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com Circe Cunha e MAMFIL
Para o fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, o declínio da abertura da economia global está prejudicando a competitividade e tornando cada vez mais difícil, para os líderes mundiais, manter o crescimento de forma sustentável e inclusiva. Essa avaliação vem a propósito da divulgação agora, pelo Fórum (WEF) em parceria com a Fundação Dom Cabral, da relação contendo o ranking das 138 economias mais competitivas do planeta.
Nessa nova relação, o Brasil aparece na vexatória 81ª posição, atrás de países vizinhos, como Chile, Colômbia e Peru, inclusive de seus parceiros no Brics. Trata-se da pior posição entre as economias emergentes, e a situação vem piorando desde 2012. Um dos itens que mais chama a atenção para o desabamento do Brasil no ranking é justamente o que trata da inovação. Nesse quesito, o Brasil desceu da 84ª posição em 2015, para a 100ª colocação em 2016. A importância da inovação e da educação na atividade econômica de um país é dada pelo fato de que apenas os países que conseguiram ,de alguma forma, superar as barreiras do analfabetismo, investindo maciçamente em educação e em pesquisas ou estabelecendo pontes entre universidades e a indústria para a criação de novos produtos e novas tecnologias é que conseguiram disputar como nações altamente competitivas.
Não existe economia consistente e competitiva onde não há investimentos pesados nem empenho permanente do governo em educação e pesquisa. Ao item inovação se ligam, por extensão, todos os demais fatores que ajudam a retardar o desenvolvimento do país. A própria confiança nas instituições, decorrente do descrédito acentuado nas lideranças políticas na última década, é forte componente que emperra a economia, minando a adesão e a vontade de investidores sérios.
O elevado deficit nas contas públicas, resultante da adoção de um conjunto de políticas externas equivocadas, que levaram o Brasil a dar preferência e a aderir ao eixo de países como a mesma posição ideológica, caso dos países bolivarianos, começa a apresentar os elevados custos negativos dessa opção. Para Carlos Arruda da Fundação Dom Cabral, “a crise econômica e política que se deteriora desde 2014, associada a fatores estruturais e sistêmicos, como sistema regulatório e tributário inadequados, infraestrutura deficiente, educação de baixa qualidade e reduzida produtividade, resulta em uma economia frágil e incapaz de promover avanços na competitividade interna e internacional” .
Para os pesquisadores, os países com os mais sofríveis índices de competitividade são justamente aqueles cujas instituições são fracas e desacreditadas pela população, a infraestrutura é deficiente e a educação é de baixa qualidade e não inclusiva, além, claro do péssimo sistema público de saúde. Temos ainda muito chão pela frente se quisermos nos igualar a países como Cingapura, 2 º colocado no ranking e, até pouco tempo atrás, era tido como subdesenvolvido e na rabeira do mundo.
A frase que não foi pronunciada
“Não adianta dar banho em porco. “
Chiquinha, muito chateada com as ordens da mãe
Corpo
» Mais um ano com a promessa de acabar a economia mais inútil do país. Se a hora de trabalhar começa mais cedo, é preciso acender a luz, se é assim, não há economia. A não ser que o número de desempregados venha a compensar. O deputado federal catarinense Valdir Colatto autor do projeto de Lei 397/2007, que acaba com o horário do verão, declarou que a justificativa para os trabalhadores acordarem mais cedo é a mesma usada nos milhões de reais gastos pelo SUS para o atendimento dos prejuízos à saúde. O projeto está na Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados.
Idepe
» Pernambuco está fazendo a mudança na educação por conta própria. O segredo para o sucesso alcançado foi simples. Convencer pais e mães a participarem do desenvolvimento dos filhos. Dezoito dos 20 colégios com bom desempenho detectado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco são do interior.
Saudades
» Essa prerrogativa do valor social das propriedades poderia fazer voltar com que os porteiros morem nos prédios que trabalham. Era assim no início de Brasília e era muito bom. José Ivo e José, o baixinho, e Chico eram os porteiros dos blocos K e J da 305 Sul. Moravam lá e compartilhavam a história com os moradores. Quem mudou isso não teve sensibilidade para entender a nova capital.
Patrimônio
» Por falar nisso, o Antonio, empacotador do Pão de Açucar do Lago Norte, foi demitido. Era terceirizado, mas o Pão de Açucar poderia contratá-lo. Desde quando a SAB ocupava aquele espaço, o Antonio fazia as honras da casa. Atencioso e prestativo. Hoje, com 4 filhos, voltou à estaca zero, vendendo saco de lixo no estacionamento.
História de Brasília
Acompanhando o desenvolvimento da cidade dia a dia, o sr. Mauro Borges bem vê o que será o futuro de Brasília, se a sua administração obedecer a um esquema político.
(Publicado em 15/09/1961)