Prisioneiros das próprias contradições

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Em encontro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, que acontece nesse fim de semana em Brasília, lideranças de todo o país discutirão novos rumos para a legenda após a derrota sofrida nas últimas eleições.  É com base na análise detida da performance do partido em outubro passado que sua cúpula pretende traçar novas estratégias para esses próximos anos e para as eleições de 2022. Pelo menos é o que está previsto para acontecer.

No entanto, para aqueles que conheceram o partido por dentro e que hoje adotaram uma postura de distanciamento e de crítica, o encontro em Brasília é uma tentativa desesperada da legenda para não naufragar nesses próximos quatro anos, diante não apenas dos significativos 11 milhões de votos a mais colhidos pela direita, mas, sobretudo, pela grande rejeição demonstrada pela população em relação a legenda.

De fato, o que motiva esse encontro, mais do que táticas políticas na formação de frentes amplas de partidos da esquerda, é o temor de que o crescente antipetismo, expressado pela sociedade e verificado em todos os patamares da pirâmide social, acabe empurrando o Partido ladeira abaixo, transformando-o numa legenda significativa apenas nos grotões mais miseráveis do país. A tentativa de atrair nesse encontro a simpatia de partidos como o PDT, PCdoB e PSB para a formação de uma força conjunta contra o governo Bolsonaro, é, no presente momento, a única estratégia para dar uma sobrevida ao partido.

É claro que, nessa altura dos acontecimentos, os partidos de oposição que sempre tiveram um protagonismo periférico nos governos petistas desconfiam que temas como frente ampla e outros discursos do gênero escondam ainda a pretensão hegemônica do PT de soerguer-se individualmente e de maneira isolada e mesquinha. Nesse caso não seria surpresa se, mais uma vez, o lulopetismo utilizasse essas legendas apenas como tábua de salvação para não submergir a maré crescente do conservadorismo.

Uma observação pertinente que cabe não só aos petistas, mas sobremaneira a todos os partidos de esquerda é que todos eles ainda não compreenderam que o Brasil, por sua formação histórica e por diversos outros fatores, é um país conservador. Se isso é bom ou ruim, pouco importa. O importante é saber que nenhum partido possui o condão de mudar essa realidade factual. Analisado por esse viés, até mesmo o próprio Partido dos Trabalhadores é, por sua insistência em ser dirigido, desde sempre, pelo mesmo grupo, uma legenda conservadora.

É preciso notar aí, que a rigor, se fossem utilizados os dispositivos previstos não só na Constituição, como na legislação eleitoral, há muito essa legenda teria o seu registro cassado.

São evidentes e fartas as provas, em mãos da justiça, que atestam que, por anos, esse partido recebeu grandes somas de dinheiro oriundas de desvios nas estatais, via empreiteiras interessadas nesse nicho criminoso. A inutilidade de encontros e de discussões como essa torna-se patente quando se verificam que, por detrás de pregações de renovação, o partido não consegue ocultar o desejo de ver sua maior liderança, hoje condenado e preso, subir novamente a rampa do Planalto.

A insistência em manter, no controle da legenda, lideranças publicamente desgastadas e até mesmo repudiadas pela população é uma prova de que o PT, assim como seu fundador, estão todos juntos trancafiados numa cela da Polícia Federal em Curitiba. Vítima de suas próprias contradições, o petismo não consegue se libertar de seu passado recente e do fato de que é propriedade daquele que jura nada possuir em seu nome!

 

A frase que foi pronunciada:

“Bicudo combateu a ditadura militar e a do PT.”

Reale Jr, advogado

Foto: exame.abril.com.br

Valorização

Deputado federal Augusto Carvalho quer alterar um parágrafo de lei com uma proposta interessante. Um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.

Foto: solidariedade.org.br

Sem nexo

É incompreensível que para a seleção de estagiários seja exigida experiência profissional.

Imagem: clubedebolsas.com.br

Dúvida

Ninguém estranhou que um general assessorasse o ministro Dias Toffoli? Mais que isso. Que um general fosse substituído por outro general para continuar a assessoria? Mais um pouquinho. Que o primeiro general que o assessorava viesse a ser nomeado Ministro da Defesa?  Devo estar vendo muitos filmes.

 

Novidade

Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação será obrigatório que as escolas e universidades divulguem os resultados obtidos em sistemas oficiais de avaliação.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Nunca foi tão alto o número de títulos protestados em Brasília. Em alguns casos, são aventureiros, mas em outros são comerciantes honestos e trabalhadores, que estão sufocados pela suspensão das obras da cidade. (Publicado em 07.11.1961)

Educação, o maior desafio

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Um giro pelas escolas públicas das principais capitais brasileiras dá uma mostra da situação de abandono e descaso com que a questão da educação é tratada por seguidos governos. Buscar uma explicação racional para a violência recorrente, entre alunos e entre eles e professores, torna-se desnecessário, uma vez que as escolas, bem ou mal, reproduzem intramuros, o mundo exterior. Só no estado de São Paulo, de longe o mais rico do país, todos os dias, dois professores registram boletins de ocorrência, relatando agressões dentro de sala de aula. Em Brasília a situação não é diferente. O mais curioso é que a questão da violência dentro das escolas não escolhe regiões centrais nem periféricas. Todas, de igual maneira, registram os mesmos e tristes casos.

De acordo com a OCDE, 12,5% dos professores brasileiros confessaram ter sido vítimas de violência ou de intimidação de alunos, pelo menos uma vez por semana. O problema da violência contra o professor, por seus aspectos mais profundos, acaba por repercutir diretamente em todo o sistema de educação, criando profissionais desmotivados, com sérios problemas de saúde física e mental. Não raro, eles pedem afastamentos prolongados ou mesmo desligamento da instituição.

A questão de exercer a autoridade, fundamental para o desenvolvimento de todo o amplo e laborioso processo ensino e aprendizagem, requer, de antemão, do professor, enfrentar o dilema de como exercitá-la, numa sociedade impregnada pelos mais diversos tipos de violência, e em que a autoridade é vista como elemento indutor da agressividade. Além disso, há tolerância extrema de muitos pais para o comportamento impróprio dos filhos. Se a escola entra em contato, a reação é abarcar a criança como se educar fosse um castigo que não pode pesar mais ainda na balança da ausência. Pais omissos e ausentes compensam o peso na consciência com a permissividade. Há também uma boa gama de pais que não educam por preguiça. Educar é uma tarefa contínua, habitual, trabalhosa e compensadora.

Existem educadores que não negam a existência de um certo quantum de violência produtiva na relação professor-aluno, e que esse elemento se torna condição sine qua non para o funcionamento e efetivação da instituição escolar. É sintomático observar, contudo, que as escolas, onde a disciplina é levada a sério e as mais leves faltas não são toleradas, são justamente aquelas em que o rendimento escolar é mais significativo e os próprios alunos sentem maior confiança e segurança.

No processo ensino-aprendizagem, o fator disciplina é essencial. Disciplina, por sua vez, só se obtém com o exercício da autoridade. Ocorre que a autoridade, ao ser exercida de modo efetiva, acaba resultando em conflitos de interesses que, normalmente, entre nós, descambam para a violência. Esse é o dilema atual de nossas escolas públicas, inseridas e imersas até o pescoço numa sociedade extremamente violenta e desigual.

 

A frase que foi pronunciada:

“É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.”

Immanuel Kant

 

Sem limites

Dois minutos para se ambientar em um quarto escuro são suficientes. Assim acontece com a corrupção. Quando a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, disse que Pezão operou em um esquema de corrupção próprio, dá a impressão de que o modus operandi era sempre o mesmo entre todos os corruptos. Pezão era diferente porque, segundo dados documentados, em dezembro, ele exigia um adicional como 13º de propina.

Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo (g1.globo.com)

Compartilhe!

Nessa segunda-feira, 3 de dezembro, um concerto gratuito imperdível. Momentos memoráveis da obra de Haendel, O Messias. Quem convida é o Madrigal de Brasília, da Escola de Música (L2 Sul, Quadra 602), sob a regência de Isabela Sekeff. O grande homenageado da noite será o maestro Emílio de César, regente que viu a cidade nascer e que formou grande parte dos músicos da capital. Veja o cartaz no blog do Ari Cunha.

 

Prevenção

Mutirão de Prevenção ao Câncer de Pele organizado pelo HRAN, das 9h às 15h, hoje. Com exame preventivo de graça.

Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press

 

Solução

Podem falar o que quiser dos chineses. Justiça seja feita. Uma vez contatados para fechar algum negócio, são incansáveis em atender cada vez melhor. Vários contatos diários, soluções rápidas, apresentação de alternativas, tudo para resolver.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O nosso trabalho em defesa da cidade não poderia deixar de apresentar ao prefeito Sette Câmara um balanço da situação em Brasília. Este é o nosso intuito, na coluna de hoje. (Publicado em 07.11.1961)

Comemorações incômodas

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Foto: Valter Campanato/ABr

Com as prisões, realizadas agora pela Força-Tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT), de Rafael Barbosa e Elias Miziara, dois ex-secretários de Saúde da gestão do petista Agnelo Queiroz, vai, aos poucos, se confirmando o vaticínio dessa coluna de que a emancipação política da capital era um enorme erro que traria para a cidade os mesmos vícios e prejuízos decorrentes da atuação inescrupulosa de políticos já verificadas há muito tempo em outras unidades da federação.

Assim, a lista de políticos e de escândalos vão se sucedendo desde então, aumentando, na mesma proporção em que se deteriora e compromete a qualidade de vida dos cidadãos e o futuro da capital. De fato, desde o primeiro dia da implementação da maioridade política da capital, não houve, até o presente momento, absolutamente nenhum período de gestão política em que os escândalos envolvendo GDF, Câmara Legislativa ou representação federal não ocupassem as manchetes policiais dos jornais diários.

As sucessões de escândalos, a maioria por corrupção, se tornaram um fato até comum ao logo desses últimos anos. Obviamente que os mais afetados com esses desvios de conduta dos dirigentes eleitos, é a população, sobretudo aquela de menor renda, que depende diretamente dos serviços públicos.

Pela qualidade sofrível dos serviços de saúde, transporte, educação e segurança e pelo volume enorme de reclamações registradas a cada instante pela sociedade, pode-se constatar as reais consequências da ação deletéria dessas lideranças locais ao longo do tempo. O pior é que a população ainda é obrigada a financiar os altos custos dessa pantomima democrática através dos fundos eleitorais e ainda patrocinar salários e mordomias nababescas a esses mesmos personagens ao longo de quatro anos.

Não fosse a ação enérgica de parte da justiça, principalmente do MPDFT, muitos desses políticos ainda estariam agindo livremente dilapidando os recursos públicos. Nesses trinta anos de emancipação, as comemorações podem ser medidas ou por monumentos concretos como o Estádio Mané Garrincha ou o Centro Administrativo do GDF em Taguatinga (Buritinga), exemplos claros de desperdício de dinheiro público e corrupção, ou por datas e efemérides como os nove anos, completados agora, pelo escândalo revelado pela Operação Caixa de Pandora, conforme publicações do Correio Braziliense.

Naquele episódio, Brasília foi a pioneira como a primeira cidade a ter um governador preso durante o mandato. A questão com esse tipo específico de democracia que adotamos, em que a escolha dos representantes da população se faz entre os menos piores de um grupo, é que a baixa qualidade dos eleitos possui em seu interior o condão de fazer com que esse tipo de democracia deixe de ser uma solução para se transformar num problema de grandes proporções.

 

A frase que foi pronunciada:

“Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies.”

Machado de Assis

Foto: escritas.org

Parcerias

Escolas rurais que desejarem parceria com a Emater podem fazer parte do projeto de ações de educação ambiental. As práticas começam nas escolas e se estendem pela comunidade. Telefone: 33119368 (Geamb – Gerência de Meio Ambiente).

Foto: emater.df.gov.br

Leitor

Fernando Gomide envia esse protesto: Emenda introduzida pelo deputado José Carlos Araújo (PR-BA) no substitutivo do deputado Danilo Fortes ao projeto de lei do Senado Federal que trata da Lei Geral das Agências Reguladoras, já aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, permitirá, caso passe pelo Senado, que dirigentes de partidos políticos ou de campanhas eleitorais possam ser indicados para ocuparem cargos na administração das empresas estatais. Isso é uma afronta a uma decisão do Senado Federal, de cerca de dois anos atrás, que proibiu essa prática.

 

EBC

Em parceria com a rádio Força Aérea FM, a Rede Nacional de Rádio oferece o programa “Um voo pela história”. Veja os links no blog do Ari Cunha.

Logo: fab.mil.br/radio
Com dez episódios, o programa traz curiosidades da história do Brasil e do mundo. Confira!
1 – Curiosidades sobre a Independência do Brasil
2 – As outras invenções de Santos Dumont
3 – O surgimento da imprensa no Brasil
4 – As primeiras transmissões de rádio no Brasil
5 – A evolução da fotografia
6 – A viagem de Cristóvão Colombo
7 – A origem do futebol
8 – O Brasil na Primeira Guerra
9 – O pioneirismo de Mauá
10 – Os bastidores da Proclamação da República

 

Ainda

Na avaliação do Inep, o baixo desempenho dos estudantes brasileiros está ligado também ao alto índice de repetências, que acabam por desestimular os alunos. Para a secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães, “o Brasil não melhorou a qualidade e nem a equidade nos últimos 13 anos, principalmente. A única melhora do país foi no fluxo. É importante registrar que 77% dos estudantes que fizeram o Pisa estão no ensino médio.”

Charge do Lute Cartunista

Reclamações

A Receita Federal e a Secretaria da Fazenda do DF devem respeitar a Constituição Federal, Lei da Transparência e Lei de Acesso à Informação. As notificações e os boletos de pagamento não discriminam nem esclarecem a que se referem.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Boeing de hoje, procedente de Nova Iorque poderá trazer um passageiro muito importante para Brasília: o prefeito Sette Câmara. (Publicado em 05.11.1961)

A norma dos vivos

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Charge: expresso.pt (danbio.wordpress.com)

Quem já ficou internado em hospital público ou privado e, de alguma forma, pôde observar, com atenção, como se processa a mecânica da rotina diária dentro desses estabelecimentos, com certeza, identificou inúmeras falhas de procedimento, algumas graves, ocorrendo a cada hora e que podem facilmente levar um paciente a óbito por erro hospitalar. Engana-se quem acredita que essas barbeiragens ocorrem apenas nos hospitais do Estado. Todos, invariavelmente, cometem erros primários, principalmente por causa da ação humana incorreta.

Um exemplo simples desses procedimentos incorretos e que, não raro, ocasionam graves consequências para os internados com baixa imunidade, está localizado bem diante de todos, mais precisamente nas maçanetas das portas. Nesse exato local, por dezenas de vezes ao dia, praticamente todas as mãos dentro de um hospital tocam e acionam. Do pessoal da limpeza, passando pela equipe responsável pela alimentação, por médicos, enfermeiros, atendentes e familiares, todos têm na maçaneta das portas seu ponto comum de contato e de proliferação de germes e bactérias.

Fosse esse o erro mais comum e que muitas vezes passa desapercebido por todos, o problema seria de fácil solução, com a adoção de um outro mecanismo para abrir e fechar portas. A esses deslizes no procedimento dos profissionais, se somam uma infinidade de outros erros e desatenções que custam a vida de 6 brasileiros a cada hora. Em comum a esse número espetacular de óbitos hospitalares é que todos eles ocorrem dentro dessas instituições, ocasionados por erros e falhas de assistência ou de procedimentos básicos de atendimento e que, em muitos casos, poderiam ser facilmente evitados ou minorados.

Em 2017 quase 55 mil pessoas perderam a vida dentro dos hospitais do país em decorrência de maus procedimentos e de infecções contraídas dentro dessa área que deveria ser de saúde. A situação chegou a um tal ponto que muitos médicos passaram a recomendar o mínimo de tempo possível de internação. As chances de um doente vir a óbito dentro de nossos hospitais crescem para cada dia de permanência.

Eventos como a septicemia, pneumonia, infecção urinária, infecção do sítio cirúrgico, complicações com acessos, dispositivos vasculares e outros dispositivos invasivos, lesões por pressão, erro no uso de medicamentos e complicações cirúrgicas, como hemorragia e laceração, ocorrem todos os dias em proporções alarmantes.

Além disso, muitos hospitais não possuem programa de prevenção a casos de parada cardiorrespiratória, insuficiência renal aguda, aspiração pulmonar, hemorragia pós-operatória e insuficiência respiratória aguda, entre outras ocorrências. Com esses eventos adversos, mais de R$ 10 bilhões são desperdiçados a cada ano, apenas no sistema privado de saúde.

Segundo pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), os erros hospitalares provocam 150 mortes por dia, ou seis a cada hora. O pior é que de cada 10 mortes registradas pelos “eventos adversos graves”, 6 poderiam ser evitadas com a adoção de procedimentos corretos. O mais grave e mais bizarro é que mesmo cometendo erros fatais, os hospitais são pagos de acordo com os “trabalhos realizados”, não importando, nesse caso, se o paciente veio à óbito em decorrência de procedimentos incorretos. Com isso, torna-se indiferente para as finanças de um hospital se o paciente melhorou ou se foi direto para o necrotério.

 

A frase que foi pronunciada:

“Os médicos disseram que talvez eu tivesse amnésia pós-operatória. Não tive, mas, pensando bem, com a quantidade de contas que tenho para pagar depois de tantos dias no hospital, até que seria uma boa uma amnésia.”

José Alencar 1931 – 2011

Charge do Jarbas

TTN

Nos domingos, seria um tanto sensato deixar entradas e saídas para o Eixão abertas a partir da quadra 16 Norte.

Foto: facebook.com/eixaodolazer

Esportes

Quantas vezes motoristas de Brasília foram abordados por atletas que angariavam fundos para viagens. Agora chega a boa nova. Brasília ficou com 38 medalhas na etapa nacional dos Jogos Escolares da Juventude, que aconteceu em Natal. Foram 13 medalhas de ouro, 12 de prata e 13 de bronze. As disputas terminaram nessa semana.

Foto: oportaln10.com.br

Chega disso!

Depois da Black Friday, a ressaca moral. Propagandas enganosas, promessas de mentira e fishings para todo o lado. Uma tradição não brasileira está atormentando consumidores. Lojas conhecidas são campeãs no número de reclamações. Veja o ranking do Reclame Aqui no blog do Ari Cunha.

Link de acesso ao ranking: Black Friday no Reclame Aqui

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outro abuso que a Novacap precisa tomar conhecimento: a barbearia que está localizada no prédio da Novacap, nos altos do “Belacap”, paga aluguel irrisório, e, agora, resolveu aumentar escandalosamente o preço do cabelo e barba. (Publicado em 05.11.1961)

Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?

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Foto: g1.globo.com/df

Com a pancadaria ocorrida nessa segunda, um fato ficou definitivamente constatado: a Câmara Distrital não é o lugar apropriado para a discussão do projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). Nem esse, nem qualquer outro documento como o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) que trata da sensível questão urbana da capital. As razões saltam aos olhos. Documentos dessa natureza, por sua importância e tecnicidade para o futuro da capital, não podem ficar entregues à arbitragem de políticos, quando se sabe que muitos deles são notoriamente incapazes de entender um simples texto de 4ª série do ensino fundamental.

Deixar que projeto de tamanha relevância seja decidido por pessoas comprovadamente comprometidas com as inúmeras ocupações irregulares que ocorrem diuturnamente por toda a parte, e que o fazem como forma de angariar votos, é uma irresponsabilidade que trará prejuízos incalculáveis para toda a população do Distrito Federal.

A pancadaria generalizada ocorrida durante o “fórum de debates” organizado pela notória deputada Telma Rufino, presidente, imaginem só, da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) daquela Casa, foi, na verdade, pré organizada pelo pessoal de apoio a essa parlamentar para, claramente, intimidar quaisquer manifestações contrárias ao famigerado e viciado projeto.

Tratou-se, na verdade, de uma cilada construída com a ajuda de brutamontes mercenários, que passaram a agredir professores e técnicos contrários a essa proposta bisonha, que esconde, em suas entrelinhas, interesses escusos e distantes do que almeja a maioria dos cidadãos de bem e de bom senso dessa cidade.

Aproveitando o apagar das luzes dessa legislatura, essa deputada e outros que não têm a coragem cívica de expor o que estão tratando de aprovar, em regime de urgência, discutiram uma matéria de grande interesse apenas para especuladores, empreendedores gananciosos, invasores, grileiros, e políticos astutos.

Caso venha a ser aprovado como está, o LUOS renderá nos próximos anos montanhas de dinheiro para esses grupos organizados e deixará com passivo a destruição definitiva daquela que um dia foi a mais planejada das cidades desse país, orgulho de muitos brasileiros e um exemplo para o mundo todo da nossa capacidade de construir coisas belas.

Ao debitar mais esse desserviço à capital e à população do Distrito Federal, fica a questão histórica: Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?”

Hoje

Novembro Azul e o combate ao câncer de próstata e saúde do homem ainda não acabou. Dr. Diogo Mendes, Diretor de Comunicação da AMBr, convida a população para participar de debates com comprovações científicas da necessidade de prevenção do câncer de próstata, prática que envolve os homens e as mulheres da família. Todos precisam estar engajados, mesmo que de diferentes formas. No evento, médicos de diversas especialidades responderão dúvidas dos presentes.  Hoje, às 19h na Associação Médica de Brasília (AMBr). Inscrições limitadas, gratuitas e certificados serão expedidos depois do evento.

Cartaz: ambr.org.br/noticias

De olho

Maria Lucia Fatorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida, conclama os cidadãos brasileiros a ligar para os deputados federais para que votem contra o PLP 459/2017, que esconde esquema financeiro por trás da propaganda de securitização de créditos. O deputado federal do PSOL, Glauber Braga, disse que não há argumento racional que dialogue com o desespero. Para o deputado, é impossível votar uma matéria que aparenta garantir recursos imediatos para os estados endividados sem vislumbrar a capacidade financeira de estados e Municípios que poderão ter a estrutura quebrada no momento da cobrança. Veja o vídeo de Fatorelli no blog do Ari Cunha.

Alvíssaras

Entre os 10 ganhadores do prêmio Global Teacher Prize, Diego Mahfouz Faria Lima é um orgulho para a classe docente brasileira. Encontrou a Escola Municipal Darcy Ribeiro, em São José do Rio Preto, caindo aos pedaços e com os cacos da auto estima dos alunos espalhados pelo chão. Envolveu os pais na recuperação da escola, criou mecanismos para ouvir os alunos, se havia algum faltante Diego só sossegava depois de visitá-lo para saber a razão da ausência na escola. Dia após dia, Diego foi conquistando todos os que o rodeavam. E em todo o mundo ele está entre os 10 melhores professores reconhecidos pelo prêmio mais importante da Educação.

Surreal

É preciso ter um critério mais apurado para a seleção de profissionais técnicos de enfermagem em hospitais particulares do DF. Os altos preços cobrados não correspondem ao serviço prestado por grande parte da equipe técnica. Ou não sabem aplicar uma injeção, ou não conseguem fazer um acesso, mal prestam atenção no medicamento que será aplicado, dizem que a luva é para proteger o profissional e daí não usam luva, conversam alto nas enfermarias como se estivessem em feiras livres. É realmente um caos! Nas UTIs o quadro é de Salvador Dali. A vulnerabilidade cala os familiares.

Charge do Ivan Cabral

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O dr. Laranja não sabe disto, mas vai ficar sabendo agora. Cortados tópicos do Banco Público do Brasil. É um abuso, porque os aluguéis são baixíssimos, e os mercadinhos pertencem à Novacap, a quem está afeta a tarefa de punir os criminosos da economia popular. (Publicado em 05.11.1961)

Os dois lados do mesmo rio

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Charge do Alpino

Uma frase escrita nesse domingo pelo jornalista Fernando Gabeira, em sua coluna no O Globo, chamou a atenção pela síntese que faz do momento atual que vivenciamos nessa travessia que nos conduz da margem esquerda para a margem direita do Brasil. Disse o articulista: “ideologias se interessam pelas ideias, não pelas pessoas.”

De fato, em todo o tempo e lugar, a preocupação fundamental das ideologias sempre foi a defesa do pensamento e das ideias daqueles núcleos que estão momentaneamente no controle do Estado, exercendo o poder e, por conseguinte, ditando regras aos demais. Regras, que se sabe, não são seguidas pela classe dominante. Na verdade, as ideologias têm servido apenas para ajustar a sociedade ou massas aos ditames emanados de cima, sejam elas de que matizes políticos forem.

Na atual situação experimentada pelos brasileiros ficou mais do que evidente de que os autos intitulados progressistas, capitaneados pelo Lulopetismo, não possuíam, de fato, compromisso algum com a democracia e muito menos com a chamada classe trabalhadora, na qual se apoiava apenas para manter o poder. Exemplo desse descompromisso e desdém pode ser comprovado com a razia promovida por aquele governo nos Fundos de Pensão do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e da Petrobras e dos Correios e porque não dizer, com o FGTS dos trabalhadores brasileiros.

Trata-se, nada mais, nada menos do que o dinheiro da poupança feita com o suor da labuta diária, com vistas a uma aposentadoria mais digna ao final da vida. Mesmo na questão do Programa Mais Médicos, o petismo mostrou, toda a indiferença para com os profissionais cubanos, transformados em meras commodities de Cuba e aqui exercendo um trabalho que muitos consideraram análogo à escravidão, inclusive os próprios médicos.

O mesmo se pode dizer das investigações da Operação Custo Brasil, deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2016, que mostrou como o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e outros petistas desviaram entre 2009 e 2015, mais de R$ 100 milhões, de milhares de funcionários públicos que recorriam ao crédito consignado. Exemplos desse pouco caso com a classe trabalhadora promovido pelo partido que se dizia “dos trabalhadores” estão por toda a parte e confirmam a questão central das ideologias.

De fato, as ideologias se interessam pelas ideias, não pelas pessoas. Com isso, é preciso ficar atento também com as condições que serão postas aos brasileiros que ousaram atravessar a ponte, fugindo dos progressistas, rumo às terras prometidas pelos conservadores. É preciso observar, com cuidado, se, nesse novo paraíso, as ideologias ficarão focadas apenas nas ideias, distante ainda do desejo real da população.

 

A frase que foi pronunciada:

“Uma poesia tem mais poder que o manifesto. Talvez porque nós, os seres humanos, deixamos que as tripas decidam primeiro e depois a razão busque justificativas.”

Mujica, em entrevista

Foto: oglobo.globo.com

 

Humanos robotizados

Fossem juntar, uma a uma, todas as reclamações registradas oficialmente contra o mal atendimento do Banco do Brasil e a elas somassem as múltiplas contrariedades sofridas pelos clientes apenas na última década, com certeza, esse montante superaria, em muito, todos os recursos guardados nos cofres dessa instituição.

Foto: Luiza Garonce/G1

 

Não sabem atender

Com o advento dos computadores, um modernismo em que para os países sérios serviu para melhorar e agilizar o atendimento, o Banco do Brasil parece ter regredido à idade da pedra. A colocação de robôs e de pessoas mecanizadas com script único para todo e qualquer serviço, a qualidade que já era ruim conseguiu piorar.

 

Clientela

Com isso, fica a explicação do por que esse e outros bancos que operam no Brasil têm tanto medo da abertura desse mercado para a concorrência internacional. Fica claro também que essa é outra tarefa gigantesca que o novo governo terá pela frente. Derrubar o muro de Berlim dos bancos que operam no Brasil é uma questão reclamada pela sociedade, principalmente por aquela parcela que não opera com milhões de reais.

Foto: opovo.com.br

 

Comum

Já quem se serve desses bancos para lavar dinheiro e para realizar outras operações ilícitas o fazem sem aborrecimentos e sem que sejam detectadas por quaisquer instituições de fiscalização. Para esses, o atendimento é VIP.

 

Escravidão

33077200. Esse é o número disponível para denúncias sobre o trabalho análogo a escravidão. Já é um passo importante ter a quem apelar. Só que se trata de um telefone fixo do Ministério do Trabalho, que só funciona em horário comercial, embora o assunto exija maior flexibilidade nas denúncias que podem ocorrer na madrugada ou em fins de semana.

Divulgação/Ministério do Trabalho (ultimosegundo.ig.com.br)

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os japoneses da W-4 estão explorando demais nos preços da verdura. Outro dia, um deles disse que havia jogado fora enorme quantidade do produto, e advertido, por uma freguesa, da imoralidade de sua atitude, justificou dizendo que era para manter o preço. (Publicado em 05.11.1961)

Chega de expandir. Agora é melhorar.

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Foto: wbrasilia.com/cidadeverde

Questões como impactos ambientais e outras avaliações de infraestrutura ficam para posteriori ou nem isso. O que parece nunca ocorrer, nesse caso, é o estabelecimento de políticas sérias para o atendimento de moradias para professores, bombeiros, policiais e outras categorias profissionais que depois de décadas de serviço não conseguem adquirir a tão sonhada casa própria.

Como as medidas de expansão a qualquer custo se tornaram um mote da maioria das campanhas ao governo do DF, a única saída encontrada por cada governador que chega ao cargo é alargar as áreas residenciais, mesmo contrariando pareceres dos órgãos de planejamento e de preservação ambiental. Não se discute aqui a necessidade primária de moradia para muitas famílias na capital. O problema é que essa questão sensível, e que deveria envolver sobretudo e apenas planejadores com expertise no assunto, virou, dentro das velhas tradições, um assunto de caráter restritamente político. Constrói-se, nesse sentido, zonas residenciais inteiras apenas para atender apoiadores de campanhas, simpatizantes, correligionários ou outros financiadores eleitorais. Medidas como essas, se repetem a cada eleição, beneficiando, de forma direta, grandes empreendedores e grupos milionários ligados ao setor de imóveis.

Desde a emancipação política da cidade, essa coluna vem alertando para a gravidade dessas expansões sem freios para o futuro da capital. Muito mais importante e urgente do que discutir longamente os diversos e complexos documentos como PDOT, LUOS, e mesmo a Lei Orgânica do DF, é fazer acrescentar nessas escrituras oficias, dispositivo que vetassem políticos de passagem pela cidade, de legislar e decretar ordens de serviço sobre questões envolvendo expansão e construção de novas áreas residenciais.

Assuntos desse nível de complexidade deveriam caber, restritamente, a conselhos formados por técnicos gabaritados nas diversas áreas do planejamento urbano. O problema aqui é adequar a área do quadrilátero do DF, que é fixada de forma permanente, com as promessas feitas pelas sucessivas administrações políticas que virão sucessivamente a cada nova eleição.

 

A frase que foi pronunciada:

“De longe, a maior e mais admirável forma de sabedoria é necessária para planejar e embelezar cidades e comunidades humanas.”

Sócrates

 

Agenda

Brasília sedia o 5º Seminário Internacional Água, Floresta, Vida e Direitos Humanos. O evento é promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Escola Superior do Ministério Público (ESMPU).  Os avanços e desafios da proteção ambiental no Brasil e no mundo, à luz dos direitos humanos, são os principais assuntos em discussão.

Capa: cnmp.mp.br

 

Cuidados

Coincidentemente com o Seminário Internacional Água, Floresta, Vida e Direitos Humanos, foi publicado no DODF, o decreto nº 39.469, de 22 de novembro de 2018, que rege sobre a autorização de supressão de vegetação nativa, a compensação florestal, o manejo da arborização urbana em áreas verdes públicas e privadas e a declaração de imunidade ao corte de indivíduos arbóreos situados no âmbito do Distrito Federal.

 

Atraso

Realmente muito triste a saída dos médicos cubanos do Brasil. Mais de 200 profissionais deixaram o país em voo fretado. O domínio do governo cubano sobre a vontade do cidadão é pavoroso. Vida sem liberdade só como punição por crimes e não como forma de governo.

Foto: Reprodução/TV Globo

Boa escolha

Rafael Parente é a grande expectativa para a educação no DF. Quer resgatar a educação da capital como nos áureos tempos, onde servia de parâmetro para todo o país.

 

Foto: Ana Rayssa/Esp. CB/DA Press

Be a bá

Partindo para a prática, um conselho de estudantes da UnB criou uma comissão para discutir diretrizes de convivência da comunidade universitária. Parece algo impensável para se debater em um centro de estudos científicos, mas já que é assim, uma cartilha para os novatos com regras básicas de comportamento diretamente proporcional às punições cabíveis seria um começo.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Trecho de um bilhete que recebemos: “Já teve o prezado amigo a oportunidade de ouvir a característica do programa da Rádio Nacional sobre os trabalhos da Câmara e Senado? Aquele que diz assim, lugubremente: “Brasília chamando, Brasília chamando…” duas ou três vezes. Uma coisa horrível, de um mau gosto enervante. Decisivamente incompatível com o caráter vibrante na irradiação que sugere àquele prefixo”. (Transcrito na íntegra). (Publicado em 05.11.1961)

Expansão sem fim

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VISTO, LIDO E OUVIDO

Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960

Com Circe Cunha  e Mamfil

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Foto de Fabiano Neves em atopolitico.wordpress.com

Enxugar gelo. Essa parece ser, talvez, a melhor imagem que explica a disposição e atitude, adotada por 9 entre cada 10 governadores eleitos no Distrito Federal em construir novos bairros habitacionais, expandir outros já erguidos de modo atabalhoado, apontar futuras áreas para novos assentamentos, modificar destinação de outras áreas, além de fechar os olhos para novas invasões embrionárias.

Com isso, cresce, progressivamente e de forma irreversível, o que se poderia chamar de um anti planejamento ou improvisação, pondo a perder qualquer tentativa racional futura de gerir adequadamente uma cidade complexa como Brasília. Os danos causados pelo voluntarismo do tipo populista na expansão desordenada de áreas residenciais são sentidos por todo e qualquer brasiliense que assiste a cada dia a perda na qualidade de vida e nos serviços públicos ofertados à população.

Fenômeno semelhante ocorre com a duplicação e alargamento de vias urbanas para, pretensamente, “aliviar” o fluxo de tráfego, principalmente nas saídas da cidade. Urbanistas e especialistas nessa área sabem há muito que alargar vias, construindo novos ramais, pontes e viadutos, tem efeito puramente imediato, apenas enquanto se aguarda o aumento no número de automóveis que necessariamente virá. A fórmula, nesse caso é simples: mais pistas, mais carros. Nesse ponto, a questão da melhoria nos transportes urbanos fica congelada, o que acaba resultando em ganhos apenas para as empresas envolvidas na construção dessas novas e milionárias vias.

O mesmo parece ocorrer com a decisão de muitos governadores em construir novos bairros habitacionais à toque de caixa. Essas expansões de cunho político resultam no atendimento momentâneo de clientelas. Com isso, a cada nova rodada de eleições, novos eleitores terão que ser contemplados com moradias.

 

A frase que foi pronunciada:

“Vocês [demagogos] são como os pescadores de enguias; em águas paradas, eles não pegam nada, mas se eles agitarem completamente o lodo, sua pesca é boa; Da mesma forma, é apenas em tempos difíceis que vocês enchem seus bolsos ”.

Aristófanes, Os Cavaleiros

Imagem: livrariadoteatro.com.br

 

Artigo

Patrícia Mota Guedes, do Itaú Social, mostra que os problemas de desempenho e evasão escolar têm origem a partir do 6º ano. Desde a mudança na dinâmica de aula até as transformações físicas e emocionais ao atravessar a infância.

–> A importância de um olhar atento ao ciclo do 6º ao 9º ano

Por Patricia Mota Guedes*

Como explicar aquele misto de medo e curiosidade no primeiro dia de aula do 6º ano do Ensino Fundamental? Estamos chegando ao final do ano letivo na maioria das escolas do país, onde mais de três milhões de crianças e adolescentes matriculados no 5º ano aguardam por essa passagem. Em muitos casos significa necessariamente mudar de escola. Para todos os alunos significa deixar para trás a professora pedagoga polivalente, referência diária e constante, para encontrar vários e novos professores.  E ainda encarar novas tarefas e desafios que exigem maior organização e autonomia. Sem falar que tudo isso se dá bem no momento em que passam por mudanças físicas, psíquicas, emocionais e sociais, no caminho entre a infância e a adolescência.

Como então as escolas e redes públicas de ensino se preparam para essa fase de transição? Se por um lado no Brasil os anos iniciais do Ensino Fundamental – 1º a 5º ano – já tem recebido investimentos sobretudo em relação à alfabetização, a etapa dos anos finais – 6º a 9º – não tem a atenção devida na formulação e implementação de políticas públicas. Problemas de desempenho, reprovação, abandono e evasão se intensificam justamente nessa etapa, em que meninos e meninas passam a acumular histórias de fracasso escolar. 

Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb 2017 confirmam o resultado desse baixo investimento nos anos finais. Conseguimos uma melhoria significativa no desempenho dos anos iniciais, enquanto nos anos finais a evolução foi muito tímida. A taxa de insucesso escolar (reprovação e abandono) do segundo ciclo (12,6% em média) continua sendo radicalmente superior comparado à etapa anterior (5,8%). Além disso, de cada 100 estudantes, 26 estão com atraso escolar de dois anos ou mais, fazendo com que jovens com mais de 15 anos convivam às vezes com pré-adolescentes de 11, e percam a motivação para permanecer na escola. Uma cultura de reprovação culpa o aluno, mas não muda as estratégias de ensino para que ele consiga aprender de formas diferentes. O Brasil é um dos países que mais reprova, apesar das evidências de que repetir de ano não melhora o desempenho.

Mas o desafio dos anos finais não é o mesmo para todos. O Panorama da Distorção Idade–série no Brasil, divulgado nesse ano pelo Unicef, por exemplo, mostrou que a taxa de alunos que repetiram de ano duas ou mais vezes é significativamente maior para os estudantes indígenas, pretos e pardos, tanto no meio urbano, quanto no meio rural. O IDEB também tem mostrado grandes disparidades por região e nível socioeconômico.

A complexidade dos processos de escolarização dos adolescentes não está apenas no Brasil. Tem sido alvo de pesquisas e programas em diferentes países e sistemas educacionais. É uma etapa que exige cuidados e reflexões com os quais toda sociedade precisa se ocupar. É área estratégica para as redes municipais e estaduais de ensino, que no Brasil dividem a responsabilidade pelas matrículas.  Nesse sentido, a produção de pesquisas aplicadas que possam ir além do diagnóstico do problema, para apontar caminhos, pode oferecer uma contribuição significativa. Um esforço nessa linha é o edital de pesquisas “Os anos finais do Ensino Fundamental: adolescência, qualidade e equidade na escola”, que acaba de ser lançado pelo Itaú Social e a Fundação Carlos Chagas, com um conselho de representantes de redes estaduais, municipais e organizações da sociedade civil. Os recursos destinam-se a projetos que unam pesquisadores, comunidades escolares e redes públicas, assim como organizações sociais e coletivos.

Cada vez mais o olhar – e a voz– de quem está no dia-a-dia da educação precisa estar presente na produção de conhecimento que articula teoria e prática, pesquisa e ação, voltadas a uma etapa escolar tão estratégica para o desenvolvimento educacional do país.    

Patricia Mota Guedes é gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social

 

Brasil Mulher

AABR abriga hoje e amanhã, das 9h às 16h, uma feira com produtos de mais de 50 artesãs de Brasília. Essa é consequência de um Acordo de Cooperação Técnica entre o BRB e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). “A Feira é aberta a todo o público e é uma ótima oportunidade para quem deseja antecipar as compras de Natal. Além de adquirir peças originais, também é uma chance de incentivar o empreendedorismo feminino e fortalecer a economia local”, disse Leila Republicano, Secretária Social do Instituto BRB.

 

Dia de descontos

Preços abaixo do normal causam transtorno para consumidores. A chamada para uma oferta incrível tem por trás do site que puxa os dados levando para um caminho estranho. O reclame aqui está repleto de registros sobre o assunto.

 

Pensamentos

Pelo o que dizem os organizadores do 42º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetura e Urbanismo, um novo período político e econômico pela frente é esperado. Mais rigor no controle de gastos irá dar prioridade a políticas públicas diferentes de projetos de moradia. Não foi bem isso o que divulgou o novo governador do DF em relação ao Itapoã Parque. Mas realmente é o momento próprio para melhorar o que temos.

Cartaz: caubr.gov.br

Organização

O encontro dos arquitetos e urbanistas em Brasília é promovido pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) com apoio do Sindicato dos Arquitetos do Distrito Federal (Sindarq/DF). Começou na sexta-feira e segue até amanhã, no Cullinan Hplus Premium. No rol de discussões estão a habitação de interesse social e assistência técnica pública e gratuita, negociação sindical e um debate sobre as profissões no Brasil e no mundo.

 

–> Confira a programação do 42º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetura e Urbanismo (Setor Hoteleiro Norte – SHN Quadra 04, Bloco E):

Dia 23/11/2018 – Sexta-feira
8h30min – Oficina: Habitação de Interesse Social e Assistência Técnica Pública e Gratuita. Mediação AH e SASP.
11h30min – Sistema de Acreditação de Cursos de Arquitetura e Urbanismo do CAU/BR. Andrea Lucia Vilella Arruda, Coordenadora da Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR, e Ormy Leocádio Hutner Júnior, SECCS/FNA.
12h30 – Almoço
14h – O Mundo do Trabalho do Arquiteto e Urbanista, com Martin Georg Hahn, Diretor da OIT no Brasil, e José Carlos Neves Loureiro, Secretaria de Relações de Trabalho da FNA. Mediação: Jeferson Salazar.
15h30min – Intervalo
15h45min – Relato dos Sindicatos. Coordenação Fernanda Simon e Cicero Alvarez
17h. Negociação Sindical: José Carlos Neves Loureiro, Secretaria de Relações de Trabalho da FNA, César Henrique Schütz, Assessoria de formação da FNA, e Cristiane Maia, Assessoria Jurídica da FNA.
18h30min – Sistema TCS para CSU e arquivos retorno: Humberto Damilano, Assessoria da FNA
19h – Intervalo
20h – Abertura oficial e Cerimônia dos Prêmios FNA e Arquiteto e Urbanista de 2018
21h – Lançamento do CD Água de Viver do arquiteto e urbanista Ângelo Arruda

Dia 24/11/2018 – Sábado
8h30min – A conjuntura do Brasil atual, com o historiador Fernando Horta e a Maria José Braga, Presidente da FENAJ. Mediação Edinardo Rodrigues Lucas
10h30min – O CAU e sua estruturação. Valeska Peres, Eduardo Bimbi e Ângelo Arruda
12h – Almoço
13h30min – Discussão e aprovação da revisão do Estatuto da FNA. Cicero Alvarez, Valeska Peres.
15h – Regimento eleitoral da FNA para as eleições 2019. Cicero Alvarez, Jeferson Salazar e Newton Burmeister.
16h – Definição dos locais da Ampliada e do ENSA Eleitoral de 2019. Eleonora Lisboa Mascia e Juliana Betemps.
16h30min – Intervalo
16h45min – FNA no Congresso da UIA2020. Edinardo Lucas, Eduardo Bimbi, Rodrigo Bertamé e Jeferson Salazar.
17h30min – Atividades de formação e discussão. Temas: Formas de evitar a dependência do CAU, cobrança de contribuição social, campanhas 2019, Planos de saúde e outros benefícios, estratégias de aproximação com os novos arquitetos. Fernanda Simon, Juliana Betemps, Cicero Alvarez, Ormy Leocádio Hutner Júnior e Carolina Jardine.
19h – Intervalo
20h – Festa Arquitetos DF e IAB-DF

Dia 25/11/2018 – Domingo
8h30min – Prestação de Contas da Diretoria Executiva da FNA
9h30min – O mundo do trabalho e os rumos dos nossos sindicatos. Juliana Betemps, Fernanda Simon, Cicero Alvarez e Valtuir Silveira
11h30min – Limite para entrega das propostas e moções.
12h – Almoço
13h30min – Debate e deliberação: Propostas e deliberações FNA e Sindicatos para 2019. Eleonora Mascia, Edinardo Lucas e Cicero Alvarez
15h45min – Projetos de Lei, Normas ABNT e Portal de Manifestações do CAU. Eleonora Mascia, Cicero Alvarez e Assessoria de Relações Institucionais e Parlamentares do CAU/BR
16h45min – Moções do 42º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetura e Urbanismo. Edinardo Lucas
17h30min – Encerramento: Arquitetos DF e FNA.

Assessoria de Imprensa – FNA
Jardine Agência de Comunicação

Carolina Jardine

(51) 3224-0104 / (51) 3086-0105 / (51) 999-111-342

 

História

A Biblioteca do Senado Federal foi criada em 18 de maio de 1826. À época, o Senado Federal chamava-se “Câmara dos Senadores do Império do Brasil” e a biblioteca, “Livraria do Senado”. Esse trecho de identificação da Biblioteca do Senado divulgando os 192 anos de registros sobre a nossa história é algo para o brasileiro se orgulhar e para as autoridades preservarem.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os moradores estão reclamando que a localização do Posto Policial é tremendamente imprópria, pois a construção está a uma distância muito curta dos blocos residenciais. (Publicado em 05.11.1961)

Ainda é possível o regate da confiança da população

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ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

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Foto: reprodução/ Gazeta Online

Para um país cujo 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) se esvai pelos ralos da corrupção recorrente, provocando perdas da ordem de mais de R$ 200 bilhões anuais, a questão que se impõe, com urgência, é como debelar os múltiplos focos dessa sangria criminosa, que parece ter se disseminado por toda a máquina pública, e, ao mesmo tempo, ajudar o país a sair da recessão sem maiores traumas.

Dos males gerados pelas fraudes e pelo alto grau de corrupção que experimentamos, nenhum é mais nefasto e duradouro do que a perda de confiança do cidadão no Estado, nas próprias leis. É ao corroer da credibilidade, que os brasileiros depositam nas instituições do Estado, que a corrupção alcança sua mais infértil consequência, criando um ciclo fechado onde fraudes, maus serviços e descréditos se repetem num ritmo constante e sem fim.

Visto em seu conjunto, a recessão, o desemprego, o desequilíbrio fiscal, os altos impostos, a má qualidade dos serviços públicos e a percepção de que a população sofre com o alto grau de corrupção que assola a máquina pública concorrem todas para paralisar o país, impedindo-o de seguir lado a lado com as nações mais desenvolvidas, com um crescimento, de fato, sustentável e duradouro.

Combater o mal da corrupção, numa máquina pública que se sabe gigantesca, diversificada e complexa como a nossa é uma tarefa ciclópica e que exigirá esforços de longa duração e persistentes. Nesse sentido, a iniciativa, adotada agora pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de realizar um levantamento minucioso em quase 300 instituições do governo, indicando aqueles órgãos mais vulneráveis a fraudes e corrupção, além de oportuna, tem tudo para render resultados concretos a médio prazo e estabelecer um controle eficaz contra esse flagelo.

Com isso, o TCU elaborou um minucioso levantamento em que pode detectar, logo de saída, o quão frágeis se encontram a maioria de nossas instituições frente aos ataques constantes dos corruptos. Dessa avaliação surgiu o chamado Mapa de Risco, mostrando, entre outros dados, que 38 órgãos públicos se encontram hoje absolutamente expostos aos ataques criminosos. Trata-se de um alerta que deve ser observado com toda a atenção, já que essas instituições juntas gerenciam a fábula de R$ 216 bilhões por ano.

O objetivo desse estudo, segundo o TCU, é não somente avaliar os riscos de corrupção a que essas instituições estão expostas, mas melhorar o controle de gestão e riscos desses órgãos de forma a obrigar que todos eles adotem políticas de accountability ou seja, para que adotem gestões com responsabilidade, ética e transparência, e que prestem contas minuciosas de seus gastos aos órgãos competentes e à toda a sociedade.

Essa auditoria operacional, levada a cabo pelo TCU nas instituições do Poder Executivo Federal, ao mesmo tempo em que busca incentivar a adoção de políticas de governança nessas instituições, permitirá que as instituições públicas passem a adotar gestões de risco relacionadas à prevenção contra atos de corrupção, conforme já é feito hoje nas grandes empresas pelo mundo afora. Ao lado das medidas que visam combater os casos de corrupção, a iniciativa desse Tribunal demonstra que a retomada da confiança da população em suas instituições ainda é uma tarefa possível de ser alcançada a tempo de tirar o pais da crise.

 

A frase que foi pronunciada:

“Quanto mais corrupto o Estado, mais leis.”

Tácito, senador e historiador romano

Charge do Ivan Cabral

Com sentido

É realmente empolgante ver a alegria dos estudantes de todos os cantos do país no projeto Jovem Senador. Compenetrados, trabalham em projetos de leis pensados por eles. Pedro Paulo Ferreira Trindade, representante do Rio Grande do Norte, conta que legislou sobre a proibição da entrada de plantas exóticas no país por prejudicarem o ecossistema nativo. Explicou que a planta Nim produz uma toxina que mata as abelhas, importantíssimas para a polinização, o que pode causar uma tragédia na economia do país a longo prazo.

Entrevista

Começa na Enap a nova série de entrevistas. Um assunto bastante interessante para uma cidade administrativa como Brasília. As professoras Tania Gomes Figueira e Marizaura Reis de Souza Camões abordarão a Gestão de Pessoas no setor público. Veja a entrevista no blog do Ari Cunha.

Nos ares

Depois da operação Odax, na França, na passagem do século, a Força Aérea Brasileira passou a realizar o exercício CRUZEX (Cruzeiro do Sul Exercise), onde novos conhecimentos, equipamentos e inteligência em softwares são aperfeiçoados. Veja as imagens no blog do Ari Cunha.

Link de acesso a página: www2.fab.mil.br/cruzex2018

Línguas

Pessoas da comunidade de Brasília que tiverem interesse em aprender línguas estrangeiras têm a oportunidade de fazer matrícula nos CILs. Os Centros Interescolares de Línguas estão com as inscrições abertas para alunos da rede pública. As vagas remanescentes são sorteadas para a comunidade.

Capa: cilbsb.com.br

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Jardim malsinado, o do IAPFESP. Foi mandado fazer, faltou dinheiro par terminar, e, agora, está sendo desfeito para que seja construído um Posto Policial. (Publicado em 05.11.1961)

Escola sem partidarismos

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ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

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Banner: programaescolasempartido.org

Ninguém hoje tem a menor dúvida de que as discussões em torno da chamada Escola sem Partido nasceram no seio da sociedade brasileira, preocupada com disseminação progressiva e insidiosa dos ideais contidos nas cartilhas marxistas, mormente nas orientações de Gramsci, quanto a necessidade de solapar as bases da família tradicional e assim preparar o terreno para a implantação do comunismo.

Transformadas em braços avançados dos partidos de esquerda, nossas escolas vêm sendo, há mais de uma década, utilizadas como sementários para a implantação dessas ideias alienígenas, obsoletas e retrógradas. Um bom exemplo desse trabalho de desestruturação paulatina dos processos de ensino pode ser observado na maioria de nossas universidades públicas. Hoje quem adentra em qualquer um desses estabelecimentos de ensino superior, bancado pelo pobre do contribuinte, nota, de cara, a deterioração não só do ambiente físico, mas se assusta sobretudo com a hostilidade com que as massas estudantis e alguns professores tratam todos aqueles que ousam pensar diferente.

A simples alusão a símbolos nacionais como a bandeira, já é motivo de linchamento moral e físico. O problema maior é que a discussão em torno da Escola sem Partido, uma questão que envolve múltiplos aspectos da complexa ciência da educação, está hoje em mãos de pessoas absolutamente sem o devido preparo para um debate desse nível.

Deixar um debate dessa importância entregue em mãos de políticos, muitos dos quais sub letrados e abduzidos por ideologias, além de perda de tempo, pode resultar em proposições ainda mais esdrúxulas e contrárias ao que realmente deseja a maioria da população.

Trata-se de uma discussão que, em muitos aspectos, avança muito além da realidade da maioria das escolas do país. Falar em Escola sem Partido, quando se sabe que muitos desses estabelecimentos espalhados pelo Brasil não possuem, sequer, paredes, telhado, banheiro e carteiras, é como começar a construção de um alto edifício pela cobertura. Nos vários rankings que avaliam a qualidade do ensino pelo planeta, nos quais o Brasil aparece sempre na lanterna, já está mais do que provado que os problemas que afligem hoje a educação brasileira são de outra natureza, muito mais básicos e urgentes.

O fato concreto é que a sociedade está a exigir correção de rumos. Para isso, os contribuintes já desembolsaram até agora, segundo os números do Impostômetro, aproximadamente R$ 3 trilhões na forma de impostos, tributos e outras taxas.

 

A frase que foi pronunciada:

“Queres conhecer o Inácio, coloca-o num palácio.”

Barão de Itararé (1895-1971)

Imagem: dannybueno.blogspot.com

De olho

Itapoã Parque vai ser o próximo desastre ecológico que o novo governo chama para si. Mais de 12 mil moradias calculadas sem infraestrutura, sem planejamento. Não há estudo de impacto ambiental, o que seria o mínimo a fazer. Os contribuintes vão ficar de olho nos valores pagos, já que as empreiteiras são as únicas que lucram com esse tipo de negócio.

 

IHB

Por falar nisso, o governador Ibanez deve ter cautela em condenar a priori o modelo de gestão adotado no Hospital de Base. O Instituto Hospital de Base ainda não teve tempo suficiente para concluir se a nova forma de administrar é bem sucedida ou não.

Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press

Blitz

Vistoriadas várias UPAs pelo Ministério Público do DF. Irregularidades. Falta de materiais mínimos como algodão, roupa hospitalar, banheiros sem manutenção, Raio X com problemas. Não se pronunciaram sobre a presença ou não do corpo funcional elencado na folha de pagamento.

 

Aedes

Estrela dos recursos públicos consegue mobilizar o caixa, liberando R$1,9 bilhão.

 

Prata da Casa

Michelle Bolsonaro, levará para a nova moradia palaciana seu olhar social e solidário. Se conseguir montar uma boa assessoria, poderá deixar um rastro de luz como primeira dama. Nascida na Ceilândia, Michelle é o orgulho dos brasilienses. Até hoje, nenhum conterrâneo da capital ocupou o palácio.

Foto: oglobo.globo.com

Sem comunicação

Problemas com o portal Mais Médicos para quem tentou ocupar a lacuna deixada pelos cubanos. Fora do ar durante grande parte do dia, o sistema impediu novas inscrições.

Imagem: oglobo.globo.com

 

Buracos

Ainda não apareceu melhor fiscal para verificar a qualidade do asfalto colocado em todo o DF. Basta cair a primeira chuva que a prova é feita. Geralmente o resultado é um desastre.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Pela primeira vez, a imagem da TV Tupi do Rio, em Brasília. É uma vitória dos “Diários Associados”, que inclui o nome de muita gente, e quase dois anos de trabalho. mas como toda batalha tem um general, vamos citar o nome do sr. João Calmon, que acreditou em Brasília desde o início de sua construção, e graças ao seu trabalho nós teremos imagem carioca em Brasília. (Publicado em 05.11.1961)