Autor: Circe Cunha
No primeiro semestre de 2014, por exemplo, segundo dados da Secretaria de Educação, 6.122 alunos foram matriculados no primeiro segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desse total, 2.023 foram reprovados, e 2.065 abandonaram. Somando o abandono e a reprovação, 4.088 alunos não foram beneficiados pelo ensino noturno naquele ano.
Considerando a modalidade de EJA no Distrito Federal, os números são os seguintes: dos 51.621 alunos matriculados, em 2014, 12.109 foram reprovados e 19.599 abandonaram. Somando abandono e reprovação, os números mostram que, para 31.708 alunos, não houve resultado positivo nas escolas.
Está havendo uma onda de boatos muito grande, e a culpa é, principalmente, das Forças Armadas, que não esclarecem a situação. Os gabinetes são inacessíveis, e surgem, daí, as conjecturas. (Publicado em 27/8/1961)
Desde tempos imemoriais e por motivos óbvios, a humanidade buscou se estabelecer e desenvolver as cidades ao longo dos cursos de água potável. Dessas civilizações antigas, fundadas às margens dos rios (civilizações potâmicas), o destaque são os egípcios, ligados ao Rio Nilo; os mesopotâmicos, fixados no vale fértil entre os rios Eufrates e Tigre; e os indus, assentados ao longo do sagrado Rio Ganges.
Aqui no Brasil, o grosso das nações indígenas também ergueu as aldeias próximas aos grandes cursos d’água doce. A relação de dependência da água era reconhecida e por isso mesmo os rios eram adorados como verdadeiras divindades, fertilizando e irrigando as terras, tornando-as propícias para a prática da agricultura, a pesca, os transportes, a fabricação da cerâmica, entre outras dádivas de vida trazidas pelas corredeiras de água. É sabido ainda que algumas culturas simplesmente desapareceram devido às secas prolongadas e à consequente extinção dos cursos d’água, como parece ser o caso de Ankor, na Ásia, um complexo urbano erguido no século 8º, com uma área que se estendia por aproximadamente 650km, onde viviam mais de 750 mil habitantes.
Milhares de anos depois, a humanidade continua dependendo dos mesmos recursos naturais, mas com uma diferença significativa e preocupante: o aumento da população e o consequente aumento da produção de bens têm levado não só ao esgotamento acelerado dos recursos, mas, sobretudo, têm provocado crescente poluição das águas, tornando-as impróprias para o consumo humano. Ironia das ironias é ver São Paulo, a maior e mais rica das cidades da América do Sul, sofrer com os rigores da falta de água provocada pela estiagem prolongada que simplesmente secou e exauriu grande parte dos reservatórios de água potável. Pois essa mesma cidade é cortada, quase ao meio, pelo caudaloso Rio Tietê, convertido agora em um enorme esgoto a céu aberto.
O descaso com esse importante rio paulista também se repete Brasil afora, já afetando até o maior rio do planeta em volume d’água, o Amazonas. O Nordeste convive hoje com a maior seca dos últimos 30 anos. Pelos cálculos do Ministério da Integração Nacional, mais de 100 importantes cidades nordestinas estão enfrentando sério colapso no abastecimento. A escassez de água tem prejudicada a agricultura e a geração de energia. Projetos importantes como a produção de frutas ao longo do Rio São Francisco estão sendo reorganizados ou abandonados, tragados pela seca incomum. Cerca de 50 milhões de brasileiros nas regiões Sudeste e Nordeste estão com o fornecimento de água e luz comprometidos ao extremo.
Trata-se de situação que, segundo especialistas, só tende a se agravar. Para um país que até pouco tempo atrás se gabava da quantidade e variedade de suas bacias hidrográficas, a situação está no vermelho. O pior é que tanto o governo quanto a população parecem indiferentes ao quadro e seguem ou com políticas insuficientes para o problema ou, no caso da população, consumindo nos mesmos níveis anteriores.
“Eleição na Desordem dos advogados do Brasil.”
Frase no ar depois da briga entre chapas
Missiva do professor Davi Moreira que aproveitamos para informar nossos leitores mostra a falta de estrutura das escolas públicas do DF. Ele observou que o calor afetou o resultado das provas. Mais da metade dos alunos não conseguiu alcançar a média de cinco pontos. A família precisa se inteirar do que se passa na escola. Para bom rendimento, além da capacidade dos professores, as condições físicas da classe são fundamentais
As escolas públicas poderiam adotar o Dia dos Professores para homenageá-los. Diretores, alunos, funcionários e, principalmente, os pais teriam a chance de externar os agradecimentos pelo progresso dos filhos. Medalhas, prêmios e reconhecimento também refletem na educação.
Segundo a Norma Brasileira nº 17 ( NR 17), a temperatura ideal para uma sala de aula deve estar entre 21º e 23ºC, e o nível de ruído, em 50 decibéis. Apesar da recomendação, é difícil encontrar na capital do país uma sala de aula que tenha sido objeto de preocupação ambiental em sua construção e ofereça conforto adequado aos alunos. A estrutura das escolas públicas no DF é inadequada para a oferta de ensino de qualidade, essa é a constatação.
Para combater o desconforto da sala de aula e mostrar que é possível maior rendimento em ambiente confortável, o professor de português Davi Moreira conseguiu, em junho de 2013, com ajuda de um deputado federal de Goiás, Pedro Chaves, 10 aparelhos de refrigeração do ambiente para o CEF 4 de Planaltina. Agora cabe a pergunta: E as emendas de Orçamento que os parlamentares do DF designaram para a Educação?
» Dados divulgados no documentário O sacrifício dos inocentes” (íntegra em www.atvdopovo.com.br ), do Jornal Tribuna Distrital, mostram que, em 2012, 19% dos alunos da Educação de Jovens e Adultos abandonaram a escola sem concluir a modalidade e 19,8% não foram aprovados. No ensino fundamental, 5.747 alunos abandonaram as escolas e 41.060 foram reprovados. Em Planaltina, por exemplo, em 2012, 13,26 % dos estudantes foram reprovados no diurno e 13,05% no noturno. Na cidade, 42,76% dos alunos abandonaram a escola no mesmo ano.