Respeito é bom

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Montagem/Reprodução (otvfoco.com)

 

Não se sabe exatamente de quem foi e do onde partiu a “grande ideia” da utilização do humorista Márvio Lúcio, vulgo Carioca, para imitar os trejeitos do presidente Bolsonaro na porta do Palácio da Alvorada. Seja de quem for, um fato é certo: contou com a aprovação do próprio chefe do Executivo, o que, por si só, remete a uma série de questionamentos outros que vão da chamada liturgia do cargo até outras de caráter puramente ético e institucional.

Primeiro, porque se utilizou de toda a estrutura da Presidência da República, como carro, seguranças e outros meios públicos para uma encenação que visava, conforme os estrategistas de guerra dessa paródia bufa, ridicularizar e humilhar o trabalho dos jornalistas que são obrigados, pela profissão, a buscar novidades vindas diretamente do chefe da Nação. Não bastasse o fato desses profissionais serem constantemente mal tratados pelo staff militar do presidente, permanecendo em frente ao Palácio expostos ao sol e à chuva, dentro de gradil minúsculo, disposto bem distante do entrevistado, sofrem ainda com o humor ciclo tímico do presidente o que seria facilmente classificado, segundo a nova legislação sobre o tema, de assédio moral permanente, já que são obrigados a ouvir, sem retrucar, achincalhes, grosserias e outras respostas em que a mal educação parece esconder o baixo nível de informação e formação do atual ocupante do Palácio do Planalto.

Se a intenção grotesca era de dar prosseguimento ao achincalhe dos profissionais da imprensa, o humorista não cumpriu bem seu papel e ainda teve que engolir seco sua representação. Ignorado solenemente pelos jornalistas que ali estavam, insistiu em questionar se os profissionais da informação não tinham nenhuma pergunta a formular ao presidente fake. “Aproveita que o presidente é fake e perguntem, insistiu o humorista, já nitidamente sem graça pelo silêncio que encontrou. Diante da postura, absolutamente correta desses profissionais em não cair na armadilha preparada para eles, o humorista ensaiou se retirar de cena, visivelmente contrariado pelo vácuo gélido que encontrou pela frente.

O que para alguns poderia ser um momento de descontração em meio a uma grave crise institucional que se ergue no horizonte, a falta de decoro que visa atingir o direito da população a ser informada sobre o que ocorre nos bastidores do poder, beira à irresponsabilidade e, o que é pior, serve como mais um ingrediente para abastecer a oposição e todos aqueles que acreditam que esse não é um governo sério. De qualquer forma, cometida mais essa gafe que teve repercussão totalmente negativa no noticiário internacional, o melhor seria o presidente repensar sua postura com relação aos órgãos de imprensa, não por servilismo como faziam os outros presidentes, mas em respeito aos milhões de brasileiros que não acham graça alguma nessas performances do chefe do Executivo.

Nesse quesito, Bolsonaro deveria mirar no exemplo e na postura do ex-presidente General Geisel, a quem todos reconheciam ser um líder nato pelo respeito que naturalmente impunha e recebia de todos. Respeito, já dizia o filósofo de Mondubim, é conquistado não pela intimidação ou pelo medo.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A acusação é sempre um infortúnio enquanto não verificada pela prova.”

Rui Barbosa

Foto: academia.org

 

Perigo

Na barragem do Paranoá, um perigo na pista. Ou se desvia da cratera e colide com o carro da contramão ou um freio repentino pode ser arriscado a uma batida na traseira.

Foto: der.df.gov.br

 

Poeira e Batom

No Dia Internacional da Mulher, um programa para quem ama a cidade. Será exibido no Cine Brasília, dia 08/03 às 18h, os filmes Poeira e Batom e Mulheres do Café, em seguida um debate com a diretora Tânia Fontenele. Lado feminino da cidade, construído por bravas guerreiras que deixaram o conforto de onde estavam para pisar na terra vermelha e construir uma nova concepção de capital da República.

 

Cidadania

Mais material da auditoria cidadã chegando. Leiam, no link a seguir, a carta aberta sobre a independência do Banco Central. O objetivo é fazer valer a Constituição no que tange “o sistema financeiro nacional estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.”

Foto: bcb.gov.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E estas estradas sempre foram o grande perigo e o incentivo ao roubo nas obras da Ifocs, depois Dnocs. Fichavam dez mil operários em todas as obras, e as folhas de pagamento continham 30 mil nomes. (Publicado em 16/12/1961)

Cantando e andando para o provo brasileiro

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Foto: Reprodução/Twitter Instituto Lula

 

Ninguém, em sã e ética consciência, e de posse de toda a capacidade de se indignar, pode aceitar, de forma serena, que o ex-presidente Lula, depois de devidamente investigado, processado e condenado a trinta anos de prisão, segundo as leis brasileira, deixe a cadeia de luxo, onde passou a residir há pouco mais de um ano, e saia pelo mundo afora pregando livremente contra o Brasil e suas instituições, tudo às custas dos pobres contribuintes, deixados à míngua nas imensas filas de desempregados.

Ladeado nesse tour de primeira classe, pela também ex-presidente Dilma, ré em outros processos que correm na justiça, a dupla de corruptos viaja, como não podia deixar de ser, pela Europa capitalista, desfrutando de todas as mordomias do Estado. Obviamente que aqueles países aos quais há suspeitas de que despejaram somas bilionárias dos recursos do erário nacional, como Angola, Cuba, Venezuela e outros, não estão no roteiro, primorosamente preparado por seus “assessores” e asseclas.

A dupla de comunistas de fachada e de bom gosto, hospeda-se nos mais caros hotéis do continente, apreciando os mais requintados acepipes, seguidos das melhores safras de vinhos do velho mundo, tudo, obviamente, às custas dos contribuintes brasileiros, os mesmos aqui deixados aos milhões por seus governos, no desamparo e nas imensas filas do desemprego.

O mais incompreensível em toda essa história, que parece surreal, é que essa dupla de malfeitores segue em sua turnê pela Europa, em comícios fechados, onde pregam contra o Brasil, contra suas instituições, envergonhando a todos aqueles cidadãos de bem, mentindo e apresentando suas narrativas falsas sobre esse triste período da nossa história recente. Além dos muitos crimes que cometeram durante seus governos e que estão devidamente descritos nos anais da justiça e nos enciclopédicos processos judiciais, essa versão tupiniquim e mal-ajambrada de Bonnie e Clyde, presta um enorme desserviço ao Brasil, quando usam a pouca informação e mesmo o desinteresse sobre nosso país, para inventar mentiras que denigrem nossa imagem no exterior e causam grande prejuízo, afugentando investidores e desestimulando futuros projetos de interesse nacional.

Todo esse périplo por países que, até há pouco tempo, acusavam de imperialistas, faz parte de uma agenda ardilosamente elaborada para, a partir do exterior, onde se ocupam da tarefa pateticamente de desestabilizar o Brasil e suas instituições, angariar apoio de parte do mundo Ocidental para um processo de retomada do poder. Com as urnas eleitorais da maneira em que se encontram corremos seriamente esse risco.

Internamente essa possibilidade é, no momento, uma missão impossível de ser empreendida, dado o alto grau de desaprovação e mesmo de hostilidade que a maioria dos brasileiros nutrem por esses personagens e seus partidos. Cumprida essa primeira e tresloucada etapa do plano petista, o passo seguinte vai ser reunir todos os bilhões desviados dos cofres públicos, por mais de uma década e que estão espalhados pelos quatro cantos do planeta, para recomeçar um retorno ao poder de onde foram escorraçados pelos brasileiros.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O cachorro só é o melhor amigo do homem porque não conhece o dinheiro.”

Maine de Biran, filósofo francês (1766-1824)

Imagem: Wikipédia

 

Sem resposta

No cafezinho da Câmara, a dúvida de um grupo de visitantes parou na seguinte pergunta que ficou sem resposta: Qual o entendimento da Previdência Social no caso de aposentadoria de trabalhadores que se desdobram em dois empregos? Recebem mais, mas o leão avança com vontade e além disso é descontado pela Previdência Social nos dois empregos.

Imagem: spbancarios.com.br

 

Solidões

Casos de pais drogados, mães que não conseguem manter os filhos, crianças que ficam sozinhas em casa constantemente. O Programa Família Acolhedora, pouco conhecido da comunidade candanga, será apresentado pelo grupo Aconchego, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF. A prioridade é a convivência familiar. O programa nada tem a ver com adoção. É só aconchego. “Queremos sensibilizar a comunidade para a importância deste tema, esclarecendo as dúvidas e transmitindo mais segurança para as pessoas que queiram aderir ao programa”, explica a psicóloga e coordenadora do programa no Aconchego, Júlia Salvagni.” A palestra será na UNIP 913 Sul, sábado 14 das 9h às 12h. Mais informações 39635049. Entrada livre.

Foto: aconchegodf.org

 

Princípio, meio e fim

Foi-se o tempo em que políticos exibiam broches funcionais para impor respeito. Depois das Mídias Sociais, muitos perdem a paz nas ruas, restaurantes, aviões. Pelas facilidades cibernéticas, a população se deu conta que são pessoas de carne e osso. Com o mesmo princípio e fim que todos teremos. Mas com opções diferentes de meios.

Charge: Ivan Cabral

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Até que enfim, o Nordeste terá um plano de obras para ser executado com a garantia da SUDENE. Deixarão de existir, então, as obras de estradas feitas a mão para fazer favor ao trabalhador atingido pela seca. (Publicado em 16/12/1961)

Intenções e propósitos

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Foto: jornaldacidadeonline.com

 

Intenção como um plano, uma ideia ou aquilo que se pretende realizar, tem sido, desde sempre, do ponto de vista de nossa classe política, um desejo a esconder propósitos ou, mais usualmente, tudo aquilo que pode render grandes vantagens aos seus proponentes, mesmo em prejuízo da imensa maioria da população.

Com relação a esse ponto e considerando a questão atual que envolve o controle de parte do Orçamento e que coloca em campos opostos o Executivo e a Câmara dos Deputados, algumas conclusões podem ser retiradas dessa afirmação. Primeira e mais importante: quais seriam as verdadeiras intenções por detrás do desejo da Câmara e das suas principais lideranças, em reter em mãos, R$ 30 bilhões do Orçamento da União, em ano eleitoral, e quando se sabe que esse montante faria imensa falta aos compromissos já pré-estabelecidos pelo Governo, comprometendo as contas públicas de maneira drástica?

Essa é realmente uma questão onde os princípios da matemática econômica e da contabilidade são deixados de lado, em nome de um pragmatismo político vantajoso apenas para 513 indivíduos e prejudicial para outros 200 milhões de cidadãos. Muito mais do que os princípios das ciências exatas dos números, esse é um exemplo claro de uma estratégia ardilosa a esconder reais propósitos. Como pode o Poder Legislativo, que redige as leis e ao mesmo tempo fiscaliza as ações do Executivo, se transformar, de uma hora para outra, em gestor do Orçamento que ele mesmo debateu, julgou e aprovou?

Muito mais do que o montante em jogo, trata-se aqui de um caso clássico de hipertrofia do Legislativo. Nessa toada, o próximo degrau seria aumentar esse valor a cada nova rodada anual de discussão sobre o Orçamento, seguindo a mesma fórmula, já realizada, de aumentos paulatinos dos fundos partidários e eleitorais. A cada ano, esse valor seria corrigido para cima, até a obtenção de 100% do Orçamento da União.

Nessa trilha é possível prever que, no fim dessa escalada, seria proclamando o sistema parlamentarista, branco ou de qualquer outro matiz da jurídica. Nessa sequência, o ministério da Economia seria declarado extinto e incorporado ao Legislativo. Todo esse imbróglio, aparentemente político, esconde uma queda de braço.

Ocorre com o atual governo pelo fim unilateral do chamado presidencialismo de coalizão. Esse fato foi agravado pelos recentes vazamentos de conversa em que um ministro do governo classificou o Congresso de fazer chantagens. Com a declaração desse conflito institucional, foi aberta oficialmente a temporada de aprovação de projetos bombas a serem lançados sobre o Palácio do Planalto.

Se esse é um ano eleitoral, é também um ano que, na agenda do país, consta uma manifestação popular preparada para o próximo dia 15 e que, pelo crescimento no número de adeptos verificado nas redes sociais, promete balançar as estruturas. O mais delicado nessa questão e nessa crise é que um novo protagonista, na forma de uma população bastante insatisfeita, parece ter entrado nessa briga para decidir a parada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os covardes podem até durar mais, mas vivem menos.”  

Sofocleto, escritor, político e poeta peruano.

Foto: reprodução da internet

 

Acorde

Encontro importante para quem tem dificuldades para dormir será realizado em Brasília de 13 a 19 desse mês. Sonos e sonhos melhores para um mundo melhor. Todas as informações disponíveis a seguir.

Cartaz: instagram.com/semanadosono

 

Obediência

Havia um semáforo em funcionamento perfeito e uma fila de pessoas do Partido dos Trabalhadores para atravessar a N2, na segunda-feira dessa semana. Um líder do grupo quis parar o trânsito para as pessoas passarem. O primeiro motorista da fila gritou: Espere o sinal fechar! E passou o sinal verde. Levou um tapa no teto do carro. Deve ter doído na mão do rapaz petista.

 

 

Aniversário

Seria um presente e tanto para Brasília – 60 anos, se o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, autorizasse a reedição do livro Arborização Urbana do Distrito Federal. Trabalho hercúleo de Ozanan Coelho. Todas as espécies da região catalogadas, com as dicas de plantio, frutos, sementes. Foi um sucesso a parceria entre o Senado e o GDF que merece ser repetido.

 

613 Sul

L2 IP é o nome do instituto de pesquisas que está aceitando receber pessoas com Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa. Os inscritos vão receber remédios, agendar consultas e exames sem gastos. O telefone para mais informações é 3445-4300.

Print: l2ip.org

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os postes de iluminação do pátio de manobras do aeroporto já estão prontos. Falta apenas o gabinete do ministro mandar uma comissão técnica receber o trabalho executado. (Publicado em 16/12/1961)

A verdade como alvo

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Charge do Latuff

 

Ao leitor esclarecido pode até não importar de que lado se posiciona política e ideologicamente a linha editorial de qualquer órgão de imprensa, desde que não seja contaminado por ela. Importa, isso sim, que o respeito aos fatos e a verdade sejam seguidos sem titubeios. Ocorre que essa condição, por si só, já demonstra ser irreal. Praticamente todos os órgãos de imprensa expressam simpatias por uma ou outra ideologia. É quase impossível, em nosso país hoje, encontrar um veículo de comunicação que não possua, de forma clara ou dissimulada, uma preferência determinada por um partido ou uma ideologia política. A própria dependência econômica da imprensa em relação ao governo pode afetar sua linha editorial.

Com isso posto, logo de saída, é possível verificar que o referencial relativo à verdade dos fatos fica comprometida ou sujeito as tintas e matizes ideológicos existentes tanto internamente como de fora para dentro. Tão impossível quanto a crítica aos erros dos companheiros é o elogio aos opositores

Há muito se sabe que onde quer que esteja a verdade sobre um fato, não pode restar espaço para versões subjetivas e tampouco para explicações com viés do tipo político-partidário. A grande armadilha hoje a aprisionar, em nichos fechados, boa parte da nossa imprensa nacional e do restante do mundo, e consequentemente em gerar descrédito junto ao leitor, decorre basicamente dessa tomada de posição política. Aos órgãos da chamada imprensa livre, não cabe assumir posições políticas, qualquer que seja ela.

Ocorre que, mais uma vez, essa neutralidade inexiste. A razão chega a ser pueril. Pessoas em carne e osso fazem a imprensa e elas, logicamente, assumem posições e um lado. Fato inconteste é que uma impressa livre é fundamental para a sociedade. Sem ela não há democracia que valha nem cidadania digna do nome. Em tempos de explosão das mídias sociais e em que os fatos passam a ser divulgados até mesmo antes de acontecer, passou-se a exigir também uma nova postura a ser assumida pela imprensa tradicional.

Essa tomada de posição deve ser renovada tendo como ponto de partida e chegada apenas à verdade dos fatos. A ilustrar esses esclarecimentos preliminares, temos agora a crise que abala os Três Poderes da República.

Cada órgão de imprensa escolheu seu lado nessa batalha de versões. Falam tanto em tentativa de implantação de uma ditadura nos moldes militares, pelo Executivo, como numa hipertrofia do Legislativo, contrariado pelo não atendimento de seus pleitos e ganâncias. Falam em parlamentarismo branco com apoio e aval do Supremo. Falam também em revolta popular instigada pelo próprio presidente da República, diante do reconhecimento de sua fragilidade contra a investida de outros poderes e dos próprios políticos contrariados.

Nessa questão multifatorial, a busca pela verdade torna-se uma tarefa árdua, pois ela se espraia por diversos pontos. Numa analogia próxima, seria como se um arqueiro ao lançar sua flecha e atingir o centro do alvo, desprezasse todo o infinito espaço que circunda esse ponto e que também integraria o alvo.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Esconder a verdade é tão ruim quanto alimentar a mentira faz crescer músculos duros.”

Israelmais Ayivor, página principal dos líderes: ideias de liderança de 21 pensamentos de Martin Luther King Jr.

 

Em ordem

Só indo para compreender. Impressionante o que fez o governador Rollemberg em Sobradinho na área conhecida como Buritizinho. Moradores em área de risco aguardaram a infraestrutura da região, foram transferidos para lá e depois receberam a escritura.

Foto: sejus.df.gov

 

Para a imprensa

WhatsApp do Ministério da Saúde disponibiliza número de aplicativo para tirar dúvidas e desmentir boatos: as fake news. Se você receber alguma mensagem sobre doenças e tratamentos, pode enviar para o ministério e checar se é verdadeira. O número é (61) 99289-4640.

Página oficial da SESDF no Instagram

Jogos Paralímpicos

Alana Maldonado é o nome mais falado no judô do Brasil.

 

UnB

Subiu demais o preço do Restaurante Universitário. Alunos reclamam.

Foto: ru.unb.br

 

História de Brasília

Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap. (Publicado em 16/12/1961)

Chega de faturar com a fatura

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Charge do Cazo

 

Analistas que acompanham de perto o desenrolar da atual crise política, entre o Poder Executivo e Legislativo, vislumbram, entre as diversas possibilidades de desdobramento de mais esse período de instabilidade institucional, a união do Congresso em torno da ressurreição de projetos que tratam da adoção do parlamentarismo como modelo de governo. Essa seria, na visão de muitos políticos utilitaristas, um remédio do tipo oportuno, capaz de fazer cessar as tormentas cíclicas que abalam a harmonia entre os poderes. Examinado de perto e com mais vagar, essa estratégia traria, isso sim, o ingrediente que falta para detonar uma crise sem precedente e com resultados imprevistos. O que se observa, a partir dos bastidores, é que esses atritos vêm acontecendo como resultado da intromissão indevida e sistemática de uns poderes sobre os outros. Fenômeno dessa natureza vem ocorrendo, sintomaticamente, desde a promulgação da Carta de 88, o que faz supor que algum dispositivo contido na Constituição ou não está sendo acatado ao pé da letra, ou padece de maior clareza em sua interpretação.

De qualquer forma, essas crises cíclicas opondo os três Poderes da República parecem decorrer do desaparecimento paulatino das fronteiras legais e de atribuições entre essas instituições. À cada um conforme sua competência. Nas últimas décadas, não têm sido poucos os problemas de relacionamento entre os Poderes. Da politização da justiça, passando pela judicialização da política e indo até a confecção de medidas provisórias e decretos-leis, tudo tem contribuído para a desarmonia.

Esse imiscuir-se, tantas vezes cometidos entre os Poderes, tem sido uma regra e não uma exceção. Para a Psicologia, essa confusão de atribuições teria sua origem centrada num desvio de conduta de indivíduos com o ego demasiadamente inflado pela posição que momentaneamente ocupam nessas instituições, reforçadas pelas mordomias infinitas e inexplicáveis que lhes são postas ao alcance e que os fazem sentir diferentes dos demais mortais. Seja como for, um fato a reforçar essa tese é o pouco preparo, não apenas intelectual, mas inclusive moral, de algumas dessas chamadas lideranças colocadas em posições tão significantes para o país. O que esperar de um país que obriga um postulante ao cargo de porteiro de um ministério ter formação escolar, preparo técnico e uma ficha de antecedentes completamente limpa para ser apenas declarado apto ao cargo e não exige nada de pessoas que irão ocupar o topo da hierarquia da administração pública? Pelo sim, pelo não, notícias têm dado conta de que o presidente da Câmara dos Deputados está em visita oficial à Espanha, conversando com políticos locais e com o próprio Rei Felipe VI sobre parlamentarismo e as relações bilaterais entre aquele país e o Brasil, com uma postura digna de um verdadeiro primeiro-ministro.

Tudo isso depois de obrigar o Palácio do Planalto a entregar ao Legislativo R$ 30 bilhões do Orçamento para serem distribuídos pelos políticos a suas bases eleitorais e depois de garfar outros R$ 3 bilhões para gastos dos partidos com as campanhas. O parlamentarismo branco, enfiado goela abaixo do presidente Bolsonaro, vai, aos poucos, tornando-se a condição sine qua non e um ultimato dado ao chefe do Executivo. O presidencialismo de coalizão, desprezado por Bolsonaro, começa a cobrar o preço alto da fatura.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Seja a mudança que você deseja ver no mundo.”

Mahatma Gandhi, especialista em ética política

Foto: Rühe/ullstein bild/Getty Images

 

Sem explicação

Policiais penam com a falta de conservação do 4º Batalhão de Polícia Militar (Guará) e o 15º Batalhão de Polícia Militar (Estrutural). Na estrutural, nem banheiro feminino existe. No Guará, poderia ser melhor. Não dá para entender a razão de o Centro Olímpico estar jogado às traças. Aproveitaram o espaço para que o batalhão funcionasse ao lado da favela Santa Luzia.

 

Por quê?

Vídeo de Alessandro Loyola é um dos mais compartilhados das redes sociais. Veja a seguir.

 

Sumidade

Que surpresa agradável reencontrar a professora Lois Gretchen Fortune, doutora em Linguística pela Universidade de Brasília. Gretchen traduziu a Bíblia para o Karajá. Está aposentada, o que favoreceu com que ela se dedicasse mais à pesquisa sobre a linguística indígena, sua paixão.

 

Omissão

Por falar em Bíblia, veja o que diz o padre Luiz Fernando da Catedral de São Dimas em São José dos Campos, em sua homilia. Os fiéis o aplaudiram de pé. Confira a seguir.

 

Prevenção

Crianças de 6 a 12 anos, da rede pública, receberão cuidados ortodônticos, preventivos e interceptivos pelo menos 1 vez por ano. Os objetivos são melhorar o bem-estar psicológico, autoestima e melhorar a saúde bucal. Especialistas em ortodontia e cirurgiões dentistas farão a prevenção de irregularidades faciais e dentárias.

Foto: noticiasdobem.com

 

Boa pauta

Foi aprovado no Senado e encaminhado para a Câmara, o PLS796/2015 proposto pelo do senador Roberto Rocha (PSDB-MA), que dá estabilidade provisória no emprego para trabalhadora adotante.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Em meio a isto, o dr. Paulo Nogueira deu a explicação: é que estavam vindo das solenidades comemorativas da fixação do Núcleo Bandeirante. (Publicado em 16/12/1961)

E as vozes das ruas não serão mais roucas. Viva a mídia social.

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Charge do Duke

 

Boa parte da sociedade está com a memória viva em relação à longa crise social, econômica e política dos últimos anos. As redes sociais tiveram o condão de mudar a percepção de boa parte da sociedade não somente para os problemas do país, mas sobretudo para aumentar o desejo e a atitude de muitos em direção aos valores próprios, fazendo brotar nos brasileiros um sentimento mais individualista e voltado exclusivamente para as necessidades imediatas e a longo prazo das pessoas. Parece resultar da noção de que o Estado pouco ou nada faz pelos brasileiros. Muitos consideram hoje que a melhor estratégia é partir para a luta individual, ao invés de esperar por qualquer amparo do governo.

É preciso salientar que esse individualismo, cada vez mais presente na sociedade, pode inverter a própria lógica do Estado, fazendo com que o governo passe a depender, cada vez mais, da vontade de uma população indiferente e distante, propiciando, inclusive, a considerar a hipótese da desobediência civil.

Dados os efeitos da corrupção sistêmica, conforme implantado pelos governos petistas e que tinham como objetivos diretos o enfraquecimento do Estado paulatinamente ao empoderamento do partido, apesar das investidas da polícia e de toda a revelação da trama, deram frutos diversos; uns bons, outros nem tanto. Ao aumentar a descrença na política, retardou a consolidação plena da democracia. As revelações feitas pela polícia e pelo Ministério Público apresentaram, para o distinto público, uma elite corrupta e disposta a tudo para enriquecer rápido e sem esforço.

Para um país que conta com mais de 700 mil presos, em condições sub-humanas de cárcere, essas revelações serviram muito mais como que um simples incentivo para a ação continuada no mundo do crime. Deu a essa parcela da população a certeza de que a cadeia ainda é lugar para pretos e pobres.

Entender a corrupção como algo moldado pela herança histórica ibérica, onde o patrimonialismo cartorial era a tônica, mostra apenas as raízes ancestrais do problema e que fazia parte inerente do sistema mercantilista e colonialista da época. Se antes a exploração e os desvios tinham origem em vontades vindas do exterior, com o desenvolvimento do capitalismo de compadrio, é muito mais rentável a uma empresa cooptar políticos e agentes públicos buscando negócios fabulosos com o Estado em troca de propinas e outros meios ilícitos. Além das empresas privadas, sempre dispostas a servir aos políticos de forma geral, as estatais cumpriam seu papel de facilitadoras dos negócios nebulosos da elite dirigente.

Transformadas em moedas de troca, dentro do toma lá dá cá generalizado, as nomeações políticas para altos cargos nas estatais tinham um peso crucial na expansão dos casos de corrupção, servindo como ponta de lança dos partidos para se apoderarem dos recursos da nação. Torna-se compreensível o discurso de muitos dirigentes políticos no sentido de o Estado manter controle das estatais.

Obviamente que não se trata de nacionalismos ou protecionismo da economia nacional, mas tão somente de reservar esse nicho de mercado à sanha desmedida dos partidos políticos. Por aí se vê a razão da redução do tamanho do Estado, que incomoda tanta gente. Se por um lado os muitos casos de corrupção do passado revelados serviram para mostrar como é fácil desviar dinheiro público, por outro mostrou que impondo um fim a institutos como o foro privilegiado, a possibilidade de nomeações políticas para cargos técnicos e maior agilidade e presteza nas decisões da justiça trazem a fórmula mágica para reduzir, da noite para o dia, tão imenso volume de caos de malversação dos recursos públicos.

Seis pilhas de um metro quadrado de área por cinco metros de altura cada, contendo notas fictícias de R$ 100, ficaram expostas por um longo período na Boca Maldita, principal rua de Curitiba. O monumento simbolizava o montante de R$ 4 bilhões recuperados pela força tarefa da Lava Jato. É pouquíssimo, se comparado ao volume fantástico de dinheiro desviado por grupos políticos diversos, apenas na última década. É, contudo, muito dinheiro, para os padrões de um país como o Brasil, onde historicamente a impunidade e corrupção sempre foram tratadas de forma parcimoniosa pelas autoridades, sempre constrangidas em punir pessoas e grupos do mesmo estamento social, político e econômico.

Segundo estimativas feitas por técnicos no rastreio de dinheiro de origem suspeita, o Brasil perdeu por ano, em média, R$ 200 bilhões com esquemas de corrupção. Somente com relação à Petrobras, calcula-se que foram desviados, apenas nos governos petistas, entre R$ 30 e R$ 40 bilhões, embora, de forma oficiosa, a estatal tenha divulgado um “prejuízo” de apenas R$ 6 bilhões com desvios de dinheiro dos cofres da empresa. Para se defender de processos no exterior, a estatal tem apresentado sua defesa em cima da tese de que foi vítima da ação dos corruptos, embora a justiça dos Estados Unidos e de diversos outros países, que possuem recursos investidos na empresa, afirmem que há muitos funcionários de carreira da Petrobras envolvidos diretamente nestes esquemas nebulosos.

De toda a forma, o cerco que vai se fechando aqui e no exterior, cedo ou tarde, chegará a um resultado bem próximo da verdade. A última notícia é que um suíço brasileiro foi considerado culpado por cumplicidade em suborno e lavagem de dinheiro. Essa é uma sentença importante porque trata da prova de pagamentos de mais de US$ 35 milhões feitos por sete anos (2007-2014) por meio de mediadores na Suíça e no Brasil a funcionários da Petrobras.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap. (Publicado em 16/12/1961)

Fumaça à vista

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Aquele que não aprende com as lições da história e da vida, já dizia o filósofo de Mondubim, está condenado, contra a própria vontade, a repetir os mesmos erros, transformando seu destino numa farsa insuportável. Advertência como essa, serve tanto para um indivíduo como para uma nação inteira.

No caso das manifestações populares, programadas para acontecer em 15 de março, esse aforismo tem o atual governo como o endereço certo. De quebra serve também para todos aqueles envolvidos nesses acontecimentos, tanto para aqueles que querem ver o país pegar fogo, como para os que sonham em tirar proveito dessa situação.

Cabe ao governo e a todas as autoridades, com responsabilidade sobre os destinos do País, cuidar para que o Estado siga firme no caminho da estabilidade institucional. Exemplos vindos do passado ensinam que qualquer desvio de rota ou atalhos a opções fora do script da Carta Maior, as consequências indesejáveis tendem a recair, de forma inexorável, sobre os ombros da sociedade.

Tem havido muito cruzamento de informação, o que só tem servido para aumentos e distorções da verdade. Hoje é preciso ficar atento às ciladas representadas pelas redes sociais, principalmente pelos mecanismos de plebiscitos instantâneos, como modelos para democracia do tipo direta. As vozes das ruas, muitas vezes soam como cânticos de sereias, atraindo incautos para o fundo do poço.

O apoio recebido das mídias das mídias sociais nas eleições é uma coisa, outra, muito diferente, é e apoiar nesse mundo virtual para mudança de trajetória. Boatos ou não, o fato é que o noticiário em todo o país, tem chamado a atenção para o aumento preocupante de tensão entre o Poder Executivo e o Legislativo.

É verdade que desde que assumiu, o presidente Bolsonaro não tem tido uma boa relação com o Congresso. O motivo, segundo quem acompanha de perto as atividades diárias desses poderes, estaria na mudança de rumos adotada pelo atual governo com relação ao modelo de presidencialismo de coalizão.

De forma sucinta, o Palácio do Planalto teria cerrado as portas do antigo balcão de negócios, do toma lá da cá, interrompendo uma prática nefasta e antiga, que permitia o prosseguimento tranquilo da governabilidade. Sem uma base disciplinada e coesa dentro do Congresso, o presidente navega em mares revoltosos dentro da Câmara e do Senado, numa reedição, mal arrumada do que foi o governo Collor.

Por outro lado, tem razões de sobra o governo, que pela boca do general Heleno, reconheceu que o Executivo está acuado e se julga chantageado pelos políticos. Para piorar uma situação que é tensa, é sabido que o presidente Bolsonaro tem atrás de si a pressão de seus filhos, inexperientes nas artes de governo e pouco afeitos ao entendimento.

O loteamento de postos chaves do Palácio do Planalto por militares de alta patente, é outro complicador nessa questão. Principalmente para quem não coloca o país em primeiro lugar.

Para os políticos também a situação é delicada. Desde sempre se sabe que o que os políticos mais temem é povo nas ruas, principalmente para aqueles políticos que só mantêm relação pessoal com a população em épocas de eleições.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A verdade sai do poço, sem indagar quem se acha à borda.”

Machado de Assis, escritor brasileiro

Foto: escritas.org

 

Resultado

Paulo, Marcos, e outros funcionários de quiosques da Mc Donald’s agradecem a notinha da coluna onde reclamava um banco para os empregados se sentarem. Hoje não são mais obrigados a trabalhar em pé.

Foto: brandinginasia.com

 

Sem manutenção

Na Estrada Parque Paranoá Norte- DF 005, perto da curva da dona Dionísia, há crateras perigosas principalmente para motoqueiros.

 

 

De boa

A nota abaixo trata de um problema social que acontece com o Bolsa Família. Muita gente opta só pelo benefício que dá perfeitamente para sobreviver em troca da oportunidade de um emprego. É preciso repensar a política.

Charge do Sizar

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso, e foco de agitação. É que em muitos casos há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação, e não quer mais trabalhar. (Publicado em 16/12/1961)

Politicagem e criminalidade regem os desfiles

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Imagem: gilbertolima.com

 

Nesse carnaval, para a surpresa de muitos, estranhos e sintomáticos fenômenos resolveram colocar a cara de fora nos desfiles que tomaram conta das principais passarelas do país. Trata-se da excessiva temática político partidária presente nos enredos, alegorias e músicas apresentadas por muitas escolas de samba, país afora, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.

No quesito escolas de samba, é sabido que, o que é normalmente chamado de festa popular, é na verdade um grande espetáculo montado e comandado, no caso das grandes agremiações, por poderosos e notórios bicheiros e traficantes dessas diversas regiões, que comandam, com mão de ferro, todo o trabalho e a produção dos foliões e integrantes dessas escolas, ficando, obviamente, com os lucros e outras “trambicagens” da festa do Momo.

São esses personagens que, mesmo apresentando uma ficha corrida digna de grandes mafiosos americanos, escondidos nos bastidores, ditam o que vai ser mostrado ao público e de que forma. São deles as críticas à ação das polícias no combate ao crime organizado. São eles os que decidem, espertamente, colocar um boneco representando o ministro da justiça Sérgio Moro, vestido com uniforme listrado de prisioneiro, dentro de uma gaiola. Eles arbitram o tema do samba enredo a ser cantado na avenida, com críticas a ação saneadora de parte da justiça, colocando a marginalidade criminosa como vítima e os cidadãos de bem como algozes.

Num país surreal, a bandidagem abre espaço no carnaval para dar lição de moral aos brasileiros, sob os aplausos de todos aqueles que comungam com as bandalheiras seculares. Infelizmente a politização da festa de Momo, no mal sentido da expressão, tomou conta também do carnaval, servindo como propaganda de criminosos organizados e das milícias que infelicitam o país.

Fizeram muito bem diversos prefeitos, pelo país afora, em suspender o desperdício de dinheiro nesses festejos, revertendo-os para hospitais, escolas e outras melhorias mais úteis à população. Curiosamente ou sintomaticamente, não se viu, em escola de samba, enredos saudando as boas ações como dos bombeiros de Brumadinho, da professora que salvou alunos de incêndios, de assalto ou outras manifestações de pura cidadania.

Talvez essa ausência propositada em citar brasileiros que diariamente praticam o bem não renda sucesso de público ou simplesmente não esteja na agenda daqueles que comandam essas escolas de samba. O mais danoso em manifestações como essa é que, cedo ou tarde, o público vai perceber que os horrores que correm nos bastidores dessas escolas há muito já fizeram do carnaval, uma festa de alegria e de inocência, perder seu sentido real, transformando-se naquilo que é hoje: uma festa midiática, erotizada e de interesse de pequenos grupos com débitos na justiça.

O carnaval de outrora há muito já completou seu desfile na passarela, dobrou a esquina do tempo, deixando apenas saudades e perfume no ar.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“A vida mostrará máscaras que valem todos os seus carnavais.”      

Ralph Waldo Emerson, escritor, filósofo e poeta nascido em Massachusetts.

Imagem: Maryann Groves / Arquivos de imagens do North Wind

 

Transparência

Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional da UnB apresenta o anuário estatístico da instituição. Trata-se de uma ferramenta importante na adoção de políticas acadêmicas, além de a comunidade em geral poder acompanhar as atividades desenvolvidas ano a ano. Mais informações a seguir.

 

 

Novidade

Novo livro, recém lançado pela Embrapa, assinado por Raimundo Nonato Brabo Alves e Moisés de Souza Modesto Júnior. Roça sem Fogo. Trata-se de uma mudança na cultura pela troca de experiências entre agricultores e pesquisadores colocadas em prática por vários plantadores locais.

Imagem: embrapa.br

 

Coerência

Não se vende e nem se compra um Parque, ele é parte da alma de uma Comunidade. Como diz a Lei Complementar 961/2019, recentemente sancionada pelo Governador do Distrito Federal, em seu artigo 10, “as administrações regionais devem estimular a participação da comunidade na implantação e gestão dos parques urbanos”, diz o texto de Renato Botaro e toda a Associação de Moradores.

Foto: aguasclaras.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Aliás, os maiores culpados são os ocupantes desses carros, que deviam dar instruções a seus motoristas para que não desobedeçam ao regulamento. (Publicado em 16/12/1961)

As armas e as igrejas

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Foto: Tony Winston/Agência Brasília

 

Desde a antiguidade, é sabido que onde há poder a ser alcançado, haverá disputa. É da natureza humana. Não por outro motivo o poder sempre foi considerado como o principal motor da história. O poder move homens e reinos inteiros, subjuga uns e enaltece outros, ao mesmo tempo que vai produzindo ruínas e colossos pelo caminho.

Se formos em busca das principais forças históricas que, desde sempre, travaram disputas pelo poder, três protagonistas surgem como os mais importantes: o exército ou a força das armas, a religião ou o poder espiritual, e mais modernamente a política ou a arte de negociar o impossível.

Assim como no resto do planeta, o Brasil também vem, ao longo dos séculos, experimentando o protagonismo e as disputas alternadas entre essas três forças em torno do poder e em busca de maior hegemonia. Mesmo as medidas contidas nessa e em outras Cartas Magnas anteriores, visando cercear a atuação de um e outro desses atores, não tem rendido grandes efeitos. Basta constatar que as Forças Armadas e a igreja tiveram participações efetivas em vários momentos da história, quer lutando por direitos, quer simplesmente se colocando contra ou a favor de determinados governos.

Mesmo a laicização do Estado, com a separação entre esse e a igreja, não é seguido à risca. O poder espiritual da Igreja Católica, ou mais modernamente das igrejas, se faz sentir também no campo temporal, relativos às coisas do mundo. É possível até se falar em um certo utilitarismo religioso.

Lembrem o caso da Amazônia e da interferência da Igreja nesses assuntos. Ou a teimosia de alas de muitas igrejas, com relação a temas polêmicos.

A própria formação de bancadas evangélicas no Poder Legislativo demonstram, na prática, essa inter-relação presente e atuante, que desmente a laicidade do Estado. O mesmo vale para as Forças Armadas, chamadas na Constituição de 1988 a ser a guardiã dos poderes nela estabelecidos, sempre tiveram e ainda têm protagonismo político em vários momentos de nossa história, agindo decisivamente em muitas ocasiões. De uma forma até surpreendente, o atual presidente da República, a despeito do que esta constitucionalmente assente, tem tanto em relação às Forças Armadas quanto em relação às bancadas religiosas que o apoiam um certo comprometimento que vai muito além dos impeditivos jurídicos dispostos na Constituição.

Tudo isso demonstra, de forma clara, que essas instituições, tanto armadas como religiosas, são um esteio importante desse governo e de outros no passado. De uma certa forma, as tentativas do ex-presidente Lula buscar uma aproximação com os religiosos, “forçando a barra” ao visitar o papa Francisco, correspondem a esse reconhecimento do poder temporal das igrejas ou mais precisamente do fenômeno da “espiritualização da política”, não como uma ação de busca da luz divina, mas, simplesmente, de busca do poder terreno.

Não se enganem. Para políticos dessa natureza, caso fosse concedida a ventura de encontrar o próprio cálice do Santo Graal, contendo o sangue de Cristo, a primeira e mais rápida providência seria derreter o recipiente de ouro para vendê-lo no primeiro mercado do caminho.

 

 

A frase que foi pronunciada

“Tudo o que pode ser dito ode ser dito claramente.”
Ludwig Wittgenstein, filósofo

Foto: Wikipedia

 

Alegria, alegria!
Você que abriu mão do carnaval, já pode baixar o aplicativo da Receita para a Declaração de Imposto de Renda 2020. Quem tem certificado digital receberá parte do arquivo já preenchido.

 

Final infeliz
Aumentam as reclamações contra o laboratório EMS. Medicamentos de uso contínuo sumiram das prateleiras deixando milhares de pacientes sem alternativa. Nesse caso, o medicamento genérico cloridrato de amilorida mais hidroclorotiazida está fora de circulação. O colírio de Euphrasia também foi abolido. Sem a menor satisfação aos consumidores.

Foto: www.ems.com

 

Outros tempos
Há 42 mil famílias prontas para a adoção e 4,9 mil crianças aguardando um novo lar. No passado, num mundo sem apologia à violência, as mães entregavam a criança na roda dos enjeitados ou a algum casal de amigos que não podia ter filhos, deixavam a criança abandonada num cesto, tocavam a campainha e iam embora. O amor fazia o resto.

 

CyBeR
Saiu a pesquisa da britânica GlobalWebIndex. O Brasil é o segundo país que mais fica conectado às redes sociais. As Filipinas lideram o ranking. A empresa britânica usa os dados para insights impactantes, definição de público-alvo, comparação de mercados globais e várias ferramentas estratégicas.

Ilustração: reprodução da internet

 

História de Brasília

O que acontece é isto: há uma área para embarque e desembarque onde ninguém estaciona. Vai daí o verde-amarelo chega, para ali mesmo, e quem quiser que salte na lama, porque o pátio de desembarque está ocupado pelo carro do governo, que está desorganizando o serviço. (Publicado em 16/12/1961)

Legendas e serpentes

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Charge: Elias / Agência RBS / Agência RBS

 

Em tempos de crise, é comum aos homens, desde o surgimento das primeiras civilizações, se fecharem em si em busca de um caminho individual que resguarde a sua integridade e a dos seus entes próximos. Nesse caminho individual em busca de salvação, e longe das convenções e da sociedade, a única estrada a ser trilhada é aquela que aponta em direção oposta às multidões e, principalmente, à política dessas multidões e ao seu modo de vida coletivizado, sem identidade e sem ética.

Tem sido assim desde os primórdios e, de acordo com a natureza humana, será dessa forma ainda por muito tempo. Esse parece ser o contexto exato em que o Brasil, assim como muitos países pelo mundo, vive neste momento. Há na civilização ocidental um claro descrédito em relação aos modelos atuais de governo. No Brasil, esse fenômeno é mais claro e tem sua origem não especificamente no modelo de governo, mas na qualidade dos políticos e dirigentes que orbitam os Poderes da República e que, para a maioria da população, está num patamar entre o medíocre e o ruim.

Claro que o descrédito nos homens que operam o governo acaba se refletindo no próprio conceito do que seja política. Como consequência desse desencanto generalizado, a população tende, na primeira oportunidade que surge, votar e eleger candidatos que se apresentam contra o sistema. Não importando quem sejam eles.

A renovação parlamentar, que, na última eleição, ficou em quase 50%, a maior em muitas décadas, assim como a eleição do presidente Bolsonaro, um candidato pouco expressivo e que justamente se autoproclamava antiestablishment, demonstrou, na prática, a tendência dos eleitores em votar com o objetivo apenas de derrotar o que acreditam ser a velha política. É o voto contra. E esse é um tipo de voto que tem seu custo elevado as alturas e que, não raro, decepciona.

A velha política se apresenta mais resistente que o voto de protesto e mesmo que o ato de não votar, e por um motivo básico: tem, entre nós, raízes históricas e bem fundadas, pois trata de promover financeiramente todos aqueles que a ela aderem sem quaisquer freios éticos. Para isso, a filiação e a possibilidade real de qualquer novo postulante vir a ser lançado como candidato oficial de uma legenda, por si só, já representa um filtro realizado pelos donos dessas agremiações.

Disso depreende-se que votar em novos candidatos filiados a velhos partidos na esperança de derrotar o antigo modelo Estado que muitos denominam de cleptocracia jamais será possível sem uma reforma política que acabe com o modelo de partidos que temos na atualidade.

Outro meio, e talvez mais curto, para inaugurar o que seria uma nova República é aceitar a fórmula de candidaturas em avulso, com postulantes libertos das algemas partidárias. De toda a forma, o perigo maior está em os eleitores deixarem de lado o voto de protesto, por sua ineficácia, e partirem, em massa, para uma atitude antipolítica, com desinteresse total pela política, o que poderia, de uma vez só, escancarar as portas do Estado para governos de características anárquicas e extremistas.

Posto dessa maneira, não é difícil imaginar que é do ovo chocado no ventre das dezenas de legendas que aí estão que podem nascer o governo e o Estado que todos temem.

 

 

A frase que foi pronunciada
“Tudo o que pode ser dito, pode ser dito claramente.”
Ludwig Wittgenstein, filósofo austríaco, naturalizado britânico. Foi um dos principais autores da virada linguística na filosofia do século XX

Foto: Wikipedia

 

 

Biblioteca
A Câmara dos Deputados e o Senado preparam um evento no auditório Nereu Ramos, a partir das 9h, com várias reuniões de discussão sobre o tema.

Foto: camara.leg

 

Sem rodeios
Rosely Sayão, educadora, foi indagada por uma mãe sobre por que razão é tão difícil dizer não a uma criança. Como se diz não ao pequeno? Perguntou a marinheira de primeira viagem, numa angústia indisfarçável. “Olha para ele e diz ‘não”. A verdade é que os pais não querem bancar o que vem depois do não. A birra, o choro, a revolta. Mas tem de bancar, pois é função deles fazer com que a criança faça aquilo que é bom para ela. Porque isso, ela não sabe. A criança só sabe o que gosta e o que não gosta.

Charge do Duke

 

Incomum
Maria Teresa Belandria, embaixadora extraordinária da Venezuela em Brasília, reconhecida por Juan Guaidó, trabalha em um quarto de hotel com computador e impressora. Elabora a agenda, encontros e jantares. No Setor de Embaixadas, o prédio é ocupado pelo staff de Maduro.

Foto: UESLEI MARCELINO (REUTERS)

 

História de Brasília
Doutor Valmores Barbosa, com as obras no aeroporto, o estacionamento está desorganizadíssimo. Os abusos dos chapa-brancas e verde-amarelo, então, são incontáveis. Ou é proibido o estacionamento a todo o mundo, ou então não é para ninguém. (Publicado em 16/12/1961)