Categoria: ÍNTEGRA
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Assim como em outras cidades do país onde o carnaval é concorrido justamente pelo clima de “liberou geral”, em Brasília vai se instalando também, a cada ano, a folia do vale tudo. Pelo que foi visto nesse fim de semana em torno do Museu da República, com o bloco sintomaticamente denominado “Quem Chupou Vai Chupar Mais”, o pré- carnaval deu uma mostra do que vem por aí, prometendo transformar Brasília na capital do consumo desenfreado de bebidas e drogas, principalmente por menores, com multidões urinando e defecando nas vias públicas, banhos de xixi, cenas de sexo explícito, brigas generalizadas, sequências de roubos, de agressões, depredações de patrimônio público, assédio sexuais e atentados violentos contra mulheres e todo o tipo de crime contido no Código Penal, inclusive assassinatos e latrocínios.
Esse bloco recebeu do GDF, em nome da proponente Andréa Danielle de Araújo, R$ 199.431,00. Verba que deveria ser repassada para a família de Matheus Barbosa. No link RESULTADO FINAL DA ETAPA DE ADMISSIBILIDADE DOS PROJETOS CLASSIFICADOS NA SELEÇÃO PÚBLICA DE QUE TRATA O EDITAL Nº 8/2019-FAC CARNAVAL 2020, veja a lista completa dos blocos de carnaval patrocinados.
Aproveitando as multidões que se aglomeraram na mais problemática e violenta região da área central da cidade, a Rodoviária do Plano Piloto, gangues vindas de todos os cantos da capital, na ausência de um policiamento eficaz e duro, fizeram a festa de Momo, deixando um rastro de crimes e de impunidade. A cobertura legal imposta pelo Estatuto da Criança e do Adolescente aos (nem tão pequenos assim) marginais, a inoperância dos tribunais e o desânimo das polícias Civis e Militares, diante da sistemática impunidade à esses jovens bandidos e seus mentores adultos, tornam esse tipo de evento, num verdadeiro festim diabólico.
Para os brasilienses que tem a infelicidade de morar nas circunda vizinhanças onde acontecem essas orgias festivas, o caos e medo são os mesmos. Apavorados com o descontrole que parece tomar conta da capital, muitos brasilienses, simplesmente deixam a cidade, assim como acontece no Rio de Janeiro, em São Paulo, Salvador, Recife e outras capitais que são tomadas por essas folias sem controle.
Para os idosos ou aquelas pessoas que impossibilitadas de deixar a capital, o jeito é se trancar em casa e rezar. De fato, pelo que se viu, apenas nesse período pré-carnavalesco, os órgãos de segurança, têm se demonstrado incapazes de conter o vandalismo generalizado e à série de crimes que ocorrem dentro e nas vizinhanças desses blocos.
Obviamente que quando uma fatalidade acontece, todos os envolvidos na realização de evento dessa natureza, tratam logo de empurrar a culpa para o outro. Um exemplo é o caso do assassinato do jovem folião Matheus Barbosa, enterrado nessa segunda-feira. Não é culpa dos órgãos de segurança do DF, dos organizadores do Bloco, das autoridades e da Administração da Cidade que concederam o alvará liberando a folia naquele local e nem de ninguém. A culpa é da omissão e da permissividade que parece ter tomado conta da sociedade brasiliense, que por razões diversas, deixa de impor a vontade soberana dos cidadãos contra a realização, sem o menor critério, de eventos absolutamente sangrentos e obscenos como esses.
A frase que foi pronunciada:
“A maioria dos homens são maus juízes quando seus próprios interesses estão envolvidos.”
Aristóteles, fundador da escola peripatética e do Liceu, filósofo grego.
Invista
Parece que Janette Dornellas se alimenta de trabalho. Seus 30 anos de carreira musical impulsionam mais e mais projetos na cidade. Na sua biografia são várias as performances. Cantora, atriz, professora, diretora, produtora e a mais importante: educadora. É assim que nos concertos ela contagia a plateia com sua paixão. As próximas apresentações: dia 15 e 16, O telefone, mostra infantil. Dias 14, 15 e 16, O caso de Norma Desmond e O Telefone, mostra adulta. Mais informações a seguir.
–> MINI-MOSTRA JANETTE DORNELLAS
Cantora, atriz, professora, diretora, produtora, são algumas das funções que Janette Dornellas já exerceu em seus mais de 30 anos de carreira. Também traduz óperas para o português e faz as adaptações necessárias para que essas óperas agradem a todos. Nessa mini-mostra ela mostrará seus talentos em dois pequenos espetáculos, o monólogo O Ocaso de Norma Desmond e a a ópera O Telefone. Um drama e uma comédia muito envolventes.
O Telefone (Mostra Infantil)
Dia 15, sábado, e 16, domingo, às 11 horas e às 16 horas
INGRESSO: R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia
Duração 30 minutos
Mostra adulta (sessão dupla)
O Ocaso de Norma Desmond e O Telefone
Dia 14, sexta, e 15, sábado, às 20 horas
Dia 16, domingo, às 19 horas
Ingresso: R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia
Duração total: aprox. 01 hora
LOCAL: SALA MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES
Espaço Cultural Renato Russo – 508 sul
Ingressos antecipados no site www.sympla.com.br
Ou uma hora antes dos eventos na bilheteria do teatro (somente dinheiro ou débito)
Orla
Pelo Lago Norte os bombeiros estão fazendo um bom trabalho no lago. Sempre há lanchas circulando. Já a polícia lacustre não tem sido tão presente.
Mudanças
Viajante anual para Barreiras e Buritirama, na Bahia, conta as mudanças de hábitos dos moradores graças ao acesso à televisão. Não havia comemoração de aniversários. Ninguém dava importância para chá de bebê, chá de revelação ou despedida de solteiro. Se esse poder da mídia televisiva fosse capilarizado para a educação, já seríamos um Brasil diferente.
Reconhecimento
Contribuintes acompanham de perto, no Portal da Transparência do DF, investimentos, gastos e licitações sem burocracia. Inclusive por telefone, funcionários são bastante prestativos nas respostas aos pedidos de informação.
Isso pode?
Facilitando a inscrição dos interessados em fazer parte do partido do Bolsonaro, o cartório da 504 Norte resolveu indicar com uma placa do lado de fora qual é o procedimento. Veja a foto a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Uma coisa que precisa ser respeitada no Plano de Brasília, é a utilização da W-2. O estacionamento de caminhões na W-3, como, também, o abastecimento das lojas nessa avenida não dificulta nem entrava o trânsito, mas prejudica quem dirige pela pista do lado comercial residencial. (Publicado em 15/12/1961)
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Com o veto do Supremo Tribunal Federal à chamada reaposentação, negando aos aposentados a possibilidade de renúncia aos atuais valores recebidos pela inatividade em troca de um novo benefício mais vantajoso, algumas certezas logo emergem à luz: a primeira é que, nem de longe, os atuais benefícios recebidos pela maioria dos aposentados brasileiros consegue cobrir satisfatoriamente as despesas desses trabalhadores inativos. Sendo assim, a maioria dos aposentados se vê forçada a buscar novas fontes de renda, exercendo trabalhos extraordinários para completar a baixa renda.
Outra certeza é que a gestão ineficaz dos recursos desses trabalhadores, captados de forma compulsória, ao longo de mais de três décadas, está na raiz do problema. Inclusive, com relação a esse ponto, a gestão política feita com esses recursos, com aplicações e outras malversações flagrantes, tem sido não apenas danosa para os trabalhadores, revelando um verdadeiro crime praticado contra esses cidadãos contribuintes.
Mais uma evidência revelada agora, com essa decisão da Suprema Corte, é que o modelo atual de Previdência Social que temos não suporta, sequer, bancar os benefícios previstos e evidentemente entraria em colapso ao aceitar rever esses e outros proventos. É óbvio que, nas entrelinhas dessa decisão, não é visto por todos que o atual sistema de aposentadoria pública reflete, naturalmente, a astronômica disparidade existente entre os mais altos benefícios pagos e os menores.
A injustiça e a desigualdade de tratamento entre os benefícios pagos aos inativos dos altos escalões da República e aos trabalhadores comuns demonstram que o atual sistema previdenciário, com seus contrastes vergonhosos, cedo ou tarde, terá que ser revisto e equalizado, sob pena de uma conflagração fratricida. Antes disso, seria preciso acabar com todo tipo de privilégios, tornando o sistema mais justo e equilibrado.
Pela decisão do Supremo de acabar com a reaposentação e, anteriormente, com a desaposentação, mostra que o presente é, entre nós, uma extensão natural do passado. “Leis em favor dos reis se estabelecem; em favor do povo, só perecem”, já afirmava, há mais de cinco séculos, o maior poeta da nossa língua, Luís de Camões (1524-1580).
De fato, e apenas para ficar em um só exemplo dessas disparidades de valores recebidos por servidores públicos aposentados, alguns dos proventos recebidos por desembargadores, e que têm chamado muito a atenção da imprensa, revelam que, para esses aposentados especiais, os soldos de inativos ultrapassam, de forma inconstitucional, o teto salarial dos servidores, mesmo o de ministros da Suprema Corte.
Conferir os benefícios de inativos alcançados por políticos, ministros, juízes e outros integrantes das altas cúpulas do Estado, de tão diferenciados para cima, é um exercício de humilhação para o cidadão comum e uma certeza de que a desigualdade e a concentração de renda são características históricas que herdamos e que se estendem por toda a vida. A bem da verdade, o termo inativo serviria apenas para a grande maioria de aposentados deste país, que, por seus proventos minguados, se transformam em brasileiros inativados para a vida, incapazes de sobreviver com dignidade, desligados das benesses que teriam direito ao fim de décadas de labuta e tornados, por força das cruéis circunstâncias atuais, em cidadãos de terceira classe e, como tal, um estorvo para o sistema moedor de dignidades.
A frase que foi pronunciada
“Os mais severos e frequentes males são aqueles que a imaginação nos faz alimentar.”
Montaigne,( 1533-1592 ) jurista, político, filósofo, escritor francês.
Contribuinte consciente
Fernando Cesar Mesquita, conhecido pelo desempenho administrativo, além de jornalístico, compartilhou ideia que merece ser estudada. Reclamando do município de Aquiraz, no Ceará, que se recusa a melhorar as condições dos locais turísticos, deixando as ruas sujas e esburacadas, chegou a hora da contrapartida. Serviços não prestados, impostos pagos em juízo.
E-crime
Quem vende produtos pela OLX e tem WhatsApp sem a segurança máxima está arriscado a ter o aplicativo de comunicação clonado. Ao invadirem o telefone, pegam todos os dados, e uma pessoa se passa por algum amigo dos contatos pedindo dinheiro emprestado. Volta e meia, alguém avisa desesperado: “Se pedirem dinheiro emprestado, não fui eu!”
Enfim
Muita água passa por baixo da ponte de Santa Maria. Quem viu a seca pouco tempo atrás e se preocupava, respira agora aliviado.
Crianças
Robison Siqueira será o artista a receber a criançada do Gama com o grupo Brincantes do Gama. O convite é para as 16h, na Praça dos Artistas, ao lado da administração da cidade, no dia 23 deste mês.
História de Brasília
Com a arborização com que será dotada a W3, diminuirá a área de estacionamento naquela avenida, com mais proveito para o trânsito, que se expandirá pelos eixos de acesso. (Publicado em 15/12/1961)
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Diferentemente do que muitos possam pensar, a distância a separar o ufanismo, que seria segundo os dicionários, uma espécie de orgulho exagerado pelo país de origem, e o chamado vira-latismo, que seria seu oposto, ou seja, um complexo de inferioridade sentida pelos brasileiros com relação a outros países, sobretudo os mais desenvolvidos, é mínima, quase fronteiriça.
Ambos são descritos pela Psicologia como complexos, ou seja, ligados ao inconsciente humano e possuem o mesmo ponto de partida que são os sentimentos de inferioridade. Enquanto o ufanista projeta seus sentimentos de inferioridade em outrem, criando para si uma posição ilusória de superioridade, o portador do chamado complexo de inferioridade busca se tornar superior ao outro pela busca de compensações ou comportamento antissocial e excêntrico.
Tanto o ufanista como o portador do complexo de vira-lata comungam uma espécie de inferioridade cultural. O dramaturgo, jornalista e escritor Nelson Rodrigues (1912- 1980) foi o criador da expressão “Complexo de vira-lata”. Ao observar em artigo publicado naquela ocasião que a derrota da Seleção Brasileira de Futebol para o Uruguai em 1950, em pleno Maracanã, provocara uma espécie de desalento traumático e de catarse de tal ordem na população, que tal fato teria se convertido numa espécie de vira-latismo coletivo, com os cidadãos reclamando não apenas contra a ilusão do futebol, mas principalmente associando essa derrota com as precárias condições de vida, social, política e econômica dos brasileiros em geral.
Em sua definição, tal fenômeno tinha uma explicação: “Por “complexo de vira-lata” entendo eu, a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima.” Nesses setenta anos que nos separam daquele momento raro de introspecção histórica e coletiva, com relação a esses tipos específicos de complexos, é possível afirmar que pouca coisa mudou desde então no subconsciente do brasileiro. Apenas o futebol deixou de ser a pátria de chuteiras, passando a ser uma indústria semelhante ao Show Business, com os jogadores suando a camisa ou despencando campo adentro apenas por dinheiro.
No campo social, político e econômico, o país permanece o mesmo, com as desigualdades históricas de sempre, com os políticos mais caros e mais corruptos do planeta e com um cenário econômico onde as melhorias alcançadas em muitos setores, resultam em enriquecimento e maiores concentrações de renda para poucos. O complexo de inferioridade ou de vira-lata ainda persiste como uma característica cultural marcante, devido justamente a essa ausência de pretextos ou de esteios históricos que induzam a nação à autoestima.
O uso do futebol como instrumento de “ufanização”, como feito por muitos governos, já não funciona como antes. Há até quem argumente que a derrota de 7 x 1 para a Alemanha na Copa de 2014 marcaria, de forma sombria, o início da derrocada do governo de esquerda, prenunciando o que viria a ser, do ponto de vista político, e principalmente no aspecto financeiro, um período marcado pela maior e mais devastadora depressão econômica da história.
Perto da catarse coletiva de 50, que levou Nelson Rodrigues a cunhar a expressão de “complexo de vira-lata”, a derrota da seleção, sessenta e quatro anos depois, no estádio do Mineirão, por um placar humilhante, serviu não apenas para reafirmar a tese do dramaturgo, ainda não integrada aos compêndios da Psicologia, como desmascarou e pôs abaixo todo um cenário armado ardilosamente pela elite política para esconder o Brasil real sob o tapete de grama dos campos de futebol.
A frase que foi pronunciada:
“A primeira riqueza natural, sendo mais nobre e vantajosa, torna a população descuidada, orgulhosa e dada a excessos; ao passo que a segunda riqueza, a adquirida pelo trabalho, desenvolve a vigilância, a literatura, as artes e as instituições políticas.”
Thomas Mun (1571-1641), escritor inglês de economia.
Bom para o BR
Será lançado, ainda esse ano, pela editora RIBA, o livro de Edward Barsley, Retrofitting for Flood Resilience: A Guide to Building & Community Design, voltado para construtores, financiadores, arquitetos e engenheiros. Veja, no link Building a flood resilient future, que trabalho espetacular para defender a comunidade acostumada com enchentes.
Em paz
São muitos os envolvidos nesse projeto para que tudo dê certo, mas dois nomes se destacam: Larissa Polejack e Ileno Izídio. Trata-se de um trabalho da UnB que reforça ações para uma qualidade de vida melhor voltada tanto para a comunidade quanto para os funcionários da própria universidade, tanto da saúde física quanto mental. A UnB faz parte da Rede Brasileira de Universidades Promotoras de Saúde (Rebraups). Veja a matéria completa de Serena Veloso a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O serviço telefônico de Brasília, contra o qual nós sempre reclamamos, já é um dos melhores do Brasil, e, embora não autorizado a publicar, não se surpreendam, vocês, se em breve as ligações para o Rio forem feitas pelo próprio assinante, com a ligação de um número a mais para o circuito com a Guanabara. (Publicado em 15/12/1961)
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Idosos e aposentados desse país, não é segredo para ninguém, principalmente para aqueles de renda baixa e média, as variações constantes nos preços dos gêneros de primeira necessidade, incluindo alimentos e medicamentos, impostos, taxas e outras contribuições, para ficar apenas nesses custos básicos, que transformam a vida desses brasileiros, que muito já contribuíram para o Estado, num tormento que parece só terminar com a entrada derradeira no necrotério da cidade.
Obviamente que, para o pequeno grupo de privilegiados encastelado, desde a chegada de Cabral, nos altos escalões do poder e que poderiam decretar o fim desse pesadelo, esse é um problema distante e que não lhes diz respeito direto. As flagrantes injustiças cometidas contra os cidadãos, que fazem com que membros destacados dos Três Poderes recebam de aposentadoria até cem vezes mais do que um trabalhador comum, demonstram que esse é um país que ainda possui uma estrada quase infinita a percorrer até que todos os cidadãos sejam tratados com igualdade e com o mesmo cuidado pelo Estado.
Ficassem apenas nesses proventos escandalosos pós laboro, já seria uma indecência inominável. Acontece que, para essa casta de diferenciados, ainda ficam reservados os mais espetaculares planos de saúde, estendidos a esses sortudos e à toda a família, com médicos, exames e medicamentos, tudo de graça.
Para ficar ainda mais difícil de engolir tão medonha desigualdade, é sabido que todo esse mimo é possibilitado graças aos recursos que são literalmente arrancados compulsoriamente dos contribuintes, sobretudo daqueles que menos têm e mais necessitam quando a velhice chega. Vivessem todos os brasileiros igualmente esse abandono por parte do Estado, essas e outras injustiças não chamariam tanto a atenção, pois serias distribuídas de forma equitativa a todos.
Essa dimensão toda vem à tona quando se verifica o tamanho do fosso a separar brasileiros que, pela teoria inscrita na embaçada Carta Magna, todos são iguais em direitos. Para um País que envelhece a passos de gigante e que nas próximas décadas abrigará um número de idosos igual ou maior até do que os países desenvolvidos, a permanência de uma situação de flagrante desigualdade por parte do Estado não só aumentará ainda mais, como poderá alcançar níveis incontroláveis e de difícil reparação.
Dados a aprovar leis em benefício próprio com agilidade, os ditos representantes do povo bateram todos os cronômetros no caso escandaloso do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões que contrasta com a morosidade como tratam de assuntos, até corriqueiros, como é o caso da isenção, para maiores de 60 anos, na renovação da CNH. Exemplos desses contrastes de tratamento dado ao cidadão comum e aos assim chamados áulicos, são abundantes e caberiam numa grande e volumosa enciclopédia, talvez intitulada: “Das vilezas perpetradas pelas elites dirigentes do Estado contra seus cidadãos ao longo dos séculos.”
A frase que foi pronunciada:
“A virtude não iria longe se a vaidade não lhe fizesse companhia.”
La Rochefoucauld, memorialista, escritor, militar francês.
Demais
É comum ver ambulâncias até da Bahia trazendo pacientes para os hospitais de Brasília. Seria desumano não atender. Mas o serviço já é desumano com os que moram na capital da República e entorno.
Absurdo
Com 4 anos é preciso tomar vacina de reforço. A criançada com a carteira de vacinação em dia, mas que não têm CPF nem inscrição no SUS estão sendo impedidas pelos postos de Saúde de receberem as doses. Mesmo que já tenham sido vacinadas no mesmo posto. Recusar a imunidade não parece o mais sensato a ser feito. O Estatuto da Criança assegura. Os documentos não são mais importantes que a proteção da meninada. Bom senso.
Novidade
Veganos descobrem a jaca. De estrogonofe a assado, oficina da Emater-DF ensina receitas com jaca. As receitas podem ser visualizadas no link De estrogonofe a assado.
Cuidados
Gente honesta e distraída é a mais prejudicada pela ação dos hackers. Com a posse de e-mails divulgados na internet, vírus são instalados nos computadores por mensagens com anexos. Boletos de pagamento são os mais rápidos, abertos principalmente por idosos. Abriu, perdeu o computador.
Atenção
Vicentinos que trabalham ajudando a criançada vulnerável do entorno pedem material escolar para distribuição imediata. Contato no Santuário São Francisco na Asa Norte, telefone 3447-7039.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E concluem: pelo contrato, o serviço será finalizado por um funcionário da prefeitura, que ainda não apareceu na quadra 41 da Fundação. (Publicado em 15/12/1961)
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Hoje, mais do que em qualquer outro tempo ou lugar na história da humanidade, os vícios do que o cristianismo classifica como sendo pecados capitais, tornaram-se comuns nas relações sociais, a tal ponto que passaram a compor, com naturalidade, o trato das pessoas no dia-a-dia. A presença constante desses vícios humanos faz parte integrante da paisagem da contemporaneidade e, de tão comuns, já não nos apercebemos de seus efeitos nefastos.
Curiosamente, a lista desses vícios apareceria justamente com o desenvolvimento da fase pré-capitalista, configurado no chamado capitalismo comercial. Por essa e por uma série de outras razões, é comum confundir e mesmo associar os pecados capitais com o capitalismo propriamente dito.
Para alguns autores da história econômica, os pecados capitais se inscrevem no próprio mecanismo desenvolvido pelo capitalismo, como uma espécie de subproduto desse sistema. Se formos analisar hoje quais seriam os efeitos colaterais da instalação, sem regras rígidas, do capitalismo do tipo predador, veríamos que, nesse caso, o surgimento dos pecados capitais viria como uma condição sine qua non desse sistema.
De uma maneira até sintomática, não se verifica em escola alguma, seja pública ou não, a educação de jovens alertando-os para os danos causados por esses vícios para a sociedade e a vida em comum. Não se trata aqui de destacar o combate a esses vícios como uma espécie de moral cristã rasa e sem sentido. O que importa nesse caso é a formação de jovens dentro dos princípios cristãos de sociabilidade, condição que se alcança, sobretudo, por meio da solidariedade e do respeito à dignidade das pessoas.
É importante para os jovens alertá-los para os efeitos da gula, que se relaciona diretamente com a falta de amor próprio. A cobiça com o egoísmo humano. Esse é um dos traços mais visíveis hoje na sociedade de consumo, com as pessoas desejando cada vez mais, comendo e consumindo além da conta e da temperança. Os shoppings hoje representam uma espécie de catedral dedicada exclusivamente ao culto da gula e do consumo.
Obviamente que aquelas legiões de jovens que passam parte da semana dentro desses shoppings, na impossibilidade de consumir tudo o que ali se apresenta, acabam, na sequência, desenvolvendo um tipo de comportamento ligado ao segundo vício humano que é a avareza, ou seja, o apego descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro. Nesse ponto, passa a desenvolver uma relação de idolatria pelo poder das posses materiais e pela capacidade que esses bens têm para adquirir tudo nesse mundo, inclusive, aqueles que normalmente não se comprariam com moedas, como é o caso da amizade, solidariedade e do amor.
Nesse mundo, sem freios morais de toda a espécie e sem decepções naturais à vista, essas gerações, independentes da classe social que pertençam, passam a recorrer a um terceiro vício ou pecado capital representando pela luxúria ou a busca pelo prazer sensual e material, deixando-se levar pelas paixões e pelos desregramentos carnais, experimentando de tudo em matéria da busca pelo prazer sexual.
Daí decorrem os abusos com sexos grupais, como em bailes funks, homossexuais, com animais, ou mesmo a abstinência total de sexo, motivado por padrões anormais e opostos a esse tipo de comportamento.
Na impossibilidade de conquistar todo o mundo de uma braçada só, esses seres humanos da modernidade desenvolvem ainda o que seria um quarto vício ou comportamento negativo representado pela Ira, ou o sentimento de ódio a tudo e a todos, resultando em brigas de gangues, espancamentos de pessoas diferentes, mortes por motivos torpes, feminicídios, ligação a grupos extremistas e outros comportamentos destrutivos.
Com esse desejo exacerbado por tudo conquistar, dentro do que ensina e induz o capitalismo inumano, muitos jovens e até mesmo adultos passam a desenvolver também o sentimento de um quinto vício, caracterizado pela Inveja. Nesse ponto a pessoa despreza suas próprias conquistas, passando a compará-las com outras mais exitosas, mesmo que isso não reflita a realidade.
A preguiça, como quinto pecado ou vício capital, vem na sequência do que chamamos vida moderna e pode ser vista na inaptidão dos jovens para enfrentar as tarefas da vida diária. São aqueles indivíduos que não trabalham, nem estudam, conhecidos popularmente hoje como “ nem, nem”.
Por fim, dentro desse novo modo de encarar um mundo onde tudo parece possuir um valor quantitativo, as novas gerações passam a desenvolver o que seria o sétimo pecado capital, representado pela Soberba ou Vaidade, que faz com que esses novos cidadãos adquiram um sentimento de falsa superioridade em relação aos demais, quer sejam de outras classes sociais, de outra cor, de outra origem, ou mesmo de outras idades. De posse desse vício, as novas gerações passam a não respeitar nas leis vigentes as experiências de pessoas mais velhas, os professores, família e todos aqueles que se interponham em seu caminho.
De uma forma até cruel, é possível verificar que esses sete vícios capitais atingem não só os jovens atuais, mais a população em geral e decorrem basicamente das relações desequilibradas e desiguais existentes entre os cidadãos e o Estado ou entre consumidores e fornecedores, numa economia de mercado sem leis e com poucas proteções.
Exemplos abundantes ao longo da história da humanidade mostram, de forma clara, que nenhuma sociedade minimamente civilizada logrou se desenvolver de modo satisfatório e longevo, apresentando conjuntamente esses vícios ou pecados capitais e por uma razão simples: toda e qualquer sociedade é baseada, desde sempre, nas relações humanas.
A frase que foi pronunciada:
“Você não conseguirá pensar decentemente se não quiser ferir-se a si próprio.”
Wittgenstein, filósofo austríaco, naturalizado britânico.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E completam a acusação, com a denúncia de que o contrato exige 70 mudas por metro quadrado, e a média de plantio está sendo de 25. (Publicado em 15/12/1961)
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Seria possível estender o mundo do faz-de-contas para a vida real? Em alguma medida é certamente o que fazemos no dia-a-dia, quando temos que nos adaptar às exigências do mundo externo, principalmente nas relações profissionais e no contado racional com a sociedade. Mas em se tratando de atores e atrizes, que ganham a vida interpretando situações e personagens fictícios, transportar a máscara do teatro para o cotidiano seria quase como viver constantemente acorrentado à vida do imaginário.
Um ator, cujo o nome prefiro declinar, certa vez afirmou que nos encontros que mantinha regularmente com profissionais de sua área, fosse em festas ou mesmo na rua, não conseguia distinguir nessas pessoas a fronteira entre o real e a ficção. Em sua avaliação, todos pareciam fingir situações. Essa característica nos indivíduos ligados à arte da representação era tamanha e tão descarada que pareciam estar todos em cena. Com a máscara pregada ao rosto, todos pareciam estender seus personagens para dentro da vida real. Mas o que seria, de fato, a vida real? Chegava a se interrogar. Já no fim da vida, chegou à conclusão que ele era também um ator e, por conseguinte, um fingidor.
Esses fatos são mencionados a propósito da recente indicação da atriz Regina Duarte para a Secretaria Especial da Cultura. Como poucos em qualquer esfera social, sempre foi coerente com o que acredita. Enfrentou o nado contra a corrente para firmar e se expor no que acreditava. Até então, as profundas divisões políticas no meio artístico só passaram a ser percebidas por todos com a saída, pela porta dos fundos, do Partido dos Trabalhadores do poder.
Depois de 2016, com a destituição de Dilma da presidência, parte da classe artística nacional, que adotou a narrativa ficcional do golpe, veio, descaradamente, se opondo e se afastando cada vez mais da outra parcela de colegas que despertaram para o engodo do Lulismo.
A partir daí um enredo dramático foi sendo criado e fez com que esses heróis nacionais da ficção passassem a se hostilizar mutuamente e de preferência diante do público. Não houve show ou peça de teatro que não fosse declarado, fora do script, posições políticas, quer partindo de incitações vindas do palco, quer da plateia. Firmou-se assim uma cisma e uma fenda geológica e profunda no seio artístico e que, possivelmente, jamais será reparada.
De certa forma essa cisão é boa e ruim. Por um lado, esse acontecimento mostra ao grande público que uma parte dos artistas conseguem sair de cena e se inserir na vida real, de modo natural. Enquanto outra parcela desses profissionais insiste em se manter em cena e dentro do enredo e dos personagens que criaram para si mesmos ainda em 2002. Essa contribuição maléfica, legada por um misto de partido político e organização criminosa foi, por certo, a maior herança deixada desses tempos de ficção.
Ao seguir a tática, de dividir para governar, o Lulismo, talvez o maior mambembe político que já existiu, conseguiu o que pretendia: confundir realidade com ficção, atraindo para si até aqueles que todos acreditavam ser experts no mundo do faz de contas.
A frase que foi pronunciada:
“Uma das mais cativantes ironias do pensamento moderno é o fato de que o método científico, do qual ingenuamente se esperou no passado que pudesse banir o mistério do mundo, deixa-o cada dia mais inexplicável.”
Carl Becker, historiador e filósofo norte americano
Denúncia
Leitor reclama dos falsos motoristas de Uber que abordam passageiros na plataforma superior do aeroporto. Um deles atendeu uma senhora que chegava de voo internacional que, desavisada, entrou no carro do falsário. Ao chegar em Águas Claras e pagar ao motorista, desceu do carro e ele arrancou em velocidade levando todos os pertences da viajante.
Alea Jacta est
Desde o tempo do ex-governador Rollemberg, Richard Jean Marie Dubois alimenta a ideia de que os empresários da cidade são brilhantes e que precisam de mais oportunidades de negócios. Daí o ânimo no encontro com o governador Ibaneis Rocha para finalizar o acordo de concessões para a administração do estádio Mané Garrincha.
E-commerce
Élie é uma sapataria masculina de França que enfrentou a entrada de sapatos chineses baratos, resistiu à concorrência e hoje tem um portal espetacular, de fácil acesso, super amigável para fazer compras no Brasil e pelo mundo. Veja a seguir a história curiosa de como nasceram as marcas famosas de relógios. O texto é da Élie.
Omega
Apontada como a mais cobiçada entre os amantes de um bom e exclusivo modelo, a marca de relógio Omega, que hoje pertente ao Grupo Swatch, surgiu na Suíça e, segundo os registros, foi criada pelo relojeiro Louis Brandt, no ano de 1848.
O nome Omega foi propagado após seus modelos serem definidos como cronômetros oficiais dos Jogos Olímpicos desde 1932 e esse cenário foi fomentado com o passar dos anos, como por exemplo, quando o modelo Seepmaster acompanhou os astronautas da Nasa durante a primeira visita à Lua e também quando as telinhas exibiram um exemplar Omega no pulso de James Bond, nas cenas do filme OO7.
E caso esteja curioso sobre o valor de um produto com esse patamar, saiba que a média está tabelada entre US$ 3 mil e US$ 8 mil, mas alguns modelos também ultrapassam muito essa faixa de preço.
TAG Heuer
Para o usuário que deseja peças luxuosas e com o máximo de precisão, os modelos de relógio da marca TAG Heuer, que foi fundada no ano de 1860 por Edouard Heuer, são os melhores!
Esses produtos, além de toda a excelência de seus materiais, estão relacionados ao esporte Fórmula 1 desde quando foi utilizado por motoristas inesquecíveis, como o brasileiro Senna, que com frequência aparecia com um relógio TAG Heuer em seu pulso.
Outro motivo de ser uma das marcas mais queridinhas é que o ator Steve McQueen também está na lista dos usuários fiéis, tanto que optou por usar um modelo TAG Heuer no filme Le Mans, que fez sucesso em 1971.
E caso você queira um exemplar em sua coleção, como os mais vendidos Aquaracer, Link, Carrera, Monaco, Fórmula 1, Kirium, Monza ou Autavia, terá que desembolsar entre US$ 1,5 mil e US$ 6 mil – mas, se preferir, a linha oferece também os modelos especiais, que custam cerca de US$ 50 mil.
Rolex
Ah! Basta ler ou pronunciar esse nome para todos já descobrirem que o assunto da roda de conversa em questão é sobre os mais incríveis modelos de relógios, não é? Afinal, conhecida mundialmente, a marca Rolex é protagonista de vendas há décadas.
Considerada como uma das marcas mais valiosas do mundo e símbolo de bom gosto e sofisticação, essa empresa foi fundada pelo alemão Hans Wilsdorf ainda no ano de 1905 e desde o lançamento do modelo chamado Oyster, que foi o primeiro comercializado com garantia de impermeabilidade e resistência ao choque, mostrou que veio para ficar.
Hoje, a lista de relógios Rolex é infinita e o que não falta é opção para agradar os mais variados gostos e estilos. No entanto, quem deseja ser dono de um produto tão conceituado, também precisa estar disposto a gastar, pois no valor mínimo está calculado em US$ 4 mil e a média exige a multiplicação desse número por cinco, ou seja, US$ 20 mil.
Panerai
Engana-se quem pensa que a Suíça tem exclusividade na criação das melhores marcas de relógio já criadas, até mesmo porque a Panerai foi fundada em terrinas italianas, no ano de 1860 por Giovanni Panerai.
Seus modelos, que atendem perfeitamente a demanda dos mais criteriosos apaixonados por relógios, foram essenciais para o sucesso das missões realizadas por mergulhadores italianos durante a Segunda Guerra Mundial e caíram no gosto dos colecionadores quando um contrato com a Ferrari foi assinado no ano de 2005.
O valor de cada modelo também pode variar entre US$ 4 mil e US$ 20 mil e, os conhecidos exemplares especiais, como Luminor 1950 Tourbillon GMT (foto), podem chegar a US$ 110 mil.
Hublot
Dizem que tudo o que é novo e diferente, causa certo estranhamento, já ouviu algo semelhante? Bom, independentemente de sua resposta, a história da marca de relógios de luxo Hublot, que foi projetada pelo italiano Carlo Crocco em 1980, ilustra perfeitamente esse cenário, afinal, o que não faltou foi espanto e “olhares tortos” quando a empresa divulgou a criação de um modelo fabricado com ouro e borracha.
Ao anunciar essa ousada produção, que demorou três anos para ser concluída, o comentário que circulava o mercado relojoeiro foi unânime, pois todos consideravam impossível mesclar os dois materiais e apresentar um resultado final aceitável.
Porém, foi o modelo criticado antes mesmo de ser concretizado, foi um sucesso, assim como todos os outros e por isso, a marca consolidou-se rapidamente entre as principais relojoarias mundiais.
Em 2010, por exemplo, os relógios da linha Hublot foram definidos como os primeiros oficiais da Fifa e quanto aos valores, para possuir um desses exemplares tradicionais, o cliente deverá pagar cerca de US$ 4 a US$ 10 mil – mas, assim como as outras marcas de luxo, há opções para quem deseja investir mais nesse poderoso acessório, como o Big Bang Tourbillon Power Reserve, que custa aproximadamente US$ 80 mil.
Jaeger-Lecoultre
Só de possuir um modelo da conhecida marca de relógios Jaeger-Lecoultre, o homem já se torna elegante, isso é fato. Essa marca, que foi criada por Antoine LeCoultres, hoje é reconhecida mundialmente e desejada por todos que entendem de moda, qualidade e estilo, existe há quase dois séculos e traz um pequeno ateliê como cenário do início de seus trabalhos.
Todo o sucesso dessa empresa deve-se ao neto de seu idealizador, Jacques-David LeCoultre, que sem medo de desafios, logo aceitou a proposta do relojoeiro parisiense, Edmond Jaeger, e criou uma série de relógios de bolso ultrafinos.
Atualmente, os modelos mais básicos das coleções criados pela marca Jaeger-Lecoultre custam em torno de US$ 4 mil, mas também é possível adquirir itens avaliados com seis dígitos, como Master Grande Tradition Grande Complication, que só é vendido por US$ 372 mil.
Cartier
Como prova do sucesso que uma empresa familiar pode atingir, a empresa Cartier, que foi fundada em 1847 por Louis-François Cartier e alcançou o ápice aos comandos de seu filho, Louis Cartier, também está presente na lista das melhores marcas de relógios e joias do mundo.
Ao satisfazer os desejos do Rei Eduardo VII do Reino Unido e outros integrantes da realeza britânica e mundial, a marca passou a ser chamada de “a joalheria dos reis” e em 1904, inseriu o Brasil em sua história quando, em homenagem ao aviador Santos Dumont, criou um modelo de relógio de pulso com o seu nome.
O valor dos seus itens, conforme o catálogo, está entre US$ 5 mil e US$20, entretanto, há modelos como o Rotonde de Cartier Mysterious Double Tourbillon, que está avaliado em US$ 157 mil.
Impressionante
Acabou-se o manuseio de livros para muitos jovens. O nome do objeto que substitui uma biblioteca é Kindle. Até 1100 livros digitais podem ser baixados para leitura. Pelo zoom, as letras ficam do tamanho que o leitor quiser. O dicionário pode ser consultado durante a leitura, inclusive em outras línguas. Além disso, é possível fazer anotações nas páginas. Há também a possibilidade de calcular o tempo de leitura. O tamanho é menor que a metade de uma folha A4. Vejam as imagens a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Agora, as pessoas que participaram da mesma concorrência, informam que a firma vencedora não está cumprindo com as determinações do contrato, e apontam como infração o fato de o terreno não ter sido arado, não ter sido gradeado nem nivelado. (Publicado em 15/12/1961)
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Na política, virtudes e vícios sempre andaram lado a lado. Principalmente quando direita e esquerda se afastam do bom senso e da realidade e passam a pregar ações extremas e radicais. Sabe-se que é justamente na fronteira entre opostos que todos parecem ter o mesmo caráter.
Falar em virtudes políticas soa como um absurdo. É do caráter da política, principalmente aquela realizada hoje em dia entre nós, o abandono dos princípios virtuosos da ética. Talvez por conta de nossa própria formação histórica, e pela gana com que desde sempre os representantes da população se arvoraram sobre a coisa pública, nunca houve espaço adequado para a prática das virtudes inerentes à dignidade humana.
Todos aqueles políticos que ousaram desempenhar um papel centrado nas virtudes éticas acabaram alijados, inclusive, das relações e acordos políticos. É possível afirmar, portanto, que é próprio de nosso jeitinho inzoneiro de fazer política, desprezar viés e outras parecenças firmados no bom senso e na ética.
Pela própria natureza, a política é, pois, aética. Ou seja, não se conforma e não se confunde com valores humanos positivos que, por sua essência, são tidos como um gesto de fraqueza ou de rendição. Esse monopólio dos sem virtudes cabe quase que exclusivamente à classe política e é uma de suas principais características, sendo inclusive tomada como um valor que, de alguma forma, qualifica o líder político.
Obviamente que a população, principalmente aquela formada por brasileiros com alguma formação moral e intelectual, esses vícios não são compreendidos como sequer são aceitos como normais e saudáveis. Daí o divórcio flagrante entre essa parte da sociedade e seus representantes, apesar do direito consagrado do voto.
Para o restante dos eleitores, essas nuances éticas não fazem sentido e são mais calcadas em realizações do tipo imediatistas e utilitaristas. Para o grosso da população, interessa mais o representante político que leva o asfalto ou a água encanada para dentro das casas do que aquele político que fala em coisas abstratas como respeito à coisa pública e ética nos gastos. Sobre esse ponto de vista, não há como argumentar de forma razoável.
Trata-se de uma discussão que, por seus aspectos filosóficos, interessa apenas a uma minoria, não fazendo sentido do ponto de vista da grande maioria dos brasileiros que lutam para sobreviver no dia a dia. Prova disso, é o ciclo perpétuo que conduz a mesma e degenerada classe política ao poder há décadas.
De certa forma essa é a democracia que atingimos como uma espécie da arte do possível, já que essa é justamente a característica mais marcante de nossa classe política. O problema é quando esse vácuo de valores humanos passa a se estender e contaminar os demais cidadãos, contaminando as relações entre as pessoas, entre os amigos, os parentes e demais indivíduos. Quando isso acontece, e é o que parece estar de fato ocorrendo, representados e representantes passam a formar uma mesma massa amorfa de farinha bolorenta do mesmo saco.
Frase que foi pronunciada:
“Quando as necessidades prementes estão satisfeitas, o homem se volta para o universal e o mais elevado.”
Aristóteles, filósofo grego, séc. IV a.C.
Inovação
Equipe do Sr. Cláudio Vilar Furtado, do INPI, acelera o atendimento a processos de pedidos de patentes, além disso, parcerias para estimular a inovação no país. De acordo com o governo brasileiro, até 16 de dezembro de 2019, o INPI enviou 23 pedidos internacionais, sendo 75% de marcas de serviços, e recebeu 1.167 pedidos, sendo 62% de marcas de produtos.
Modernização
Dentro do novo pensamento jurídico, o uso de videoconferência é uma boa saída para solucionar lides trabalhistas. Foi o que aconteceu no TRT do Rio de Janeiro. Uma trabalhadora não pode comparecer à audiência porque mudou-se para o exterior. Nova data marcada, a audiência foi realizada à longa distância.
Demografia
Nos anos 60 a cada 100 pessoas com emprego havia 90 crianças dependentes. Hoje a dependência dos idosos é maior, já que a média de 6 filhos naquela época baixou para 2 hoje em dia.
DNA
Por US$400, é possível comprar, em farmácias nos Estados Unidos, um kit de testes genéticos que apontam para diagnósticos e prevenção de doenças diversas. O problema é que ninguém sabe ler os resultados, precisando de um profissional que o decifre.
Celíacos
Por falar nisso, há também um laboratório de bolso para os celíacos. Por US$200, o NIMA é capaz de detectar o glúten em pequena amostra do alimento. Veja como funciona em Nima: o “laboratório de bolso” que indica a presença de glúten em alimentos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A Superintendência de Agricultura abriu concorrência para o plantio de grama em Brasília, e venceu uma firma que ofereceu preço baixíssimo. (Publicado em 15/12/1961)
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Ao que parece, depois da temporada em que passou a dividir a mesma cela da penitenciária com um empresário da cidade, dono de um site de notícias local, José Dirceu, não apenas conquistou a simpatia desse seu companheiro de infortúnio, como conseguiu também uma vaga como colunista desse periódico, de onde vem, regularmente, expondo o que acredita ser seu libelo de esquerda com um receituário completo do que sonha para o governo do Brasil.
Não fosse a figurinha já conhecida de todos pelo poder de encantar incautos e outros mal informados, o mais certo seria acreditar que esse portentoso ideólogo do Partido dos Trabalhadores, que em apenas um mandato de quatro anos conseguiu a proeza fantástica de enterrar no abismo da falta de ética uma legenda inteirinha, planeja, mais uma vez, transformar o país numa réplica do pesadelo de mundo que construiu para si e seus seguidores.
Na verdade, falar ou criticar um personagem desse calibre moral torna-se até um exercício de covardia, dada a posição de moribundo político em que vive e depois de tudo que já conhecemos de sua extensa e triste folha corrida. O eleitor médio desse país, por sua pouca formação e crenças no sobrenatural, acredita no poder e influência de mortos-vivos. Lula e Dirceu, cada um a seu modo, vêm aproveitando essa espécie de saidão, propiciada pela decisão de um preposto que colocaram na suprema corte, para prolongar e dar sobrevida à legenda que hoje se transformou num adjetivo de tudo o que é ruim e nefasto.
Em sua última coluna intitulada “Fazer alianças é da natureza da política”, de 28 de janeiro, é preciso mais do que a atenção de um psicanalista para entender o que está escondido nas entrelinhas do que diz. O período que passou no catre, diferentemente do que ocorre com aqueles indivíduos socialmente recuperáveis, de nada serviu para uma autorreflexão. O mesmo parece ter se dado com o dono da legenda. Para eles, serve como luva o dito repetido pelo filósofo de Mondubim: “não aprenderam nada, não esqueceram nada”.
Para qualquer estrategista político, mesmo aqueles mais alienados, em seu texto raso, a proposta de uma aliança com todos aqueles que queiram somar forças, não importando de onde venham, ainda é a fórmula que acredita para a construção do que chama de frente de esquerda. De fato, o mensalão e outros escândalos de malfeitorias não ensinaram nada a esse exímio perito político. Aquilo que denomina como sendo programa de reformas estruturais nada mais é do que o mesmo receituário que conduziu o país a sua mais profunda depressão político econômica de todos os tempos.
As alianças firmadas pelo petismo, em nome do que acreditaram ser a possibilidade de uma governança, reuniram o que de pior havia na vida nacional, confirmando a tese de que os iguais se atraem. Aquilo que aponta como sendo uma encruzilhada na caminhada do PT, de Lula e da “esquerda”, termo usado assim mesmo no singular, é a mesma que se apresentou para o partido em 2002. O inimigo imaginário daquela época, configurado então por Fernando Henrique e o PSDB, agora é substituído, por Bolsonaro e seus apoiadores. Para quem minimamente tem a capacidade de enxergar, o petismo ou lulismo não possui outro inimigo a ser derrotado além de si mesmo, do seu ego gigante e cego.
Na realidade, estender-se no que seria uma análise ponto a ponto naquilo que prega o articulista improvisado, seria penoso até para o leitor, pois trata-se de um apanhado, sem critérios, e acento na verdade e na racionalidade.
A frase que foi pronunciada:
“A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.”
Stanislaw Ponte Preta
Demanda
Atenção professores de fisioterapia, neurologia, oftalmologia e otorrino. Carregadores na Ceasa estão com joelhos estourados e coluna lombar e cervical com sérios problemas. Motoristas de ônibus na rodoviária precisam de oportunidade para exames oftalmológicos e auditivos.
Resistência
Flagramos a exaustão de uma funcionária que não tinha cadeira a disposição para sentar durante as 8 horas de trabalho.
Carnaval
Pela primeira vez em 60 anos, o comércio do DF vai abrir este ano no domingo e na segunda-feira de carnaval. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Edson de Castro, a meta é oferecer opções de consumo aos que não vão viajar. A informação é do amigo Kleber Sampaio.
Informe
Deve seguir entre os principais temas nas casas legislativas brasileiras ao longo de 2020, a Lei de Alienação Parental (12.318/2010). No último ano, a Comissão de Direitos Humanos – CDH do Senado reuniu especialistas em duas audiências públicas para discutir as controvérsias e a possibilidade de revogação da norma. Em ambas as ocasiões, o Instituto Brasileiro de Direito de Família marcou presença, posicionando-se contrário à revogação e a favor da manutenção da lei.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Finalmente, um funcionário de uma companhia de turismo tomou a iniciativa, e levou o embaixador para o hotel, naturalmente mal impressionado com o seu primeiro instante em Brasília. (Publicado em 15/12/1961)
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Das múltiplas consequências da corrupção, e talvez a mais deletéria, é que seus efeitos nocivos se prolongam por anos, causando mais estragos à medida em que as Cortes não conseguem, em tempo hábil, pôr um ponto final nesses processos, devido não apenas à morosidade da justiça e à possibilidade infinita de medidas recursais, mas, sobretudo, em razão do poder econômico, que geralmente possuem os indivíduos e empresas envolvidos nesses casos.
Essa é a realidade da maioria dos casos envolvendo grandes somas de dinheiro, normalmente provenientes dos cofres públicos, ou seja: recursos dos cidadãos. Todos os brasileiros vêm acompanhando com atenção as manobras para neutralizar a força tarefa do Ministério Público de Curitiba, onde estão os volumosos processos da Operação lava Jato.
É preciso, além de processar, reaver essa fábula de dinheiro que foi subtraída dos cofres da União. Trata-se de uma luta hercúlea contra um exército dos mais caros advogados do país, contra a oposição política e contra a velha ordem que sempre controlou o Brasil, como uma propriedade particular.
É graças à luta desses pequenos e solitários Dom Quixotes, que os moinhos da corrupção vêm sendo postos a baixo, para o gáudio da população que passou a enxergar nesses cavaleiros, talvez a última esperança de reconstruir um país justo e igualitário.
Aqui mesmo em Brasília, em decorrência direta da chamada maioridade política, empresários e políticos locais uniram esforços para copiar esse modelo criminoso que grassava pelo país, introduzindo na capital o fenômeno da corrupção em larga escala. Exemplo material dessa sanha pode ser visualizado nas duas maiores obras erguidas na cidade. O Estádio Nacional Mané Garrincha e o Centro Administrativo – Centrad, em Taguatinga. O primeiro, orçado inicialmente em R$ 6,9 milhões, custaria aos contribuintes, quando concluso, R$ 1,9 bilhão, dos quais mais de R$ 600 milhões foram apontados como superfaturamento, pagamento de propina e outros desvios, sendo então o mais caro estádio da Copa de 14 e um dos mais caros do planeta. De quebra, deixou uma despesa mensal de R$ 2,2 milhões mensais somente na conta de água, fora outras despesas como luz e conservação. Isso numa cidade sem tradição ou times de ponta no futebol.
Foi preciso implorar para que os empresários assumissem o comando do elefante branco de concreto armado. O mesmo se sucedeu com o Centrad que custou mais de R$ 1 bilhão dos contribuintes e cujo o valor global da Parceria Público-Privada (PPP) foi estimado em R$ 6 bilhões, dividido em parcelas mensais de R$ 12,6 milhões ao longo de 22 anos.
Entregue em 2014, a obra mastodôntica ainda está vazia e necessita de diversos ajustamentos junto à justiça para ser entregue ao GDF. Também nessa obra gigantesca, espalhada por 180 metros quadrados, o Ministério Público detectou o pagamento de propinas e outras vantagens indevidas a políticos, empresários e a legendas partidárias locais tanto pela notória Odebrecht como através da Via Engenharia.
Mesmo fechada, essa obra produz custos mensais não informados ao contribuinte, o que deve perdurar, já que essa obra está emaranhada em mais de 60 processos que correm na justiça em diversas instâncias.
Obviamente que os responsáveis diretos por essas duas obras esperam, com a ajuda da banca milionária de advogados e com a morosidade da justiça, que esses crimes prescrevam e que a conta seja paga em sua integralidade pelos contribuintes da capital.
A frase que foi pronunciada:
“A sociedade se divide em duas classes: os que têm mais refeições do que apetite e os que têm mais apetite do que refeições.”
Sébastien Roch Nicolas Chamfort foi um poeta, jornalista, humorista e moralista francês
Propriedade Intelectual
Incubadoras de universidades têm feito trabalhos interessantes e nem sempre bem aproveitados. Em um país onde uma invenção leva 10 anos para receber patente, nota-se que o estímulo governamental é zero. Justamente o oposto ocorre em países desenvolvidos.
Registro
É bom que fique registrado: apenas dois senadores tiveram 100% de presença no trabalho em 2019. Senador Reguffe, pelo DF, e senador Girão, do Ceará.
Licença maternidade
Houve ganho de causa em tribunal onde a mãe de um recém-nascido, que ficou internado em UTI, precisou estender a licença pelo princípio do melhor interesse da criança.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O embaixador da Coréia chegou a Brasília à noite, para apresentar credenciais no dia seguinte. Durante mais de meia hora, a DAC ficou chamando o funcionário do Itamarati encarregado da recepção, e não apareceu ninguém. (Publicado em 15/12/1961)
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Em episódios cotidianos, como são os casos dos recorrentes processos de licitação para a aquisição de gêneros alimentícios finíssimos, elaborados por muitas instituições e que incluem vinhos famosos, lagostas e outros acepipes requintados, se confirmam essa dissintonia entre o brasileiro comum e as elites dirigentes do país.
Exemplos desse comportamento atípico, que configura mais um agrupamento familiar no poder do que um conjunto de profissionais e técnicos a serviço da nação, podem ser observados muito além do clássico nepotismo cruzado.
Historicamente e por razões já delineadas no clássico “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda de 1936, o nosso arcabouço institucional, desde sempre, foi montado de forma a colocar sempre, em primeiríssimo plano, a figura do indivíduo e de seu entorno imediato, conferindo maior destaque e importância a estes, relegando a um plano secundário a própria instituição. Dessa forma, nossas instituições e o próprio conceito de República acabaram perdidos num pano de fundo, exercendo um papel de coadjuvantes.
Com uma estrutura assim, não surpreende que as seguidas crises políticas sejam motivadas, não por debilidade das instituições em si, mas por falhas provocadas pelos próprios sujeitos que estão à frente de cada um desses órgãos do Estado. Entram nessa confusão secular, entre o público e o privado, sentimentos casos que são identificados como capazes de transformar as altas autoridades do país numa imensa e unida família, a quem os contribuintes são obrigados a ceder boa parte do que produzem ao longo do ano.
Fatos dessa natureza são comuns em instituições que possuem por lei a capacidade de organizar livremente seu próprio orçamento. Nesses casos, as despesas são montadas não apenas com base nas necessidades do órgão, mas sobretudo em consonância com os interesses, muitas vezes pessoais de cada um de seus membros. Mais preocupante ainda é quando essas distorções passam a adquirir um amplo manto legal, dispostos em regimentos e outros ordenamentos legais, de forma a assegurar que possíveis contestações encontrem, nas barreiras da lei, qualquer impedimento para a perpetuação de regalias.
Fossem contabilizados, o valor de todas as mordomias cabidas por lei a cada um dos membros desse seleto grupo, o teto máximo do salário público atual facilmente seria multiplicado por dez.
Esse familiarismo estendido aos altos escalões do serviço público e que perpassa praticamente todas as instituições do Estado, e no qual as vontades particulares acabam sempre predominando sobre o coletivo, criando uma confusão propositada de interesses, necessita urgentemente de um fim, sob pena de permanecermos atrelados ao mesmo ciclo de pensamento.
A frase que não foi pronunciada:
“As cicatrizes da história do Brasil deveriam servir para alguma coisa.”
Dona Dita pensando enquanto vê alguns erros se repetindo
Noves fora
Recebemos de um leitor a seguinte informação: Na reforma da previdência de 2019, os servidores aposentados com doenças graves, que não têm aumento de salário há cinco anos, ao receberem o contracheque de fevereiro, viram e sentiram os percentuais de seus desconto para a previdência aumentarem e seu salário diminuir.
Perigo constante
Em tempos de férias, a vigilância sanitária de cidades praianas está em alerta. No Recife, por exemplo, há suspeitas de que um empresário tenha morrido infectado por ostras consumidas na praia de Boa Viagem. O principal cuidado deve ser com o armazenamento do produto, situação bastante deficiente averiguada pela investigação epidemiológica.
Defesa
Senadora Leila Barros pelo DF destaca o projeto de Lei 550, que já foi pautado dezenas de vezes, mas ainda não foi votado na Câmara. Esse projeto altera a Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, trata da Política Nacional de Segurança de Barragens, oferecendo à população proteção contra os desastres, como os que aconteceram em Mariana e Brumadinho, por exemplo.
Falta vigilância
Ao longo da L2 Sul, muitas clínicas e hospitais obrigam os pacientes a estacionarem em local sem proteção alguma. Quadrilhas quebram os vidros dos automóveis para furtar qualquer objeto que tenha sido deixado dentro do carro. A única possibilidade depois disso é registrar um Boletim de Ocorrência. Só.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Em companhia do porteiro do hotel, os candangos aprisionaram o animalzinho, que teria vindo, provavelmente, da área onde se localizará, futuramente, o Jóquei Clube. (Publicado em 15/12/1961)