altura de veículos. As placas de advertência devem conter a expressão “altura limitada”, enquanto as de regulamentação devem indicar a “altura máxima permitida”.
Caminhões
Também no Contran há uma Resolução de 2015, a 563, que obriga todos os caminhões com sistema hidráulico de basculamento a ter dois dispositivos de segurança instalados. Um para avisar e outro para evitar basculamento acidental.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O que o Congresso fez com a Cidade Livre, foi mais uma maldade que uma besteira. Urbanizar o que, como, e por qual plano? Quem será sacrificado, se todos os moradores não poderão morar ali? Quem será? Que critério? Ora, que maldade! Deixar o povo vivendo entre ratos, esgotos e baratas. E há crianças, como todo! (Publicado em 07.11.1961)
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Em alguns dias, o presidente eleito Jair Bolsonaro terá que deixar a lista de boas intenções que preparou para seu governo e partir para ação prática, retirando do plano das ideias suas propostas para o país nesses próximos quatro anos, a fim de que possa atingir, ao menos. E terá que fazê-lo ainda no primeiro semestre de 2019, enquanto durar o período de lua de mel entre ele e o eleitorado e enquanto o Congresso e outras forças políticas não acordem do torpor provocado pelas urnas.
Há prazo de validade. O mesmo ocorre com as bancadas, formadas em torno de um tema. Tão logo surjam outros interesses, as bancadas se desfarão, indo se agrupar noutros ninhos mais promissores e mais rentáveis. As reformas necessárias para tirar o país da grave crise gerada pelos anos petistas terão que ser implementadas o quanto antes. O problema é que boa parte delas geram efeitos, prejuízos e sacrifícios não só para a população, mas para os empresariados e isso provoca reflexos dentro do Congresso que tende a seguir os sinais de pressão emitidos pela sociedade e por parte das elites que possuem negócios junto ao Estado.
Por certo, a redução das despesas, associadas ao aumento de impostos e ao corte de muitos benefícios, virá na sequência e com um preço alto. A redução de subsídios chegará junto com as reformas da Previdência e com alterações sérias nas aposentadorias.
Reformar um Estado como o nosso requer mexer com privilégios de muitos grupos, sobretudo daqueles incrustados na máquina do Estado e que abrangem todo o quadro do funcionalismo público, principalmente nos altos escalões da República, onde vantagens de todo o tipo criam grupos de brasileiros de primeira classe, beneficiados por tudo de bom que o dinheiro pródigo dos contribuintes pode oferecer.
Para agir de forma correta, sem titubeios e com a rapidez necessária, o novo governo terá ainda que preparar o terreno, removendo obstáculos e sabotagens que, com certeza, virão de toda a parte e com intensidade crescente. Para tanto, terá que desmontar, por completo, a complexa engrenagem paralela instalada dentro da própria máquina do Estado e que, por décadas, serviu de esteio para os desígnios lulopetistas de se perpetuar no comando, controlando o poder por dentro.
O aparelhamento ideológico do Estado, está entre as construções mais primorosamente armadas e definidas pelo Partido dos Trabalhadores para a consecução de suas táticas. Por isso será também uma das mais difíceis tarefas: fazer com que sejam completamente erradicadas.
Em praticamente todas as repartições públicas o PT plantou simpatizantes, dispostos a sabotar o próprio Estado e a Nação para fazer valer a orientação ideológica da legenda. Mesmo antes de chegar ao poder, o PT já cuidava de ir infiltrando, onde podia, simpatizantes que cuidassem de manter o partido informado de todas as decisões tomadas dentro dessas instâncias, de modo a prejudicar seu andamento ou mesmo atrapalhar os planos do governo de plantão. Há suspeitas de que, através dos múltiplos sindicatos, o petismo tenha mantido aparelhado o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, Agências Reguladoras e outras repartições públicas, contaminando a máquina internamente e retirando delas seu papel principal que era o de servir aos brasileiros e ao país.
Nas escolas, nas universidades e nos meios culturais essa atuação foi ainda mais intensa e feita à revelia das leis, e contra os interesses do próprio país. É esse atoleiro que permanece ativo, que o novo governo terá que encarar caso resolva implementar uma nova agenda numa noutra direção.
A frase que foi pronunciada:
“Sou um brasileiro de saco cheio.”
Ziraldo
Cuidados
Parquinhos com areia no Minas Tênis Clube precisam de vistoria. O cheiro de fezes de gato dá a impressão de que há necessidade de renovar todo o conteúdo onde as crianças brincam
Leitor
Panificadora Pão Dourado, situada à Av. Araucárias em Águas Claras, descumpre o Estatuto do Idoso no seu Art. 3º, Parágrafo único: Inciso l: “atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população”. Convém salientar que já ocorreram celeumas entre clientes, em face a desobediência da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003.
Em maio
Está no momento certo de o grupo Rodas da Paz mostrar parceria com o pessoal que organiza o Ride of Silence. Trata-se de um movimento mundial de ciclistas que acontece na terceira quinta-feira de maio. A única exigência é que haja silêncio absoluto em todo o percurso feito em respeito às vítimas mortas enquanto pedalam.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
As crianças da superquadra do IAPB não podem frequentar o jardim da Infância, porque não há vagas. Há número excessivo de alunos nas salas e as professoras não aceitam mais, nem mesmo criança da própria superquadra. (Publicado em 07.11.1961)